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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 13/06/2011




Segunda-feira, 13 de junho de 2011


“Não há diferença entre um sábio e um tolo quando estão apaixonados.” (George Bernard Shaw)






EVANGELHO DE HOJE

Mt 5,38-42

"Ouvistes que foi dito: 'Olho por olho e dente por dente!' Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado.



MEDITANDO O EVANGELHO (1)
Fr. José Luís Queimado, CSsR  

Amor por amor, perdão por perdão!

Há, sobre o Sermão da Montanha, uma discussão muito acirrada em relação a quem eram os ouvintes de Jesus. Seria a multidão ou somente os discípulos? No primeiro versículo do capítulo 5, podemos ler: “E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos”. É evidente que os discípulos se aproximaram dele, mas os ensinamentos da plenitude da lei seriam somente a eles?
Ao término do discurso da montanha, no capítulo 7, lemos a seguinte afirmação do evangelista: “E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas”. Agora fica evidente que a multidão também era ouvinte dos ensinamentos de Jesus, ainda que fossem muito exigentes para aquelas pessoas abandonadas e desesperadas, que corriam atrás do Mestre em busca de algum milagre.
Começamos com essa alusão porque sabemos que as exigências do seguimento de Jesus são muito grandes. Ainda que o fardo do Mestre seja leve e o seu jugo, suave, não podemos nos esquecer de que não há caminho fácil quando se quer fazer a diferença. Se quisermos um mundo mais justo, menos violento e mais solidário, não devemos pensar nos caminhos fáceis e agradáveis, que só existem nos contos de fada.
A lei de talião (Latim: Lex talionis) foi encontrada, pela primeira vez, no código de um imperador babilônico chamado Hamurabi (que viveu por volta de 1792 a 1750). A lei funcionava da seguinte forma: se você matar um boi do vizinho, o seu deverá ser morto também – olho por olho, dente por dente. A pena deve ser a mesma para aquele que causou o crime. O Latim explica claramente: Lex – lei; Talis – tal, igual. O crime deve ser castigado com a mesma violência com que foi cometido.
Jesus quebra com essa lei cruel. O que deve reinar, agora, é o perdão. Mas é aquele perdão mais sincero, que é capaz de se rebaixar diante de seu carrasco.
A nossa realidade, hoje, não deve ser guiada pela antiga lei de talião, já condenada por nosso querido e amado Jesus. A lei do amor e da misericórdia é aquela que deve estar no nosso coração, enquanto sonharmos com a construção do Reino de Deus na nossa realidade pós-moderna. Que Deus nos abençoe a todos!

 (jlqueimado@ig.com.br)






MEDITANDO O EVANGELHO (2)
Alexandre Soledade

Bom dia!
Desde criança meus avós me puseram no karatê para ajudar a controlar o potencial destrutivo que todos temos. A sabedoria dos meus dois velhos me propiciou grandes ensinamentos.
Como disse, a intenção não era que eu aprendesse a me defender ou a bater em alguém, mas que tivesse controle sobre um dos lobos que temos dentro de nós, Aprendi que lutando que não se faz nada motivado pela vingança ou pela raiva. Ao tentar revidar um golpe tomado deixávamos a “guarda” sempre aberta para apanhar e sofrer ainda mais.
Faixas vão se passando e você vai entendendo que um golpe levado deve gerar um aprendizado e não a vontade de vingança. Onde se encaixa no evangelho de hoje? “(…) Mas eu lhes digo: não se vinguem dos que fazem mal a vocês“.
Semana passada falávamos dos cabelos brancos que ganhamos por tentar viver além dos nossos problemas os da responsabilidade dos que correm da responsabilidade; falamos dos cabelos grisalhos que surgem da raiva, do comodismo, da sobrecarga, da intolerância, da falsidade, (…), mas estranhamente Jesus e os escritos contidos na bíblia nos convidam a não revidar com as mesmas armas e sim com a sabedoria e a paciência.
Nas provações do dia-a-dia Deus nos pede CALMA!
“(…) humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação. Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice. Vós, que temeis o Senhor, esperai em sua misericórdia, não vos afasteis dele, para que não caiais; vós, que temeis o Senhor, tende confiança nele, a fim de que não se desvaneça vossa recompensa. Vós, que temeis o Senhor, esperai nele; sua misericórdia vos será fonte de alegria. Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações se encherão de luz”. (Eclesiástico 2, 2-10)
Olhar o ensinamento que surgiu no monte, por completo ou em partes é maravilhoso, mas devemos admitir que humanamente é duro de se cumprir. Nossa fraqueza pede pra avançar sobre o agressor, mas Jesus sugere que contornemos; nossa fragilidade deseja revidar, mas a sabedoria nos convida a respirar e contar até dez, vinte, trinta, quarenta…
A mensagem do monte difere em muito da filosofia de Auguste Comte – o positivista. A mensagem de Jesus nos propõe não a passividade da subserviência do escravo, do oprimido, do rendido, mas pensar alternativas que contornem e continuem a caminhar. A política de Jesus nos pede que não “ENTREMOS NO JOGO” dos que vivem esse mundo.
Irmãos e irmãs brigam por cargos, locais em destaque, poder, (…); mas bem que poderiam deslocar esse potencial para coisas boas e construtivas. E nós também! Ao invés da réplica, da noite mal dormida pensando na resposta que daremos ao que nos magoou, Ele nos convida a continuar andando.
“(…) Deponde, pois, toda malícia, toda astúcia, fingimentos, invejas e toda espécie de maledicência Como crianças recém-nascidas desejai com ardor o leite espiritual que vos fará crescer para a salvação, se é que tendes saboreado quão suave é o Senhor (Sl 33,9). Achegai-vos a ele, pedra viva que os homens rejeitaram, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus; e quais outras pedras vivas, vós também vos tornais os materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. Por isso lê-se na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida, preciosa: quem nela puser sua confiança não será confundido (Is 28,16)“. (I Pedro 2, 1-6)
Não paguemos o mal com o mal. Não nos deixemos confundir!
Um imenso abraço fraterno!







MEDITANDO O EVANGELHO (3)
Frei Carlos Mesters, O.Carm

O evangelho de hoje faz parte de uma pequena unidade literária que vai desde Mt 5,17 até Mt 5,48, na qual se descreve como passar da antiga justiça dos fariseus (Mt 5,20) para a nova justiça do Reino de Deus (Mt 5,48). Descreve como subir a Montanha das Bem-aventuranças, de onde Jesus anunciou a nova Lei do Amor. O grande desejo dos fariseus era alcançar a justiça, ser justo diante de Deus. Este é também o desejo de todos nós. Justo é aquele ou aquela que consegue viver no lugar onde Deus o quer. Os fariseus se esforçavam para alcançar a justiça através da observância estrita da Lei. Pensavam que era pelo próprio esforço que poderiam chegar até o lugar onde Deus os queria, Jesus toma posição diante desta prática e anuncia a nova justiça que deve ultrapassar a justiça dos fariseus (Mt 5,20). No evangelho de hoje estamos quase chegando no topo da montanha. Falta pouco. O topo é descrita com a frase: “Sede perfeito como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48), que meditaremos no evangelho de amanhã. Vejamos de perto este último degrau que nos falta para chegar ao topo da Montanha, da qual São João da Cruz diz: “Aqui reinam o silêncio e o amor”.

Mateus 5,38: Olho por olho, dente por dente
Jesus cita um texto da Lei antiga dizendo: "Vocês ouviram o que foi dito: Olho por olho e dente por dente!”. Ele abreviou o texto. O texto inteiro dizia: ”Vida por vida, olho por olho, dente por dente, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe” (Ex 21,23-25). Como nos casos anteriores, também aqui Jesus faz uma releitura inteiramente nova. O princípio “olho por olho, dente por dente” estava na raiz da interpretação que os escribas faziam da lei. Este princípio deve ser subvertido, pois ele perverte e estraga o relacionamento entre as pessoas e com Deus.

Mateus 5,39ª: Não retribuir o mal com o mal
Jesus afirma exatamente o contrário: “Eu, porém, lhes digo: não se vinguem de quem fez o mal a vocês”. Diante de uma violência recebida, nossa reação natural é pagar o outro com a mesma moeda. A vingança pede “olho por olho, dente por dente”. Jesus pede para retribuir o mal não com o mal, mas com o bem. Pois, se não soubermos superar a violência recebida, a espiral da violência tomará conta de tudo e já não haverá mais saída. Lameque dizia: “Por uma ferida recebida, eu matarei um homem, e por uma cicatriz matarei um jovem. Se a vingança de Caim valia por sete, a de Lamec valerá por setenta e sete” (Gn 4,24). Foi por causa desta vingança extremada que tudo terminou na confusão da Torre de Babel (Gn 11,1-9). Fiel ao ensinamento de Jesus, Paulo escreve na carta aos Romanos: “Não paguem a ninguém o mal com o mal; a preocupação de vocês seja fazer o bem a todos os homens. Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem”. (Rm 12,17.21). Para poder ter esta atitude é necessário ter muita fé na possibilidade da recuperação do ser humano. Como fazer isto na prática. Jesus oferece 4 exemplos concretos.

Mateus 5,39b-42: Os quatro exemplos para superar a espiral da violência
Jesus diz: “Pelo contrário: (1) se alguém lhe dá um tapa na face direita, ofereça também a esquerda! (2) Se alguém faz um processo para tomar de você a túnica, deixe também o manto! (3) Se alguém obriga você a andar um quilômetro, caminhe dois quilômetros com ele. (4) Dê a quem lhe pedir, e não vire as costas a quem lhe pedir emprestado.” (Mt 5,40-42). Como entender estas quatro afirmações? Jesus mesmo nos ofereceu uma ajuda de como devemos entendê-las. Quando o soldado lhe deu uma bofetada numa face, ele não ofereceu a outra. Pelo contrário, ele reagiu energicamente: "Se falei mal, mostre o que há de mal. Mas se falei bem, por que você bate em mim?" (Jo 18,23) Jesus não ensina passividade. São Paulo acredita que, retribuindo o mal com o bem, “você fará o outro corar de vergonha” (Rm 12,20). Esta fé na possibilidade da recuperação do ser humano só é possível a partir de uma raiz que nasce da total gratuidade do amor criador que Deus mostrou para conosco na vida e nas atitudes de Jesus.

Para um confronto pessoal

1) Você já sentiu alguma vez uma raiva tão grande de querer aplicar a vingança “olho por olho, dente por dente”? Como fez para supera-la?

2) Será que a convivência comunitária hoje na igreja favorece a ter em nós o amor criador que Jesus sugere no evangelho de hoje?

Oração final

Senhor, ouvi minhas palavras, escutai meus gemidos.
Atendei à voz de minha prece, ó meu rei, ó meu Deus.
É a vós que eu invoco, Senhor. (Sal 5, 2-4)






MOTIVAÇÃO NO TRABALHO



O que é mais importante


Liderar é conseguir que as coisas sejam feitas através das pessoas. Neste sentido sempre haverá duas realidades em jogo - a tarefa e o relacionamento. É muito comum o líder perder o equilíbrio, colocando o foco apenas em uma das realidades e deixando a outra em segundo plano.
Uma pergunta para você: Se um líder colocar o fóco na tarefa e esquecer o relacionamento o que pode acontecer? Rotatividade de pessoas é uma delas, mas pode acontecer também rebeliões, má qualidade de trabalho, baixo compromisso, desconfiança, etc.

Há líder que se concentra nos resultados e se descuida do relacionamento, e aí gera muita insatisfação entre os colaboradores. Você talvez possa reagir dizendo que "nenhum trabalho se sustenta se a tarefa não for executada". E você está completamente certo. O líder que não estiver cumprindo as tarefas e ficar preocupado só com os relacionamentos...com certeza não ficará muito tempo no cargo!
A chave para a liderança é: executar as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos. E porque muitas lideranças não dão certo? Porque é costume colocar alguém na liderança pelas suas aptidões técnicas desenvolvidas no desempenho das tarefas. É uma armadilha!
Você pega seu melhor técnico e o promove a supervisor e pode estar criando dois problemas novos: passará a ter um mau supervisor e perdeu o seu melhor operador de resultados. Muitas vezes um excelente técnico tem péssimo relacionamento com sua equipe.
No entanto a maioria das pessoas que ocupam cargo de liderança tem sua realidade voltada para as tarefas.
A pergunta a ser feita é: os relacionamentos são tão importantes assim numa liderança? Em toda a minha vida de executivo eu aprendi uma grande verdade: tudo na vida gira em torno dos relacionamentos. Especialmente nos negócios, porque sem pessoas não há negócios.
Para concluir: empresa saudável fala e vive de relacionamentos saudáveis. Portanto, o grande líder desenvolve a capacidade de construir relacionamentos saudáveis!
Luiz Antonio Silva, palestrante e facilitador da PHAROL-RH






MOMENTO DE REFLEXÃO


Você já reparou o quanto as pessoas falam dos outros?
Falam de tudo.
Da moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinzices, chatices, mesmices, grandezas, feitos, espantos.
Sobretudo falam do comportamento.
E falam porque supõem saber.
Mas não sabem.
Porque jamais foram capazes de sentir como o outro sente.
Se sentissem não falariam.
Só pode falar da dor de perder um filho, um pai que já perdeu, ou a mãe já ferida por tal amputação de vida.
Dou esse exemplo extremo porque ele ilustra melhor.
As pessoas falam da reação das outras e do comportamento
delas quase sempre sem jamais terem sentido o que elas sentiram.
Mas sentir o que o outro sente não significa sentir por ele.
Isso é masoquismo.
Significa perceber o que ele sente e ser suficientemente forte para ajudá-lo exatamente pela capacidade de não se contaminar com o que o machucou.
Se nos deixarmos contaminar (fecundar?) pelo sentimento que o outro está sentindo, como teremos forças para ajudá-lo?
Só quem já foi capaz de sentir os muitos sentimentos do mundo é capaz de saber algo sobre as outras pessoas e aceitá-las, com tolerância.
Sentir os muitos sentimentos do mundo não é ser uma caixa de sofrimentos.
Isso é ser infeliz.
Sentir os muitos sentimentos do mundo é abrir-se a qualquer forma de sentimento.
É analisá-los interiormente, deixar todos os sentimentos de que somos dotados fluir sem barreiras, sem medos, os maus, os bons, os pérfidos, os sórdidos, os baixos, os elevados, os mais puros, os melhores, os santos.
Só quem deixou fluir sem barreiras, medos e defesas todos os próprios sentimentos, pode sabê-los, de senti-los no próximo.
Espere florescer a árvore do próprio sentimento.
Vivendo, aceitando as podas da realidade e se possível fecundando.
A verdade é que só sabemos o que já sentimos.
Podemos intuir, perceber, atinar; podemos até, conhecer. Mas saber jamais.
Só se sabe aquilo que já se sentiu.


Arthur da Távola








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