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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 31/12/2012





Segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


“Que as realizações alcançadas este ano sejam apenas sementes plantadas que serão colhidas com maior sucesso no ano vindouro.” FELIZ ANO NOVO!!




EVANGELHO DE HOJE


Jo 1,1-18


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
— Glória a vós, Senhor!


 1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.
6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-
-lhes capacidade de se tornar filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho uni­gênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.






MEDITANDO O EVANGELHO

Padre Bantu Mendonça K. Sayla


Estamos diante do portão de entrada, a primeira coisa que se vê ao abrir o Evangelho de João. O Prólogo é como uma fonte, da qual quanto mais se tira água, mais água aparece. Por isso que há muito escritos sobre o Prólogo de João e nunca se esgota o assunto.
No princípio era a Palavra, luz para todo ser humano. “No princípio era a Palavra…” faz pensar na primeira frase da Bíblia que diz: “No princípio Deus criou o céu e a terra”. Deus criou por meio da sua Palavra. “Ele falou e as coisas começaram a existir”. Todas as criaturas são uma expressão da Palavra de Deus. O prólogo diz que a presença universal da Palavra de Deus é vida e luz para todo ser humano. Esta Palavra viva de Deus, presente em todas as coisas, brilha nas trevas. As trevas tentam apagá-la, mas não conseguem. A busca de Deus renasce constantemente no coração humano. Ninguém consegue abafá-la.
João Batista não era a luz. João Batista veio para ajudar o povo a descobrir e saborear esta presença luminosa e consoladora da Palavra de Deus na vida. O testemunho de João Batista foi tão importante que muita gente pensava que Ele fosse o Cristo (Messias) (At 19,3; Jo 1,20). Por isso o Prólogo continua: “João Batista veio apenas para dar testemunho da luz!” (Jo 12,7s).
Os seus não a receberam (Jo 1,9-11): Assim como a Palavra de Deus se manifesta na natureza, na criação, da mesma maneira ela se manifesta no “mundo”, isto é, na história da humanidade e, de modo particular, na história do povo de Deus. Mas o “mundo” não reconheceu nem recebeu a Palavra. Desde os tempos de Abraão e Moisés, ela “veio para o que era seu, mas os seus não a receberam”. Quando fala “mundo” João indica o sistema tanto do império como da religião da época, fechados sobre si e incapazes de reconhecer e receber a Boa Nova (Evangelho) da presença luminosa da Palavra de Deus.
Os que aceitam tornam-se filhos de Deus. As pessoas que se abriam, aceitando a Palavra, tornavam-se filhos de Deus. A pessoa se torna filho ou filha de Deus não por mérito próprio, nem por ser da raça de Israel, mas pelo simples fato de confiar e crer que Deus, na sua bondade, nos aceita e nos acolhe. A Palavra entra na pessoa fazendo-a sentir-se acolhida por Deus como filho(a). É o poder da graça de Deus.
A Palavra se fez carne. Deus não quer ficar longe de nós. Por isso a sua Palavra chegou mais perto ainda e se fez presente no meio de nós na pessoa de Jesus. Literalmente o texto diz: “A Palavra se fez carne e montou sua tenda no meio de nós!”. No tempo do Êxodo, lá no deserto, Deus vivia numa tenda, no meio do povo (Ex 25,8). Agora, a tenda onde Deus mora conosco é Jesus, “cheio de graça e de verdade!”. Jesus veio revelar quem é este nosso Deus que está presente em tudo, desde o começo da criação.
Moisés deu a Lei, Jesus trouxe a Graça e a Verdade (Jo 1,15-17): Estes versículos resumem o testemunho de João Batista a respeito de Jesus: “Aquele que vinha antes de mim passou na minha frente porque existia antes de mim!” (Jo 1,15.30). Jesus nasceu depois de João, mas ele já estava com Deus desde antes da criação. Da plenitude dele todos nós recebemos, inclusive o próprio João Batista. Moisés, dando a Lei, nos manifestou a vontade de Deus. Jesus trouxe a graça e a verdade que nos ajudam a entender e a observar a Lei.
É como a chuva que lava. Este último versículo resume tudo. Ele evoca a profecia de Isaías segundo a qual a Palavra de Deus é como a chuva que vem do céu e para lá não volta sem ter realizado a sua missão aqui na terra (Is 55,10-11). Assim é a caminhada da Palavra de Deus. Ela veio de Deus e desceu entre nós na pessoa de Jesus. Através da obediência de Jesus ela realizou sua missão aqui na terra. Na hora de morrer, Jesus entregou o Espírito e voltou para o Pai. Cumpriu a missão que tinha recebido.



MOMENTO DE REFLEXÃO

Ante o ano que acaba, que parece arrastar-se lentamente para o final, haja visto que muitos estão descansando ou em viagem por algum lugar onde só se preocupa com o lazer, cabe uma única pergunta: Fui Feliz?
E essa pergunta imediatamente traz uma outra embutida: Fiz Alguém Feliz?
Essa deveria ser a nossa maior preocupação no início de cada ano, e trabalharmos acentuadamente em busca de nos melhorarmos, de realmente buscar a satisfação de nossas necessidades, principalmente aquelas relacionadas ao bem estar espiritual.
Por isso, faça uma relação de tudo o que faz bem para a sua alma, como  acabar com um vício antigo, ajudar na recuperação de um bem público, restaurar a paz na sua família, se formar e na sua profissão poder dedicar parte do seu tempo ás causas sociais, criar uma empresa que possa gerar bons empregos, ou no seu trabalho ajudar na expansão da empresa com boas idéias e dedicação, dar um pão para quem tem fome, levar o ombro amigo para quem precisar, dedicar-se ao bem.
Aliás, dedicação é uma palavra que deveríamos conjugar todos os dias.
Deveríamos dedicar mais tempo para nossas necessidades, para a pessoa que convive conosco, para os filhos, irmãos, para os nossos pais. E olha que dedicação não significa necessariamente virar um "grude", não precisamos  ficar o tempo todo junto às pessoas queridas, mas pensar nelas carinhosamente durante o dia, lembrar das pequenas coisas que podem fazê-las felizes, ligar, levar uma bala, um doce, pode fazer muita gente feliz.
Mas, é fundamental dedicar-se a sua felicidade, pois quando você está bem, o mundo ao seu redor fica bem, e assim você pode ajudar outras pessoas também conhecerem a felicidade. Isso chama-se solidariedade, e se espalha como sementes ao vento. E quanto mais sementes as tuas mãos espalharem, mais perfumadas elas ficarão. Perfume de alma, perfume de amor, perfume de Cristo.
Por isso, nem que seja apenas para melhorar o mundo, busque ser Feliz.
Feliz 2013!

Paulo Roberto Gaefke




Diário de Domingo 30/12/2012





Domingo, 30 de dezembro de 2012


“Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.”
(Carlos Drummond de Andrade)




EVANGELHO DE HOJE
Lc 2,41-52


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor!



41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:
— “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.
49Jesus respondeu:
— “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”
50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.
51Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.
52E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens



- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.





MEDITANDO O EVANGELHO

Padre Antonio Queiroz


Jesus foi encontrado por seus pais no meio dos doutores.
Com alegria celebramos hoje a festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José. Esta família foi o modelo que Deus nos deixou para a nossa vida em família. O Evangelho narra a perda e o encontro de Jesus no Templo, entre os doutores, que é o quinto mistério gozoso do terço.
Nós admiramos vários pontos nessa maravilhosa cena:
- O cuidado dos dois pelo filho: procuraram-no durante três dias sem parar. Anos antes eles haviam até se mudado para outro país, o Egito, para proteger o filho. Temos no Brasil três milhões de crianças de rua. E os pais?
- A união dos pais para resolver os problemas do filho. Havia acontecido na apresentação no Templo, na fuga para o Egito e agora se repete.
- A maneira de Maria educar. Apesar de estar aflita, primeiro pergunta ao filho por que ele fez isso. Geralmente, num caso desses, a mãe já chegaria dando bronca e nem dá chance para o filho falar e se explicar.
- Da parte de Jesus, admiramos a obediência: “Jesus desceu com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente”.
“Jesus desceu com eles para Nazaré e era-lhes obediente”. Sinal que os pais tinham autoridade sobre ele, mandavam, davam ordens e Jesus obedecia. Como é importante a autoridade em casa! Os pais devem não apenas aconselhar, orientar, mas exigir. “O pai que poupa a vara odeia seu filho” (Pr 13,24).
“Insista, aconselhe, oportuna ou inoportunamente, advertindo, reprovando, com toda a paciência e bondade. Pois vai chegar o tempo em que não suportarão mais a sã doutrina. Pelo contrário: desviarão os seus ouvidos da verdade e os abrirão para ilusões, ao seu bel prazer” (2Tm 4,2-4).
A criança é como um bloco de mármore, no qual o escultor vai lapidar, com o cinzel, fabricando uma estátua. A criança não nasce pronta, nem cresce boa por si. Pelo contrário, a sua natureza é ferida pelo pecado. Se os pais não educam em casa, as crianças vão aprender, na rua, os caminhos errados.
“E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens”. Com esse tipo de pais, só podia dar isso. “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal pelo bem” (Rm 12,21).
“Sua mãe conservava no coração todas estas coisas.” Maria não só ouvia, mas guardava no cor os fatos, para tirar as lições para a vida. Os pais sempre aprendem. Deus lhes fala de muitos modos, até através dos filhos.
Na família de Nazaré, todos os membros colaboravam, cada um do seu modo. Assim, só podia dar no que deu: uma família que formou três santos.
O casamento é uma vocação bem definida dentro da Igreja. Os esposos são chamados a viver uma espiritualidade característica. Instituído pelo próprio Cristo, o matrimonia é uma íntima comunidade de vida e de amor.
O amor conjugal é um caminho para Deus e ajuda os esposos na sublime missão da maternidade e paternidade.
O sentido do matrimônio é viver a caridade cristã na sua forma conjugal e viver a responsabilidade humana e cristã de transmitir a vida e educar os filhos. Além disso, os esposos ajudam-se mutuamente, sendo um para o outro e para os filhos, testemunhas da fé e do amor de Cristo.
A família cristã é uma Igreja em miniatura. Ela está a serviço da evangelização dos homens, e é sensível às necessidades do próximo.
A família é tão importante para Deus que, dos trinta e três anos que seu Filho passou na terra, trinta anos viveu dentro da família. A família de Nazaré é portanto um modelo completo de como viver em família.
Um dos grandes meios de manter a família unida é a oração em comum.
Havia certa vez um casal que estava brigando muito. Já haviam tentado de tudo e nada dava certo. Foram, então, pedir ajuda a um sábio. Após serem bem recebidos pelo sábio, expuseram o problema. O sábio os ouviu até o fim, sem dizer nada.
Depois pediu licença, entrou para dentro de sua casa, foi até o quintal, pegou um pequeno vaso, encheu-o de terra, arrancou uma muda de flor, enterrou-a no vaso e voltou à sala. Entregou o vaso a eles e disse: “Levem este vaso para casa. Se esta planta vingar e ficar viçosa, é sinal que a convivência de vocês vai melhorar. Se ela morrer, é sinal que o casamento de vocês acabou mesmo”.
Os dois agradeceram e foram embora. Chegando em casa, a mulher regou o vaso e colocou-o num lugar bem apropriado. No outro dia, ela foi logo cedo regar o vaso. Mas teve uma surpresa: o marido já estava lá, regando-o. Os dois sorriram um para o outro, e dali em diante as brigas foram diminuindo, até acabarem de vez.
Aquele sábio colocou em prova a esperança do casal. Porque, se não tivessem esperança, ou não quisessem recuperar a convivência, nem iam regar o vaso. Bastava um deles querer, que a plantinha não morreria, isto é, que o amor deles não acabaria.
Jesus nos confiou a plantinha da redenção. Nossa Senhora a rega todos os dias. E nós? Esta planta precisa cobrir a face da terra!
Jesus foi encontrado por seus pais no meio dos doutores.


MOMENTO DE REFLEXÃO

Você pode não ter dinheiro, mas, se for rico em bom senso, será um pai ou uma mãe brilhante. Se você contagiar seus filhos com seus sonhos e entusiasmo, a vida será enaltecida.
Se for um especialista em reclamar, se mostrar medo da vida, temor pelo amanhã, preocupações excessivas com doenças, estará paralisando a inteligência e a emoção deles.
Não seja um transmissor de "mazelas psíquicas" aos seus filhos, netos e bisnetos...
 Demonstre força e segurança aos seus filhos.
 Diga frequentemente à eles:
 "A verdadeira liberdade está dentro de você.",
 "Não seja frágil diante das suas preocupações!",
 "Enfrente as suas manias e ansiedade",
 "Opte por ser livre!"
Cada pensamento negativo deve ser combatido, para não ser registrado (pela mente).
O verdadeiro otimismo é construído pelo enfrentamento dos problemas e não pela sua negação.
Os otimistas têm menos chances de ter doenças emocionais e psicossomáticas.
O pessimismo é um câncer da alma.
Muitos pais são vendedores de pessimismo ao transmitirem para seus filhos um futuro sombrio.
Tudo lhes é difícil e perigoso. Estão preparando os filhos para temer a vida, fechar-se num casulo, viver sem poesia...
Nutra seu filho de otimismo sólido !
Não devemos formar super-homens, como preconiza Nietzche.
Pais brilhantes não formam heróis, mas seres humanos que conhecem seus limites e sua força.

Augusto Cury



Diário de Sábado 29/12/2012




Sábado, 29 de dezembro de 2012


“O objetivo de um ano novo não é que nós deveríamos ter um ano novo. É que nós deveríamos ter uma alma nova.” (Gilbert Keith Chesterton)



EVANGELHO DE HOJE
Lc 2,22-35


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor!


 22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Si­meão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de re-erguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.



- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




MEDITANDO O EVANGELHO

Padre Antonio Queiroz


Luz para iluminar as nações.
Este Evangelho narra a apresentação de Jesus no Templo e a purificação de Nossa Senhora. Nós o contemplamos no quarto mistério gozoso do terço. Nele aparece três vezes a expressão “conforme a Lei do Senhor”. Maria e José viviam atentos em cumprir direitinho todas as leis de Deus. Aí está um recado para nós: o segredo da nossa felicidade está na fidelidade à Lei do Senhor. Para Maria e José, eram as Leis do Antigo Testamente; para nós, são os mandamentos de Deus e da Igreja.
A apresentação de Jesus no Templo corresponde à nossa celebração do batizado das crianças. Mas não basta batizá-las, é preciso fazer com que elas cresçam cheias de sabedoria e da graça de Deus, como Jesus cresceu.
Como disse o profeta Simeão, Jesus foi a Luz que Deus Pai enviou para iluminar as nações.
“Agora, Senhor, podeis deixar teu servo partir em paz.” Simeão sabia que ninguém consegue partir deste mundo com a esperança da vida eterna, se não está ligado a Jesus. Ter a graça de segurar o Menino Jesus foi para ele um sinal de que Deus o segurava em seus braços, portanto, podia morrer. Isso vale para nós. Se queremos, ao sair deste mundo, ganhar a vida eterna, temos de segurar Jesus em nossos braços, agarrar-nos a ele e não largá-lo mais.
“Os que se deixam guiar pelo Espírito de Deus, esses são os filhos de Deus” (Rm 8,14). Foi o Espírito Santo que levou Simeão ao Templo. Se queremos ter Jesus em nossos braços, e assim ser dignos da vida eterna, dirijamo-nos ao Templo, à Igreja, porque lá nos encontraremos com Jesus. “Vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo” (1Pd 2,5). Se vamos à Igreja domingo, nós a carregamos conosco durante a semana, e assim nos tornamos também um edifício santo e agradável a Deus. Na Igreja, nós encontramos a paz em plenitude. “E a paz de Deus, que supera todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos no Cristo Jesus” (Fl 4,7).
Outro destaque do Evangelho é a união do casal. Aliás, Maria e José estavam sempre unidos, nas horas difíceis e nas horas alegres: no nascimento de Jesus; na fuga para o Egito, na perda e encontro do menino no Templo... A família de Nazaré era unida e todos os membros colaboravam, cada um do seu modo. Assim, só podia dar no que deu: uma família que formou três santos. No casamento, o casal faz um juramento diante de Deus, da Igreja e dos familiares; um juramento de permanecerem unidos até o fim da vida.
Quando o profeta Simeão pegou Jesus nos braços, ele disse a Maria: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. O mundo tem outros valores e segue outro caminho. Por isso que Jesus foi um sinal de contradição, e a mãe sofreu com ele. Todos os seguidores de Jesus têm a mesma sina: ser um sinal de contradição e ter a espada de dor.
Simeão disse, em sua profecia, que “serão revelados os pensamentos de muitos corações”. Diante de Jesus, caem as máscaras. As pessoas malandras não conseguem esconder suas falcatruas. As maldades aparecem, e os primeiros a sofrerem as conseqüências são os cristãos.
Certa vez, um viajante contratou um burro para levar uma pequena carga porque estava indo para um lugar distante. O dono do animal foi junto, porque sabia lidar com ele.
Como o calor estava muito forte e o sol brilhava intensamente, o viajante parou para descansar e buscou abrigo na sombra do burro. Acontece que a sombra só protegia uma pessoa e tanto o viajante como o dono do burro a reivindicavam. Por isso surgiu entre eles uma violenta disputa sobre qual teria o direito de desfrutá-la. O proprietário dizia que alugou apenas o burro e não a sua sombra. O viajante afirmava que ao alugar o burro alugou também a sua sombra.
A disputa prosseguiu com palavras e socos e, enquanto os homens brigavam, o burro galopou para longe.
Ao disputar pela sombra, frequentemente nós perdemos a substância. Precisamos trabalhar pela nossa união, a fim de imitarmos a família de Nazaré.
Muitas vezes, por questões pequenas e sem nenhuma importância, acabamos perdendo a nossa paz e até o estímulo para seguir em frente. Perdemos a amizade de pessoas que por longo tempo estiveram ao nosso lado e afastamos pessoas queridas simplesmente porque não concordamos com situações que, sem esforço, poderiam ser desprezadas. Deixamos que um ato de teimosia, nosso ou de alguém com quem lidamos, interfira em nosso relacionamento, ditando regras de conduta para nossas atitudes.
Vamos pedir à Família de Nazaré que nos ajude a segui-la em tudo, mesmo que nos venham espadas e cruzes. No meio de um mundo de mentira, que vivamos na verdade. No meio de um mundo de violência, que vivamos na paz. No meio de um mundo de tristeza, que vivamos na alegria. No meio de um mundo de egoísmo, que vivamos no amor. No meio de um mundo ganancioso, que pratiquemos a partilha.
Luz para iluminar as nações.




MOMENTO DE REFLEXÃO

Levanto-me neste dia que amanhece,
Pela força de Deus a me empurrar,
Pela força de Deus a me amparar,
Pela sabedoria de Deus a me guiar,
Pelo olhar de Deus a vigiar meu caminho,
Pelo ouvido de Deus a me escutar,
Pela Palavra de Deus a me falar,
Pela mão de Deus a me guardar,
Pelo caminho de Deus à minha frente,
Pelo escudo de Deus que me protege.

Cristo está comigo, Cristo à minha frente,
Cristo atrás de mim, Cristo em mim,
Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda,
Cristo ao me deitar, Cristo ao me sentar, Cristo ao me levantar,
Cristo no coração de todos os que pensarem em mim,
Cristo na boca de todos os que falarem em mim,
Cristo em todos os olhos que me virem,
Cristo em todos os ouvidos que me ouvirem.
Amém
São Patrício (Sec.V)

Diário de Sexta-feira 28/12/2012





Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


“Um otimista fica acordado até meia-noite para ver a entrada do ano novo. Um pessimista fica acordado para ter a certeza de que o ano velho se foi.”




EVANGELHO DE HOJE
Mt 2,13-18

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus
— Glória a vós, Senhor!


13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. 14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”. 16Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. 17Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: 18“Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais”.



- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




MEDITANDO O EVANGELHO

Padre Antonio Queiroz


Pega o menino e sua mãe e foge para o Egito.
Este Evangelho narra duas cenas: o massacre do rei Herodes a crianças inocentes, e a fuga de Jesus e Maria para o Egito, sevando o seu filho.
Esse ato cruel que Herodes, matando as crianças de Belém e da redondeza, para assim tentar matar Jesus, foi unicamente devido à sua ganância de continuar no poder, pois, conforme a informação dos reis magos e segundo as Escrituras, Jesus se tornaria rei. A tentação do poder cega a pessoa e, se alguém ameaça tirar-lhe o poder, a pessoa é capaz de tudo.
O crime do aborto, tão comum hoje, é mais bárbaro do esse que Herodes fez, pois a criança é totalmente indefesa.
Mas a parte principal do Evangelho é o exemplo de José e Maria que chegam a fugir para outro país, unicamente para proteger a vida do filho. A fuga foi fruto daquele “sim” que Maria deu na Anunciação, o que a levou a renunciar até a pátria. Que bom se assumirmos pela vida inteira os “sim” que dizemos!
Essa fuga para o Egito é uma das sete dores de Nossa Senhora.
Hoje, as crianças e jovens correm grandes risco: exploração sexual, drogas e outros vícios, violência... Os Herodes modernos estão aí, espalhados por toda parte. Daí a necessidade de acompanhar as crianças e jovens.
Jesus sempre acolhia e valorizava as crianças. Elas são o futuro da sociedade. O mundo de amanhã estará nas mãos das crianças de hoje. E a criança crescerá no caminho do bem ou do mal, dependendo da maneira como a educarmos, principalmente através do nosso exemplo. Toda criança, em si, é boa, pois foi criada por Deus.
A criança é o futuro da Igreja e da sociedade. Quantas crianças, em volta de nós, crescem sem a catequese! Compensa fazer todo esforça, até mudar de cidade ou de país, para preservar a vida e o bom comportamento das crianças. Dentro de cada criança existe um anjo ou um demônio; depende da maneira como nós a educamos e do exemplo que lhe damos.
Aquelas crianças de Belém, mesmo sem saber, são mártires, pois perderam a vida terrena por causa de Jesus Cristo. “Quem perder a sua vida por causa de mim, a encontrará” (Mt 10,39). “O sangue dos mártires é semente de novos cristãos”. O sangue daquelas crianças, unido ao sangue de Cristo, tornou-se redentor para nós. Por isso que a Igreja se alegra ao celebrá-las. Ninguém consegue barrar o plano de Deus.
Certa vez, por ocasião do dia da criança, uma catequista resolveu dar, no final da aula, para cada aluninho seu um saquinho de doces. O pai de um garotinho, um senhor muito rico e pouco freqüentador da igreja, estava lá fora, dentro de seu carro, esperando o filho.
De repente o menino aparece com os olhinhos brilhando de alegria. Mostrou para o pai o saquinho de doces e disse: "Pai, olhe aqui o que eu ganhei!" O pai viu o que estava dentro do saquinho, que eram apenas algumas balas das mais baratas e um pedaço de bolo de fubá, e falou surpreso: "Filho, lá em casa você tem tudo isso, e coisas muito melhores, todos os dias!"
Aquele homem não entendeu o sentido simbólico do presente. Ele viu apenas o lado material. Na verdade, a que a criança valorizava não era o doce em si, mas a catequese, na qual ganhou o presente. Aquela criança gostava de doce, mas apreciava muito mais a catequese, na qual ganha o valioso presente que é Jesus. Por isso que estava alegre. “O essencial é invisível aos olhos”.
Nós pedimos a Maria Santíssima, e aos santos inocentes, que intercedam pelas nossas crianças.
Pega o menino e sua mãe e foge para o Egito.



MOMENTO DE REFLEXÃO

O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos...
Mas a beleza da caminhada...depende dos que vão conosco!
O ano se finda e tão logo o outro se inicia...
E neste ciclo do "ir" e "vir" o tempo passa... e como passa! os anos se esvaem...
E nem sempre estamos atentos ao que realmente importa.
Deixe a vida fluir e perceba entre tantas exigências do cotidiano...
O que é indispensável para você?
Ponha de lado o passado e até mesmo o presente e crie uma nova vida... um novo dia...um novo ano que ora se inicia!
Crie um novo quadro para você!
Crie, parte por parte, em sua mente, até que tenha um quadro perfeito para o futuro que está logo além do presente.
E assim dê início a uma nova jornada que o levará a uma nova vida, a um novo lar, e aos novos progressos na vida!
Você logo verá esta realidade, e assim encontrará a maior Felicidade e Recompensa...
Que o ANO NOVO renove nossas esperanças, e que a estrela crística resplandeça em nossas vidas e o fulgor dos nossos corações unidos intensifique a manifestação de um ANO NOVO repleto de vitórias!
E que o resplendor dessa chama seja como a tocha que ilumina nossos caminhos para a construção de um futuro, repleto de alegrias!
E assim, tenhamos um mundo melhor!

Dirce Correa da Costa Meyer

Diário de Quinta-feira 27/12/2012





Quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Dia de Santo Estevão


“Entre as coisas que pretende suprimir nas suas resoluções para o ano novo, inclua a palavra "impossível"”.




EVANGELHO DE HOJE
Jo 20,2-8


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
— Glória a vós, Senhor!


 No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




MEDITANDO O EVANGELHO

Padre Antonio Queiroz


O outro discípulo correu mais depressa que Pedro, e chegou primeiro ao túmulo.
Hoje celebramos a festa de S. João Evangelista. A comemoração vem logo após o Natal, porque João foi o primeiro discípulo a acompanhar Jesus. Portanto, foi uma das primeiras pessoas a beber dessa Água Viva que nos foi dada no Natal.
O Evangelho narra o momento, após a morte de Jesus, em que os Apóstolos Pedro e João foram informados por Maria Madalena de que Jesus não estava no túmulo. Os dois foram correndo ao túmulo. Mas João correu mais e chegou antes de Pedro. Ele não precisava fazer isso, mas o seu amor a Jesus era tão grande que o fez correr mais depressa. O amor é assim, ele nos dá pressa.
Dos doze Apóstolos, João era, provavelmente, o mais novo. Quando começou a seguir Jesus, tinha aproximadamente dezessete anos. Por isso, foi também o último a morrer. Faleceu com perto de noventa anos.
João é irmão de outro Apóstolo: Tiago. Seus pais se chamam Zebedeu e Salomé. Os dois irmãos exerciam, junto com o pai, a profissão de pescadores. Antes de pertencer ao grupo de Jesus, eles eram discípulos de João Batista.
O próprio João narra, em seu Evangelho, o chamado que recebeu de Jesus (Jo 1,35-39). Um dia, João Batista apontou para Jesus, que passava, e disse para os seus discípulos: “Eis aí o Cordeiro de Deus”, expressão que significa Messias. João e André, irmão de Pedro, deixaram então João Batista e passaram a seguir Jesus. Jesus olhou para trás e perguntou-lhes: “Que procurais?” Eles responderam: “Mestre, onde moras?” Jesus disse: “Vinde e vede”. Eles foram, viram, e ficaram com Jesus até o fim da vida.
Como Apóstolo, João, junto com Pedro e Tiago, formavam o trio que Jesus levava consigo nas missões especiais, como a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração, a agonia no Jardim das Oliveiras...
Mc 10,35-41 narra que um dia João e seu irmão Tiago pediram a Jesus: “Mestre, quando estiveres na tua glória, nós dois podemos nos assentar, um a tua direita e o outro a tua esquerda?” Jesus respondeu: “Vós não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber do cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. Jesus disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice; mas, quanto a sentar-se à minha direita ou à esquerda, isso não compete a mim, mas ao meu Pai”. Esta cena mostra que, no início, João não era nada santinho. Era ambicioso a cargos de destaque.
Em outra ocasião (Lc 9,52-55), um vilarejo de samaritanos não quis receber o grupo de Jesus. João e Tiago disseram a Jesus: “Mestre, podemos pedir fogo do céu para devorá-los?” Jesus os repreendeu. A partir daí, os dois receberam, no grupo, o apelido de Boanerges, que significa filhos do trovão (Cf Mc 3,17). Isso mostra mais uma vez que João não era muito boa bisca. Era um rapaz de temperamento impulsivo e vingativo.
Foi a convivência com Jesus que o mudou, fazendo dele o Apóstolo do amor e aquele que nos deu a maravilhosa definição de Deus: Deus é amor.
A convivência transforma as pessoas, tornando-as parecidas, no pensar, no sentir e no agir. O processo é lento e imperceptível, mas é implacável. É o que diz o provérbio: “Diz-me com quem andas, e eu te direi quem és”.
Quem fica perto do fogo, se aquece. O ferro, em contato com o fogo, muda até de cor.
O livro dos Atos dos Apóstolos narra que, após Pentecostes, João exerceu uma atividade missionária intensa. Foi justamente este seu cuidado pastoral que o levou a escrever cinco livros da Bíblia: O quarto Evangelho, as três cartas e o Apocalipse.
Podemos resumir a vida do Apóstolo João com a seguinte frase: Ele tinha um grande amor a Jesus, um grande amor à Igreja e um grande amor ao próximo. É um verdadeiro modelo de cristão.
E João recebeu de Jesus uma missão muito especial e bonita: cuidar de sua mãe, após a sua morte (Cf Jo 19,25-17). Os teólogos dizem que, ali no Calvário, João representava todos os cristãos de todos os tempos. nós. Portanto, naquele momento, ganhamos Maria por mãe.
Vamos, a exemplo de João, levar Maria para a nossa casa. Se o fizermos, podemos ter certeza que com ela irá o céu inteiro, pois ela é a Rainha do céu e da terra.
O outro discípulo correu mais depressa que Pedro, e chegou primeiro ao túmulo.






MOMENTO DE REFLEXÃO

Constantemente se critica as pessoas mais velhas por não se adaptar ao mundo moderno.
Sem dúvida, nós nos responsabilizamos por tudo o que fizemos e não culpamos a ninguém por isso.
Não obstante, depois de uma serena meditação, gostaria de assinalar que, apesar de havermos levado o mundo na flauta, de haver vivido uma revolução sexual, de havermos nos rebelado contra certos valores tradicionais e de haver dançado com Os Beatles e Os Rolling Stones….
NÃO fomos nós que eliminamos:
A melodia da música,
O talento e a engenhosidade das criações artísticas,
A boa voz na hora de cantar,
O orgulho por nossa aparência exterior,
A cortesia ao dirigir,
O romance nas relações amorosas,
O compromisso do casal,
A responsabilidade da paternidade,
A união da família,
A aprendizagem e o gosto pela cultura,
O sentimento de patriotismo,
O rechaço à vulgaridade e a grosseria,
NÃO fomos nós que eliminamos:
O presépio de natal das escolas e cidades,
O bom comportamento intelectual,
O refinamento de linguagem,
A dedicação à literatura,
A prudência na hora de gastar,
A ambição por querer ser alguém na vida
Nem tão pouco tiramos Deus do governo, das escolas dos hospitais e de nossa vida.
O respeito aos outros. Às mulheres e aos anciãos,
E por suposto que não fomos nós que eliminamos a paciência e a tolerância de nossas relações pessoais nem de nossas interações com os demais.
De fato, já sou una pessoa mais velha!
Entretanto posso animar uma festa... mesmo que só resista até meio dia.
Entretanto posso abrir frascos com tampas a prova de crianças ainda que tenha que usar um martelo.
Entretanto me lembro de chegar em minha casa a uma hora e de forma adequada.
Entretanto durmo como um bebê durante as noites... ainda que no outro dia o corpo demore em permitir que me levante.
Mas, todavia, posso rir-me das críticas... ainda que as vezes não possa ouvir bem o que dizem de mim.
Porém sou muito bom contando histórias ou piadas…
Mesmo que as repita várias vezes.
Mas não pense que me tenha tornado um lutador, casca grossa, nem intransigente…
Simplesmente que tenho idade para dizer que há coisas que já não me agradam…
Já não gosto do engarrafamento no tráfego, nem das multidões,
nem da música alta,
nem dos crianças gritadoras,
nem dos cachorros que latem,
nem de certos políticos que enganam,
nem de tantas outras coisas
que agora não me lembro.
Mas desejo seguir desfrutando de minha vida, a vida que Deus me deu.
Portanto respeitando aos outros e que os outros me respeitem.