Páginas


(clique abaixo para ouvir a música)

LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sábado 26/09/2015


Sábado, 26 de setembro de 2015


Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira!  (Che Guevara)



EVANGELHO DE HOJE
Lc 9,43b-45

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo:
43bTodos estavam admirados
com todas as coisas que Jesus fazia.
Então Jesus disse a seus discípulos:
44'Prestai bem atenção às palavras que vou dizer:
O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.'
45Mas os discípulos não compreendiam o que Jesus dizia.
O sentido lhes ficava escondido,
de modo que não podiam entender;
e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor






MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antonio Queiroz

O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. Eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.

Este Evangelho narra que, em meio à euforia do povo pelo que Jesus fazia, ele disse aos discípulos: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”.

Jesus se auto-aplica o título messiânico de “Filho do Homem” (Dn 7,13), que ele relaciona com a figura do servo sofredor do Senhor. “Mas os discípulos não compreenderam e tinham medo de perguntar.” Tal era a distância entre essa afirmação e a expectativa dos discípulos em relação ao Messias, que nem entendiam essa linguagem de união entre Messias e sofrimento. Jesus fez tudo para evitar o “escândalo de cruz”, mas não houve jeito. Só em Pentecostes os discípulos entenderam.

Entretanto, o fato de ter medo mostra que os discípulos ficavam inseguros ou “perdidos” quando Jesus falava isso. É a atitude de quem chega perto do mistério, mas não consegue entrar nele.

Por incrível que pareça, esse choque de mentalidades entre o pensamento do mundo e o de Cristo continua até hoje. Quantos ensinamentos de Jesus são totalmente ignorados pelo mundo pecador. As pessoas conhecem, mas fazem de conta que não conhecem. Isso em relação ao casamento, à partilha dos bens, ao modo de se comportar diante de uma agressão etc. O fato de surgirem seitas em toda parte, criando um “evangelho” diferente do de Jesus, é outra atitude paradoxal do homem moderno. Todas as seitas são diferentes uma da outra e todas se entendem como a única verdade de Cristo! Todas têm o seu fundador e data de fundação, e pensam que foram fundadas por Jesus Cristo!

O discípulo de Jesus não busca aplausos. Pelo contrário, fica preocupado quando o mundo pecador o elogia muito, pois a proposta cristã entra em choque com o mundo.

Quando nós não entendermos algumas palavras de Jesus, vamos nos lembrar que ele é o próprio Deus encarnado, portanto é fidedigno. Podemos obedecer os seus ensinamentos “como se víssemos o invisível”.

O melhor é não ter medo de fazer perguntas, quando não entendemos alguma coisa da nossa fé. É trocando conhecimentos e experiências que perseveramos e cresçamos na vida cristã.

“Caminheiro, você sabe, não existe caminho. Passo a passo, pouco a pouco, o caminho se faz.” Ser discípulo de Jesus é caminhar com ele. É no caminho que se aprende, inclusive nas quedas. É pena que, na hora da cruz, muitos desistem, e outros procuram atalhos, com o objetivo de evitar a cruz!

Não é aqui na terra que recebemos retorno pelo bem que fazemos. O discípulo de Jesus continua pobre, aflito e com fome e sede de justiça. Mas ele ou ela confia em Deus e vai em frente, vencendo todos os obstáculos.

No batismo, nós nos tornamos discípulos e discípulas e missionários de Jesus Cristo. Ali começamos a nossa caminhada, procurando imitar Jesus em tudo. “Quero conhecer o Cristo e tornar-me semelhante a ele em tudo, até no sofrimento” (Fl 3,10-11). “Já não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

Assim como Jesus vivia em Comunidade com os Apóstolos, nós queremos viver sempre em Comunidade. A vida em Comunidade é, muitas vezes, uma cruz, mas nem por isso vamos abandoná-la. “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum” (At 2,44). A vida em Comunidade é, ao mesmo tempo, difícil e bela. Ela é uma cruz, mas uma doce cruz.

O que Jesus mais detesta é o discípulo convencido, que pensa já ter chegado à perfeição cristã. Essas pessoas são as primeiras a ver o cisco no olho do irmão, sem reparar na trave do próprio olho.

“Tenho nojo, detesto as vossas celebrações. Quem pediu para pisardes nos meus átrios? Mãos sujas de sangue!... No dia do juízo, Sodoma e Gomorra terão sorte melhor que vós!” (Is 1,10-17).

A melhor atitude do discípulo é jogar-se nas mãos de Deus como uma criança se joga nos braços da mãe. Cuidar apenas do momento presente, deixando para Deus o futuro e o passado. Ele nos protege em tudo, inclusive nos indicando o que devemos falar numa hora difícil. Não perderemos um só fio de cabelo.

Certa vez, um rapaz universitário, filho único, estava em sua cidade, de férias. Um dia, ele estava na praça, viu uma briga e foi apartar. Com isso, infelizmente foi atingido por uma faca e morreu. O assassino foi preso em flagrante. No julgamento, o moço pegou vários anos de prisão.

Mas o pai da vítima, que estava presente, pediu a palavra e disse: “Senhoras e senhores, nós, eu e minha esposa que está aqui ao meu lado, tínhamos um filho só, o qual amávamos muito. Sua morte deixou em nossa casa uma grande lacuna. Nós dois gostaríamos de adotar alguém que preenchesse esse vazio e suavizasse a nossa dor. Resolvemos adotar como filho o próprio rapaz que acaba de ser julgado. Que ele possa pagar a sua pena morando em nossa casa. É o que pedimos”.

Todos os presentes ficaram emocionados diante de tal atitude. Os jurados, unanimemente, e o juiz, acolheram o pedido, e o casal acolheu, como filho, o assassino do seu próprio filho!

Dá até para imaginar o que esses pais pensaram: “Esse rapaz fez isso num momento de bobeira. No fundo, ele é bom. Quem sabe agora, morando conosco, ele se emenda”. Acontece que esse tipo de raciocínio vale para qualquer assassino, qualquer criminoso. Para alguns, a gente vai dizer: “Sim, foi um crime premeditado. Mas olhe o passado dele. No fundo, ele é bom. O que falta é ser amado, para que aprenda a amar”. A misericórdia caminha por aí. Ela não é ingênua, é real e verdadeira.

A atitude desse casal foi parecida com a de Jesus. Vivendo no meio dessa sociedade pecadora, os três, Jesus e o casal, tiveram um amor universal. Não excluíram ninguém do seu amor, nem mesmo pessoas que lhes fizeram um grande mal. O nosso perdão deve ser completo e de coração.

Na vida pública de Jesus, quando ele era aclamado, Maria certamente estava ali por perto, mas não aparecia. Quando Jesus foi humilhado na cruz, ela esta estava em destaque, de pé, sofrendo junto com ele as humilhações, mas sem odiar ninguém. Virgem Mãe das Dores, rogai por nós!

O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. Eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.







CASA, LAR E FAMÍLIA


Atente ao rótulo quando comprar água engarrafada

A despeito de toda publicidade sobre refrigerantes e cervejas e da discussão da fusão das suas indústrias, a água ainda é o líquido mais apropriado e utilizado para se matar a sede. Tanto que algumas empresas lançaram recentemente uma nova concorrente para as águas minerais de mesa: as águas adicionadas de sais.

Preocupados com o consumidor desatento, os técnicos da Fundação Procon-SP recomendam atenção às informações do rótulo, uma vez que as embalagens de águas adicionadas de sais são semelhantes às de água mineral e seu preço um pouco inferior.

As primeiras são águas potáveis comuns, que após a eliminação de resíduos de cloro usados na sua purificação são adicionadas de sais minerais de uso permitido como cálcio, magnésio, potássio ou sódio. Seu rótulo deve incluir a expressão ‘’ÁGUA ADICIONADA DE SAIS" em caracteres visíveis que a diferencie claramente da água mineral. É proibida a denominação "’água mineral" e derivações como "água mineralizada" ou ainda qualquer indicação relacionada a propriedades terapêuticas. Elas podem conter gás, como dióxido de carbono de padrão alimentício (o mesmo empregado nos refrigerantes).

Já as águas minerais tradicionalmente conhecidas são provenientes de fontes naturais ou de fontes captadas artificialmente. Possuem composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, que podem lhe conferir ação medicamentosa, embora nenhuma designação quanto as suas propriedades terapêuticas possa constar no rótulo sem prévia autorização. Estas águas são classificadas de acordo com o elemento químico predominante, e podem ser termais ou gasosas (natural ou artificialmente).

De qualquer forma, as águas minerais devem conter em seus rótulos:

o nome da fonte;

a natureza da água;

a localidade;

a data e número de concessão da lavra;

o nome e o endereço do concessionário;

as constantes físico-químicas;

a composição analítica e classificação,

além de dados como volume do conteúdo e indicação com ano e mês do engarrafamento e prazo de validade que são informações obrigatórias para todas as águas engarrafas.

Esta é única forma do consumidor se resguardar de enganos e não levar "gato por lebre".
PROCON










MOMENTO DE REFLEXÃO

Há muita necessidade de silêncio nos dias atuais...
As pessoas ansiosas por se fazer ouvir, falam cada vez mais alto, como se isso bastasse para que os outros as escutassem.
Em restaurantes, shoppings, filas, salas de espera, salões de beleza, aeroportos, se ouvem os falatórios. E, para aumentar o ruído, em alguns lugares tem um som ambiente mais alto ainda...
E, quando não se tem alguém para falar, o celular serve. A pessoa faz uma ligação e se esquece de que está dividindo o ambiente com outros indivíduos, que não estão interessados no seu assunto.
É impressionante como as pessoas falam  muito, e falam alto...
Além de ser um grande desrespeito aos ouvidos alheios, essa gritaria torna impossível um diálogo entre pessoas de voz moderada, nesses ambientes comuns.
Mas não é só a falta de silêncio exterior que assola muitas pessoas hoje em dia. É também a falta de silêncio interior.
Poucos indivíduos ouvem a própria voz e analisam seus pensamentos antes de exteriorizá-los.
O hábito de meditar antes de expor uma opinião ou um julgamento, é muito pouco cultivado em nossa sociedade.
E isso tem sido motivo de desarmonia e intrigas, de mal-entendidos e hostilidades.
Saber calar, saber ouvir, ser senhor de suas palavras e de seus sentimentos é um desafio que merece ser pensado.
Talvez, foi por ter percebido essa necessidade em nosso meio, que um amigo nos trouxe a seguinte mensagem:
Aprenda a silenciar a palavra que sai gritada de seus lábios, ferindo a sensibilidade alheia e lhe deixando à mercê das companhias inferiores.
Aprenda a calar...
Aprenda a silenciar a palavra suave, mas cheia de ironia, que sai de sua boca ridicularizando, humilhando a quem se dirige e que lhe intoxica, provocando a dor de estômago, as náuseas ou a enxaqueca.
Aprenda a calar...
Aprenda a silenciar o murmúrio que sai entre dentes, destilando raiva e rancor e atingindo o alvo, que fere como punhal, ao tempo que lhe fragiliza a ponto de não se reconhecer, de se assustar consigo mesmo.
Aprenda a calar...
Aprenda a calar o pensamento cruel que lhe passa na mente e que, por invigilância, nele você se detém mais do que deveria. Você se assustaria se pudesse ver sua máscara espiritual distorcida.
Aprenda a calar...
Aprenda a calar o julgamento que extrapola o que vê e o que sabe, levando-o a conjeturar sobre o outro, o que não sabe e não viu, plasmando idéias infelizes que são aproveitadas pelos opositores daquele que é julgado.
Aprenda a calar...
Aprenda a calar todo e qualquer sentimento indigno, zelando pelas nascentes do seu coração, para que não macule e não seja maculado.
Aprenda a vigiar os sentimentos para que cada dia, mais atento e vigilante, saia da esfera mesquinha a que se aprisiona voluntariamente, e possa alçar voos mais altos e sublimes.
Aprenda a calar...
E, enquanto não consegue deixar de gritar, falar, murmurar, pensar cruelmente e julgar, insista em orar nesses momentos. Nem que as frases lhe pareçam desconexas e vazias de sentimento.
Insista na oração até que, um dia, orará não com palavras nem pensamentos, mas será sentimento por inteiro, amor, amor puro e verdadeiro em ação, dinâmico, envolvendo os outros e a si mesmo, verdadeiro discípulo que conseguirá ser.
Aprenda, definitivamente, a calar!


Nenhum comentário:

Postar um comentário