Quinta-feira,
24 de maio de 2012
“Obstáculos
são aquelas coisas medonhas que você vê quando tira os olhos de seu objetivo.”
(Henry Ford)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 17,20-26
Não peço
somente por eles, mas também em favor das pessoas que vão crer em mim por meio
da mensagem dele. E peço que todos sejam um. E assim como tu, meu Pai, estás
unido comigo, e eu estou unido contigo, que todos os que crerem também estejam
unidos a nós para que o mundo creia que tu me enviaste. A natureza divina que
tu me deste eu reparti com eles a fim de que possam ser um, assim como tu e eu
somos um. Eu estou unido com eles, e tu estás unido comigo, para que eles sejam
completamente unidos, a fim de que o mundo saiba que me enviaste e que amas os
meus seguidores como também me amas.
- Pai, quero
que, onde eu estiver, aqueles que me deste estejam comigo a fim de que vejam a
minha natureza divina, que tu me deste; pois me amaste antes da criação do
mundo. Pai justo, o mundo não te conhece, mas eu te conheço; e aqueles que me
deste sabem que tu me enviaste. Eu fiz com que eles te conheçam e continuarei a
fazer isso para que o amor que tens por mim esteja neles e para que eu também
esteja unido com eles.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Pe. Antônio
Queiroz CSsR
Para que
eles cheguem à unidade perfeita.
Estamos
na semana de oração pela unidade dos cristãos. Neste Evangelho, Jesus continua
orando a Deus Pai e pedindo pela nossa união. Ela é importante para que o mundo
creia. Jesus pede ao Pai por quantos ao longo dos séculos acreditarão nele,
graças à palavra e ao testemunho dos cristãos da geração anterior. A unidade
será diante do mundo o sinal, ou o selo de autenticação da verdadeira
Comunidade de Cristo. O amor tem duas direções: a Deus e ao próximo, união com
Deus e união com o próximo. As duas se completam e não possível uma sem a
outra.
É
importante construir a unidade dentro da pluralidade. Este é o caminho para que
os que acreditam em Cristo, e têm boa vontade, se unirem.
O
livro dos Atos dos Apóstolos, ao referir-se à vida dos primeiros cristãos, diz
assim: “Todos viviam unidos e possuíam tudo em comum... E, cada dia, o Senhor
acrescentava a seu número mais pessoas que seriam salvas” (At 2,44.47). O amor
dentro da Comunidade cristã atrai novos membros para ela.
S.
Pedro, quando estava em Cesaréia, na casa de Cornélio, disse as seguintes
palavras: “Irmãos, Deus não faz discriminação entre as pessoas. Pelo contrário,
ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que
pertença” (At 10,34-35). Nós também queremos ser abertos a todos e a todas, sem
rejeitar ninguém.
S.
Paulo pede para não formarmos facções dentro da Comunidade: “Irmãos, eu vos
exorto, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, a que estejais todos de acordo
no que falais e não haja divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos no
sentir e no pensar. Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso
respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós. Digo isto, porque
cada um de vós fala assim: ‘Eu sou de Paulo’, ou: ‘Eu sou de Apolo’, ou: ‘Eu
sou de Cefas’, ou: ‘Eu sou de Cristo’! Será que Cristo está dividido? Será
Paulo quem foi crucificado por amor a vós? Ou foi no nome de Paulo que fostes
batizados?” (1Cor 1,10-13). Que forte apelo à nossa união, não? Deve doer no
coração de Jesus saber que pessoas que acreditam nele, que acreditam em Deus
Pai e no Espírito Santo, estão divididas e competindo entre si!
Por
outro lado, uma Comunidade unida exerce uma forte atração sobre os de fora, e a
Comunidade vai crescendo dia-a-dia.
Havia,
certa vez, uma ilha onde moravam várias virtudes e vários defeitos, todos
misturados. Lá viviam a alegria, tristeza, a vaidade, a sabedoria, a riqueza, o
poder, a verdade, a mentira, o amor etc.
Um
dia, foi avisado aos moradores que a ilha ia ser inundada. Então eles começaram
a ir embora. Menos o amor, porque ele queria ficar um pouco mais com a ilha.
Até que, quando a ilha já estava quase coberta pelas águas, o amor resolveu
pedir ajuda. Ele viu a riqueza que ia saindo e pediu: “Riqueza, me ajude.
Deixe-me ir com você!” A riqueza respondeu: “Você não cabe no meu barco, amor!
Eu estou carregando muito ouro, muita prata!” E a riqueza foi-se embora. A
vaidade vinha chegando, e o amor pediu: “Por favor, vaidade, leve-me!” Ela
respondeu: “Não posso, amor. Você está todo molhado e estragaria o meu barco!”
Mas a tristeza vinha logo atrás, e o amor, chorando, pediu: “Tristeza, me
ajude. Leve-me com você!” Esta porém falou: “Não, amor. Estou tão triste que
prefiro ir sozinha”. A alegria também passou. Ela estava tão alegre que nem
ouviu o amor chamar.
O
amor, já soluçando baixinho, se espantou quando um velhinho lhe disse: “Venha,
amor, eu levo você”. O amor ficou tão feliz que se esqueceu de perguntar quem
era. Chegando à margem segura, o velhinho o deixou e foi-se embora. Então o
amor viu a sabedoria e perguntou: “Quem era aquele bom velhinho que me ajudou?”
“O tempo” – disse a sabedoria. “Mas por que – insistiu o amor – só o tempo me
trouxe até aqui?” A sabedoria respondeu: “É porque só o tempo é capaz de
compreender um grande amor”.
Para
chegarmos à unidade perfeita, precisamos ter paciência, pois ela não se
constrói de um dia para o outro. Só o tempo nos possibilitará conquistar esta
bela virtude. As pessoas precipitadas quebram a unidade, às vezes por nada.
Maria
Santíssima, Mãe do belo amor e do acolhimento, rogai por nós!
Para que
eles cheguem à unidade perfeita.
MEIO
AMBIENTE
Ranking da
Anvisa aponta alimentos contaminados por agrotóxicos
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou hoje (7) os dados do
Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos, relativo ao ano de
2010. O pimentão, o morango e o pepino lideram o ranking dos alimentos com o
maior número de amostras contaminadas por agrotóxico no ano em questão. Mais de
90% das amostras de pimentão analisadas pelo programa apresentaram
contaminação. No caso do morango e do pepino, o percentual de amostras
contaminadas foi de 63% e de 58%, respectivamente.
Dois
tipos de problemas foram detectados pela Anvisa nestas amostras: presença de
resíduos de agrotóxicos acima do permitido e uso de agrotóxicos não autorizados
para estas culturas. As amostras foram coletadas em 25 estados do país e no
Distrito Federal. São Paulo foi o único Estado a não participar do programa em
2010
Outros
produtos apresentaram problemas classificados como “preocupantes” pela Anvisa.
Em 55% das amostras de alface e 50% das amostras de cenoura também foram
encontrados sinais de contaminação. Beterraba, abacaxi, couve e mamão
apresentaram o mesmo problema em 30% de suas amostras. No outro extremo, a
batata foi aprovada como livre de contaminação em 100% das amostras analisadas.
O
diretor da Anvisa, Agenor Álvares, definiu assim o resultado: “São dados
preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode
contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a
desregulação endócrina e o câncer”.
No
balanço geral, das 2.488 amostras analisadas pelo programa, 28% apresentaram
problemas. Deste total, em 24,3% dos casos, foi constatada a presença de
agrotóxicos não autorizados para a cultura analisada. Em 1,7% das amostras
foram encontrados resíduos de agrotóxicos em níveis acima dos autorizados. “Esses
resíduos indicam a utilização de agrotóxicos em desacordo com as informações
presentes no rótulo e bula do produto, ou seja, indicação do número de
aplicações, quantidade de ingrediente ativo por hectare e intervalo de
segurança”, observa Agenor Álvares. Em 1,9% das amostras foram encontradas as
duas irregularidades simultaneamente na mesma amostra.
O
relatório final do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos
destaca que as doenças crônicas não transmissíveis – que têm os agrotóxicos
entre seus agentes causadores – são hoje um problema mundial de saúde pública.
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são responsáveis
por 63% das 57 milhões de mortes declaradas no mundo em 2008, e por 45,9% do
volume global de doenças.
A
OMS prevê um aumento de 15%, entre 2010 e 2020, dos óbitos causados por essas
doenças. No Brasil, elas já representam a principal causa de óbito, sendo
responsáveis por 74% das mortes ocorridas em 2008 (893.900 óbitos).
O
mercado brasileiro de agrotóxicos é o maior do mundo, com 107 empresas aptas a
registrar produtos, e representa 16% do mercado mundial. Somente em 2009, foram
vendidas mais de 780 mil toneladas de produtos no país. Além disso, o Brasil
também ocupa a sexta posição no ranking mundial de importação de agrotóxicos.
A
entrada desses produtos em território nacional aumentou 236%, entre 2000 e
2007. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o principal
destino de agrotóxicos proibidos no exterior. Dez variedades vendidas
livremente aos agricultores não circulam na União Europeia e Estados Unidos.
Foram proibidas pelas autoridades sanitárias desses países.
Autor:
Marco Aurélio Weissheimer
Fonte:
Carta Maior
MOMENTO
DE REFLEXÃO
O
consultor de empresas e conferencista Stephen Kanitz escreveu um artigo
intitulado "Ambição e Ética", que foi publicado na revista Veja, do
qual extraímos algumas reflexões.
Kanitz
define a ambição como sendo tudo o que você pretende fazer na vida. São seus
objetivos, seus sonhos, suas resoluções.
As
pessoas costumam ter como ambição ganhar muito dinheiro, casar com uma moça ou
um moço bonito ou viajar pelo mundo afora.
A
mais pobre das ambições é querer ganhar muito dinheiro, porque dinheiro por si
só não é objetivo: é um meio para alcançar sua verdadeira ambição, como, por
exemplo, viajar pelo mundo.
Já
a ética são os limites que você se impõe na busca de sua ambição. É tudo que
você não quer fazer na luta para conseguir realizar seus objetivos. Como não
roubar, não mentir ou pisar nos outros para atingir sua ambição, ou seja, é o
conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma
profissão.
A
maioria dos pais se preocupa bastante quando os filhos não mostram ambição, mas
nem todos se preocupam quando os filhos quebram a ética.
Se
o filho colou na prova, não importa, desde que tenha passado de ano, o objetivo
maior.
Algumas
escolas estão ensinando a nossos filhos que ética é ajudar os outros. Isso,
porém, não é ética, é ambição.
Ajudar
os outros deveria ser um objetivo de vida, a ambição de todos, ou pelo menos da
maioria. Aprendemos a não falar em sala de aula, a não perturbar a classe, mas
pouco sobre ética.
O
problema do mundo é que normalmente decidimos nossa ambição antes de nossa
ética, quando o certo seria o contrário.
E
por quê? Por que dependendo da ambição, torna-se difícil impor uma ética que
frustrará nossos objetivos.
Quando
percebemos que não conseguiremos alcançar nossos objetivos, a tendência é
reduzir o rigor ético, e não reduzir a ambição.
O
mundo conheceu a história de uma estagiária na casa branca, que colocou a
ambição na frente da ética e tirou o partido democrata do poder, numa eleição
praticamente ganha devido ao enorme sucesso da economia na sua gestão.
Não
há nada de errado em ser ambicioso, desde que se defina cedo o comportamento
ético.
Quando
a ambição passa por cima da ética como um rolo compressor, o resultado é o que
podemos acompanhar nos noticiários que ocupam as manchetes em nosso país.
Assim, para mudar definitivamente essa situação, é preciso estabelecer um
limite para nossa ambição não nos permitindo, em hipótese alguma, violar a ética
para satisfação pessoal, em detrimento do coletivo.
Conforme
ensinou Jesus, "seja o seu falar: sim, sim, não, não". Seja em que
situação for.
E
se estiver difícil definir se estamos agindo com ética ou não, basta imaginar
como julgaríamos esse ato, se praticado por outra pessoa.
Se
o condenamos é porque não é ético. Se o aprovamos e julgamos justo, então
podemos seguir em frente.
Defina
sua ética quanto antes possível. A ambição não pode antecedê-la, é ela que
tem de preceder à sua ambição.
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