Domingo, 27
de maio de 2012
“Tem dias
que Deus caminha ao meu lado, eu sei. Tem dias que Ele me leva no colo, eu
sinto!” (Joelma Rocha)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 20,19-23
Naquele
mesmo domingo, à tarde, os discípulos de Jesus estavam reunidos de portas
trancadas, com medo dos líderes judeus. Então Jesus chegou, ficou no meio deles
e disse:
- Que a paz
esteja com vocês!
Em seguida
lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o
Senhor. Então Jesus disse de novo:
- Que a paz
esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.
Depois
soprou sobre eles e disse:
- Recebam o Espírito
Santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados;
mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Como o Pai
me enviou, também eu vos envio: Recebei o Espírito Santo!
Hoje
celebramos com alegria a solenidade de Pentecostes, que é a vinda do Espírito
Santo. O fato está narrado na primeira Leitura e no Evangelho. O Evangelho
narra que Jesus nos mandou o Espírito Santo a fim de continuarmos a sua missão
na terra: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio. E, depois de ter dito
isso, soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo!”
O
Evangelho destaca também que o Espírito Santo veio sobre os Apóstolos para lhes
dar o dom de perdoar os pecados: “A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.
Jesus
é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29); e a Igreja é a
continuadora de Jesus, levando esse perdão a todos os homens e mulheres do
mundo.
Neste
pequeno trecho do Evangelho, Jesus fala duas vezes: “A paz esteja convosco”. Dá
impressão que essa foi a finalidade de tudo: dar-nos a paz, uma paz completa e
permanente. O pecado gera sentimento de culpa, o que nos tira a paz. Sem paz, a
pessoa não tem alegria, nem felicidade, nem força para agir e fazer o bem. Como
que é importante o sacramento da confissão!
Também
o perdão que nos damos uns aos outros faz bem. Ele traz a paz tanto para quem é
perdoado como para quem perdoa. Há pessoas que só vêem as limitações do
próximo. Isso é uma “miopia”, porque as pessoas têm muito mais qualidades do
que defeitos. Destacar as qualidades de uma pessoa é um incentivo para que ela
vença as suas falhas e melhore de vida.
A
paz é melhor que as riquezas, que as honras e melhor até que a saúde. Mas a paz
não nos vem isolada; ela é fruto da justiça e do perdão. Quem é justo e perdoa
torna-se uma fonte de paz no mundo.
“Estando
fechadas, por medo dos judeus, as portas...” Com esse medo todo, dá impressão
que, se o Espírito Santo não tivesse vindo, a Igreja teria acabado ali mesmo.
O
Espírito Santo tira o medo exagerado, e acrescenta à nossa coragem a confiança
de que Deus fará também a parte dele e nos defenderá. “Se pegarem em serpentes
e beberem veneno mortal, não lhes fará mal algum” (Mc 16,18).
Na
primeira Leitura, o Espírito Santo vem como Luz e Força para os discípulos. Luz
para nos mostrar o caminho, e força para seguimos esse caminho.
Outro
dado interessante é que o Espírito Santo não veio sobre indivíduos, mas sobre a
Comunidade cristã reunida. Ele não deseja destacar pessoas, mas sim a
Comunidade, que é o Corpo Místico de Cristo e o principal instrumento de
construção do Reino de Deus no mundo.
A
Igreja (Comunidade) é a grande agente transformadora do mundo; nós somos
membros, ou peças dessa máquina.
Eu
vou contar um fato acontecido no Estado do Acre, em 1981. João Eduardo era um
senhor, pai de família e líder da Comunidade rural onde ele morava.
O
governo desapropriou uma grande área de terra e encarregou o João Eduardo de
fazer a distribuição para as famílias de agricultores sem terra.
Durante
esse trabalho, João descobriu que havia um atravessador vendendo lotes do
assentamento. João o procurou, pediu que ele parasse com aquele ato ilegal, e
ameaçou denunciá-lo. O atravessador o ameaçou de morte, caso o denunciasse.
Mesmo assim, João Eduardo o denunciou. E não deu outra: ele foi assassinado dia
18/01/1981.
O
Espírito Santo nos dá coragem para enfrentar até ameaça de morte, para fazermos
o bem e implantarmos a justiça. João Eduardo sabia que a nossa existência não a
morte, mas é eterna. E ele acreditava que, se lhe acontecesse alguma coisa, a
providência divina não abandonaria a sua família, como de fato não abandonou.
Após
a ascensão, os discípulos foram para Jerusalém e se reuniram, a espera do
Espírito Santo que Jesus havia prometido. E ali, “todos eles perseveravam na
oração em comum, junto com algumas mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus”
(At 1,14). Que Maria Santíssima esteja também em nosso meio, ela que é a esposa
do Espírito Santo.
Como o Pai
me enviou, também eu vos envio: Recebei o Espírito Santo!
MUNDO
ANIMAL
O sentimento
que a morte produz nos animais é semelhante a dor do luto
O
luto é um sentimento profundo oriundo de uma perda importante na vida. Pessoas
enlutadas experimentam traumas tanto físicos quanto emocionais, enquanto tentam
adaptar suas vidas aos abalos trazidos pela perda. Há muito tempo os psicólogos
reconheceram que o luto experimentado pelos proprietários de animais após a
morte destes é o mesmo experimentado após a morte de uma pessoa. A morte de uma
animal de estimação significa a perda de um amor incondicional. Esses
sentimentos podem ser especialmente intensos nos idosos, nas crianças ou nos
casais sem filhos. As crianças tendem a ficar enlutadas por um período mais curto,
mas a sua dor não é menos intensa. Crianças, também, tendem a voltar ao assunto
com mais frequência e, precisam ser encorajadas a falar livremente sobre o
animal, oferecendo-lhe muito carinho e conforto.
Até
os três anos, a única coisa que a criança entende é que o animal não estará lá
mais com ela, mas não percebe que a morte é irreversível. A partir dos sete
anos a criança já entende melhor o conceito da perda. Depois dos 12 anos, ela
tem capacidade para entender e aceitar todo o processo da perda. É importante
que seja esclarecido neste período de luto, que a morte faz parte do ciclo da
vida, é algo natural que vai acontecer com todos os seres vivos. Não é
aconselhável se apressar para dar outro animal. O ideal é que a criança consiga
recordar as histórias do animal que perdeu, valorizando-o e não o vendo como
objeto. Deixe que ela chore, não a force a sentir-se melhor. As crianças
necessitam de mais tempo para compreender o que é morte. Deve-se falar sempre a
verdade para a criança, evitando que ocorra traumas no futuro. A
conscientização neste processo educativo deve enfocar, que assim como as
listras das zebras são iguais as impressões digitais dos humanos, no caso dos
cães, a impressão digital fica no focinho, provando desta forma, que cada
animal é único e insubstituível.
A
observação do ciclo de vida de um animal ajuda-nos a entender melhor as nossas
próprias fases da vida. O luto é provavelmente a sensação mais confusa,
frustrante e dolorosa que uma pessoa pode sentir. É ainda mais para proprietários
de animais. A sociedade, em geral, não dá a essas pessoas “permissão” para
demostrar a sua dor abertamente. Dessa forma, os proprietários frequentemente
se sentem isolados e sozinhos.
A
tristeza causada pela sua falta do animal de estimação aos idosos pode
ocasionar inúmeras reações, surgindo sentimentos de culpa ou medo. Não existe
mais para o proprietário aquele ser especial que lhe oferecia amor e proteção.
A pessoa enlutada se sente extremamente triste, desesperançada, inútil e
cansada. Muitos adquiriram seu animal para combater a solidão, pois muitos são
viúvos, divorciados e não possuem parentes e, viviam felizes na companhia deste
amigo inseparável. Após a morte do animal, é preciso que seja encontrado um
novo estímulo, para que a pessoa continue se exercitando e cuidando da higiene
da casa. A adoção de um novo animal é uma boa opção para restabelecer o
equilíbrio emocional.
Os
animais, também, criam laços muito fortes entre eles. Na verdade, animais que
perderam um companheiro podem exibir vários sintomas idênticos aos
experimentados pelo proprietário enlutado. O animal sobrevivente pode ficar
inquieto, ansioso e deprimido. Ele pode suspirar com frequência, e ter
dificuldade para comer e dormir. É comum que os animais procurem por seus
companheiros mortos e exijam mais atenção dos seus donos. Mesmo animais que
parecem ter dificuldade para se relacionarem podem exibir fortes sinais de
estresse quando morre o outro animal da casa.
Na
Tanzânia, primatologistas estudando o comportamento de chimpanzés registraram a
morte de Flo, de 50 anos, a matriarca de um grupo. Durante todo o dia seguinte,
o filho de Flo, Flint, sentou-se ao lado do corpo sem vida da mãe,
ocasionalmente pegando sua mão e chorando. Nas semanas seguintes, Flint
tornou-se crescentemente alheio, afastando-se do grupo – a despeito dos
esforços de seus parentes para levá-lo de volta – e recusando comida. Três
semanas após a morte de Flo, o outrora jovem e saudável chimpanzé também estava
morto. A primatologista Jane Goodall, que assistiu a Flint morrer de fome após
a morte da mãe, não tem dúvida: ele morreu de tristeza. Mas pode um macaco
manifestar sentimentos que nós, antropocentricamente, associamos apenas a nós
mesmos? É isso que propõe o livro: “The smile of a dolphin” (O sorriso de um
golfinho), editado por Marc Bekoff, biólogo da Universidade do Colorado. No
volume, 50 pesquisadores do comportamento animal – não só de chimpanzés e
golfinhos, mas também de cães e pássaros – dizem que sim, nossos companheiros
de reino podem sentir tristeza (luto), afeto, amor, alegria e prazer. Trata-se
de uma virada e tanto no modo de os cientistas encararem essa questão, isto é,
não se exige mais que isso seja respaldado por gráficos ou tabelas. “Eu nem
mesmo posso provar que outro ser humano está se sentindo feliz ou triste. Mas
eu posso deduzir como eles estão se sentindo a partir da linguagem do corpo e
da expressão facial. Com uma vantagem: os animais não filtram ou dissimulam
seus sentimentos como fazem os os seres humanos”, afirma Marc Bekoff. O biólogo
espera que um maior entendimento do que os animais estão sentindo irá estimular
regras mais rígidas sobre como eles devem ser tratados tanto em zoológicos e
circos quanto em fazendas e residencias, o quanto eles sofrem ao serem
maltratados.
Estudos
sobre as reações à perda de um animal de estimação mostram como é forte o apego
desenvolvido. Usando o modelo da teoria de apego (Bowlby, 1969, 1973, citado em
Archer, 1996), Parkes (1986, citado em Archer, 1996) se referiu ao pesar de
perder um animal de estimação como o custo de perder um grande amor. Há estudos
que tendem para uma descrição mais qualitativa, mostrando paralelos entre o
luto seguido da morte de um humano e da morte de um animal de estimação.
Stewart (1983, citado por Archer, 1996) relatou que uma minoria de sua amostra
(18%) ficou tão perturbada que foi incapaz de continuar com sua rotina normal,
e um terço descreveu si mesmos como muito angustiados. Dunn e colaboradores
(1992, citado por Archer, 1996) estudaram uma amostra de aproximadamente 1.000
donos de animais de estimação aflitos nos Estados Unidos e encontrou que o luto
foi breve, porém intenso. Tristeza ainda era aparente em metade da amostra um
mês após a perda, e choro e culpa em aproximadamente um quarto dos pesquisados.
Depoimentos que envolvem a morte dos animais:
Reverendo
McSweeney. – Arquidiocese Católica de Nova York
O
catolicismo tem certeza da vida após a morte dos seres humanos, mas não temos
ideia sobre o que acontece com os animais. Jesus disse: – “Toda a criação se
renovará no paraíso”. Para os proprietários de animais de estimação, eu diria
que as palavras de Cristo podem significar que existe a possibilidade de que,
quando isto acontecer, quando toda a criação for reunida num outro mundo, eles
encontrem seus animais, pois o paraíso não deverá ser um lugar sem plantas nem
animais. O céu foi feito para o ser humano. A razão para os cães irem para o
céu não é por nós, nem por eles. Talvez, isto sim, pelo nosso relacionamento
com eles. Eu diria que o Deus do amor deseja que sejamos felizes e nos
permitirá ter conosco, os animais que partilharam de nosso amor.
Rabino G.
Winkler – Novo México
O
livro dos provérbios diz: “As pessoas piedosas conhecem as almas de seus
animais” – o que significa que uma pessoa estudiosa, evoluída, tem ligação com
o espírito do seu animal de estimação. Vários ensinamentos do Talmud falam de
animais que pertencem a rabinos da antigüidade. O céu é chamado de “Jardim do
Éden” e todas as criaturas são vistas celestialmente. O Pai Supremo, abençoado
seja seu nome, não priva nenhuma de suas criaturas do prêmio celeste. Baseado
em como viveram neste mundo, todos os animais receberão recompensa no mundo que
está por vir. Existe um paralelo entre o pensamento católico e judaico, onde
prevalece o pensamento de que os animais foram feitos para nós. Não foram. Eles
são imbuídos de espírito, alma e têm escolhas. Todas as criaturas têm algo para
nos ensinar. Eles têm seu próprio conhecimento.
Reverendo A.
Linzey. – Fundação de Pesquisas para o Bem Estar Animal.- Prof. de Teologia da
Universidade de Oxford
Para
mim é perfeitamente óbvio e teologicamente essencial que os animais vão para o
céu. Na verdade, a única e importante pergunta teológica é saber se o ser
humano vai para o céu. Afinal, nenhum animal peca, nenhum é sem fé ou violento
como nós, seres humanos. Os animais são criaturas inocentes que sofrem por
erros que não são deles. O Deus justo certamente dará a redenção e libertará de
sofrimentos os animais, e dará a eles um lugar no céu. A Bíblia se refere em
várias passagens aos animais: “O cordeiro deitará com o leão”, “A alma de todas
as coisa vivas está nas mãos de Deus”, “Todos os animais da floresta me
pertencem”.
Acredito
que se os animais não tivessem alma, com certeza não seriam capazes de amar e
de demonstrar seus sentimentos por nós de forma tão expressiva. Se não tivessem
alma, não teriam inteligência, da qual há hoje em dia tantas provas
científicas. Procurando alguma referência bíblica sobre humanos e animais,
descobri esta passagem muito interessante em Eclesiastes. Acredito que este
texto possa ajudar na sensibilização das pessoas em relação aos animais e a
aparente semelhança da morte entre homens e animais: – “Eu também disse a mim mesmo: Como para os seres humanos, Deus
testa-los para que eles possam ver que eles são como os animais. Certamente o
destino dos seres humanos é semelhante à dos animais; o mesmo destino espera os
dois: Como um morre, assim morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego; os seres
humanos não têm nenhuma vantagem sobre os animais”. (Eclesiastes 3-18,19)
Vininha
F. Carvalho - Jornalista, administradora de empresas, economista e
ambientalista, atuando como defensora do direito dos animais.
http://www.animalivre.com.br
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Se
Deus for a tua Inspiração, os problemas, por maiores que sejam, serão apenas
barreiras que você poderá vencer.
Se
Deus for o teu Orientador, na hora da dúvida, ficará bem claro, o caminho que
deverás seguir, após uma singela oração.
Se
Deus for o teu melhor Amigo, você sabe que poderá contar com Ele a qualquer
hora, na alegria ou na tristeza, com ou sem dinheiro, com coragem ou morrendo
de medo, ele será teu ombro e te consolará.
Se
Deus for o teu Confessor, você terá com quem desabafar, falar dos seus erros,
dos deslizes que todos cometemos, e Ele te perdoará e aliviará a tua alma.
Se
Deus for a tua Bandeira, e se por Ele lutares, se não negares o Seu nome, o Seu
amor e a importância Dele na tua vida, então, Ele também não te negará, não te
deixará desamparado.
Se
Deus for contigo, nada te abalará, nem pedra que caia do céu, nem terremoto que
estremeça o chão, nem inimigos invisíveis da noite, e você terá o maior tesouro
que um homem pode alcançar na Terra: terá a paz interior.
E
essa paz te conduzirá a certeza, e essa certeza será transformada em fé, e essa
fé produzirá frutos, e seus frutos se espalharão, e o mundo será melhor, e
assim, Deus será na sua vida, o que é, foi e sempre será: TUDO!
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