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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sexta-feira 13/06/2014



Sexta-feira, 13 de junho de 2014.
Dia de Santo Antonio


“O tempo é muito lento para os que esperam. Muito rápido para os que tem medo. Muito curto para os que festejam. Mas para os que Amam, o tempo é a eternidade.” (Willian Shakespeare)




EVANGELHO DE HOJE
Mt 5,27-32


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 27Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: “Segue-me”. 28Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu.
29Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus. Estava aí grande número de cobradores de impostos e outras pessoas sentadas à mesa com eles. 30Os fariseus e seus mestres da Lei murmuravam e diziam aos discípulos de Jesus: “Por que vós comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?”
31Jesus respondeu: “Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. 32Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.






MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz


Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.
Este Evangelho narra a vocação de S. Mateus, que aqui é chamado de Levi. A sua profissão – cobrador de impostos – era considerada impura, pelo fato de tocar em moeda estrangeira. Por isso, todos os cobradores de impostos eram considerados pecadores. Jesus não tinha esse preconceito.
No grande banquete oferecido por Mateus, além de cobradores de impostos havia pecadores de verdade, e Jesus estava feliz no meio deles. Diante do protesto, ele explicou: “Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”. A frase não exclui ninguém do chamado de Jesus. É apenas um convite aos que se consideram justos para a conversão, pois “o justo cai sete vezes por dia”.
“Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes.” Os fariseus não entenderam essa frase pronunciada também para eles, os doentes terminais do orgulho, auto-suficiência e hipocrisia.
“Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos” (Ef 2,4-5.7-9). “Deus retira o pobre do monte de lixo...” (Cântico de Ana – 1Sm 2). “Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes” (Magnificat).
Quando Davi cometeu um grande pecado, mandando matar Urias para se casar com a sua esposa Betsabéia, Deus o perdoou completamente. Tanto que escolheu Salomão, o segundo filho dele com Betsabéia (2Sm 12,24), para continuar a geração do Povo de Deus.
“O Senhor é bondade e retidão. Ele aponta o caminho aos pecadores” (Sl 25,8). Esse amor de Deus pelos pecadores nos encanta, seduz e nos dá esperança, pois quem não é pecador? “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20). Deus não nos trata conforme nossos erros (Sl 103,8-14).
“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jo 4,8). Nós temos amor, Deus é amor. “Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele” (1Jo 4,16).
Esse grande amor de Jesus pelos pecadores é mostrado também no seu acolhimento à mulher adúltera, ao Zaqueu, à Samaritana, a S. Paulo... Ele não podia ver ninguém longe de Deus, que já se aproximava para o cativar.
Jesus perdoou até os que o mataram, e rezou por eles: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem!” E ele nos pede para fazermos a mesma coisa: “Não julgueis...” (Mt 7,1-7).
A misericórdia, que é o amor aos pecadores e aos que sofrem, é uma das Bem-aventuranças: “Felizes os misericordiosos...” (Mt 5,7).
S. Paulo nos pede: “Irmãos, tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus...” (Fl 2,6). Assim, as Comunidades cristãs são chamadas a continuar o amor misericordioso de Deus Pai, manifestado em Jesus. A Comunidade é compreensiva para com todos, é agente de inclusão dos pecadores.
Diante de pessoas que praticam ações más, mesmo que sejam os piores crimes, devemos pensar: a misericórdia de Deus é maior que o erro dessa pessoa. E assim, amá-la, acolhê-la e ajudá-la a se levantar. A Igreja acolhe o pecador, não o pecado que ele cometeu, por isso o ajuda a vencer o pecado.
“Quero misericórdia e não sacrifício” (Mt 9,13). Jesus criticava incansavelmente o culto vazio e hipócrita dos que se crêem em ordem com Deus por cumprir determinados ritos cultuais, como sacrifícios, dízimos e jejuns, enquanto esquecem a disponibilidade perante Deus, o amor fraterno e a reconciliação fraterna.
Faz parte do amor misericordioso usar o dinheiro não apenas em benefício de si mesmo e da família, mas dos que precisam para viver dignamente. É a economia a serviço da vida. Muitos adoram e servem ao dinheiro, como se ele fosse um deus. Cabe uma pergunta: quem é Deus em nossa vida? Em que lugar Ele está entre os valores que buscamos? Que esta Campanha da Fraternidade nos prepare melhor para a Páscoa.
Certa vez, numa sala de aula, uma menina perguntou à professora: “O que é amor?” A professora sentiu que não só aquela criança, mas toda a classe merecia uma resposta à altura. Como já estava na hora do recreio, ela pediu que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.
As crianças saíram muito interessadas. Quando terminou o recreio, voltaram e começaram a apresentar os objetos que trouxeram. Uma trouxe uma flor, outra trouxe uma borboleta, outra criança pediu emprestado a uma funcionária a sua aliança e trouxe...
Terminada a apresentação, a professora notou que uma menina estava toda envergonhada, porque não havia trazido nada. Então, dirigiu-se à aluna e perguntou: “Meu bem, por que você não trouxe nada?” A garotinha, timidamente, respondeu: “Desculpe, professora, eu vi a flor, mas não quis apanhá-la. Preferi que ela continuasse enfeitando o jardim da escola. Vi a borboleta, leve e colorida, mas eu nunca teria coragem de segurar um animalzinho tão bonito. Isso pode machucá-la. Vi também um ninho com filhotes de sabiá, mas nem mexi; se eu soubesse o que eles comem, até levaria alimento para eles”.
Emocionada, a professora explicou para as crianças: “Esta aluna fez a melhor escolha: Não trouxe objetos, mas trouxe para nós, em seu coração, o perfume do amor”. E deu à menina a nota máxima.
O respeito e a proteção da vida é o que mais desperta em nós o sentimento de amor.
Na oração Salve Rainha, nós chamamos Maria Santíssima de Mãe de misericórdia. Ela é também o refúgio dos pecadores. Mãe de misericórdia, rogai por nós!
Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.




DICAS DE SAÚDE
Ressaltamos que as Dicas de Saúde enviadas por este Diário, não equivalem a um​a​ receita médica, são apenas "dicas". Os exames preventivos são sempre indispensáveis! Para mais informações consulte o seu médico.


O que é Nevralgia do trigêmeo?


Sinônimos: Neuralgia
A neuralgia do trigêmeo é um distúrbio nervoso que causa uma dor aguda ou semelhante a um choque elétrico em partes do rosto.

Causas
A dor da neuralgia do trigêmeo vem do nervo trigêmeo. Esse nervo transmite dor, sensibilidade e outras sensações do cérebro à pele do rosto. Pode afetar parte ou todo o rosto e a superfície dos olhos.
A doença em geral afeta adultos mais velhos, mas pode afetar pessoas de todas as idades. A neuralgia do trigêmeo pode ser parte normal do processo de envelhecimento.

A neuralgia do trigêmeo pode ser causada por:

Esclerose múltipla
Pressão no nervo trigêmeo por um vaso sanguíneo inchado ou um tumor
Frequentemente, nenhuma causa específica é encontrada.
Os médicos têm maior probabilidade de encontrar uma causa em pacientes com menos de 40 anos.

Exames
Geralmente, o exame neurológico é normal.

Os testes que podem ser feitos para detectar a causa do problema incluem:

Exames de sangue
Ressonância magnética da cabeça
Teste de reflexo do trigêmeo
Sintomas de Nevralgia do trigêmeo
Espasmos muito dolorosos similares a choques elétricos agudos que geralmente duram alguns segundos ou minutos, mas podem se tornar constantes
A dor geralmente é de um só lado do rosto, muitas vezes ao redor do olho, bochecha e parte inferior do rosto.
A dor pode ser desencadeada pelo toque ou por sons
Escovar os dentes
Mastigar
Beber
Comer
Tocar a face suavemente
Fazer a barba

Tratamento de Nevralgia do trigêmeo

Seu clínico geral, um neurologista e um especialista em dor podem estar envolvidos no tratamento.
Certos medicamentos às vezes ajudam a reduzir a dor e a frequência dos ataques. Esses medicamentos incluem:
Drogas anticonvulsivas (carbamazepina, gabapentina, lamotrigina, fenitoína, valproato e pregabalina)
Relaxantes musculares (baclofeno, clonazepam)
Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina ou carbamazepina)
Alguns pacientes podem necessitar de cirurgia para aliviar a pressão no nervo. Entre as técnicas estão:
Cortar ou destruir parte do nervo trigêmeo
Cirurgia estereotáxica
Cirurgia para remover um vaso sanguíneo ou tumor que esteja pressionando o nervo trigêmeo

Expectativas

O seu estado depende da causa do problema. Se não houver nenhuma doença subjacente, algumas pessoas consideram que o tratamento oferece ao menos um alívio parcial.
Porém, a dor pode se tornar constante e severa em alguns pacientes.




MOMENTO DE REFLEXÃO


Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula.
Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.

Quando fiz 14 anos eu a matei novamente. Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri rediviva - foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.

Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.

Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão. Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho "mãe" se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado "avó". Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla.
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar.
Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre. Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade.
Escrevi essa crônica em 11 de março de 2008, um dia após a morte de Ignês Pelegi de Abreu, minha mãe.

Hoje, um ano após sua morte, repito essa crônica em homenagem não só a ela, como a todas as mães.

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