Domingo, 01
de fevereiro de 2015.
“A família é
a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade.”
EVANGELHO
DE HOJE
Mc 1,21-28
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
21bEstando
com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga
e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois
ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.
23Estava
então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que
queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu
és o Santo de Deus”. 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”
26Então o
espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E
todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “Que é isso? Um
ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles
obedecem!” 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a
região da Galileia.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Ensinava como quem tem autoridade.
Este Evangelho narra a cura de um
possesso. O fato aconteceu durante uma reunião do povo na sinagoga. Estamos no
comecinho da vida pública de Jesus e, como pouca gente o conhecia, ele
aproveitava as reuniões nas sinagogas para anunciar a realizar a Boa Nova.
O povo ficava admirado com a forma
com que Jesus falava; era com autoridade, não como os chefes religiosos, que
eram inseguros e falavam sem muita convicção, repetindo opiniões de vários
autores, de forma enfadonha. Jesus, ao contrário, transmitia segurança no que
falava.
Jesus curava os doentes que pediam;
curava também os que não pediam; e curava até os que o atacavam, como este
caso. O homem era “possuído por um espírito mau”, isto é, ele se deixava levar
pelas forças do mal e praticava ações más.
Diariamente nós nos encontramos com
as forças que se opõem à verdade e escravizam as pessoas. Essas forças estão
reunidas em um só comando: o demônio. Aparentemente cada um faz o mal por sua
própria conta. Mas, na realidade, todos os que praticam o mal estão a
disposição de um só comando, que é o demônio. Ele age ou diretamente ou através
daqueles que ele já conquistou e que criaram as organizações e estruturas do
mal. Muitas vezes, ele age também dentro de nós, usando as raízes do pecado
original que ficaram em nós.
Na maioria das vezes o demônio
procura dissimular a sua presença e ação e, enquanto ninguém ameaça as suas
posições, ele vai tomando conta da sociedade, levando-a à corrupção, à
injustiça, à violência, ao pecado. Quanta gente é possuída pelo espírito mau e
não percebe!
Esse nosso inimigo não dorme, e vê
com antecedência quem são os que podem debilitar o seu império e, mal começam a
agir, o demônio levanta-se contra eles aquelas pessoas que ele já conquistou:
os medíocres, aqueles que foram mal sucedidos em alguma coisa. Por isso que,
mal Jesus começava a falar, algum “possesso” já se levantava contra ele, mesmo
dentro da casa de oração.
Este foi apenas o primeiro
enfrentamento de Jesus com o espírito mau. Haverá muitos outros, até o dia em
que toda a sociedade judia se levantará e matará o Filho de Deus.
Ao ouvir Jesus, e perceber que ele
podia afastar o mal dos ouvintes, o homem atacou a Jesus, tentando fazer com
que ele parasse de falar. Mas deu o contrário, o possesso é que foi curado. Não
é o homem mau que Jesus ataca, mas sim o espírito mau que está nele. O pobre
homem, Jesus continua amando.
O possesso se contradisse. Pela forma
de atacar, ele acabou confessando que Jesus é realmente o Messias: “Que queres
de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o
Santo de Deus”. Também hoje, Deus nos defende quando somos atacados e até vira
ao contrário o ataque, transformando em testemunho a favor do Reino de Deus.
Jesus é “o Santo”; ele está acima de
todas as forças do mal, as visíveis e as invisíveis. Nós cristãos precisamos
desmascarar as maldades escondidas e disfarçadas da sociedade pecadora. Seremos
atacados, mas compensa; afinal, Deus estará conosco e a vitória é certa.
Mas para isso precisamos ter fé
convicta e não ficar inseguros diante das estruturas de pecado e dos homens e
mulheres pecadores. Nós apenas emprestamos a nossa voz ao Espírito Santo.
“Então o espírito mau sacudiu o homem
com violência, deu um grande grito e saiu.” O mal não sai das pessoas de graça.
Ele dá o troco, fazendo a sua última maldade para a pobre pessoa que, até há
pouco, era possuída por ele.
Certa vez, foi anunciado que o diabo
deixaria o seu trabalho e por isso queria vender suas ferramentas. A data e o
local da venda foram anunciados.
Quando chegou o dia, muita gente foi
lá para ver que ferramentas o diabo usa. Logo que chegavam, viam as ferramentas
expostas de uma maneira atraente, para despertar o interesse dos compradores.
Estavam ali a malícia, o ódio, a luxúria, a inveja, o ciúme, a mentira, a
fraude, a lisonja... Ali estavam todos os instrumentos do mal que o diabo usa.
Cada ferramenta tinha o seu preço afixado.
Andando pela exposição, alguém
encontrou, em um cantinho escuro, uma ferramenta. Ela tinha aparência
inofensiva e apresentava sinais de ser bastante usada. O preço era altíssimo. O
mais alto da exposição. E o nome da ferramenta: desânimo.
A pessoa procurou o diabo e perguntou
por que aquela ferramenta era tão cara. Ele respondeu: “Porque ela me é muito
útil. Os homens e as mulheres a aceitam facilmente, pensando que ela é
inofensiva. Eles nem percebem que ela pertence a mim. E, depois que a acolhem,
eu posso entrar dentro deles e agir à vontade, colocando as outras ferramentas
que eu tenho para levar as pessoas para o inferno.
Cruz credo, não? Vamos tomar cuidado
com o desânimo e nunca permitir que ele se instale em nós.
Deus está conosco, um amigo poderoso,
zelando vinte e quatro horas pelo nosso bem e salvação. Vamos ouvi-lo e viver
“fortes na fé, alegres na esperança e solícitos na caridade”.
Que Maria Santíssima nos ajude,
primeiro a não nos deixar levar pelos espíritos maus; depois, a termos uma fé
convicta, a fim de sermos um instrumento de Deus na libertação dos que são
possuídos pelas forças do mal.
Ensinava como quem tem autoridade.
VÍDEO
DA SEMANA
Tenha um
compromisso com você mesmo para vencer- Pe. Fábio de Melo
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Era
dia dos namorados...
Fernanda
olhava melancólica para o vaso em que costumava colocar as rosas vermelhas que
chegavam todos os anos, naquela data especial.
Rosas
vermelhas eram as suas favoritas e todo ano seu marido as enviava, atadas com
lindos enfeites.
O
som da campainha retirou Fernanda de seus pensamentos. Ela Atendeu a porta e lá
estava o buquê de rosas vermelhas...
Com
os olhos marejados de lágrimas leu o cartão que dizia, como nos anos
anteriores:
Seja
minha namorada.
Cada
ano ele enviava rosas e o cartão sempre dizia:
Eu
a amo mais este ano do que no ano passado. Meu amor por você sempre aumentará
com o passar dos anos.
Ela
sabia que aquela seria a última vez que as rosas apareceriam, pois seu marido
já havia morrido há quase um ano. Fernanda pensava: "Ele encomendou as
rosas adiantado".
Seu
amado marido não sabia que não estaria mais ali naquele dia. Ele sempre gostou
de preparar as coisas com antecedência, pois se estivesse muito ocupado tudo
funcionaria perfeitamente.
Ela
ajeitou as flores e colocou-as no vaso especial. E depois, colocou o vaso ao
lado da foto sorridente do esposo querido. Sentou-se, por horas, na cadeira
favorita dele enquanto olhava para sua fotografia e admirava as rosas que ele
lhe enviara.
Mais
um ano se passou e tinha sido difícil viver sem seu companheiro. Era dia dos
namorados outra vez e então, na mesma hora de sempre, como no dia dos namorados
anteriores a campainha tocou e lá estavam as rosas, esperando em sua porta.
Fernanda levou-as para dentro e as olhou chocada. Então, foi ao telefone e
ligou para a floricultura.
O
dono atendeu e ela perguntou-lhe se poderia explicar porque alguém faria isso
com ela, causando tanta dor?
-
Eu sei que seu marido faleceu a mais de um ano, disse o dono. Eu sabia que a
senhora ligaria para saber. Pois bem, as flores que recebeu hoje, foram pagas
antecipadamente. Seu marido sempre planejou adiante, não deixava nada
imprevisto. Existe um pedido que eu tenho arquivado e que ele pagou adiantado.
A senhora vai receber as rosas vermelhas todos os anos, até que a sua porta não
mais atenda. Essa foi a recomendação do seu marido.
Fernanda
sentiu-se reanimada. Agora olhava as flores e pensava nos muitos momentos
felizes que passara com aquele homem singular, que não deixara de ser gentil e
carinhoso, mesmo depois de não estar mais fisicamente ao seu lado.
Se
por acaso o céu dos seus sorrisos está com as estrelas da alegria apagadas pela
saudade daqueles que se foram, ofereça-lhes, você, as rosas da gratidão pelos
momentos felizes que o ser querido lhe permitiu viver.
Não
deixe que as lágrimas lhe impeçam de ver as estrelas da esperança de um novo
encontro, num amanhã feliz que não tarda a chegar.
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