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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quarta-feira 29/06/2011



Quarta-feira, 29 de junho de 2011



"Todos os animais permanecem como Deus os fez; somente os homens é que se tornam piores" (Dante Veoleci)





EVANGELHO DE HOJE
Mt 8,28-34


Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. Eles então gritaram: "Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?" Ora, acerta distância deles estava pastando uma manada de muitos porcos. Os demônios suplicavam-lhe: "Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos". Ele disse: "Ide". Os demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas. Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o que houve com os possessos. A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região.







MEDITANDO O EVANGELHO(1)
Padre Antonio Queiroz

Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?
Neste Evangelho narra que Jesus, ao entrar numa cidade, expulsou o demônio de dois homens. Os demônios foram para uma grande manada de porcos, os quais se atiraram no mar e morreram. Então os habitantes da cidade pediram a Jesus que se retirasse da região deles.
A criação de porcos era a principal economia daquele povo. A libertação do pecado, muitas vezes, tem como preço a diminuição da renda em dinheiro, especialmente quando essa renda provém ou está sendo fonte de pecado.
Deus só aceita quem o ama sobre todas as coisas. Não podemos servir a dois senhores: a Deus e ao dinheiro.
Os possessos saíram dos túmulos. Os mortos querem viver entre os mortos. Os pecadores querem viver entre os pecadores. Por outro lado, os santos querem viver entre os santos. “Diz-me com quem andas e te direi quem és”. O túmulo é um lugar escuro. “Todo aquele que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas” (Jo 3,20).
“Eram tão violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho.” Quem vive com Deus é pacífico, quem não vive, é violento. Existem ruas, e até bairro, em que o povo tem medo de passar. A violência moral às vezes é pior que a física.
“Que tens a ver conosco, Filho de Deus?” As estruturas do mal conhecem quem é mais forte que elas e tem poder de destruí-las. A Igreja de Jesus, una, santa, católica e apostólica, é a religião mais atacada do mundo. Todas as religiões se unem apenas em um ponto: para atacar os católicos. Quem está fora da Igreja católica sabe que ela é o Corpo Vivo de Jesus, o Filho de Deus, por isso a ataca.
“Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?” É uma referência ao inferno, o tormento no tempo certo.
“Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos.” O porco era considerado um animal impuro, porque vive na lama e anda sempre sujo. Combina, portanto, com o “pai do pecado” que é o demônio.
“A cidade toda foi ao encontro de Jesus, e lhe pediram que se retirasse da região deles.” Preferiram o dinheiro (porcos) a Jesus. Na verdade, todos os habitantes da cidade eram possessos, ou possuídos pelo deus dinheiro. Quem não renuncia a tudo o que possui não pode entrar no Reino de Deus. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13).
E assim, a recusa a Jesus ia crescendo dia-a-dia e o seu campo de trabalho diminuindo, até que, na ressurreição, explodiu para o mundo inteiro, e nunca mais será barrado.
Certa vez, um pastor estava no campo cuidando de um enorme rebanho de ovelhas. E estava ao lado de uma estrada. De repente um carro parou. Saiu do volante um rapaz, com jeito de distinto, e disse ao pastor: “Se eu lhe disser quantas ovelhas o senhor tem neste rebanho, o senhor me dá uma?” O pastor respondeu: “Tranqüilo!”. O rapaz pegou no carro o seu not-boock, conectou-o na internet via satélite, acessou um programa especial de contagem de animais pelo satélite e, em poucos segundos, apareceu na tela o número: Havia ali 1586 ovelhas. “É exatamente este número”, confirmou o pastor. Então o jovem pegou uma ovelha, pôs no carro, e já estava indo embora, quando o pastor o chamou e disse: “Moço, se eu lhe disser algo da sua vida particular, você me devolve a ovelha?” “Sim”, respondeu ele. O pastor falou: “Você leva uma vida bastante isolada, tanto das pessoas como dos animais”. “Acertou de cheio” – disse o jovem – “mas me diga uma coisa: Como que o senhor sabe disso?” O pastor respondeu: “Porque você teve um comportamento estranho: parou aqui sem necessidade, contou minhas ovelhas sem eu pedir, e me cobrou uma ovelha para dizer o que eu já sabia. E não entende nada de ovelha, porque o que você pegou não é ovelha, mas o meu cachorro!”
Rapaz tão inteligente em umas coisas, mas tão burro em outras. Quantos jovens de hoje estão na mesma situação! Há muitas maneiras de ser possuído pelo demônio; apegar-se demasiadamente à técnica e à ciência e se esquecer da caridade e do respeito ao próximo é uma delas.
Maria Santíssima acolhia sempre seu Filho com amor de mãe. Que ela nos ajude a recebê-lo bem e segui-lo, renunciando a tudo o que é contrário a ele.
Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?





MEDITANDO O EVANGELHO (2)
Frei Carlos Mesters, O.Carm

O evangelho de hoje acentua o poder de Jesus sobre o demônio. No nosso texto, o demônio ou o poder do mal é associado com três coisas:
1) Com o cemitério, o lugar dos mortos. A morte que mata a vida!
2) Com o porco, que era considerado um animal impuro. A impureza que separa de Deus!
3) Com o mar, que era visto como símbolo do caos de antes da criação.
O caos que destrói a natureza. O evangelho de Marcos, de onde Mateus tirou a sua informação, ainda associa o poder do mal a um quarto elemento que é a palavra Legião, (Mc 5,9), nome dos exércitos do império romano. O império que oprimia e explorava os povos. Assim se compreende como a vitória de Jesus sobre o demônio tinha um alcance enorme para a vida das comunidades dos anos setenta, época em que Mateus escreve o seu evangelho. Elas viviam oprimidas e marginalizadas, pela ideologia oficial tanto do império romano como do farisaísmo que se renovava. O mesmo significado e alcance continua válido para nós hoje.

Mateus 8,28: O poder do mal oprime, maltrata e aliena as pessoas

Este versículo inicial descreve a situação do povo antes da chegada de Jesus. Na maneira de descrever o comportamento dos dois endemoninhados, o evangelista associa o poder do mal com cemitério e morte. É um poder mortal sem rumo, ameaçador, descontrolado e destruidor, que mete medo em todos. Priva a pessoa da consciência, do autocontrole e da autonomia.
Mateus 8,29: Diante da simples presença de Jesus o poder do mal se desmorona e se desintegra
Aqui se descreve o primeiro contato entre Jesus e os dois possessos. É a desproporção total. O poder, que antes parecia tão forte, se derrete e se desmancha diante de Jesus. Eles gritam: "Que é que há entre nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?" Sentem que perderam o poder.
Mateus 8,30-32: O poder do mal é impuro e não tem autonomia nem consistência
O demônio não tem poder sobre os seus próprios movimentos. Só consegue ir para dentro dos porcos com a permissão de Jesus! Uma vez dentro dos porcos, estes se precipitam no mar. Na opinião do povo, o porco era símbolo da impureza que impedia o ser humano de relacionar-se com Deus e sentir-se acolhido por Ele. O mar era símbolo do caos que existia antes da criação e que, conforme a crença da época, continuava ameaçando a vida. Este episódio dos porcos que se precipitam no mar é estranho e difícil de ser entendido. Mas a mensagem é muito clara: diante de Jesus, o poder do mal não tem autonomia nem consistência. Quem crê em Jesus já venceu o poder do mal e já não precisa ter medo!

Mateus 8,33-34: A reação do povo do lugar

Alertado pelos empregados que tomavam conta dos porcos, o povo do lugar veio ao encontro de Jesus. Marcos informa que eles viram “o endemoninhado sentado, vestido e em perfeito juízo” (Mc 5,15). Mas eles ficaram sem os porcos! Por isso, pedem a Jesus para ir embora. Para eles, os porcos eram mais importantes que o ser humano que acabava de ser devolvido a si mesmo.

A expulsão dos demônios.
No tempo de Jesus, as palavras demônio ou satanás, eram usadas para indicar o poder do mal que desviava as pessoas do bom caminho. Por exemplo, quando Pedro tentou desviar Jesus, ele foi Satanás para Jesus (Mc 8,33). Outras vezes, aquelas mesmas palavras eram usadas para indicar o poder político do império romano que oprimia e explorava o povo. Por exemplo, no Apocalipse, o império romano é identificado com “Diabo ou Satanás” (Ap 12,9). Outras vezes ainda, o povo usava as mesmas palavras para indicar os males e as doenças. Assim se falava em demônio ou espírito mudo, espírito surdo, espírito impuro, etc. Havia muito medo! No tempo de Mateus, segunda metade do primeiro século, o medo dos demônios estava aumentando. Algumas religiões, vindas do Oriente, divulgavam um culto aos espíritos. Elas ensinavam que gestos errados nossos podiam irritar os espíritos, e estes, para se vingar de nós, podiam impedir nosso acesso a Deus e privar-nos dos benefícios divinos. Por isso, através de ritos e despachos, rezas fortes e cerimônias complicadas, o povo procurava acalmar esses espíritos ou demônios, a fim de que não prejudicassem a vida humana. Estas religiões, em vez de libertar o povo, alimentavam nele o medo e a angústia. Ora, um dos objetivos da Boa Nova de Jesus era ajudar o povo a se libertar deste medo. A chegada do Reino de Deus significou a chegada de um poder mais forte. Jesus é “o homem mais forte” que chegou para amarrar o Satanás, o poder do mal, e roubar dele a humanidade prisioneira do medo (cf. Mc 3,27). Por isso, os evangelhos insistem tanto na vitória de Jesus sobre o poder do mal, sobre o demônio, sobre o Satanás, sobre o pecado e sobre a morte. Era para animar as comunidades a vencer este medo do demônio! E hoje, quem de nós pode dizer: “Eu sou totalmente livre”? Ninguém! Então, se não sou totalmente livre, alguma parte em mim é possuída por outros poderes. Como expulsar estes poderes? A mensagem do evangelho de hoje continua válido para nós.

Para um confronto pessoal

1. O que está oprimindo e maltratando o povo, hoje? Por que, hoje, em certos lugares, se fala tanto em expulsão de demônio? Será que é bom insistir tanto no demônio? O que você acha?

2. Quem de nós pode dizer que é totalmente livre ou liberto? Ninguém! Então, somos todos um pouco possessos, possuídos por outros poderes que ocupam algum espaço dentro de nós. Como fazer para expulsar este poder de dentro nós e de dentro da sociedade?

Oração final
O Senhor é clemente e misericordioso, lento para a ira e rico de graça.
O Senhor é bom para com todos, compassivo com todas as suas criaturas. (Sal 144, 8-9)










CURIOSIDADES



1-Foi a americanização da expressão “m’aider in venez m’aider” – em francês, “venha me ajudar” – que deu origem à palavra mayday. Hoje, o termo é empregado em todo o mundo, principalmente por aeronaves e navios, para indicar que se está correndo perigo.

2- O nome pitanga vem de pyrang, que, em tupi, significa vermelho. Portanto, a expressão "chorar as pitangas" se refere a alguém que chorou muito, até o olho ficar vermelho.


3- A frase “o que é do homem o bicho não come” quer dizer que as características intrínsecas às pessoas não podem ser modificadas por fatores externos. O “bicho” representa a sociedade, as leis, regras ou até outras pessoas. Segundo o dito popular, não adianta nenhum destes “bichos” lutarem contra os sentimentos e características arraigados em alguém.


4- Na frase "cuspido e escarrado" ,que significa que uma pessoa é muito parecida com outra o correto é "esculpido em carrara". A frase é uma alusão à perfeição das esculturas de Michelangelo, pois carrara é um mármore da Itália e foi bastante usado por ele.


5- O site “Sua língua” do portal Terra traz uma explicação do engenheiro Manoel Henrique Campos Botelho para a origem da expressão "pédireito" atribuída à distância entre o chão e o teto. Segundo ele, pé-direito é a distância medida em pé e na posição direita (como é conhecido o ângulo reto ou a posição ortogonal) em relação ao plano. A rua direita, por exemplo, é aquela que chega ortogonalmente a uma outra rua, e não inclinada.


6-O termo “maria-fumaça” surgiu no século XX para designar a “locomotiva a vapor.“ Em vários idiomas, é freqüente os nomes próprios mais difundidos adquirirem a função de adjetivos ou substantivos” explica o filólogo Alfredo Maceira. Segundo ele, no Português, muitos destes nomes passam a fazer parte de substantivos compostos, como maria-chiquinha, a maria-vai-com-as-outras, o joão-de-barro, o joão-bobo e o joão-ninguém.







MOMENTO DE REFLEXÃO

Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar precisava encontrar um sucessor.
Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo.
Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio para colocar sabedoria dos dois à prova.
Ambos receberam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreenderem a subida de uma grande montanha.
Dia e hora marcados, começa a prova.
Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar.
No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor.
Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista.
Prova encerrada, todos voltam ao pé da montanha para ouvirem do monge o óbvio anúncio.
Após o festejo, o derrotado aproxima-se e pergunta ao seu oponente como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:
- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei - foi a resposta.
Carregando feijões ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida.
Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento é você quem determina.
APRENDAMOS A COZINHAR OS NOSSOS FEIJÕES...






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