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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Domingo 06/12/2015


Domingo, 06 de dezembro de 2015


“A confiança do ingênuo é a arma mais útil do mentiroso.” (Stephen King)


EVANGELHO DE HOJE
Lc 3,1-6

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e da Traconítide, e Lisânias, tetraraca de Abilene, enquanto Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, a Palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto. Ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías: “Voz de quem clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele. Todo vale será aterrado; toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas serão endireitadas, e os caminhos esburacados, aplanados. E todos verão a salvação que vem de Deus”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor







MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Queiroz


Todas as pessoas verão a salvação de Deus.
Este Evangelho, do segundo domingo do advento, tem duas partes. Na primeira, o evangelista situa bem, na história nacional e internacional, a preparação do povo feita por João Batista, para que as pessoas possam receber a Boa Nova trazida por Jesus. A preparação consistia na prática da penitência, no arrependimento dos pecados e na conversão. Na segunda parte, o evangelista apresenta um resumo da pregação de João Batista.
Ele repete as profecias de Isaías, que chamam abertamente para uma mudança de vida, e o faz através de comparações: endireitar as veredas, aterrar os vales, rebaixar as montanhas e colinas, tornar retos os caminhos curvos, aplainar os caminhos acidentados... Tudo isso, a fim “preparar o caminho do Senhor”. Assim, “todas as pessoas verão a salvação de Deus”.
Precisamos aplainar as desigualdades injustas, tapar os buracos da fome, da ignorância e da pobreza, arrasar o orgulho, construir pontes de reconciliação. Reconhecendo que somos pecadores, podemos levantar para a esperança os ânimos nossos e das pessoas decaídas.
Tudo parte da conversão pessoal que, segundo João Batista, deve ser concreta e atingir a nossa vida individual, o nosso ambiente e a sociedade, construindo uma nova estrutura.
A graça quer agir em nós no advento como uma pedra lançada em um lago: as ondas vão se alargando e atingindo a nossa família, o nosso ambiente de trabalho, de estudo... até chegar à mudança de estruturas sociais. O amor a Deus e ao próximo é o motor de tudo isso.
O mais importante e a fonte de tudo é a conversão pessoal, a mudança de coração, de mentalidade e de comportamento. A vida humana não se transforma através de mudanças estruturais, mas através do testemunho de pessoas transformadas. O futuro melhor forja-se no coração de cada um.
Foi a gente simples do povo que melhor respondeu ao imperativo da conversão que o profeta anunciava. Os pobres são vazios de si mesmos e respondem mais generosamente ao chamado do alto.
Hoje, preparar o caminho do Senhor está cada vez mais difícil, porque, no nosso meio, a indiferença religiosa e a multiplicação de seitas diluem a força que vem do alto. Contudo, muitos profetas atuais têm operado maravilhas, apressando a vinda do Senhor.
Somos peregrinos da esperança, atravessando o deserto da vida, rumo à casa do Pai e nossa casa definitiva. Nós olhamos sempre para frente, procurando descobrir novos passos a dar.
Numa época de mudanças sociais profundas como a nossa, temos de examinar seriamente a nossa sensibilidade ao Evangelho. Que bom seria se João Batista aparecesse hoje, fazendo-nos apelos concretos e nos convidando à conversão!
E João Batista, como todos os profetas, nos ensina não só com as palavras, mas com a sua vida. Ele morava no deserto, que é um dos piores lugares para se viver, devido ao calor, à falta de vegetais e qualquer tipo de distração. Assim, o deserto faz com que a pessoa automaticamente olhe para o céu e se lembre de Deus.
Também a roupa de João, feita de pelos de camelo, não era nada confortável. Tudo o forçava à penitência.
Outro exemplo admirável de João é a sua coragem de falar a palavra certa, na hora certa, para a pessoa certa e sem rodeios nem medo.
Se agora no advento, fugirmos um pouco da nossa vida confortável e barulhenta, buscando a oração e a contemplação, certamente Deus nos ajudará a nos preparar bem para o Natal, o qual será iluminado pela mesma estrela que iluminou a gruta de Belém.
Outro exemplo de João é que ele comia gafanhotos. Gafanhoto é bom para a saúde, mas não é nada agradável de se comer. O cristão penitente come o que e quanto precisa para ter uma boa saúde.
Certa vez, faleceu o guardião de um grande mosteiro. Guardião é o monge responsável por toda a administração material do mosteiro, cargo que fica logo abaixo do superior. Aquele monge havia exercido essa função durante longos anos, acumulando larga experiência. Não era fácil, agora, encontrar o seu substituto.
Por isso o superior convocou uma reunião com todos os monges e, num ambiente de grande expectativa e responsabilidade, introduziu o assunto: “Precisamos escolher o novo guardião do mosteiro. Tendo em vista a exigência dessa função, precisamos ser criteriosos na escolha. Por isso, resolvi fazer o seguinte: vou colocar um problema. Aquele que conseguir resolver o problema mais rapidamente, será o novo guardião”.
O superior ausentou-se da sala e, pouco tempo depois, voltou. Trazia um jarro grande, muito antigo e de rara beleza. Trazia também uma rosa amarela, muito bonita. Colocou o jarro e a rosa em cima da mesa, no centro da sala, e disse: “Eis o problema!”
“Mas como, o problema?” – pensava intrigado cada monge consigo mesmo. Um pesado silêncio caiu na sala. Ninguém ousava se mexer. Alguns até duvidaram da sanidade mental do superior.
De repente, um dos monges levantou, aproximou-se do jarro e da rosa amarela e, com um golpe, quebrou o jarro precioso e machucou a flor!
Os outros monges prenderam a respiração e soltaram um “ai” incontrolável. O superior do mosteiro, serenamente, falou: “Você será o novo guardião do mosteiro!”
Um problema, mesmo que seja um problema bonito, é problema e precisa ser resolvido. Nós criamos determinados hábitos que se tornam problemas. Advento é tempo de enfrentar com decisão e firmeza os nossos problemas, a fim de superá-los.
Na gruta de Belém, Deus derrotou definitivamente o mal. E lá os visitantes encontravam o Menino Jesus nos braços de sua Mãe. Que nos prepare bem para o Natal.
Todas as pessoas verão a salvação de Deus.​






VÍDEO DA SEMANA

Você pode modificar o seu olhar diante das situações.
Pe. Fábio de Melo



https://www.youtube.com/watch?v=fjsBD0Yq-hI






MOMENTO DE REFLEXÃO


Existe uma história maravilhosa a respeito de Jimmy Durante, um dos grandes artistas de teatro de variedades de algumas gerações atrás.
Pediram-lhe que fizesse parte de um show para veteranos da Segunda Guerra Mundial. Ele disse que estava com a agenda muito ocupada e que poderia ceder apenas alguns minutos, mas que, se não se importassem de ele fazer um monólogo curto e partir imediatamente para seu próximo compromisso, ele iria.
É claro que o diretor do espetáculo concordou alegremente.
Mas quando Jimmy subiu no palco algo interessante aconteceu. Ele acabou o pequeno monólogo e ficou. Os aplausos ficaram cada vez mais altos e ele continuou ali - quinze, vinte, então trinta minutos.
Finalmente, fez sua última reverência e saiu do palco. Na galeria alguém o deteve e disse:
- Achei que o senhor tinha que partir depois de alguns minutos. O que aconteceu?
Jimmy respondeu:
- Eu realmente tinha que ir, mas posso lhe mostrar o motivo pelo qual fiquei. Você mesmo pode ver se olhar para a primeira fila.
Na primeira fila estavam dois homens, cada um dos quais havia perdido um braço na guerra. Um perdera o braço direito e o outro, o esquerdo. Juntos, eram capazes de aplaudir e era exatamente isso o que estavam fazendo, bem alto e alegremente.


(Tim Hansel)

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