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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quarta-feira 16/05/2012




Quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Eu não me envergonho de corrigir meus erros e mudar as opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender." (Alexandre Herculano )




EVANGELHO DE HOJE
Jo 16,12-15


Ainda tenho muitas coisas para lhes dizer, mas vocês não poderiam suportar isso agora. Porém, quando o Espírito da verdade vier, ele ensinará toda a verdade a vocês. O Espírito não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que ouviu e anunciará a vocês as coisas que estão para acontecer. Ele vai ficar sabendo o que tenho para dizer, e dirá a vocês, e assim ele trará glória para mim. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso eu disse que o Espírito vai ficar sabendo o que eu lhe disser e vai anunciar a vocês.





MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz


O Espírito da Verdade vos conduzirá à plena verdade.
Neste Evangelho, Jesus nos fala da missão docente do Espírito Santo: “Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade.
Não é que o Espírito Santo venha revelar verdades novas sobre Deus que Cristo não tivesse já ensinado. Somente Jesus é a palavra do Deus. E cumpriu plenamente a missão de o revelar. Mas o Espírito Santo nos ajudará a compreender o que Jesus falou. Por isso que Jesus disse: “Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora”. O Espírito Santo nos dá a compreensão plena da Palavra de Deus anunciada por Jesus.
Essa é a tarefa perene do Espírito na Comunidade cristã, em continuidade com a obra de Cristo: guiar os cristãos de todos os tempos e lugares para um conhecimento profundo do que significa para si o mistério insondável de Cristo, cujo centro é a sua morte e ressurreição.
“Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará.” Assim como Cristo glorificou o Pai, revelando-o a nós, o Espírito glorifica a Cristo, ajudando a sua compreensão. E nós continuamos esse processo, passando para nossos irmãos e irmãs o que Cristo nos revelou e o Espírito nos inspirou.
O Espírito Santo age em nós de forma lenta e quase imperceptível, como o fermento na massa. Mas a sua ação é implacável. Nada e ninguém conseguem barrá-la, a não ser se a própria pessoa que está sendo transformada decide não lhe obedecer mais.
A Bíblia e a História da Igreja nos apresentam uma fila imensa de pessoas que foram transformadas pelo Espírito Santo. Vou citar algumas:
Moisés. Era gago e medroso. Mas se tornou o grande libertador do povo hebreu, tirando-o da escravidão no Egito e levando-o para a terra prometida.
Os profetas. Inspirados pelo Espírito Santo, advertiam o Povo de Deus, que tinha o coração duro, a deixarem o mau caminho. Os profetas pregavam através de palavras, de escritos, de gestos e do exemplo da própria vida.
João Batista. Movido pelo Espírito Santo, foi o maior dos profetas. Já antes de nascer, pulou no ventre da mãe, na chegada de Maria, que estava grávida do Messias.
Isabel. “Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou...” (Lc 1,41-42). Foi o Espírito Santo que transformou aquela mulher simples numa profetiza.
Zacarias. “Zacarias, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo...” (Lc 1,67). Também o esposo de Isabel, Zacarias, tornou-se um profeta e ao mesmo tempo um poeta.
A Bíblia nos apresenta inúmeros outros exemplos, como os Apóstolos, S. Paulo, o Diácono Estevão...
Também a História da Igreja está repleta de cristãos e cristãs transformados pelo Espírito Santo: S. Jerônimo, Santo Agostinho, Santa Maria Gorete e milhares de outros.
Por isso, nós também pedimos: “Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor”.
Havia, certa vez, o porteiro de um clube que era analfabeto. Homem honesto, dedicado, gostava do serviço, mas não sabia ler nem escrever. O clube mudou de diretoria, e a nova resolveu despedir o porteiro. Um dia o presidente chegou para ele e disse: “Infelizmente nós temos de mandar você embora. Nós precisamos de um porteiro que saiba ler e escrever, e você é analfabeto”.
Que fazer? O homem foi triste para casa e, sem emprego, como tinha algumas bananeiras no quintal, começou a vender bananas na cidade. Depois começou a fazer doce de banana e vender. Ele passou a vender banana e doce de banana. E o homem se deu bem. Sua casa era pequena, fez uma casa grande e bonita. Comprou um carro. Colocou os filhos na faculdade...
Um dia, um amigo lhe disse: “Você conseguiu tudo isso tão rápido, sendo analfabeto. Imagine o que você seria hoje, se tivesse estudo!” O homem respondeu na hora: “Eu seria porteiro do clube”.
Claro que o estudo é importante, mas o Espírito Santo é mais importante que o estudo. Com ele temos condições de vencer na vida. Mas o Espírito Santo só inspira quem segue a Palavra de Deus anunciada por Jesus. Por isso que diz o Sl 84,11: “Para mim, um dia em vossos átrios, ó Senhor, vale mais que mil em outro lugar”.
Maria Santíssima, transformada pelo Espírito Santo, sabia muito bem o que estava procurando na vida. “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus” (Lc 1,35). Que ela nos ajude a nos abrirmos também à ação do Espírito Santo, com sua luz e sua força sobre nós.
O Espírito da Verdade vos conduzirá à plena verdade.





CURIOSIDADES


Os brasileiros antes da fama


Agildo Ribeiro - telefonista
Ailton Graça - camelô e cobrador de ônibus
Alessandra Scatena - vendedora de cosméticos
Alexandre Pires - funcionário de lavanderia
Ângela Maria - inspetora numa fábrica de lâmpadas
Angelina Muniz - secretária, balconista, embaladora de sabonete e vendedora de óculos
Ary Fontoura - cantor de churrascaria
Beatriz Segall - professora de francês
Carlos Manga - bancário
Carolina Ferraz - professora de dança
Chico Buarque - topógrafo
Cláudia Gimenez - professora de jardim de infância
Cláudia Ohana - vendedora de vasos
Cláudio Heinrich - paquito
Cláudio Marzo - office-boy
Cristina Pereira - vendedora de enciclopédia
Débora Rodrigues - frentista, motorista de ônibus e caminhão
Dedê Santana - trapezista, engraxate, verdureiro e ajudante de mecânico
Dina Sfat - datilógrafa num laboratório de análises clínicas
Edson Celulari - corretor de imóveis
Eliane Giardini - telefonista
Elke Maravilha - bibliotecária e professora de latim
Elza Soares - operária numa fábrica de sabão
Erasmo Carlos - office-boy, vendedor e porteiro
Eva Wilma - bailarina clássica
Fábio Júnior - entregador de jornal
Falcão - arquiteto
Flávio Migliaccio - vendedor de chuchu, engraxate, pedreiro e metalúrgico
Floriano Peixoto - repórter
Françoise Forton - bailarina
Francisco Cuoco - feirante
Gal Costa - vendedora de discos
Gerald Thomas - motorista de ambulância
Glória Maria - telefonista
Gretchen - tradutora
Guilherme Karan - crooner da banda Trepa no Coqueiro
Hugo Carvana - contínuo
Ivone Lara - enfermeira
Ivete Sangalo - vendedora de marmitas
Jair Rodrigues - alfaiate
Jamelão - alfaiate
Jerry Adriani - office-boy
Jonas Mello - vendedor de croquetes e feirante
Juca de Oliveira - sapateiro, auxiliar de farmácia, marceneiro, entregador de pão e chofer de caminhão
Katia D’Angelo - instrumentadora cirúrgica
Leandro e Leonardo - lavradores
Leila Diniz - professora de jardim de infância
Leonardo Vilar - alfaiate
Luciano (cantor) - engraxate e vendedor de mexerica
Luíza Brunet - babá
Marcelo D2 - camelô, office-boy, porteiro, faxineiro, vendedor de loja de móveis e entregador de jornal
Marco Ricca - office-boy, garçom e professor de História
Maria Ceiça - funcionária da Light
Maria Zilda - vendedora de roupas
Mílton Nascimento - datilógrafo
Monica Buonfiglio - empregada doméstica e vendedora de cocada na praia
Moreira da Silva - motorista de táxi e de ambulância
Nelson Gonçalves - engraxate, carregador de troncos de madeira, polidor de metais, garçom e lutador de boxe
Ney Matogrosso - trabalhou na polícia da Aeronáutica, fez biópsias, cuidou de crianças doentes e vendeu artesanato
Nicole Puzzi - enfermeira
Oscar Magrini - professor de Educação Física e dono de locadora de vídeo
Otávio Augusto - disc-jóquei
Renato Aragão - advogado e funcionário do Banco do Nordeste
Renato Russo - professor de inglês
Roberto Carlos - auxiliar administrativo do Ministério da Fazenda
Ronald Golias - ajudante de alfaiate e aqualouco
Rubem Fonseca - delegado de polícia
Shirley Mallmann - funcionária de uma fábrica de sapatos
Sílvio de Abreu - vendedor de discos
Tom Jobim - pianista de casas noturnas
Vinny - empacotador de supermercado
Waldick Soriano - motorista de caminhão e garimpeiro
Zé Ramalho - carregador de caixas de cerveja  e condutor de cadeira de rodas
Zeca Pagodinho - apontador de jogo do bicho
Zezé di Camargo - vaqueiro
Zezé Polessa - Médica





MOMENTO DE REFLEXÃO

O ruído da maçaneta
"Gióia Júnior"


O ruído da maçaneta
Não há mais bela música
que o ruído da maçaneta da porta,
quando meu filho volta para casa.

Volta da rua, da vasta noite,
da madrugada de estranhas vozes,
e o ruído da maçaneta,e o gemer do trinco,
o bater da porta que, novamente, se fecha,
o tilintar inconfundível  do molho de chaves,
são um doce acalanto, uma suave cantiga de ninar.

Só assim fecho os olhos,
posso, afinal, dormir e descansar.
Oh! a longa espera, a negra ausência,
as histórias de acidentes e assaltos,
que só a noite, como ninguém, sabe contar!

Oh! os presságios e os pesadelos,
o eco dos passos nas calçadas,
a voz dos bêbados na rua,
e o longo apito do guarda, medindo a madrugada,
e os cães uivando na distância,
e o grito lancinante da ambulância!
E o coração, descompassado,
a pressentir e a martelar,
na aritimia do relógio do meu quarto,
esquadrinhando a noite e seus mistérios.

Nisso, na sala que se cala,
estala a gargalhada jovem da maçaneta
que canta a festiva cantiga do retorno.
E sua voz engole a noite imensa,
com todos os ruídos secundários.

Oh! Os símbolos do trinco
e os clarins da porta que se escancarava,
e os guizos das muitas chaves que se abraçam
e o festival dos passos que ganham a escada!

Nem as vozes da osquestra, e o tilintar de copos,
e a mansa canção da chuva no telhado,
podem, sequer, se comparar
ao som da maçaneta que sorri, quando meu filho volta.
Que ele retorne sempre, são e salvo,
marinheiro depois da tempestade, a sorrir e a cantar.
E que, na porta, a maçaneta cante
a festiva canção do seu retorno,
que soa, para mim, como suave cantiga de ninar.

Só assim, só assim, meu coração se aquieta,
posso, afinal, dormir e descansar




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