Quarta-feira,
30 de dezembro de 2015
“Os dias
prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga e persistência.” (Henry
Ford)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 2,36-40
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Havia também
uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era de idade
avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do
templo; dia e noite servia a Deus com jejuns e orações. Naquela hora, Ana
chegou e se pôs a louvar Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a
libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor,
eles voltaram para Nazaré, sua cidade, na Galileia. O menino foi crescendo,
ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
A
profetisa Ana não abandonava o Senhor e talvez seja essa uma das grandes
características daqueles a quem Deus se manifestou ou se deixou revelar. E
quanto a nós, ao raiar de um novo ano, como anda nossa fidelidade ao Senhor?
Que propósitos fizemos em cima das missões que Deus nos confiou?
Algo
nessa reflexão me fez recordar certo percalço na vida do Apóstolo Paulo, quando
deparou com uma situação eminente de morte, onde todos que o cercavam já haviam
desistido das chances, ele então lança um brado que resumidamente diz: NÃO PULE
DO BARCO!
“(…)
Imediatamente, os marinheiros procuraram fugir e, sob o pretexto de largar as
âncoras da proa, lançaram o bote ao mar. Paulo disse ao centurião e aos
soldados: SE ESTES HOMENS NÃO PERMANECEREM NO NAVIO, NÃO PODEREIS SALVAR-VOS“.
(Atos 27, 30-31)
Ana
não abandonava o Senhor mesmo após tanto tempo de viuvez. Eu imagino a
dificuldade em ser mulher em um período repleto de tradições centradas no
machismo. Ser viúva, mais que um estado civil era imaginá-la sem ter alguém que
cuidasse se sua saúde, de sua vida, do mínimo necessário para poder sobreviver.
Ser viúva era contar com a doação das pessoas caso não tivesse patrimônios,
riquezas ou a juventude.
Ana
se apega a Deus. E quem melhor ela poderia se apegar? Ela resolve não pular do
barco!
Conheço
pessoas que nesse ano, por um instante ou mais pensaram (ou ainda pensam) em
desistir. Cansaram talvez dos dedos apontados, das críticas infundadas, das
perseguições, da falta de sorte… Não encontram mais forças ou razões para
levantar a cabeça e com ela naufraga a sua auto-estima. Mas é preciso voltar a
acreditar no Senhor e esperar a visita de Jesus na nossa aflição.
Por
que Moisés bateu na pedra? Muito mais que água, ele firmava ali sua confiança
em Deus. Uma multidão o olhava como um louco, alguém que os havia enganado,
alguém que apesar dos belos feitos do passado, agora não merecia confiança…
Moisés por um instante também pendeu a desistir em meio às críticas, mas
insistiu em mostrar… Seu atrevimento move o milagre de Deus.
“(…)
O Senhor respondeu a Moisés: ‘Passa adiante do povo, e leva contigo alguns dos
anciãos de Israel; toma na mão tua vara, com que feriste o Nilo, e vai. Eis que
estarei ali diante de ti, sobre o rochedo do monte Horeb ferirás o rochedo e a
água jorrará dele: assim o povo poderá beber’. Isso fez Moisés em presença dos
anciãos de Israel. Chamaram esse lugar Massá e Meribá, por causa da contenda que
os israelitas tiveram com ele, e porque tinham provocado o Senhor, dizendo: ‘O
Senhor está ou não no meio de nós’?” (Êxodo 17, 5-7)
Moisés
não abandona o Senhor. ELE TAMBÉM NÃO PULA DO BARCO!
Nossa
perseverança normalmente dura até a primeira sede de Deus. Como posso me
afastar do poço nesse mundo tão deserto? Ninguém é tolo de enfrentar o deserto
sem levar consigo um cantil ou reservatório de água. Como, portanto suportar as
dificuldades da vida sem levar Deus conosco?
Uma
pequena observação: Quando falo do cantil é em virtude de termos que ir e não
nos acomodar ao conforto do oásis somente… O cantil nos lembrará a hora de
voltarmos.
Voltando…
Ele (Deus) precisa estar no nosso trabalho, na escola, em casa. Esses locais
precisam aos poucos se tornar oásis e não desertos. O que faz um local de
adversidades se tornarem pouco a pouco um lugar melhor é a água que carrego no
cantil. É a fé persistente de Ana; é bater contra a rocha e ver brotar água aos
olhos dos mais descrentes; é ver esperança no filho drogado; é depositar nas
mãos de Deus o futuro incerto; é ver a reconstrução e a vida quando a chuva
derruba a casa; é ver a luta de quem insiste em levantar mesmo que a vida não
lhe ofereça condições; é ver Jesus andando sobre as águas e acalmando o mar…
Meu
irmão! Minha irmã! Não desista! Jesus vem hoje te visitar!
Dificuldades
nos ajudam a também crescermos fortes!
Um
imenso abraço fraterno.
PARA
REFLETIR
Muita
gente faz listas imensas de resoluções para o ano que está a chegar. Algumas
pessoas acreditam que a chegada em um novo ano tem a capacidade de mudar algo
na vida. Já tem um pessoal por aí que acha tudo balela, papo de quem é ligado
em astrologia e que um ano é apenas mais um conjunto de 365 dias (ou 366,
dependendo). Mas eu lembro de ter aprendido lá nos idos 2004, em uma aula de
Psicanalise, a importância dos ritos e rituais para o ser humano que vive em
sociedade. Assim as comemorações de fim de ano são rituais importantes tanto
para nossa sociabilização com os outros da nossa espécie, como uma maneira de
encerrar um ciclo.
.O
fim de ano, com o Natal e Reveillon, serve para finalizar um ciclo e nos
preparar para uma nova jornada, com novos planos e novos projetos. E quem
conseguiu finalizar o que foi prometido no início de 2010, fecha o ciclo com
sensação de dever cumprido. Quem não conseguiu, pode sempre jogar as coisas
para o ano que vem. Assim, as resoluções de ano novo são nada mais que promessa
e projetos a serem executados em um novo ciclo que vem por aí, nada tem a ver
(necessariamente) com algo astral ou sobrenatural. Acho importante dividir a
vida em períodos, pois assim, conseguiremos estabelecer metas e organizar
melhor todas as atividades da vida.
As promessas feitas em 1º de janeiro servem
bastante para delinear suas ações durante os próximos meses que virão. Se você
prometeu emagrecer, vale desenvolver ações para que isso ocorra, como entra na
academia, fazer dieta, começar a correr. Se decide que irá viajar, vale começar
a pensar e se programar para isso (como juntar dinheiro, reservar passagens,
programar roteiros).
.Dessa
maneira, podemos encarar o fim de ano como finalização de um ciclo em nossas
vidas e vai dizer que você não se sente realmente mais cansado quando chega
dezembro e parece ter suas energias recuperadas logo no início de janeiro? Pois seu corpo sabe que o primeiro mês do ano
será mais light com menos atividades. Assim, vamos (por que não??) fazer nossas
resoluções de ano novo?
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