Terça-feira, 06 de novembro de 2012
"Noventa
por cento da arte de viver bem consiste em nos darmos bem com pessoas que não
suportamos" (Samuel Goldwyn)
EVANGELHO DE HOJE
Lc 14,15-24
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 15um homem que estava à
mesa disse a Jesus: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!” 16Jesus
respondeu: “Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17Na
hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ‘Vinde, pois tudo
está pronto’.
18Mas todos, um a um, começaram a dar
desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que
aceites minhas desculpas’. 19Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e
vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 20Um terceiro
disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’.
21O empregado voltou e contou tudo ao
patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: ‘Sai
depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados,
os cegos e os coxos’.
22O empregado disse: ‘Senhor, o que tu
mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar’. 23O patrão disse ao empregado:
‘Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha
casa fique cheia’. 24Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados
provará do meu banquete”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz
Feliz aquele
que come o pão no Reino de Deus!
Este Evangelho narra que, durante uma refeição, um homem diz a Jesus:
“Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!” Jesus aproveita a comparação
entre o Reino de Deus e uma refeição, e conta a parábola dos convidados ao
banquete.
Jesus quis mostrar que, para alguém participar da festa eterna no céu, é
necessário responder hoje aos chamados de Deus, participando da Santa Igreja, e
procurando construir um mundo mais fraterno. Não comerá o pão no Reino de Deus
aquela ou aquele que hoje vive separado dos irmãos.
Se nós perguntássemos àqueles que não participam, por exemplo, da Missa
no domingo, por que fazem isso, as respostas seriam parecidas com estas da
parábola: comprei um campo, acabo de me casar... São ações boas, mas que não
nos devem impedir de participar do encontro semanal dos cristãos.
A comparação do Reino de Deus com um banquete, tão comum na Bíblia, é
muito apropriada, pois o Reino de Deus, esta vida nova que Jesus nos trouxe, é
a coisa mais gostosa que existe. Ele começa aqui na terra, com o nosso batismo,
e tem a sua plenitude no céu.
Ninguém é obrigado a participar de um banquete. Também o Reino de Deus,
Jesus não veio impor a ninguém. Foi um presente, um maravilhoso presente que
ele veio nos dar.
Por isso que o próprio povo começou a chamar o projeto de Jesus de
Evangelho, palavra que significa Boa Nova, Alegre Notícia.
A vida em Comunidade é a expressão mais alta do Reino de Deus; e a
Eucaristia é a expressão mais alta da vida em Comunidade.
O cristão, a cristã tem um brilho diferente no rosto, que dá para se
perceber até na fotografia. É o mesmo brilho que teve Moisés, quando desceu do
monte Sinai, após encontrar-se com Deus (Cf Êx 34,35).
Qualquer pessoa que deixa de participar das reuniões de um grupo, na
prática deixa de pertencer àquele grupo. Na Igreja acontece a mesma coisa.
Quem, sem motivo, deixa de participar da Missa ou do Culto Dominical, deixa de
pertencer à Igreja.
“Sai depressa pelas praças e ruas da cidade; traze para cá os pobres, os
aleijados, os cegos e os coxos.” Todas as pessoas do mundo são convidadas para
o banquete do Reino de Deus. Mas quando os mais abastados só pensam em
participar dele na outra vida e recusam a participação na Comunidade, Deus dá
preferência aos pobres, aos aleijados, cegos e coxos, e os capacita para a
missão de construir na terra o Mundo Novo.
Certa vez, dois homens doentes estavam internados em um hospital, no
mesmo quarto do quinto andar. Um deles ficava perto da janela e de vez em
quando se sentava na cama. O outro, ao lado, não podia se movimentar nem
sentar. Vivia o tempo todo deitado.
O da janela contava para o colega o que ele via lá fora: Senhoras com
crianças andando na calçada, moças bonitas, crianças brincando na pracinha,
patos nadando no lago, árvores, flores...
O colega sorria e seus olhos brilhavam de contentamento. Os dois riam de
satisfação.
Dias depois, o da janela recebeu alta, e a cama do outro foi
transportada para a janela. Quando ele ficou melhor, sentou-se na cama, curioso
para ver as belezas lá fora. Mas ele teve uma surpresa: o que dava para ver da
janela era apenas um enorme telhado, velho e feio.
Foi aí que ele entendeu que o colega inventava tudo aquilo para
diverti-lo e lhe dar um pouco de conforto na dor.
O cristão, mesmo doente, torna o ambiente onde ele está alegre e gostoso
de se viver, já um prelúdio do Céu. “Como é bom, como é agradável os irmãos
viverem juntos e se amarem!” (Sl 133,1).
“Existe um nome que consola a terra, e que desterra da tristeza o véu.
Bem como aurora que, com luz brilhante, que fulgurante surge lá no céu. Ó nome
bendito da Virgem Mãe, Maria, Maria, por nós rogai!” Maria Santíssima é uma das
grandes belezas da vida em Comunidade. Que ela nos ajude a nunca nos
desviarmos!
Feliz aquele
que come o pão no Reino de Deus!
VIDA SAUDÁVEL
Uso nocivo do álcool traz distúrbios ao
indivíduo
O
alcoolismo e a dependência a outras drogas são reconhecidas e classificadas
pela Organização Mundial da Saúde como doenças passíveis de tratamento e
recuperação. O uso social da bebida pode ser entendido como um padrão de consumo
que não causa problemas, nem expõe o indivíduo ao risco de desenvolvê-los. O
uso nocivo da bebida constitui um padrão de uso da substância psicoativa (o
álcool, no caso) que causa dano à saúde. O dano pode ser físico ou mental. O
indivíduo pode apresentar um comportamento alterado. A dependência química é
uma doença de causa multifatorial , onde os principais fatores de risco são:
culturais, ambientais, distúrbios psicológicos, genéticos e aspectos da
personalidade. Entre os dependentes químicos, é freqüente a depressão. Entre os
deprimidos, é freqüente a dependência química. A ansiedade, o estresse e a
depressão quando não tratados adequadamente, e algumas vêzes presentes em nossa
vida diária, podem alterar o comportamento do indivíduo, levando ao uso de
substâncias psicoativas e à dependência.
A
dependência pode ser considerada como um conjunto de fenômenos fisiológicos ou
comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância, ou de uma classe
delas, alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que
outros comportamentos que antes tinham maior valor. Os Drs. Paulo Knapp e José
M. Bertolote, em seu livro Prevençao da Recaída - Um manual para pessoas com
problemas pelo uso do álcool e de drogas, referem que quanto mais e melhor a
pessoa aprender a lidar com as suas Situações de Risco, mais forte ela ficará,
maior capacidade terá para lidar com outras Situações de Risco que aparecerem
em sua vida. Mesmo aquelas situações estressoras, de maior ansiedade. Também
recomendamos a procura de profissionais de saúde capacitados para a definição
do diagnóstico clínico, do tratamento e da investigação de comorbidades,
possibilitando o diagnóstico precoce e, desta forma, contribuindo para que o
agravamento do caso não resulte em prejuízo à saúde.
MOMENTO DE REFLEXÃO
A cansada ex-professora se
aproximou do balcão do supermercado. Sua perna esquerda doía e ela esperava ter
tomado todos os comprimidos do dia: para pressão alta, tonteira e um grande
número de outras enfermidades.
"Graças a Deus eu me
aposentei há vários anos" - ela pensou. "Não tenho energia para
ensinar hoje em dia." Imediatamente antes de se formar a fila para o
balcão, ela viu um rapaz com quatro crianças e uma esposa, ou namorada,
grávida. A professora não pôde deixar de notar a tatuagem em seu pescoço.
"Ele esteve preso" -
pensou.
Continuou a observá-lo. Sua
camiseta branca, cabelo raspado e calças largas levaram-na a conjecturar:
"Ele é membro de uma
gangue."
A professora tentou deixar o
homem passar na sua frente. - Você pode ir primeiro - ofereceu.
- Não, a senhora primeiro - ele
insistiu.
- Não, você está com mais gente -
disse a professora.
- Devemos respeitar os mais
velhos - defendeu-se o homem.
E, com isto, fez um gesto largo
indicando o caminho para a mulher.
Um breve sorriso surgiu em seus
lábios enquanto ela mancou na frente dele. A professora que existia dentro dela
não pôde desperdiçar o momento e, virando-se para ele, perguntou:
- Quem lhe ensinou boas maneiras?
- A senhora, Sra. Simpson, na
terceira série.
(Paul Karrer)
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