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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 30/06/2014



Segunda-feira, 30 de junho de 2014


“Não há corte sem dor.” (Augusto Cury)



EVANGELHO DE HOJE
Mt 8,18-22


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”.
20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.




MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz


Segue-me!
Neste Evangelho, Jesus nos chama para segui-lo. Ele é sincero e franco conosco: não teremos vida fácil nem riquezas, e precisamos colocar em segundo lugar muitas coisas.
Jesus era pobre, nasceu na pobreza e sua vida toda foi assim. Ao nascer, teve como cama um coxo de animais, e ao morrer teve como cama a cruz. Na cruz, nem roupas ele tinha. Ali, tornou-se o mais pobre dos pobres da terra. “As raposas tem suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Para segui-lo, precisamos desapegar-nos dos bens materiais.
Jesus era um homem como nós: sentia fome, sede, cansaço, sentia a ingratidão... Mas ele rezava nas horas difíceis: “Jesus dirigiu ao Pai preces e súplicas com clamor e lágrimas. Embora sendo Filho de Deus, aprendeu a ser obediente através dos sofrimentos” (Hb 4,15). “De fato, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado como nós, em todas as coisas, menos no pecado” (Hb 5,7-8). Seguir a Jesus é fazer o mesmo.
Ele era alegre. Vibrava com flores, com a natureza e com gestos de bondade. Tinha um olhar cativante, que às vezes impressionava as pessoas. Transmitia tranqüilidade. Quando as crianças se reúnem em torno de uma pessoa, é sinal de que ela é tranqüila e acolhedora. As crianças gostavam de se reunir em torno de Jesus. Seguir a Jesus é fazer o mesmo.
O primeiro sentimento de Jesus ao ver alguém era de amor e de acolhimento. Foi o que ele fez com o jovem rico: “Olhou-o e o amou”, sem nem conhecer o rapaz. Quantas vezes nós falamos: “Não foi com a cara dele(a)”, sem nem conhecer!
Jesus sentia dó das pessoas: “Tenho pena deste povo que está com fome”. Em seguida, multiplicou os pães. Quando ele viu a viúva de Naim, acompanhando o enterro do seu filho único, teve dó dela. Foi lá, ressuscitou o seu e lhe entregou. Cada um faz o que pode pelo próximo que sofre. Jesus podia ressuscitar, ressuscitou. Nós podemos dizer uma palavra ou dar um abraço, damos. Seguir a Jesus é ser assim.
Jesus era uma pessoa agradecida; agradecia a Deus Pai continuamente. Como homem igual a nós, ele sentia a solidão. Foi o que ele mostrou no Jardim das Oliveiras: “Fiquem aqui e vigiem comigo” (Mt 26,37-38).
Houve momentos em que Jesus ficou com raiva, como aquele dia em que ele entrou no Templo e viu pessoas transformando a casa de Deus em um local de comércio.O seguimento de Jesus não nos impede de, de vez em quando, sentir indignação.
Jesus tinha amigos. Nos Evangelhos aparece a sua amizade com João Evangelista, com os irmãos Lázaro, Marta e Maria... E é interessante que ele quer ser nosso amigo: “Não vos chamo servos... mas amigos” (Jo 15,15). Ele quer ser seu amigo, você topa? Seguir a Jesus é tudo isso e muito mais. É o caminho mais feliz e gostoso do mundo.
Jesus era uma pessoa simples. Seus exemplos eram sempre tirados da vida familiar e do trabalho: fermento, pastor, semeador, mulher que perde a moeda...
É interessante que Jesus não era atrelado aos tabus da sociedade. Não podia conversar com mulheres em público, ele conversava. Não podia tocar em leprosos, ele tocava.
Agora, Jesus era bastante severo com os grandes que oprimiam o povo, sem perdoar nem os sacerdotes daquele tempo. Vemos isso em todo o Evangelho. Ele se indignava especialmente quando via a exploração das pessoas mais simples e a trapaça. E era franco; o que ele tinha de dizer, falava na lata, sem medo de ninguém. Seguir a Jesus é ser assim. “Por que não és nem frio nem quente, estou para vomitar-te da minha boca”.
Ele foi um “sinal de contradição”, por isso sempre provocou atritos e criou situações desconfortantes para os opressores. Seguir a Jesus é isso.
Mais importante que tudo foi que Jesus ressuscitou. Tentaram acabar com ele, mas ele venceu. E o mesmo ele prometeu aos seus seguidores.
Certa vez, um casal de namorado estavam sentado num banco do jardim da cidade, à noite. A lua estava bonita. De repente uma nuvem cobriu a lua. Ele comentou: “Está vendo, Querida, o nosso amor é tão grande que até a lua se escondeu!” Aquelas palavras para a moça causaram o máximo de felicidade. Quase se derreteu de contentamento.
Logo eles se casaram, e o tempo foi passando. Um ano depois de casados, um dia lá estavam eles novamente naquela mesma praça, à noite, sentados no mesmo banco. E a lua estava novamente bonita. De repente, uma nuvem a cobriu. A esposa, que jamais se esquecera daquelas palavras, esperava um comentário dele, mas não veio. Então ela deu um toque, dizendo: “Bem, por que será que a lua se escondeu?” Ele, na hora: “O burra, você não está vendo que está armando chuva?”
O verdadeiro discípulo de Jesus cresce sempre no amor, sem jamais interromper os afetos do passado. “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35).
É interessante lembrar que o corpo de Jesus foi Maria que lhe deu. Também, como qualquer criança, muito dos seus sentimentos ele aprendeu na família. Santa Maria e São José, rogai por nós.
Segue-me!




MOTIVAÇÃO NO TRABALHO


A incoerência entre o discurso e a prática
Prof. Luiz Marins


Falar é fácil. Fazer é que são elas... diz o ditado popular. As palavras saem com muita facilidade de nossa boca. Agir é sempre mais difícil. E quando notamos, estamos falando coisas que não fazemos; criticando coisas que igualmente fazemos; apontando o dedo para os erros alheios sem enxergar os que cometemos. A coerência entre o discurso e a prática, entre o que falamos e fazemos é um dos maiores desafios a todos nós - e a nossa credibilidade depende dessa coerência.
Essa incoerência não ocorre apenas nos níveis mais elevados da hierarquia como sempre imaginamos. Sempre criticamos pessoas corruptas, mas será que temos consciência de que somos corruptos ativos ao oferecer uma gorjeta ou propina para ganhar uma vantagem ilícita, como nos livrar de uma multa por excesso de velocidade? E aqui vale o mesmo exemplo: sempre criticamos pessoas que não obedecem o limite de velocidade nas estradas. E nós? Repare que, quando estamos sem pressa e alguém nos ultrapassa o chamamos de louco. Quando estamos apressados e encontramos alguém sem pressa em nossa frente, o chamamos de lesma.
Outro dia vi uma pessoa reclamando do preço alto dos produtos que comprava. Meia hora depois, sem perceber, ela estava me dizendo que iria aumentar o preço do produto que vende por achar que havia espaço para esse aumento, embora seu lucro já fosse razoável. Da mesma forma, vi um grupo de pessoas chamando alguém de fofoqueira. Mas elas próprias não estavam fazendo fofoca sobre essa fofoqueira?
A verdade é que antes de criticar, falar mal, dar lições de moral, etc. temos que analisar nosso próprio comportamento. Como somos? Como agimos? Talvez nunca consigamos ser 100% coerentes, mas temos que prestar atenção para não cairmos no ridículo de falar uma coisa e fazer outra completamente oposta ao que falamos.
Pense nisso. Sucesso!                                                         



MOMENTO DE REFLEXÃO


- Bom dia, como tá a alegria"? Diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar.
- Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou.
Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar".
Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada". Já ouviu falar em toxinas da casa?
Pois são:
- objetos que você não usa,
- roupas que você não gosta ou não usa há um ano,
- coisas feias,
- coisas quebradas, lascadas ou rachadas,
- velhas cartas, bilhetes,
- plantas mortas ou doentes,
- recibos/jornais/revistas, antigos,
- remédios vencidos,
- meias velhas, furadas,
- sapatos estragados...

Ufa, que peso! "O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca. "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa...
O 'destralhamento' é a forma mais rápidas de transformar a vida e ajuda as outras eventuais terapias. Com o destralhamento:
- A saúde melhora;
- A criatividade cresce;
- Os relacionamentos se aprimoram...
É  comum se sentir cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos".
Outros possíveis efeitos do "acúmulo e da bagunça":
- sentir-se desorganizado;
- fracassado;
- limitado;
- aumento de peso;
- apegado ao passado...
No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga;Na entrada, restringem o fluxo da vida;Empilhadas no chão, nos puxam para baixo;Acima de nós, são dores de cabeça;
"Sob a cama, poluem o sono".
"Oito horas, para trabalhar;Oito horas, para descansar; Oito horas, para se cuidar."
Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se:
- Por que estou guardando isso?
- Será que tem a ver comigo hoje?
- O que vou sentir ao liberar isto?
 ...e vá fazendo pilhas separadas...
- Para doar!
- Para jogar fora!
Para destralhar mais:
- livre-se de barulhos,
- das luzes fortes,
- das cores berrantes,
- dos odores químicos,
- dos revestimentos sintéticos...
e também...
- libere mágoas,
- pare de fumar,
- diminua o uso da carne,
- termine projetos inacabados.
"Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará.. Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá",  Arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé.
"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria oriental. O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.
Dona Francisca me conta que "as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo".. a gente deveria de ser assim, ela diz "Destralhar ajuda a adocicar."
Se os sábios concordam, quem sou eu para discordar...


Carlos Solano

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