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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sexta-feira 04/05/2012




Sexta-feira, 04 de maio de 2012


“Confiar é uma prova de coragem e ser fiel uma prova de força” (Marie Von Ebner-Eschenbach).




EVANGELHO DE HOJE
Jo 14,1-6


Jesus disse:- Não fiquem aflitos. Creiam em Deus e creiam também em mim. Na casa do meu Pai há muitos quartos, e eu vou preparar um lugar para vocês. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito. E, depois que eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também. E vocês conhecem o caminho para o lugar aonde eu vou. Então Tomé perguntou: - Senhor, nós não sabemos aonde é que o senhor vai. Como podemos saber o caminho? Jesus respondeu: - Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim.






MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz


Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Este Evangelho é de fundamental importância para nós, porque nele Jesus nos fala do céu. E, diante da pergunta do Apóstolo Tomé sobre qual é o caminho para chegar, Jesus fala: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
Não é possível nós conhecermos a vida futura, pois é outra realidade diferente da nossa, e os dois “mundos” – este nosso mundo material e o mundo futuro – são incomunicáveis. Mas não precisamos nos preocupar com isso, porque Jesus, que pertenceu a este mundo material, é o caminho para chegarmos ao outro.
Essas três qualidades de Jesus – caminho, verdade e vida – estão interligadas. Quem segue a Jesus (caminho), é porque acredita nele (verdade); por isso recebe a vida em plenitude, a vida plenamente feliz e que nunca termina.
O importante não é estar com Jesus, mas caminhar com ele. Também não basta conhecê-lo, saber quem ele é, e acreditar nele; isso a maioria das pessoas fazem: conhecem a Jesus e acreditam nele. O importante é segui-lo como o nosso caminho.
Nesta caminhada com Jesus, se alguém pensar que já chegou é sinal que não está no caminho dele, pois só chegaremos na hora da nossa morte. Nesta vida, somos sempre “caminheiros que marcham para o céu”.
Na parábola do fariseu e do publicano, o fariseu dizia: eu faço isso e mais aquilo, foi reprovado porque pensava que era perfeito. Já o publicano que batia no peito e dizia: “Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!” mostrou que estava com Deus e foi aprovado, porque se julgava “caminheiro”.
O caminho, que é Jesus, é vasto e abrangente. Passa pela vida de oração, de Comunidade, pela vida em família, passa pela obediência aos mandamentos e até pela participação política. É um caminho às vezes íngreme, mas possível e doce como o mel.
"Aquele que ama conhece a Deus" (1Jo 4,7. Quem obedece aos mandamentos – aqui resumidos na palavra amor – e segue Jesus como o seu caminho, vai acabar conhecendo a Deus (verdade) e adquirindo a sua vida, que é inesgotável.
Tudo o que se diz no mundo, só é verdade se estiver de acordo com o que Jesus viveu e ensinou. O resto é tudo mentira, falsidade e engano. Ele é a verdade, não uma das verdades.
Jesus e o Pai são um só. Quem segue a Jesus recebe nasce de novo, recebendo uma vida nova. É uma vida que vai crescendo sempre e não é interrompida por nada, nem pela morte. Só o pecado pode interrompê-la.
Jesus falou várias vezes que a mentira leva à morte e a verdade leva à vida. Portanto, é fácil saber onde está a verdade: é onde se promove protege a vida, em seus vários níveis: vegetal, animal, humana e divina. E é fácil também saber onde está a mentira: é onde se destrói a vida.
Quem tem Jesus como o seu caminho, verdade e vida, torna-se fonte de vida para os outros. “Aproximemo-nos do Senhor, pedra viva... Do mesmo modo também vós, como pedras vivas...” (1Pd 2,4). Jesus é a pedra viva da casa de Deus, e quer que sejamos também.
“Quem acredita em mim, fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores, porque eu vou para o Pai” (Jo 14,12). No entanto, sabemos que o caminho de Jesus é um caminho de cruz. Ninguém consegue segui-lo, vivendo em sombra e água fresca. Quanta gente busca Jesus fora da sua Igreja, porque quer entrar no céu pela “porta larga”!
Quando Adão e Eva pecaram e foram expulsos do paraíso, a porta do paraíso foi fechada, e ninguém mais conseguiu entrar. Jesus veio, tornou-se um de nós, pagou por nós o pecado e entrou no paraíso. Por isso ele é o nosso único caminho.
“Vou preparar um lugar para vós.” O céu é o nosso destino natural. Foi para lá que Deus nos criou, e todos já temos lá o nosso lugar preparado por Cristo. “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (S. Paulo). Deus é nosso Pai amoroso, e nos quer todos eternamente junto dele no céu.
“Eu vi um novo céu e uma nova terra... Então ouvi uma voz forte que dizia: Esta é a morada de Deus com os homens. Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá e não haverá mais luto nem dor. E Deus disse: Eis que faço novas todas as coisas. A quem tiver sede eu darei da fonte da água viva. Esta será a herança do vencedor. Eu serei o seu Deus e ele será meu filho. Em seguida eu vi a cidade santa, a Jerusalém celeste. Ela não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz e a sua lâmpada é o Cordeiro. A sua porta não precisa ser fechada e nunca entrará nela o que é impuro nem alguém que pratique a abominação e a mentira. Entrarão nela somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Cf Ap 21,1-27). E o próprio Jesus falou: “Os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai” (Mt 13,43).
“Os sofrimentos do tempo presente não tem proporção com a glória que há de ser revelada em nós. Toda a criação espera ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação foi sujeita ao que é vão e ilusório, não por seu querer, mas por dependência daquele que a sujeitou. Também a própria criação espera ser libertada da escravidão da corrupção, em vista da libertação que é a glória dos filhos de Deus. Com efeito, sabemos que toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto, e não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nosso íntimo, esperando a condição filial, a redenção de nosso corpo. Aquilo que se tem diante dos olhos não é objeto de esperança. Como se pode esperar o que está vendo? Mas se esperamos o que não vemos, é porque aguardamos na perseverança” (Rm 8,18ss). S. Paulo fala isso para nos animar na fidelidade a Deus em meio às lutas desta vida.
“Tomé disse a Jesus: Senhor, nós não sabemos para onde vais.” Não sabemos como é o céu, pois ele pertence ao mundo espiritual e nós estamos no mundo material, e esses dois mundos são incomunicáveis. Mas não precisamos saber como é o mundo futuro. Basta seguirmos a Jesus, que é o caminho para lá. “Para onde eu vou, vós conheceis o caminho... Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
O céu, numa explicação simples, é a vida após a morte junto com Deus e com a sua e nossa família que são os anjos e os santos. “Olhos humanos jamais viram, nem ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu o que Deus preparou para os que o amam” (1Cor 2,9).
Refletindo sobre as maravilhas que Deus preparou para nós no céu, S. Paulo fala aos filipenses: “Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. Se, continuando na vida corporal, eu posso produzir um trabalho fecundo, então já não sei o que escolher. Estou num grande dilema: Por um lado, desejo ardentemente partir para estar com Cristo, o que para mim é muito melhor. Por outro lado, parece mais necessário para o vosso bem que eu continue a viver neste mundo. Certo disso, sei que vou permanecer e continuar convosco, para o vosso progresso e alegria da fé” (Fl 1,21-25). Nessa passagem, S. Paulo resume o nosso sentimento diante da vida futura: Olhando para nós, seria melhor morrer logo e ir para o céu. Mas, olhando para a nossa família e a nossa Comunidade, é melhor permanecermos ainda um tempo na terra, para ajudá-los e para fazer o bem. Mas isso são apenas sentimentos, porque a escolha não é nossa, e sim de Deus. “A mim pertence a vida”, disse ele. Não escolhemos o dia de nascer, não vamos escolher também o dia de morrer. Cabe a nós, cada dia que amanhece, agradecer a Deus a graça de vermos novamente a luz do dia, e procurar viver bem aquele dia.
“O Senhor dará nesta montanha um banquete de carnes gordas e vinhos finos. Nesta montanha ele vai destruir o véu que envolvia os povos. Vai acabar com a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces” (Is 25,6-8). Essa referência ao banquete é uma comparação, pois no céu o nosso corpo será glorificado e não precisaremos comer. O que o texto quer mostrar é que o céu é um lugar muito gostoso. É como um banquete. Tudo o que é bom, feliz e gostoso aqui na terra, existe lá no céu, e lá é muito melhor.
Se as coisas feitas por Deus neste mundo material, que é passageiro, são tão sábias, belas e carregadas de amor, quanto mais o céu! “São vãs por natureza todas essas pessoas nas quais não há o conhecimento de Deus. Porquanto, partindo dos bens visíveis, não foram capazes de conhecer aquele que é, nem tampouco, pela consideração das obras, chegar a conhecer o artífice” (Sb 13,1).
Certa vez, um homem perdeu um saco de moedas. Ele ficou desesperado e percorreu a vizinhança toda dizendo: “Se alguém achar um saco de moedas, é meu”.
Horas depois, um rapaz o procurou com o saco de moedas nas mãos. O homem olhou e viu logo: é esse mesmo. E ele sabia quantas moedas havia dentro do saco: quatrocentas moedas. Mas o homem pensou consigo: vou dizer que havia quinhentas, assim fico livre de dar uma gorjeta para este moço.
Pegou o saco e disse: “Muito obrigado! Você encontrou o meu saco de moedas! Vou contar para ver se estão todas aqui. Havia quinhentas moedas neste saco”. Contou e só encontrou quatrocentas. Então disse ao rapaz: “Não há problema. O importante é que você achou. Muito obrigado!” O rapaz saiu dali, mas logo pensou: Passei por ladrão! O meu nome é limpo aqui no bairro, e logo todo mundo vai ficar sabendo disso e pensar que fiquei com cem moedas!
Então foi ao juiz e expôs o caso. O juiz mandou chamar o homem que ficou com o saco de moedas, e mandou que as trouxesse. O homem veio e o juiz lhe perguntou: “Quantas moedas havia no saco que o senhor perdeu? Ele respondeu: “Quinhentas”. “E quantas estavam neste saco que o rapaz lhe entregou?” perguntou o juiz. Ele respondeu: “Quatrocentas”. “Então não é o seu” – disse o juiz – “pode devolver ao moço o saco de moedas; quando aparecer o dono, ele o entregará”.
Jesus é a verdade, e quem quer segui-lo deve também dizer sempre a verdade. O mentiroso acaba se dando mal. O melhor é administrar bem as nossas moedas aqui da terra para, com elas, ganhar a grande moeda que é o céu.
Que Maria Santíssima nos ajude a assumir o seu Filho como o nosso caminho, verdade e vida. E, já que ela é a Rainha do céu, que nos ajude a chegar lá também.
Eu sou o caminho, a verdade e a vida.




DICAS DE SAÚDE
Ressaltamos que as Dicas de Saúde enviadas por este Diário, não equivalem a uma receita médica; são apenas "dicas".  Os exames preventivos são sempre indispensáveis! Para mais informações consulte o seu médico.


Tosse Crônica

É um sintoma caracterizado por tosse que perdura por mais de 20 dias. Pode ser um alarme do organismo a uma série de doenças que costumam passar desapercebidas, principalmente na fase inicial.
Existem várias zonas desencadeadoras da tosse: toda a região endo nasal e sinusal, faringeana, laringeana e pulmonar, além de áreas como o ouvido externo e médio, o esôfago e o estômago, o diafragma, e até mesmo, o coração e o cérebro. Apesar de cada caso ter algumas características peculiares, o diagnóstico diferencial nem sempre é fácil.
De acordo com vários autores, a causa mais comum de tosse crônica é a sinusite, seguida pelas faringites. Na maioria das vezes, há mais de uma causa, que deverão ser bem diagnosticadas para o seu correto tratamento. Segundo pesquisas, 70% da tosse persistente está relacionada à três fatores: sinusite, faringite de refluxo e problemas pulmonares.
Grande número de doenças sinusais passam desapercebidas, pois são pobres de sintomas, e são chamadas de sinusites latentes. Não costumam doer e, às vezes, são catalogadas como rinites alérgicas, pois o nariz é um órgão de defesa, muito reativo. Certos procedimentos cirúrgicos endonasais costumam diminuir a inervação parassimpática, responsável por esta hiper reatividade alérgica, além de eliminar os defeitos anatômicos e as patologias.
Alterações endonasais que modificam a coluna aérea, comprimindo-a, ou retificando-a, de forma que a mesma passe por baixo, fazem com que o ar inspirado não seja devidamente umidificado e como consequência, resseca a região faringeana, traumatizando-a e por isso, surge a faringite. O nariz umidifica o ar em noventa por cento, além de esquentá-lo e purificá-lo.
Alterações da coluna aérea e a dificuldade de respirar pelas narinas, criam uma maior pressão negativa na garganta, fazendo com que o véu palatino, tecido muscular que se situa na porção posterior do palato duro (céu da boca), cresça e encoste na parede posterior da faringe, gerando cócegas e dando a sensação de um pigarro preso na garganta. Além da tosse, o véu palatino é ainda, causador do ronco.
A respiração pela boca é errada e também resseca e irrita a faringe, causando a tosse e o mau hálito.
O médico otorrino deverá submeter o paciente a exames bem precisos e detalhados com aparelhos que magnificam e filmam as imagens, colhendo material nas regiões profundas do nariz a fim de detectar anomalias e secreções purulentas que poderão passar desapercebidas à radiografia simples ou à tomografia computadorizada.
Os pulmões deverão ser pesquisados através de exames, como os radiológicos e laboratoriais, a fim de se diagnosticar certas patologias, à exemplo dos tumores e da tuberculose, principalmente quando a tosse for produtiva.
Atenção redobrada deverá ser dada aos idosos com pneumonia, pois ela poderá ser aspirativa, consequente do enfraquecimento da musculatura da deglutição, muitas vezes relacionado ao hipotireoidismo e ao uso de determinados medicamentos. Em certos casos a gastrostomia será indicada.
O fumante, portador de tosse crônica, não deve acomodar-se, supondo que o mal seja exclusividade do fumo, pois é comum a associação com outras doenças. Pacientes asmáticos também devem ser pesquisados pois há íntima relação com as rino-sinusopatias, 60% têm sinusite.
O tratamento da tosse crônica será realizado em função dos resultados dos exames pois, pouco adiantará se não erradicarmos as causas da doença.







MOMENTO DE REFLEXÃO

Filhos são do mundo!
Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.
Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!
Três dias na cobertura da tragédia na pousada Sankay ( Angra dos Reis), olhos grudados em fotos, tevê e internet, vozes chorosas de mães e tios ao telefone me fizeram pensar nessa dor gigantesca que deve ser para um ser humano devolver o que mais amou nessa vida, mas nunca foi seu! E, principalmente, me fez entender que mais do que corajosos, nós, pais, somos loucos por correr o risco de amar tanto sem garantias.
Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.

Lenice Viana- jornalista




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