Páginas


(clique abaixo para ouvir a música)

LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 17/09/2015


Quinta-feira, 17 de setembro de 2015


“Sabemos o que somos, mas não o que poderíamos ser.” (William Shakespeare)



EVANGELHO DE HOJE
Lc 7,36-50

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!



Naquele tempo, 36um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa.

37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume.

39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que 40tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”.

Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, mestre”! 41“Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?” 43Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”.

44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”. 48E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. 49Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?” 50Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor










MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Tenho uma coisa pra mim: Quem são os que de fato amam a Deus?
Claro que não vou generalizar, mas quem são aqueles que vão à missa todos os domingos? Quem são aqueles cuja participação na comunidade e na celebração é quase despercebida? Será que amam menos ao Senhor que os que passam vários dias da semana em encontros e reuniões?
Os verdadeiros adoradores não são aqueles que vivem na igreja, mas aqueles cuja a igreja mora dentro neles.
Esses são os filhos de Deus que “fazendo chuva ou sol” estão lá; são aqueles que têm um compromisso firmado com Deus num determinado horário e local todas as semanas e não uma obrigação formal; é aquele que adentra no local santo e em silêncio contempla o doce afago de Deus que paira no ar; é muitas vezes aquele que até teme fazer uma leitura pelo respeito que tem a palavra de Deus…
Sim! Adorador é aquele que faz louvores de braços levantados como a Renovação Carismática, mas também é aquele que silencia como a Legião de Maria; filho de Deus é aquele que toca na missa, mas também aquele que tenta, mesmo desafinado, acompanhar o refrão; os amados de Deus são aqueles que O conhecem, mas TAMBÉM são aqueles que pouco tiveram contato.
Se Deus ama tanto o “santo” como o filho que esta perdido, por que então não consigo acolher ou receber bem aquele que ansiosamente deseja uma nova chance? Como posso condenar aquele que o mundo não cansa de maltratar?
“(…) Se compreendêsseis o sentido destas palavras: Quero a misericórdia e não o sacrifício… não condenaríeis os inocentes”. (Mateus 12,7)
Estamos vivendo a semana do evangelho do filho pródigo, meditado no último domingo, e hoje a mulher a quem muito foi perdoada, juntos, nos mostram o amor de Deus incondicional que acolhe e aguarda o retorno daquele que andou perdido. Será que eu sempre andei por onde Deus quis? Será que também eu, um dia, não fui perdoado.
Reparem… Se experimentarmos deixar a porta da igreja aberta nos surpreenderemos com a quantidade de gente que adentrará nos horários de almoço e fim de tarde. Veremos gente como a moça do evangelho de hoje em busca do consolo de Jesus, e também da mesma forma:  lançados aos seus pés pedindo ajuda, conforto, perdão…
É estranho e ao mesmo tempo divino como aquele que esta alcoolizado, sentindo-se perseguido, desesperançado  procura por uma porta de igreja aberta.
“(…) E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim“ (João 12, 32)
E nós? O quanto de nossa dívida foi perdoada?
Um imenso abraço fraterno





MUNDO ANIMAL

Educação do filhote, como entendê-la melhor.


Antropomorfismo, do dicionário Aurélio de língua portuguesa, significa a aplicação de algum domínio da realidade social, biológica ou física da linguagem ou conceitos próprios do homem inclusive de seu comportamento e o cinemorfismo é exatamente o inverso ou seja, a aplicação de domínio da realidade social, biológica ou física de linguagem ou conceitos próprios de cão ou de seu comportamento.
Por exemplo: quando um cão com um osso na boca ameaça um observador humano, na verdade imagina que essa pessoa deseja seu osso enlameado e pegajoso, fazendo assim faz uso de valores caninos, ou cinemorfismo.
Os cães são animais sociais cuja sociedade é regida por uma série de comportamentos a base instintiva e o homem é um animal humanizado, social e sua sociedade é regida por leis morais.

Porém, o problema é que no decorrer de um ano, o cão se desenvolve nas mesmas proporções que um humano se desenvolve em vinte anos, portanto a evolução é vinte vezes mais rápida, tanto no crescimento corpóreo quanto de comportamento e, portanto, o erro na criação de um filhote, por menor que seja, é vinte vezes mais grave do que o erro nos humanos.

As crianças conversam por movimentos, posturas e palavras, enquanto que os cães não tem uma linguagem verbal. O homem tem deixado de lado muito deste tipo de sentido do animal em troca do desenvolvimento da aprendizagem por palavras, mas continua esperando que o companheiro cão entenda palavras e situações, inclusive as punições, tão facilmente como fazem as crianças.

O cão fala através do corpo e de vocalizações como latir, gemer, chorar, etc., que muitas vezes não são compreendidas por nós, para expressar seus desejos ou insafisfações, sua dominância ou sua submissão.

Se você o deixar sozinho, ele pode urinar em seu tapete por reprovação (dominância) e se você se zangar, talvez ele urine nele, tremendo e com o rabo entre as pernas por medo (submissão). Uma mesma ação assume significados totalmente diferentes. Será que entenderíamos isto?

Para o cão, as eliminações corporais são uma manifestação do mais alto nível, elas o informam sobre sexo, idade, hora e o momento do indivíduo que passou.

Os maus tratos num filhote se repercutem em sua personalidade e em seu comportamento pelo resto da sua vida, exatamente como em uma criança, assim como isolamento e a falta de socialização. Isto conduz a problemas de comportamento sérios e que, infelizmente, são muito freqüentes.

Entretanto o antropomorfismo e seu erro mais freqüente é a associação de atitudes animais com posturas humanas. O cão que olha de lado abaixando a cabeça para evitar de olhar no rosto de seu dono dá a impressão de provar remorso por uma ação na qual ele se sinta culpado.

Se o proprietário vê em seguida as flores do jardim reviradas ou os livros rasgados, irá logo ligar os fatos: meu cachorro agiu mal e sabe disto. Porém não é bem assim, um cão que não é punido dentro dos dez segundos que seguem um ato repreensível, perde a consciência ou a memória de que acaba de fazer algo errado, pois já estará completamente ocupado com uma nova atividade.

Seu comportamento é na verdade uma manifestação de submissão por antecipação. Ele espera a punição que irá receber porque você voltou e não porque as flores estão espalhadas pelo jardim ou os livros estragados. Ele associa a punição com a seu regresso e não com a ação que ele cometeu impunemente.

Nos filhotes, assim como nas crianças, a consciência e o sentido do dever não são naturais. Os pais são essencialmente responsáveis pelo sentido moral e educação de suas crianças, que neste caso, se realiza principalmente por imitação. No cão isto também pode acontecer, mas ele agirá desta forma na medida em que isso o divertir ou for proveitoso.

A educação do cão progredirá na medida em que seus instintos forem equilibrados com as leis morais da sociedade e isto é feito por nós.

Um cão não quer ser tratado como um humano, porém o mesmo cão espera que nós sejamos como ele, que participemos de atividades em grupo, que brinquemos, que cacemos juntos e que durmamos no mesmo lugar que ele.







MOMENTO DE REFLEXÃO


Um homem encontrou um ovo de águia e o colocou debaixo da galinha que chocava seus ovos no quintal.

Nasceu uma aguiazinha com os pintos e com eles crescia normalmente.

Durante todo o tempo a águia fazia o mesmo que faziam os pintinhos, convencida de que era igual a eles.

Ciscava, ia ao chão buscando insetos e pipilava como fazem os pintos, e como eles, também batia as asas conseguindo voar um metro ou dois porque, afinal de contas, é só isso que um frango pode voar, não é verdade?

Passam anos e a águia ficou velha...

Certo dia, ela viu, riscando o espaço, num céu azul, uma ave majestosa, planando, no infinito, graciosa, levada, docemente, pelo vento sem nem sequer bater a asa dourada.

A águia do chão olhou-a com respeito e logo, perguntou ao seu amigo:

"Que tipo de ave é aquela que lá vai"?

"É uma águia! É rainha", diz-lhe o amigo, mas é bom não olhar muito para ela pois nós somos de raça diferente, simples frangos do chão e nada mais.

Daí por diante, então, a pobre da águia nunca mais pensou nisso, até morrer convencida de ser uma simples galinha.



Anthony de Mello

Nenhum comentário:

Postar um comentário