Domingo, 29
de novembro de 2015
“Ganhamos
força, coragem e confiança a cada experiência em que verdadeiramente paramos
para enfrentar o medo.” (Eleanor Roosevelt)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc
21,25-28.34-36
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Haverá
sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas,
apavoradas com o bramido do mar e das ondas. As pessoas vão desmaiar de medo,
só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as potências celestes serão
abaladas. Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e
glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a
cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Cuidado para que vossos
corações não fiquem pesados por causa dos excessos, da embriaguez e das
preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós, pois cairá como
uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. Portanto, ficai
atentos e orai a todo momento, a fim de conseguirdes escapar de tudo o que deve
acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem.
Conteúdo
publicado em Comece o Dia Feliz.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=29%2F10%2F2015#ixzz3jxryATh1
Autoriza-se
a sua publicação desde que se cite a fonte.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Pe. Antonio
Queiroz
A
vossa libertação está próxima.
Neste
Evangelho, do primeiro domingo do advento, Jesus nos fala mais uma vez do final
dos tempos, e usa uma linguagem própria do estilo bíblico que se denomina
“apocalíptica”. Nesse gênero literário não se dá valor a cada pormenor, mas à
mensagem global. E a mensagem do Evangelho de hoje é de que este mundo não é
eterno, ele terá um fim, tal como a humanidade, a quem Deus oferece a salvação
por meio de Cristo.
O
Evangelho contém uma secção descritiva e outra exortativa. A descritiva tem
como centro a frase de Jesus: “A vossa libertação está próxima”. A exortativa
chama a nossa atenção para a necessidade da vigilância: “Tomai cuidado para que
vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das
preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós”.
O
homem é um ser que espera. Não podemos viver sem esperança. A humanidade avança
graças à esperança. É a esperança que dá força a todos nós nos momentos
difíceis.
Muitas
pessoas, especialmente políticos, criam falsas esperanças no povo. Mas nenhum
sistema político-econômico consegue dar uma explicação satisfatória às grandes
inquietações do ser humano, que são a vida, a morte, o sofrimento...
Para
nós cristãos, todas as nossas esperanças se convergem na nossa maior esperança
que é Jesus Cristo, o qual nos leva para o Reino de Deus, que é uma realidade
ao mesmo tempo atual e futura. Cristo é a pedra angular sobre a qual se
constrói o edifício da libertação humana. Por isso, “levantai-vos e erguei a
cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. O advento de Jesus e da
salvação por ele trazida não são somente para o além, mas para este momento que
nos calhou viver. Cabe a nós fazer o mesmo que fez o cego de Jericó que, ao
ouvir que Jesus estava passando, jogou o manto e foi ao encontro dele. Esta
resposta pronta e decidida se concretiza em deixarmos o homem velho e nos
revestirmos do novo, que tem Cristo como modelo.
Da
esperança nasce o amor, o qual se transforma em justiça, em fraternidade, em
perdão, em paz... Aí está presente o Reino de Deus. Mas para isso precisamos
estar atentos às três ameaças à esperança, citadas por Jesus: a embriaguês, o
dinheiro e o prazer. São apenas três manifestações do extenso campo do mal
alojado em nós.
Por
outro lado, a esperança é fruto da oração, pela qual abrimos a porta do nosso
coração para Deus entrar e agir.
A
vigilância do advento é para nós uma fonte de enriquecimento das virtudes, que
nos preparam para o Natal.
“Senhor,
concedei-nos o ardente desejo de possuir o reino celeste” (Oração da Missa de
hoje).
No
advento nós celebramos a primeira vinda de Jesus, mas ao mesmo tempo nos
lembramos de que ele virá uma segunda vez, não mais na aparente fraqueza, mas
como nosso rei e juiz. Que estejamos preparados!
Certa
vez, um homem riquíssimo estava morrendo. Seu filho estava ao lado dele, junto
à cama. O homem, em seus últimos momentos, falou: “Filho, segure minha mão”.
Ele a pegou, enquanto seu pai continuava: “Filho, você está segurando a mão do
homem que se tornou o maior dos fracassos dentre todos os homens deste mundo.”
Seu filho retrucou: “Pai, por que o senhor fala assim? O senhor é o presidente
de uma das maiores empresas, além de dezenas de outras propriedades. O senhor
tem milhares de amigos.”
Então
ele respondeu: “Eu vivi por um tempo e não para a eternidade. Eu não me
preparei para o momento vindouro. Tudo o que eu tenho, eu vou deixar aqui. Tudo
é muito escuro e frio.”
Logo
depois ele morreu, com um semblante triste. Ele era, de fato, um homem
fracassado.
Nós
costumamos medir o sucesso de uma pessoa pelos bens que ela possui. Se os tem
em abundância, julgamos ser uma pessoa bem sucedida. Se não apresenta nenhum
patrimônio. Logo a taxamos de fracassada. Mas o sucesso ou fracasso não está na
quantidade de bens que possuímos, mas na nossa preparação para a vida eterna.
“O ser humano é como um sopro; seus dias, uma sombra que passa” (Sl 144,4).
Maria
santíssima ocupa um lugar de destaque no advento. Ninguém viveu melhor do que
ela a espera do redentor, inclusive fisicamente, pois ela o trazia em seu ventre.
Sua figura ilumina o advento, transbordando ao mesmo tempo alegria, esperança e
vigilância. Que seu exemplo nos ajude neste novo tempo litúrgico.
A
vossa libertação está próxima.
VÍDEO
DA SEMANA
Sofrer pelo
o que vale a pena - Pe. Fábio de Melo
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Na
madrugada o homem, sequioso de aventuras, chegou ao deserto de Gila, no Novo
México.
Estacionou
o caminhão e iniciou a caminhada de 32 quilômetros, para se encontrar em um
acampamento, com seu grupo de alunos.
O
verão era implacável e o sol ardia como fogo. O professor começou a sentir que
as botas não eram as ideais para aquele clima. Parou, arejou os pés, colocou
varias meias, acelerou o passo, reduziu a marcha. Nada funcionou.
Ao
cair da noite, chegou ao acampamento. Os pés estavam uma chaga viva. Eram
bolhas e machucados o que viu quando descalçou as botas.
Apesar
de tudo nada comentou com ninguém.
Dialogou
com os instrutores e com os garotos. A madrugada o surpreendeu em repouso.
Quando
a manhã se fez clara, veio o alarme. Um dos garotos sumira.
O
professor sentiu o peso da responsabilidade, antevendo as ameaças do deserto
cruel que o menino iria enfrentar. Calçou as botas outra vez e teve a impressão
de estar andando sobre vidro quente. Tropeçou, arrastou os pés. Tentou pensar
em algo para se distrair, esquecer a dor. Tudo em vão.
A
dor foi se tornando sempre maior, insuportável.
Finalmente,
ele alcançou a trilha que saía de uns arbustos e seguiu direto ao rio que
descia das montanhas, através de sombrios desfiladeiros.
Ao
ver a água, colocou os pés calçados dentro dela. Esperava alívio mas a sensação
foi de milhares de agulhadas perfurando-lhe as bolhas.
Deixou
escapar um grito estridente do peito e se jogou na água, por inteiro. A dor
aumentou.
Não
havia solução. Ele não conseguia mais andar e onde se encontrava, com certeza
demoraria dias para ser encontrado. E o garoto? Era preciso encontrar o garoto.
Uma
idéia tomou vulto em seu cérebro e ele começou a implorar, até sua voz ecoar
num brado sempre mais alto:
Um
cavalo. Por piedade. Preciso de um cavalo.
Depois,
como um lamento, colocou toda sua alma na palavra seguinte:
Jesus!
E
prosseguiu repetindo:
Jesus.
Um cavalo. Jesus.
Era
a primeira vez que orava.
Um
cavalo apareceu. Era real. Não era alucinação. Ele o montou por toda a noite,
até encontrar o garoto.
Cedo,
dois vaqueiros procuraram o animal que lhes fugira, não saberiam eles dizer o
porquê.
Mas
o professor sabia. Sua prece fora ouvida e atendida. Por isso, emocionado, ali
mesmo, pronunciou a segunda prece de sua vida: a prece da gratidão.
* * *
A
oração deveria fazer parte de nossa vida.
Orar
jamais deveria ser nosso último recurso, mas o primeiro a ser buscado.
A
prece movimenta profundas forças que concorrem para reverter quadros
enfermiços, enquanto alimenta com novo vigor a esperança e restabelece o bom
ânimo.
Minha única
prece, publicado na Revista Seleções Reader´s Digest
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