Sexta-feira,
18 de setembro de 2015
“A paciência
que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.”
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 8,1-3
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 1Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova
do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam
sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual
tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de
Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos
com os bens que possuíam.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Ontem
fiz uma pergunta: Quem são os que de fato amam a Deus?
Apesar
da maioria das narrativas bíblicas haver um nítido predomínio do protagonísmo
masculino, característica da cultura judaica, esse breve trecho introdutório de
Lucas revela a presença de mulheres.
Longe
de serem simples mulheres, pois aparecer, destacar-se num cenário masculino
revela um grande teor de importância dentro de um grupo social. Notamos que
mulheres que foram citadas na bíblia mudaram a história de suas vidas e por
vezes do grupo ou comunidade que viviam.
Antes
de conhecerem Jesus pertenciam a um grupo seleto chamado deserto. Elas eram “os
excluídos” a quem nos referimos comumente nos dias de hoje. Não tinham voz, vez
ou fala. A vida devia se vivida conforme o que ia acontecendo; eram meras
espectadoras de suas próprias vidas… Jesus então aparece e as promove a
protagonistas.
Todo
aquele que se aproxima de Jesus começa a compreender que suas vidas merecem
muito mais do que o pouco que oferecem ou se dão. Por vezes, nós que estamos a
frente, pensamos que somos a última bolachinha do pacote, mas na verdade as
grandes pérolas de Jesus não são vistas ou passam desapercebidas aos nossos
olhos: São os filhos de Deus no mundo.
Esse
povo bom, mesmo sem saber tem a proteção do Altíssimo a lhe guardar. Apesar de
apenas acompanhar os apóstolos, (ir a missa de vez em quando, rezar muito
pouco,(…) Deus conhece o que já venceram e sua fé.
“(…)
Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente,
dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio.
É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá
com suas plumas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te será um
escudo de proteção. Tu não temerás os terrores noturnos, nem a flecha que voa à
luz do dia, nem a peste que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao
meio-dia. Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás
atingido. Porém verás com teus próprios olhos, contemplarás o castigo dos
pecadores, porque o Senhor é teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo.
Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda, porque aos seus
anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos”. (Salmo 90, 1-11)
Entranho
dizer que alguém tão pouco dedicado tenha a máxima atenção do Pai, mas na
realidade também fazemos isso… Quantos filhos bons (que não dão trabalho)
“sofrem” pela falta de atenção dos pais que dedicam 100% do seu tempo e cuidado
a aquele que dá trabalho? Poderíamos até cobrar mais de Deus quanto a isso, mas
a sabedoria divina explica ao filho que ficou na parábola do filho pródigo que
“(…) Tudo que é meu é seu!”.
Engraçado
é que nenhuma das mulheres, pelo menos no que esta escrito, demonstrou falta de
fé ou coragem como aqueles que ficavam “agarrados” a Cristo. Pedro quase
afogou, Felipe correu; João não quis entrar no sepulcro, e por ai vai… Em que
momento essas mulheres desistiram de acreditar? Não encontro referencia…
A
maioria das pessoas que ABANDONAM a luta, a igreja, o grupo, a pastoral são
aquelas de frente e não aquelas que passeiam. Claro que as aflições são
maiores, mas não é “via de regra”. Quantas pessoas em nossas comunidades, que
não estão de frente, mas as vemos há anos, nos mesmos lugares nas missas e
eventos. Elas não abandonam a Deus com facilidade. Quermesses, novenas,
tríduos, festas, (…) lá estão elas. Chovendo? Lá vêm elas de capa! (risos!)
Será que também não tem seus próprios problemas e aflições.
Precisamos
aprender com o exemplo silencioso daquelas mulheres e desses irmãos
perseverantes de hoje a não desistir. Deus nos promove a protagonista para que
EU DECIDA não desistir; EU QUEIRA levantar; EU QUEIRA algo melhor…
Um
imenso abraço fraterno
CULINÁRIA
Pão de
queijo de sanduicheira
Modo
de Preparo:
Bata
no liquidificador 1 xícara de leite, 1 xícara de óleo de cozinha e 3 ovos,
depois acrescente 2 xícaras de polvilho doce e a metade de um pacote de queijo
ralado parmesão e sal a gosto. Bata até ficar homogêneo. Unte a sanduicheira
com óleo com a ajuda de um papel toalha, depois despeje o conteúdo na
sanduicheira, preenchendo o desenho do sanduíche. Coloque um pouco de queijo
sobre a massa líquida e feche a sanduicheira. Deixe assando por aproximadamente
5 min. Quando corar está pronto! *A máquina de waffle também funciona para essa
receita.
Panqueca de
abobrinha!
Ingredientes:
1-1/2
xícara (chá) de abobrinha,ralada
1
ovo batido
2
colheres (sopa) de cebola, picada
2
colheres (sopa) de maionese
1/2
xícara (chá) de farinha de trigo
1/2
xícara (chá) de queijo parmesão ralado
1/2
colher (chá) de orégano
Sal
a gosto
Pimenta-do-reino
a gosto
Como
Fazer:
Misture
a abobrinha, o ovo, a cebola e a maionese. Junte a farinha, o queijo, o
orégano, o sal e a pimenta. Numa frigideira untada, coloque a massa aos poucos,
com uma concha. Quando formarem bolhas, vire a panqueca. Frite todas até acabar
a massa.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Assim
é a vida, repleta de chegadas e partidas. Somos seres a caminho, passageiros de
um trem onde embarcam e desembarcam companheiros de viagem, enquanto
percorremos caminhos, rumo ao nosso destino.
Os embarques são quase sempre motivos
de alegria, seja pelo esperado, seja pelo novo da companhia. Aquele que chega
abre para nós o leque de novas expriências, da descoberta de novas paisagens;
outras vezes, o prazer da realização de um desejo ou de um sonho.
Os desembarques, no entanto, são
motivo de tristeza. É alguém que parte do trem da nossa vida, deixando um lugar
vazio e levando consigo um pedaço da nossa história. Partir significa sair,
retirar-se, ir embora, pôr-se a caminho, seguir viagem. Um outro trem, um outro
caminho, uma outra viagem, um outro destino. Partir também significa
quebrar-se, romper-se e, no sentido figurado, doer-se. Dói ver o outro partir.
Quebram-se liames, rompem-se laços. De um modo ou de outro, sempre haverá
alguém desembarcando, na viagem da nossa vida e, apesar dos desembarques, é preciso sabermos como seguir adiante.
Afinal, o nosso trem prossegue no seu curso. A vida continua.
Esse aprendizado passa pela
compreensão do transitório nas nossas vidas. Tudo passa. A dor da partida
passa. O que num determinado momento nos parece o final de tudo, num outro
momento vemos que foi, apenas, um trecho do caminho. A amizade rompeu-se? O
relacionamento amoroso chegou ao final? Dói. Dói mas passa. A vida segue o seu
curso, cada dia trazendo a perspectiva de um novo começo, fazendo novas
solicitações, despertando novos interesses. Não é possível fazermos o tempo
parar. Quando nos apegamos ao passado temos a ilusória impressão de que são
atuais aqueles fatos já depositados nas prateleiras do tempo. Esta ilusão é que nos causa sofrimentos,
simplesmente, porque o que foi já não é mais. E a vida acontece no que é. No
aqui e agora.
A amizade que se rompeu ou o
relacionamento amoroso que terminou sempre causa sofrimento, num primeiro
momento. Desfazer laços não é fácil. Mexe com a afetividade, e o afeto é uma
emoção de sobrevivência, o que dificulta a aceitação da realidade. Vários são
os fatores que podem determinar a ruptura de uma relação afetiva. No entanto,
sejam quais forem esses fatores é preciso ter em mente que a amizade e a
relação amorosa são situações que envolvem pessoas e que cada uma delas tem o
seu próprio universo, que precisa ser respeitado. Um "não" é um
"não" e dispensa explicações. Partiu sem se despedir? Em muitos
casos, o silêncio fala mais alto do que as palavras. Para quem sabe escutar, a
voz do silêncio é de uma eloquência significativa e tem o poder de revelar o
outro muito mais do que se ele houvesse proferido um discurso.
À primeira vista, o respeito pelo
livre arbítrio, a aceitação do direito de escolha do outro podem ser
confundidos com indiferença. Isto porque fomos ensinados a "lutar"
pela vida. Mas não se trata de uma guerra! Trata-se de viver. Enquanto lutamos
perdemos oportunidades de vida. Respeitar a vontade do outro com serenidade é
uma forma de expressão da maturidade emocional. Na maioria das vezes, o
sentimento de rejeição leva-nos à situações e comportamentos inadequados e,
como consequência, a um sofrimento desnecessário. Um bom exercício é colocar em
prática este pensamento do Dr. Roberto Shinyashiki: "Se você quer me amar,
legal!!! Se você quer me desvalorizar, o problema é seu. Aprendi que somente eu
posso me desqualificar."
Por outro lado, as relações humanas
estão assentadas sobre quatro pilares de sustentação. São eles:
confiança, respeito, consideração e admiração. No momento em que um um
amigo, um namorado, um marido, enfim, quando uma pessoa resolve cortar uma
relação, estabelece um ponto de ruptura, um marco de distanciamento, minando um
dos elementos mais importantes de qualquer relação, a confiança, que não
precisa ser, necessariamente, naquela pessoa, mas na sua maneira de conduzir a
relação. Sem confiança não há condições de existir, harmonicamente, qualquer
relacionamento. Haverá aquela lacuna precisando, constantemente, ser preenchida
pelo outro, para que a relação permaneça harmonizada. Além de cansativo, provar
que se é confiável, a todo instante, é uma espécie de trabalho forçado. E o
sentimento precisa ser livre para que se manifeste em toda a sua plenitude e
possa gerar alegrias e felicidade.
Portanto, se em algum ponto da sua viagem
pelo planeta alguém decidir desembarcar do trem da sua vida, deixe-o ir-se e
mantenha a sua serenidade. Essa pessoa, por sua livre escolha, exerceu o seu
direito de não ocupar aquele assento que você lhe havia destinado. Era o melhor
lugar? Que bom! Quando você leva um presente para uma pessoa e ela não o
aceita, você volta com ele. O presente é seu. Pegue de volta o melhor lugar da
sua vida e aguarde o momento certo para presenteá-lo a uma outra pessoa que
esteja disposta a partilhar a viagem da vida com você.
Lêda Yara
Motta Mello
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