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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 10/09/2015


Quinta-feira, 10 de setembro de 2015


“A vida é como a história, dá muitas voltas, entretanto, jamais voltará ao mesmo ponto.”



EVANGELHO DE HOJE
Lc 6,27-38

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, falou Jesus aos seus discípulos: 27“A vós que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. 29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica.
30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. 32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. 34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. 35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus.
36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será posta no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor










MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Mais um texto do ano passado e vital como sequência de ontem…
Esses dias assistindo um filme sobre a vida de João Paulo II na TV Aparecida. Aquela história me faziam meditar tantas coisas, mas em especial um momento bem no fim, representou muito.
O Papa, já debilitado, não conseguia ir a seu púbito e falar para as pessoas. Doente, cansado e com ajuda de uma cadeira, não conseguiu fazer a sua proclamação da reflexão dominical, mas mesmo vencido pela doença, olhou para os seus e disse: “AMANHÃ TENTAREI NOVAMENTE”.
Esse evangelho de hoje nos propõem diversos desafios que vão de encontro ao que aprendemos no dia-a-dia e nas relações humanas. Ele propõe uma mudança radical na forma de responder aos desafios que nos serão impostos. A resposta sugerida pelo Senhor não é a subserviência ao problema ou ao agressor pela resignação, mas o NÃO SE DEIXAR ABATER ou esmorecer pelo que acontece, ou seja, aconteceu, “AMANHÃ TENTAREI NOVAMENTE”.
Aceitar essa proposta de vida requer uma disciplina diária de amor ao próximo, humildade, simplicidade e uma profunda decisão de fazer o que é certo. Padre Pio tem uma frase instigante que diz:
“(…) O VERDADEIRO SERVO DE DEUS é aquele que usa a caridade para com seu próximo, que ESTÁ DECIDIDO A FAZER A VONTADE DE DEUS A TODO CUSTO, que vive em profunda humildade e simplicidade”. (Padre Pio)
Se olharmos essa frase e o gesto de João Paulo II entenderemos o que é de fato servir.
Perguntemo-nos se é possível…
Ser ofendido e não revidar?
Ficar sozinho (a) e não sofrer?
Estar cansado e não desistir?
Humilhado, e mesmo assim persistir?
Sim! É uma grande mudança!
O santo padre tentou quantas vezes que foram necessárias para se fazer o que tinha que ser feito. Maiores foram os insucessos do que os sucessos, mas ele persistiu. A doença e as limitações impostas pelo Parkinson e pela senilidade não o intimidavam, elas calejavam seu espírito. E os nossos irmãos que pairam pelo mundo? Falo daqueles que vivem “tentando” por suas vidas a margem dos olhos do Pai e não conseguem coordenar seus esforços para poder voltar. Esse filho de Deus que ainda insiste deve ser ajudado.
Outro ponto… Imagino esse povo, esses filhos e filhas, nós (…), como o alpinista que sobe uma parede vertical e ao se aproximar do cume e da segurança do ponto mais alto, por um mínimo descuido cai e volta a estaca zero. Cair é duro, mas é mais complicado olhar nos olhos das pessoas e ver os julgamentos se naquela hora gostaríamos de ver uma mão amiga pra ajudar a levantar. “(…) Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês. Não condenem os outros, e Deus não condenará vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês. Dêem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos. A mesma medida que vocês usarem para medir os outros Deus usará para medir vocês”.
Boa parte daqueles que nos agridem é motivado por coisas fúteis e mais engraçado que isso, é saber que se revidarmos na “mesma” altura na verdade estaremos nos igualando no andar de baixo e não crescendo.
Essas pessoas merecem que redobremos nossos esforços a mostrá-los que existe algo melhor que ainda não descobriram. Precisamos nos revestir de misericórdia e pelo menos rezar para que elas cresçam, pois na verdade é por elas que o Senhor mais investe seu santo tempo.
Perseguições fazem parte da vida do cristão. Mantenhamo-nos confiantes.
“(…) Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia! Com efeito, à medida que em nós crescem os sofrimentos de Cristo, crescem também por Cristo as nossas consolações. Se, pois, somos atribulados, é para vossa consolação e salvação. Se somos consolados, é para vossa consolação, a qual se efetua em vós pela paciência em tolerar os sofrimentos que nós mesmos suportamos. A nossa esperança a respeito de vós é firme: sabemos que, como sois companheiros das nossas aflições, assim também o sereis da nossa consolação”. (II Coríntios 1, 3-7)
Hoje ainda não dá? “AMANHÃ TENTAREI NOVAMENTE”.
Um imenso abraço fraterno










MUNDO ANIMAL



Dono neurótico - Cão nervoso

Estudando a história européia é possível observar que os animais de estimação tinham profunda relação com a posição social de seus donos. A um plebeu não era permitido possuir um animal apenas por estimação, pois ele não tinha condições de alimentar um animal que produzisse nada. Os animais de estimação só podiam pertencer à aristocracia.

Atualmente as pessoas possuem animais de estimação, especialmente cães, por diversas razões, porém o "status "continua a ser uma delas. O cão representa para seu dono a admissão a um grupo de elite de "proprietários de cães " e, para muitos, uma projeção freudiana de seu próprio ego. Muitos cães atendem aos desejos frustrados de seus donos, representando poder, agressão, liberdade sexual, virilidade. Um cão feroz reforça a confiança de seu dono como o faria qualquer outra arma.

Um cão em casa significa para muitos de nós a sensação de ter alguém de confiança a nos esperar, que nos aceita e confia em nós. Um cão pode ser um confidente para uma pessoa solitária. Muitos psicólogos e terapeutas estão usando cães nos hospitais para facilitar o relacionamento do paciente com a família e com os médicos.

Para atender a estas necessidades, o homem moldou fortemente o cão à sua própria imagem. Cruzou seletivamente cães com aparência frágil e infantil que apelam para o instinto maternal das pessoas. Muitas raças apresentam o "síndrome de Peter Pan ", permanecendo infantis e dependentes a vida toda. Outros estão sendo transformados em verdadeiras "máquinas de destruição ", reflexo evidente de uma sociedade altamente agressiva.

Abruptamente, com uma rapidez exagerada, em comparação com a velocidade normal com que a evolução ocorre na natureza, estamos exigindo que os cães deixem de ser caçadores e protetores corajosos e equilibrados para se tornarem, de um lado, animais dóceis, dispostos a aceitar qualquer pessoa estranha, tolerar crianças e ignorar gatos e, de outro lado, animais extremamente agressivos, capazes de atacar e matar qualquer um que lhe apareça à frente.

Depois de termos selecionado geneticamente os cães para terem maturidade sexual precoce ( as fêmeas de lobos têm seu primeiro cio após os dois anos ) para facilitar a seleção da espécie, exigimos deles que vivam uma vida de quase total celibato. Têm que permanecer indiferentes aos excitantes odores de dezenas de cadelas no cio, morando pela vizinhança.

A obsessão por exposições caninas, a longo prazo, tem resultado em alterações genéticas prejudiciais a muitas raças. Os cruzamentos consaguíneos para a obtenção de características exageradas como por exemplo focinhos muito achatados, pernas muito curtas, joelhos muito angulados, etc, favorecem um aumento na frequência de mutações como agnatismo, calcificação intervertebral, displasia coxo-femural, etc. Nas exposições, vemos Beagles, Retriervers, Setters, tão graciosos nas pistas – permanecendo imóveis por horas, como verdadeiros mortos-vivos – que nem lembramos que cães assim nunca poderiam ser usados em campo, contradizendo sua principal aptidão. Os cães domésticos estão perdendo o vigor físico e moral que já tiveram.

As pessoas que trabalham fora durante o dia todo, impõem uma carga de stress a seus animais de estimação. O cão que foi selecionado geneticamente para precisar de companhia é então abandonado durante a maior parte do tempo. A reação mais comum é a destruição de objetos domésticos como móveis, roupas sapatos. Quando o dono chega em casa, o cão solitário pode reagir de modo exagerado, pulando , correndo de um aposento a outro, urinando de modo incontrolável. Há também o número crescente de animais que se auto-mutilam, lambendo e mordendo seus próprios membros.

O tédio do confinamento imposto pelo homem pode pesar muito sobre os cães. Um meio de amenizar o isolamento de cães solitários é lhe proporcionar a companhia de outro animal, mesmo que de outra espécie. Quando os cães têm companhia, o tamanho do espaço em que vivem parece tornar-se menos importante.

Um das mais tristes alterações comportamentais induzidas pelo homem ao cão é a "canilose ", que se desenvolve quando o filhote é mantido isolado e sem estímulos durante a fase de socialização. Dos 30 aos 60 dias de vida, é fundamental que o filhote tenha contato com pessoas diferentes e com outros cães e até com outros animais, para que receba diferentes estímulos como sons, calor, luz, mordidas, etc. São estas experiências que tornam os filhotes adaptáveis e equilibrados. Se, no entanto, o filhote é separado da ninhada e da mãe precocemente, ele apresenta no futuro, distúrbios de comportamento, algumas vezes irreversíveis. Quando o filhote permanece por longos períodos expostos em vitrines de lojas, muitas vezes quando é vendido o dano já está feito.

É preciso reconhecer a amplas diferenças de temperamento entre as diversas raças caninas, para não errarmos tratando todos os cães da mesma forma. Para os tímidos como os miniaturas, um olhar direto ou uma palavra áspera geralmente é castigo suficiente. O controle excessivamente rígido pode anular a personalidade de tais cães. Raças mais independentes como as de caça, exigem mãos mais firmes. O dono precisa impor limites com firmeza, justiça e paciência. Rispidez ou liberalidade excessiva pode resultar em desajuste social semelhante ao de uma criança totalmente dependente ou completamente rebelde.

Finalmente, os cães são afetados não apenas pelas neuroses individuais, mas também pelas de toda uma sociedade. Muitas pessoas hesitam em histerelizar seus animais devido a grande identificação que existe entre o dono e seu animal de estimação. Homens e mulheres tendem a sentir como se estivessem castrando a si mesmos quando levam seus cães para serem operados.

Como o homem vem submetendo os cães drasticamente as suas próprias necessidades é justo que ele aprenda a prevenir e combater muitas das neuroses que se tornaram tão comuns. O melhor seria que antes de adquirir um animal para estimação, o homem fizesse uma avaliação de seus próprios hábitos de vida e que procurasse escolher a raça canina com melhores chances de se adaptar a tais hábitos, em vez de se levar por modismos e aparências .Vale lembrar que tomar conhecimento sobre como lidar e educar a raça escolhida também são fatores importantíssimos para que a convivência dê certo.Com certeza isto diminuiria o número de acidentes com cães e também o abandono de animais nas ruas.

Dra. Marília Russi de Carvalho /Médica veterinária – CRMV-SP 3652 /Proprietária do canil Sema Beagles /www.semabeagles.com.br










MOMENTO DE REFLEXÃO


Cultive hoje um olhar novo e límpido, transparente, capaz de ver as coisas, os acontecimentos e as pessoas a partir do coração. Olhe o mundo com os olhos e o coração de Deus. Tente ver traços eternos nas paisagens e cenas rotineiras...

Treine a atenção para perceber a presença de Deus e seus apelos. Prestar atenção aos sinais dessa presença, discernir, escutar e intuir obedientemente uma resposta. Só um olhar transparente, livre de preconceitos e um coração atento são capazes de perceber, de dar-se conta dos passos de Deus nas ex-periências desse dia.

Preste atenção...

              

Nos rostos que você encontrar. Olhe-os atentamente. Observe a fisionomia de cada pessoa que Deus coloca em seu caminho. Faça silêncio diante do mistério de cada um e de cada uma.

              

Nos rostos desfigurados. Contemple tantos rostos sofridos, que são a expressão do abandono, da exclusão, do egoísmo, da fome, do pecado. Que apelos eles te fazem? Como tu os acolhes na mente e no coração?

              

Nas crianças e jovens. Observe como eles transmitem vida e esperança. Acolha-os em teu coração. Renova tua esperança…

              

Na natureza. Contemple a beleza da criação, as cores, os movimentos, a vida que pulsa. Observe também os sinais de destruição. Sinta-se chamado a cuidar…

              

Nas obras humanas. Deixe-se tocar pela capacidade de criar do ser humano. Contemple as obras de arte simples e complexas. Deixe-se mover de admiração pela capacidade de criatividade, de construir beleza, de facilitar a vida das pessoas. Que apelos você sente diante de tudo isso? Quanta coisa bonita o ser humano é capaz de criar!

              

Nos sinais de morte. Também aí Deus tem uma mensagem. Esses sinais estão mesclados com os sinais de vida, porém tendem a aparecer com mais evidência. Estão no coração humano, estão também impregnados nas estruturas que matam. Sinta os apelos de Deus…

              

Nos sinais de vida. São muitos e estão presentes em todos os lugares. Deixe-se também tocar por eles. Contemple a vida em todas as formas e como ela teima em continuar. Agradeça a Deus por isso!

Deixe-se Guiar... com confiança!

Busque estar em constante sintonia com o Espírito de Deus: presente, atuante, libertador, amoroso. Sinta-se em suas mãos, guiado (a) por Ele. É o Espírito que “chega antes de nós, que trabalha mais e melhor do que nós, que joga sempre sua partida como vencedor”. É o Espírito que caminha junto, que anima, envolve, empurra, desinstala, desperta, sorri, dança, invade e inspira.


Essentia- Psicologia e Espiritualidade



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