Terça-feira,
29 de setembro de 2015
"Para
conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos
as qualidades que naquela admiramos"
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 1,47-51
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo,
47Jesus viu
Natanael que vinha para ele e comentOu:
"Aí vem
um israelita de verdade,
um homem sem
falsidade".
48Natanael
perguntOu:
"De
onde me conheces?"
Jesus
respondeu:
"Antes
que Filipe te chamasse,
enquanto
estavas debaixo da figueira,
eu te
vi".
49Natanael
respondeu:
"Rabi,
tu és o Filho de Deus,
tu és o Rei
de Israel".
50Jesus
disse:
"Tu
crês porque te disse:
Eu te vi
debaixo da figueira?
Coisas
maiores que esta verás!"
51E Jesus
continuou:
"Em
verdade, em verdade, eu vos digo:
Vereis o céu
aberto
e os anjos
de Deus subindo e descendo
sobre o
Filho do Homem".
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom
dia!
Primeiro
ponto: Quem era Natanael? Nada mais que Bartolomeu, aquele que viria a ser um
dos discípulos de Jesus. Sua lembrança é comemorada dia 24 de agosto. Então por
que esse evangelho esta sendo visto hoje? Não é pelo dia, mas pela promessa
feita por Jesus.
“(…)
Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de
Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
Segundo
ponto: Temos ainda muita dificuldade em acreditar no que ainda não vimos. Ou
será que vimos, mas não reconhecemos?
Hoje
a igreja celebra o dia dos “mensageiros dos decretos divinos” ou Arcanjos.
Celebramos Miguel (Ninguém é como Deus), Rafael (Deus te cura) e Gabriel (Deus
é meu protetor). Será que concebemos nos dias de hoje “repletos” de bruxinhos,
vampiros bonzinhos (risos), a idéia de anjos ao nosso redor? Concebemos a idéia
de seres iluminados e alados a nos guardar por intermédio da vontade divina?
Esse
fato chega a ser intrigante… Até pouco tempo atrás a concepção de anjos ou foi
por muitos esquecida, em especial pelos jovens, ou banalizada pelos exotéricos.
Era anjo da sorte, da prosperidade, da saúde (e não era o Rafael não)… Vimos
aos poucos o comércio, a mídia, os oportunistas transformar o “agente sob as
ordens de Deus” em um empregado dos nossos desejos. Talvez essa “popularização”
tenha surtido o efeito contrário e ter colaborado para que tenhamos a dificuldade de imaginá-los no
cotidiano de nossas ações. Eles estão presentes, mas sensíveis aos olhos e
sentimentos dos mais simples e abertos ao projeto e ao amor de Deus.
Essa
sensibilidade provavelmente advenha do reconhecimento (ou fé) que Deus nos ama
e cuida de nós.
Podemos
notar esse pelas coisas que inexplicavelmente acontecem em nossas vidas e
daqueles que nos cercam. Prefiro chamar essa teia de coincidências de
cumprimento irrestrito da aliança.
“(…)
Reconhece, pois, que o Senhor, teu Deus, é verdadeiramente Deus, um Deus fiel,
que guarda a sua aliança e a sua misericórdia até a milésima geração para com
aqueles que o amam e observam os seus mandamentos, mas castiga diretamente
aqueles que o odeiam, exterminando-os, e infligindo sem demora o castigo direto
àquele que o odeia… Se ouvirdes esses preceitos e os praticardes fielmente, o
Senhor, teu Deus, guardará para contigo a aliança de misericórdia que jurou a
teus pais, amando-te, abençoando-te e multiplicando-te: abençoará o fruto de
teu ventre e o fruto do teu solo, teu trigo, teu vinho e teu óleo, as crias de
tuas vacas e de tuas ovelhas, na terra que jurou a teus pais dar-te. Serás
bendito mais que todos os povos. Não haverá no meio de ti quem seja estéril,
macho ou fêmea, tanto entre os homens como entre os animais”. (Deuteronômio 7,
9-10; 12-14)
Rafael
andava ao lado de Tobias, mas ele não o via assim, talvez essa seja a
manifestação mais comum dos arcanjos, pois uma das suas funções seja orientar
aqueles que mais precisam de ajuda e mesmo assim passar despercebido. Talvez
outros “anjos”, no entanto sem asas, estejam nos acompanhando e não os notamos.
Provavelmente não tenham o glamour dos arcanjos, mas é certo que sempre estão
presentes quando mais precisamos. São
pais, mães, irmãos, namorados (as), amigos (as), (…); de certa forma, são anjos
orientados pelos anjos de Deus.
São
Miguel, São Rafael, São Gabriel rogai por nós e defendei-nos do combate!
Zelemos
por nossos anjos! Rezemos por aqueles que nos rodeiam, principalmente os da
minha casa, do meu trabalho, da minha rua…
Um
imenso abraço fraterno
VIDA
SAUDÁVEL
Livre sua
mente das amarras e convenções da sociedade
Seguir o
exemplo de outras pessoas constantemente pode não ser muito saudável
Walter
Alexandre
Desde
pequenos construímos nossa mente com as idéias, opiniões e experiências das
pessoas que estão à nossa volta, e um pouco também com nossas próprias
experiências. Nós começamos a formar nossa mentalidade a partir do exemplo de
nossos pais e dos parentes mais próximos. Após certa idade, tomando como base o
exemplo de outras pessoas e coisas, como professores, colegas, meios de
comunicação, livros, cursos, etc. A construção da mente envolve a informação e
a experiência que geralmente vem de fora, observando as crenças, costumes e
cultura do meio em que se vive.
Pelo
fato de estarmos sempre a mercê das pessoas e costumes ao nosso redor, escondemos
o nosso verdadeiro eu. Mantemos a nossa essência aprisionada dentro de nós. Não
permitimos que muitas de nossas capacidades sejam desenvolvidas ou, se estas
desabrocham, são em intensidades muito pequenas.
Com
uma mente construída de fora para dentro, vivemos com concepções de um mundo
externo, e não nos permitimos viver nossa própria realidade. Somos o tempo todo
influenciados pelo mundo exterior e passamos grande parte da vida vivendo para
esse mundo. Ao longo do tempo, vamos nos frustrando, sentindo que falta alguma
coisa a ser acrescentada à nossa vida para sermos felizes.
Para
sermos felizes deveríamos permitir fazer o que nossa alma quer e deseja.
Geralmente fazemos o que nos disseram para fazer, o que seria melhor para nós.
Mas e a nossa essência, nosso eu verdadeiro, o que quer? Damos a nós mesmos o
que nossa alma quer? Seja na escolha da profissão, no lazer, seja em qualquer
tipo de atividade ou trabalho, fazemos o que nosso íntimo nos diz para
fazer?
Muitas
pessoas são condicionadas a fazer o que desde sempre lhe ensinaram que era o
certo, elas têm a mente construída pelos outros. Quando isso acontece, é
possível desconstruir a mente?
Ao
retirar da mente aquilo que foi criado pelos outros, a fim de libertá-la,
geramos um conflito mental. Muitas vezes passamos tanto tempo dizendo
"não" para coisas que queremos fazer, mas temos medo de não ser o
correto, que é muito difícil se libertar desses hábitos. Nesse caso, o que
fazer?
Vamos
dizer "sim" a tudo e incluir em nossa mente só o que é do agrado da
nossa alma, do nosso íntimo, da nossa essência. Geralmente são coisas simples,
humanas, naturais. A paz interior nasce dessas coisas que crescem dentro da
gente de uma forma grandiosa, nos deixando mais felizes e centrados. Seja
colocar os pés descalços no chão, encostar as mãos nas árvores absorvendo sua
energia, deixar o carro na garagem e fazer caminhadas, deixar o celular em casa
e apreciar a liberdade de estar sozinho, deixar se molhar com a chuva, sentir o
aroma dos alimentos e o perfume das flores, ouvir o som dos pássaros nas
árvores, lidar com a natureza de uma forma mais simples.
Tudo
o que colocarmos em nossa mente de forma prazerosa, leve, de acordo com o nosso
eu verdadeiro, cresce. É como se dissolvesse todo o lixo mental que nos foi
dado, todo o "tem que ser assim", todo o "isto é melhor para
você", todo o "você não vai ser nada na vida se não fizer isto",
etc.
Com
a compreensão da nossa verdadeira mente, deixamos de culpar os outros pelas
nossas dificuldades. Começamos a nos ver de outra maneira, nos
responsabilizando mais por nossos atos. E isto nos dá uma liberdade incrível,
gerando transformação e idéias de mudança.
Em
um momento de silêncio com nós mesmos, compreendemos que não somos essa mente
imposta. Nesses instantes de puro prazer não somos bombardeados pelas coisas
que vêm de fora. É a nossa criatividade, é a nossa intuição, é o que vem de
dentro. Nesses momentos fazemos com que nossa mente construída pelo mundo
exterior diminua e se dissolva, dando espaço para a criação de uma nova mente,
a nossa realidade, a de um ser verdadeiro.
Rejeitando
a repetição de padrões que não resolvem nada e de pensamentos do passado, nossa
alma aflora, nos envolvendo com paz, criatividade e beleza.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Viver
não é difícil, mas a gente complica.
Queremos
entender tudo, saber tudo, ter a ciência e as ferramentas e construir um mundo
que, na realidade, está muito além de nós.
Cada
dia que passa nos surpreendemos com os acontecimentos, como se não fossem
previsíveis e tentamos construir à nossa volta a redoma que vai nos proteger e
dar abrigo aos nossos.
O
que acontece aos outros pode nos acontecer, como o ar que invade cada narina
dos animais e dos homens e os torna iguais, mortais e dependentes de uma força
Maior.
Essa
realidade às vezes nos choca, como se não fôssemos, cada um, o outro para um
outro.
E
ter consciência da vida, da sua fragilidade e beleza não deveria nos intimidar.
[Cada
dia basta a si mesmo e se as dores de ontem continuam doendo no peito, as
possíveis alegrias do amanhã devem nos fazer olhar para o momento presente e
construir com ele o melhor que podemos com as nossas mãos.
Precisamos
viver agora como se o instante seguinte não fosse existir e fazer de cada
momento o mais precioso de todos.
Precisamos
dar de nós com a consciência que o que fazemos ou deixamos de fazer fica
enraizado nos que prosseguem nosso caminho.
O
amor, o ódio, a esperança e a desilusão são sementes que plantamos.
O
sorriso é o sol que oferecemos e o abraço o calor que abriga a vida.
Cada
instante temos escolhas, cientes ou inconscientes e elas constroem o que somos
ou deixamos de ser.
Quem
observa o vento, nunca semeará.
Mas
aquele que estuda seu coração e olha para o Alto, esse possuirá campos imensos
e nada lhe será recusado.
Deus
ama ao que dá com alegria e oferece com alegria ao que ama.
Se
tiver que deixar uma herança aqui na terra, que seja esta: o bem que você fez
sem contar e sem escolher.
Somos
todos sim, construídos do mesmo barro, mas nosso coração se modela cada dia,
com cada lição, cada porta que abrimos, cada mão que oferecemos.
Letícia
Thompson
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