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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 15/11/2012





Quinta-feira, 15 de novembro de 2012


"Não tente forçar... Deixe a vida fluir. Veja os milhões de botões de flores que a existência abre todos os dias sem fazer força alguma."(OSHO)




EVANGELHO DE HOJE
Lc 17,20-25


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor!



Naquele tempo, 20os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”.
22E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.





MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz


O Reino de Deus está entre vós.
Neste Evangelho, Jesus, respondendo à pergunta dos fariseus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus, diz que o Reino de Deus está entre nós.
Jesus deu o nome de Reino de Deus ao conjunto de todo o novo modo de viver que ele nos trouxe. “É um Reino eterno e universal, da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz” (Prefácio da Missa de Cristo Rei).
É um projeto de humanidade nova e, conseqüentemente, de mundo novo. Ele não chega ostensivamente, como uma grande e portentosa efeméride, abalando o céu e a terra.
Os fariseus, que fizeram a pergunta a Jesus, tinham uma noção muito errada do Reino de Deus. Eles pensavam que seria um reinado político, como no tempo de Davi e de Salomão.
O Reino de Deus é comparado com o alvorecer. A luz do sol já chegou, mas não plenamente, pois há ainda muita escuridão. Ou, numa comparação ainda mais bonita, é como a mulher dando à luz. A criança, que é o Reino de Deus pleno, ainda não nasceu, mas está aparecendo, entre dores, que são os sofrimentos dos cristãos.
Ele é uma realidade abrangente. Envolve toda a vida humana, em todas as dimensões. A Encarnação do Verbo de Deus acabou com a diferença entre profano e sagrado. Agora toda a realidade humana é sagrada, porque o homem é sagrado.
O Reino de Deus chegou aqui na terra quando Jesus nasceu. Durante a vida pública de Jesus, o Reino de Deus deu grandes passos na sua construção, e continua caminhando até hoje. Mas, de maneira perfeita e completa, foi só na pessoa de Jesus que o Reino de Deus já se realizou aqui na terra.
Nós não podemos dizer que o Reino de Deus “está aqui”, ou “está ali”, porque ele está presente na terra, mas misturado com outro reino oposto, que o livro do Apocalipse chama de reino da besta fera (Ap 11,7), ou reino da dragão (Ap 13,1-18).
O Espírito Santo nos dá o dom do discernimento para distinguirmos um do outro. Onde existe a verdade, a paz, a justiça, o bem, aí está o Reino de Deus. Onde existe a mentira, a violência, a injustiça, a desobediência a Deus e a falta de fé, aí está o reino da besta fera. O reino da besta fera leva à morte, o Reino de Deus leva à vida.
Os agentes dos dois reinos vivem em conflito. A turma do reino da besta fera já matou milhares de agentes do Reino de Deus. E os agentes do Reino de Deus já conseguiram converter milhares de agentes do reino da besta.
O trabalho de construção do Reino de Deus gera uma luta entre a verdade e a mentira, a santidade e o pecado, a justiça e a injustiça, a violência e a paz, o amor e o ódio, a solidariedade e a ganância, a vida e a morte. Muito sangue já foi derramado nessa luta, e ainda será. Basta ver os mártires. No centro da luta está a Igreja. Ela é santa, porque seu fundador e santo, é dirigida pelo Espírito Santo e tem muitas pessoas santas, entre as quais se destaca Maria Santíssima. Mas é também pecadora, pois nós, seus membros, somos pecadores.
Mas a nossa luta e a nossa esperança são de que a Igreja seja cada vez mais santa. Quando um cristão se santifica, toda a Igreja se torna mais santa; quando um cristão peca, toda a Igreja fica mais pecadora.
Certa vez, houve uma competição de cegos. O desafio era descer uma montanha de neve, usando esqui, e ver quem chegava primeiro. Para treinar, eles desceram a montanha várias vezes.
Mas cada um deles tinha ao seu lado um esquiador profissional, que ia dando ordens para ele. O profissional gritava: “esquerda”. “direita”. Enquanto obedeciam aos comandos, podiam fazer todos ziguezagues do percurso e cruzar a linha de chegada.
É assim que o Reino de Deus se constrói. É cada um dando a mão ao outro, suprindo a sua deficiência, pois todos somos deficientes em alguma coisa.
E a Santa Igreja tem uma estrela: Maria Santíssima. Ela é “a glória de Jerusalém, a alegria de Israel e a honra do Povo de Deus”. Que ela nos ajude a ser bons cidadãos do Reino de Deus.
O Reino de Deus está entre vós.










MEIO AMBIENTE


Aquecimento Global

As possíveis conseqüências relacionadas com o aquecimento global são: extinção de espécies animais e vegetais, já ameaçadas pela poluição e pela perda de habitat; grandes tempestades, inundações, estiagens e um aumento do nível do mar.

O efeito estufa aquece a superfície da Terra em 33°C em média. Esse aquecimento natural permite a existência de água líquida na Terra, o que se tornou base para a evolução biológica. A temperatura média na superfície da Terra seria -18°C sem o efeito estufa. Porém, com o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, existe uma tendência de aumento da temperatura global média. (Martins, 2004).
O efeito estufa funciona da seguinte maneira: a Terra recebe energia emitida pelo sol na forma de radiação. Parte dessa radiação é refletida pela atmosfera e volta para o espaço. Da energia restante, que atravessa a atmosfera, parte é absorvida pela Terra e parte é refletida na forma de radiação infravermelha. Essa radiação atravessa novamente a atmosfera rumo ao espaço, porém, parte desta radiação é bloqueada e refletida para a terra novamente, principalmente pelas moléculas dos gases que possuem esta propriedade física de refletir a radiação infravermelha. São os chamados Gases Estufa. Quanto maior a concentração deles na atmosfera, maior será a quantidade de radiação infravermelha que fica retida no planeta. Os principais Gases de Efeito Estufa (GEE) são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nítrico (N2O).
A combustão de grandes quantidades de combustíveis fósseis tais como óleo diesel, gasolina e carvão, a derrubada e queimada de florestas, e a prática de alguns métodos utilizados na agricultura aumentaram a concentração de GEE, em especial o dióxido de carbono, na atmosfera principalmente após a Revolução Industrial.
Nos últimos sessenta anos a quantidade de dióxido de carbono emitida para a atmosfera pelo homem, principalmente devido ao aumento do uso de combustíveis fósseis, aumentou a concentração desse gás na atmosfera de 280 ppm (partes por milhão) , na era pré-industrial, para 365 ppm em 1995 (KEELING & WHORF, 1998). Atualmente a concentração de carbono atmosférico está em 379 ppm, segundo as últimas medidas feitas na estação de Mauna Loa, no Havaí (Martins, 2004)
A relação entre o fenômeno natural de efeito estufa e o aquecimento global deve-se ao aumento da capacidade da atmosfera de absorver irradiação infravermelha, o que é causado pelo aumento das emissões dos gases de efeito estufa que permitem a retenção de calor radiante próximo a superfície terrestre.
Outro vetor de acúmulo de carbono na atmosfera é o desmatamento. Em geral o processo de desmatamento consiste na derrubada e queima das árvores. Neste processo o carbono contido na madeira, na forma de biomassa, é liberado para atmosfera na forma de CO2.
As possíveis consequências relacionadas com o aquecimento global são: extinção de espécies animais e vegetais, já ameaçadas pela poluição e pela perda de habitat; grandes tempestades, inundações, estiagens e um aumento do nível do mar (de 9 a 88 cm é esperado para o ano 2100). Além disso, espera-se uma queda no rendimento na agricultura na maior parte das regiões tropicais e sub-tropicais - e em regiões temperadas também se o aumento de temperatura for maior do que alguns graus Celsius.

Fonte www.thegreeninitiative.com





MOMENTO DE REFLEXÃO

Um dia, no começo de dezembro, acordamos para descobrir uma neve perfeita, recém caída.
- Por favor, mamãe, podemos andar de trenó antes do café da manhã? - implorou minha filha Érica, de onze anos de idade.
Quem poderia resistir? Então vestimos os casacos e nos dirigimos para a represa no campo de golfe de Lincoln Park, o único morro em nossa cidade.
Quando chegamos, o morro estava formigando de gente. Achamos um espaço perto de um homem alto e magro e de seu filho de três anos. O garoto já estava deitado de barriga para baixo, esperando para ser empurrado.
- Vamos lá, papai! Vamos lá!
- Por favor - eu disse. - Parece que seu filho já está pronto para ir.
Dito isto, ele deu um forte empurrão e lá se foi o menino! Mas não foi apenas o garoto que voou - o pai saiu correndo atrás dele a toda velocidade.
- Ele deve estar com medo que seu filho se choque contra alguém - eu disse para Érica. - É melhor nós também tomarmos cuidado.
Assim, lançamos nosso próprio trenó e descemos o morro zunindo, em grande velocidade, a neve solta voando em nossos rostos. Tivemos que nos arremessar para não batermos em uma grande pedra perto do rio e acabamos deitadas de costas, rindo.
- Ótima corrida! - eu disse.
- Mas temos que andar muito para voltar! - observou Érica. Com certeza, era uma longa caminhada. Enquanto lutávamos para chegar ao topo, percebi que o homem magro estava empurrando seu filho, que ainda se encontrava no trenó, de volta ao topo.
- Isso é que é serviço! - disse Érica. - Será que você faria o mesmo por mim?
Eu já estava sem ar.
- Nem pensar, garota! Continue andando!
Quando finalmente chegamos ao topo, o garotinho estava pronto para brincar novamente. - Vai, vai, vai, papai! - ele gritou.
Mais uma vez o pai reuniu todas as suas energias para dar um grande empurrão no trenó, correu atrás dele morro abaixo e então puxou o trenó e o menino de volta para cima.
Isso se repetiu por mais de uma hora. Mesmo com Érica andando sozinha, eu estava exausta. A essa altura, a multidão no morro havia diminuído, pois as pessoas voltavam para casa para almoçar. Finalmente, restavam apenas o homem e seu filho, Érica e eu e um punhado de outras pessoas.
"Ele não pode continuar achando que o menino vai colidir com alguém. E, com certeza, apesar de ser um menino pequeno, ele poderia puxar seu próprio trenó morro acima de vez em quando" - pensei. Mas o homem nunca se cansava e seu comportamento era alegre e jovial.
Finalmente, não aguentei mais. Olhei de cima do morro para ele e gritei:
- Você tem uma tremenda energia! O homem olhou para mim e sorriu.
- Ele tem paralisia cerebral - ele disse de forma natural. Não pode andar.
Fiquei atônita. Então percebi que não havia visto o menino descer do trenó durante todo o tempo que estivéramos no morro. Tudo parecia tão alegre, tão normal, que não me ocorrera que o menino poderia ser deficiente.
Ainda que eu não soubesse o nome do homem, contei a história em minha coluna no jornal na semana seguinte. Ele, ou alguém que o conhecia, deve ter reconhecido a história, pois, pouco tempo depois, recebi esta carta:
"Cara Sra. Silverman,
A energia que gastei no morro naquele dia não é nada comparada ao que o meu filho faz todos os dias. Para mim, ele é um verdadeiro herói e algum dia espero ser metade do homem que ele já se tornou".

(Robin L. Silverman)




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