Terça-feira,
10 de julho de 2012
"Almas
gêmeas não são duas metades iguais, mas duas metades diferentes, que se
completam."
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 9,32-38
Quando eles
foram embora, algumas pessoas levaram a Jesus um homem que não podia falar
porque estava dominado por um demônio. Logo que o demônio foi expulso, o homem
começou a falar. Todos ficaram admirados e afirmavam:
- Nunca
vimos em Israel uma coisa assim!
Mas os
fariseus diziam:
- O chefe
dos demônios é quem dá a esse homem poder para expulsar demônios.
Jesus andava
visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a
boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves
das pessoas. Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena daquela gente
porque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor. Então disse
aos discípulos:
- A colheita
é grande mesmo, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que
mande mais trabalhadores para fazerem a colheita.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
A messe é
grande, mas os trabalhadores são poucos.
Este
Evangelho narra duas coisas. A primeira é a cura do homem possuído pelo demônio
e que era mudo. A tentação quer nos emudecer, a fim de nos impedir de falar a
verdade e denunciar a mentira e a injustiça. Há várias maneiras de tornar uma
pessoa muda. Vai desde a repressão, a ameaça, até a “lavagem cerebral”, que
hoje é muito usada na mídia. Nós acabamos “engolindo” as informações do jeito
que nos são apresentadas, sem nos dar conta de que elas foram montadas de
acordo com determinados interesses de grupos dominante. Esse é o demônio que
torna a pessoa muda. Ele precisa ser expulso.
Jesus
sentia compaixão do povo, que vivia e vive tão enganado. Ele fez a sua parte e
pediu-nos que fizesse a nossa, ao menos rezando para que o Senhor mande mais
operários para cuidar do Reino de Deus.
E
o evangelista narra uma estratégia de alienação do povo usada pelos fariseus:
“É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. Como não tinham como
levar o povo a desacreditar em Jesus, apelaram dizendo que ele age impulsionado
pelas forças do mal. Acontece que essa mentira não “cola”, pois demônio não
expulsa demônio. Um reino dividido contra si mesmo, logo se acaba.
A
segunda coisa que o Evangelho narra é o forte apelo de Jesus a rezarmos pedindo
operários para a colheita, pois a messe é grande e os trabalhadores são poucos.
E ele mesmo dá o exemplo: “Jesus percorria todas as cidades e povoados,
ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo
de doença e enfermidade”.
Rezar
é tão fácil, e no entanto nós nos esquecemos de atender a esse pedido de Jesus.
Estamos no ano sacerdotal, celebrando 150 anos de morte de S. João Maria
Vianney, padroeiro dos sacerdotes. O objetivo do ano sacerdotal é nos levar a
rezar mais pelos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais. Vamos pedir ao Senhor
que nos envie mais sacerdotes e que santifique os padres que temos.
Certa
vez, dois rapazes brasileiros foram passear no Japão. Um deles sabia falar um
pouco de japonês e se tornou intérprete do outro que não sabia. Lá, justamente
o que não sabia japonês gostou de uma garota japonesa. Voltando para o Brasil,
ele estudou japonês e aprendeu essa língua difícil, unicamente para
corresponder-se com a menina. No fim, os dois se casaram.
Quando
nós amamos uma causa, fazemos tudo por ela. Jesus amava a sua vocação, por isso
se dedicava a ela dia e noite. “Jesus percorria todas as cidades e povoados,
ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo
de doença e enfermidade”. O amor é assim, torna fácil o que é difícil. Muita
gente se admira de o padre não se casar; o amor vai além, e é mais forte do que
o casamento em si.
Que
Maria Santíssima, a Rainha dos sacerdotes, nos ajude a orar muito pela vocação
sacerdotal, pois “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi,
pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”
A messe é
grande, mas os trabalhadores são poucos.
VIDA
SAUDÁVEL
Insônia
EUA aprovam medicação inédita para insônia
A
agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na
sigla em inglês) aprovou esta quarta-feira, pela primeira vez, uma medicação
destinada especificamente às pessoas que acordam e não conseguem voltar a
dormir no meio da noite.
O
Intermezzo, fabricado pela empresa farmacêutica californiana Transcept, é uma
formulação de baixa dosagem de zolpidem, aprovado pela primeira vez nos Estados
Unidos em 1992.
"Esta
é a primeira vez que a FDA aprova um medicamento para esta condição",
anunciou a agência em um comunicado.
"O
Intermezzo só deverá ser usado quando a pessoa ainda tiver pelo menos quatro
horas de sono. Não deve ser consumido com álcool ou com outro indutor de
sono", explicou.
"Com
esta dosagem mais baixa há um risco menor de que a pessoa desperte ainda com
excesso de medicamento no corpo, o que pode causar adormecimentos perigosos e
prejudicar a capacidade de dirigir", explicou Robert Temple, do centro de
avaliação e pesquisas da FDA.
Cientistas
podem estar perto da cura para a insônia
As
noites em claro podem estar perto do fim. De acordo com o jornal britânico The
Daily Mail, cientistas da Universidade de Boston, nos Estados Unidos,
conseguiram identificar uma substância no cérebro que participa ativamente nas
ações de dormir e permanecer acordado. De acordo com a descoberta, o excesso
desse componente poderia impedir de dormir. O estudo foi publicado no The
Journal of Neuroscience.
Os
especialistas focaram a pesquisa em uma enzima do cérebro envolvida diretamente
no processo do sono. Testes feitos em cobaias indicaram que, quando os níveis
da enzima caíam, elas dormiam mais. A descoberta pode ser útil para fabricar
novos e melhores medicamentos para insônia.
Milhões
de receitas para remédios para dormir são prescritos anualmente no mundo todo.
Mas as drogas não funcionam para muitos pacientes e ainda causam efeitos
colaterais, como sonolência ao longo do dia e dependência. Além disso, um
estudo recente mostrou que pessoas que tomam remédios para dormir têm 36% a
mais de chance de morrer subitamente do que pessoas comuns.
A
falta de sono é comumente ligada a vários problemas de saúde, como doenças do
coração, perda de memória e diabetes. Algumas sugestões para melhorar o
descanso diário são evitar tirar cochilos ao longo do dia, não ir dormir com
fome ou com o estômago cheio e ainda manter o quarto confortável, escuro e em
silêncio.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Você
já reparou o quanto as pessoas falam dos outros?
Falam
de tudo.
Da
moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das
imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinices, chatices, mesmices,
grandezas, feitos, espantos.
Sobretudo
falam do comportamento.
E
falam porque supõem saber.
Mas
não sabem.
Porque
jamais foram capazes de sentir como o outro sente.
Se
sentissem não falariam.
Só
pode falar da dor de perder um filho, um pai que já perdeu, ou a mãe já ferida
por tal amputação de vida.
Dou
esse exemplo extremo porque ele ilustra melhor.
As
pessoas falam da reação das outras e do comportamento delas quase sempre sem
jamais terem sentido o que elas sentiram.
Mas
sentir o que o outro sente não significa sentir por ele.
Isso
é masoquismo.
Significa
perceber o que ele sente e ser suficientemente forte para ajudá-lo exatamente
pela capacidade de não se contaminar com o que o machucou.
Se
nos deixarmos contaminar (fecundar?) pelo sentimento que o outro está sentindo,
como teremos forças para ajudá-lo?
Só
quem já foi capaz de sentir os muitos sentimentos do mundo é capaz de saber
algo sobre as outras pessoas e aceitá-las, com tolerância.
Sentir
os muitos sentimentos do mundo não é ser uma caixa de sofrimentos.
Isso
é ser infeliz.
Sentir
os muitos sentimentos do mundo é abrir-se a qualquer forma de sentimento.
É
analisá-los interiormente, deixar todos os sentimentos de que somos dotados
fluir sem barreiras, sem medos, os maus, os bons, os pérfidos, os sórdidos, os
baixos, os elevados, os mais puros, os melhores, os santos.
Só
quem deixou fluir sem barreiras, medos e defesas todos os próprios sentimentos,
pode sabê-los, de senti-los no próximo.
Espere
florescer a árvore do próprio sentimento.
Vivendo,
aceitando as podas da realidade e se possível fecundando.
A
verdade é que só sabemos o que já sentimos.
Podemos
intuir, perceber, atinar; podemos até, conhecer. Mas saber jamais.
Só
se sabe aquilo que já se sentiu.
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