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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 12/06/2014


Quinta-feira, 12 de junho de 2014.


“Um homem honesto não sente prazer no exercício do poder sobre seus iguais.” (Thomas Jeferson) 




EVANGELHO DE HOJE
Mt 5,20-26

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘Patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.
23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.






MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz


Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.
Neste Evangelho, Jesus nos pede com veemência que nos reconciliemos com todos. Reconciliação é o perdão levado à prática, um perdão mais profundo e duradouro.
“Quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma mágoa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão.” Isso porque “tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25). Deus não quer receber dois tratamentos de nós: a ele presente no altar e a ele presente no nosso irmão.
O amor fraterno e a reconciliação são condições prévias para um culto autêntico a Deus. Por isso, o sacramento da confissão está orientado para a Eucaristia, ela mesma tem, no início, o ato penitencial. “Irmãos, reconheçamos as nossas culpas para participar dignamente dos santos mistérios”, diz o presidente da celebração, antes do ato penitencial. “Amar a Deus e ao próximo vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios” (Mc 12,33). Entretanto, é uma tentação constante para nós a separação entre o culto e o amor fraterno, o rito e a prática da justiça. Inclusive a expressão popular “católico praticante” não inclui a caridade e sim o culto.
“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.” Jesus se refere ao conceito de santidade que tinham os chefes judaicos. Aquele jeito de buscar a santidade, diz Jesus, não alcança o nível requerido para pertencer ao Reino de Deus, porque é muito formalista, é exterior, e não vai à raiz, às atitudes, ao coração.
“Vós ouvistes o que foi dito: Não matarás... Eu porém vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo.” Na verdade, Jesus não mudou as Leis antigas, apenas mudou a maneira de interpretá-las. Ele olha o espírito da Lei. “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para levá-las ao seu pleno cumprimento” (Mt 5,17).
As Leis do Antigo Testamento vieram de Deus, que é nosso Pai amoroso. Devemos ir além das palavras, da letra, e chegar ao espírito da Lei, isto é, à intenção do legislador ao dar a Lei. Quando amamos uma pessoa, nós lemos no coração dela o que suas palavras não conseguem expressar. Jesus fazia isso ao ler o Antigo Testamento. E nós também devemos fazer em relação a toda a Bíblia e a todas as leis.
Por exemplo, olhando o mandamento: “Não matarás”, nós percebemos que o que Deus quer é que não façamos mal nenhum ao próximo, inclusive não xingá-lo nem nos encolerizar com ele.
Deus é um grande pedagogo. Ele respeita a lei do crescimento, que está na natureza humana. Antes de dar uma lei mais forte, ele dá uma mais fraca, como escada, como treinamento, para a pessoa chegar até ao que ele realmente quer.
“Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal.” Todos nós estamos caminhando rumo ao tribunal de Deus, junto com parceiros e adversários. Cada dia que amanhece é uma nova chance que Deus nos dá para nos reconciliarmos com os adversários, porque, quando estivermos diante do tribunal de Cristo, não haverá mais tempo de reconciliação. E lá no céu não entram inimigos nem adversários um do outro! Lá só entra quem estiver unido e unida a todos, sem exceção.
Com a vida eterna não se brinca. Não podemos deixar para amanhã a solução de problemas que podem interferir no nosso julgamento final!
“Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”. É uma referência indireta ao Purgatório, onde ficarão por um tempo as pessoas que eram boas na terra, mas morreram com dívidas com Deus, isto é, com desuniões não reconciliadas, com Deus ou com o próximo. No céu só entra gente totalmente santa. Entretanto, “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva” (1ª Leitura). O Purgatório é mais um sinal do grande amor de Deus por nós. Ele nos quer todos junto dele eternamente, por isso descobriu um jeito de o conseguir: criando um estágio de purificação após a nossa morte. Assim, fica salva também a sua justiça que é infinita.
Em relação à Campanha da Fraternidade, desejamos que o nosso mundo seja o mundo de Deus e o mundo dos homens, não o mundo da riqueza e dos bens econômicos. O que o pobre come? E o rico? Onde o pobre mora? E o rico? Quanto mais dinheiro acumulado, mais privilégios.
Havia, certa vez, uma senhora que gostava de, no jantar, em vez de cozinhar, fazer um lanche para o esposo e o filho de dez anos. Em um desses lanches, depois de um dia de muito trabalho, ela colocou na mesa torradas bastante queimadas. O homem pegou a sua torrada, sorriu para a esposa e perguntou ao menino como tinha sido o seu dia na escola. Enquanto isso, ele pegava pedaços de torrada, passava margarina e comia.
Terminados os trabalhos do fogão, a mãe veio e pediu desculpas por haver queimado as torradas. O esposo respondeu: “Amor, eu adoro torrada queimada”.
Mais tarde, naquela noite, antes de dormir o garoto perguntou ao pai, longe da mãe, se ele gostava realmente de torrada queimada. Ele abraçou o filho e disse: “Companheiro, sua mãe teve hoje um dia de trabalho muito pesado e estava cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. Precisamos aceitar as falhas alheias, relevando as diferenças entre um e outro. As pessoas se esquecem do que lhes dizemos, mas nunca se esquecem do modo como as valorizamos e acolhemos.
A mãe não costuma guardar rancor dos filhos, nem se vingar deles, porque ela é símbolo do amor de Deus. Que Maria Santíssima, a Mãe das mães, nos ajude a nos reconciliarmos com todos.
Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.





MUNDO ANIMAL


Relato de Ana Paula Tolentino, uma adotante de um cão idoso:


Amo cães, todos são lindos: desde aquele com a raça mais pura até os bons e fiéis "vira-latas". Desde o "mais bebezinho" que faz gracinhas e chama a atenção de todos até os de muita idade. O meu amor é verdadeiro em qualquer dos casos, mas confesso que tenho apreço especial justamente pelos últimos: velhos, abandonados, desprezados, doentes ou jogados à própria sorte. São exatamente eles que ganharam meu coração ao longo desses anos de amor incondicional pelos cães. Dentre tantos que tive o prazer do convívio, uma em especial abriu meu coração para o amor e dedicação de corpo e alma: Malu. Eu a vi nascer, foi cria de uma Cocker perdida ou abandonada, idosa e cheia de doenças, que recolhi das ruas numa noite de feriado de Finados. Apesar de todo amor que tínhamos por ela, não pudemos evitar uma agressão que sofreu durante uma invasão a nossa casa. Junto com a agressão vieram sequelas, tratamentos e cirurgias, e aos 13 anos de idade, Malu precisou me deixar para alcançar o paraíso merecido.
Dois anos depois de muita dor e saudades, uma criatura de Deus foi abandonada quase em frente a minha casa. Seus donos se mudaram e claro, não havia lugar pra ele na mudança. Os vizinhos se incomodavam com a presença dele, atirando pedras, jogando bombas e tentando agredi-lo. O recolhi em meio a uma discussão com um vizinho que chamou o CCZ para recolher o cão. Bom, na presença da polícia e do CCZ eu adotei aquele anjo, que era velho e vira-latas, quase sem dentes e nada sociável por conta de todo o sofrimento vivido até ali, ninguém o queria. "Creuzo", o feio mais lindo que eu tive a sorte de ter ao meu lado por 2 anos, tinha aproximadamente 16 anos de vida e 2 anos foram repletos de cuidados, carinho e amor que o transformaram numa criatura doce. Infelizmente após uma internação urgente, ele também foi pro paraíso canino morar ao lado de tantos outros seres de alma plena.
Um pouco mais de mês de dor e o vazio, eu estava navegando nas redes sociais, quando vi um pedido mais que especial. De alguma forma, após muitos compartilhamentos, chegou até mim uma solicitação tocante feita por uma voluntária do CCZ de São Paulo (hoje minha amiga) Keké Flores. Ela implorava a adoção um cão idoso, vira latas de temperamento fácil, calmo, sofrido com sequelas de maus tratos, um câncer de boca e abrigado há mais de 4 anos no CCZ. Ele era branquinho feito um queijo japonês, por isso seu nome: Tofu. Chorei dias e noites seguidas me lembrando de cada palavra que contava a história dele e prometi a mim mesma que faria qualquer coisa para trazer ele pra mim. Deixei convite para ela me aceitar como amiga, liguei em todos os telefones, deixei recados e no terceiro dia de desespero ela me retornou. Pedi encarecidamente que não entregasse ele a ninguém porque no dia seguinte eu iria buscá-lo. Mas enquanto conversava com ela, visualizei outros posts com solicitação de adoção. Dentre eles, outro me chamou a atenção: Bilu. Ele tinha uma história muito triste de abandono e 3 readoções. Não era velho, mas vi nele a esperança de trazer Tofu de volta pra uma vida real. Quando cheguei no CCZ para buscar meu Tofu, eu me apaixonei pelo Bilu também. Todos tinham a certeza de que Tofu era mudo, nunca havia latido, só andava devagarinho, cabisbaixo. Mas com apenas 3 dias em casa, Bilu o ensinou a latir e correr! Chorei muito...mandei vídeos pra Keké, que foi a voluntária responsável pela adoção, para mostrar a todos do que o velho Tofu era capaz!
Os dois se amam, estão sempre juntos e tenho certeza - pela maneira que erguem os olhos para mim - que são gratos pelo amor que compartilhamos. Nunca comprei um cachorro, pois amigos verdadeiros não tem preço! E os animais idosos não são dispensáveis e inúteis como a maioria dos seres desumanos julgam e por menos tempo que tenham de vida, merecem saber como é ter um lar e uma família com amor. Se adotados, serão criaturas verdadeiras, amáveis e eternas no coração de quem os der abrigo e carinho.





MOMENTO DE REFLEXÃO


Para se conservar uma belíssima amizade, é necessário cultivá-la,
como se fosse um jardim de rosas raras.
Tem que colocar muitos sentimentos e estar presente a todo momento, 
e ser amigo de verdade,  para se ter uma grande amizade.
Ser fiel e realmente verdadeiro  e chegar sempre primeiro,  para lhe oferecer o mundo inteiro,  tudo com muito sentimento, e nunca esperar nenhum pagamento.
Amizade é simples, mas é coisa séria,  é como um casamento sem papel,  é uma união de amigos que se gostam, é para as horas amargas,  e também para saborear o mel.
Amizade é sorrir para o amigo e o apoiar, quando na verdade  o que a gente queria era chorar.
Tem que haver entrega , solidariedade, sem cobranças,  muito carinho e confiança, um ombro amigo, e muita atenção,  tem que dar tudo incondicionalmente, sem restrição.
Tem que ser o equilíbrio da balança,  ser muito legal é fundamental!
Dar apoio, participar da vida e dar calor, amizade... é quase amor!



(Angela Crespo)

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