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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 09/07/2012





Segunda-feira, 09 de julho de 2012


"Um cego vê mais que um homem comum, porque não precisa olhar para fora de si. Porque o que ele deseja ver está completamente dentro, e é inteiramente seu." (Caio Fernando Abreu)




EVANGELHO DE HOJE
Mt 9,18-26


Enquanto Jesus estava falando ao povo, um chefe religioso chegou perto dele, ajoelhou-se e disse:
- A minha filha morreu agora mesmo! Venha e ponha as mãos sobre ela para que viva de novo.
Então Jesus foi com ele, e os seus discípulos também foram.
Certa mulher, que fazia doze anos que estava com uma hemorragia, veio por trás de Jesus e tocou na barra da capa dele. Pois ela pensava assim: "Se eu apenas tocar na capa dele, ficarei curada."
Jesus virou, viu a mulher e disse: - Coragem, minha filha! Você sarou porque teve fé.
E naquele momento a mulher ficou curada. Depois Jesus foi para a casa do chefe religioso. Quando viu os que tocavam música fúnebre e viu a multidão numa confusão geral, disse:
- Saiam todos daqui! A menina não morreu; ela está dormindo!
Então começaram a caçoar dele. Logo que a multidão saiu, Jesus entrou no quarto em que a menina estava, pegou-a pela mão, e ela se levantou. E a notícia a respeito disso se espalhou por toda aquela região.





MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz


Minha filha acabou de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá.
Este Evangelho narra dois milagres de Jesus: a cura da mulher que sofria de hemorragia e a ressurreição da filha de um chefe. A fé, tanto da mulher como do chefe, é admirável. A mulher estava doente havia doze anos, e a menina já havia falecido. São situações em que as pessoas perdem a esperança. No entanto, os dois tinham firme esperança de que Jesus ia resolver seus problemas, o que de fato aconteceu. A mulher pensava consigo: “Se eu ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”. E o chefe disse a Jesus: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”. O poder de Deus é enorme, é infinito. Basta que tenhamos fé.
“Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada.” O alvoroço é sinal de falta de fé e de esperança. Não era um ambiente propício para Deus agir. Ele age em ambiente de fé.
“Começaram a caçoar dele.” Pensaram tipo assim: “Você não está vendo que ela está morta, ô ingênuo!” Estou vendo sim, disse Jesus, e vendo além do horizonte de vocês. O meu horizonte de possibilidades é infinito, pois é o poder de Deus. Em todos os tempos os incrédulos agrediram os que têm fé. Chamam-nos de imprudentes, afoitos, loucos...
A multidão pode nos alienar, tornando-nos objeto de consumo. Não é à toa que a multidão é chamada de “massa”, pois a massa não tem forma, mas adquire a forma que alguém lhe dá. Jesus nunca seguiu a multidão. Veja a cura do cego de Jericó (Cf Mc 10,46-52).
Foi também admirável a fé da mulher doente. Tantos anos com a doença, certamente já havia passado por tantos médicos, e mesmo assim ela pensava que se conseguisse apenas tocar na veste de Jesus, ainda por trás sem que ele percebesse, já ficaria curada.
Quem tem fé, sempre se levanta, sacode a poeira e age, dentro dos critérios do Evangelho. A fé nos leva a pedir a ajuda de Deus e a fazer a nossa parte, crendo que seremos atendidos, mesmo antes de Deus se manifestar. Os dois – a mulher e o chefe – saíram de casa e foram atrás de Jesus. Eles tinham tanta confiança, que era quase como se já tivessem recebido a graça.
A fé manifesta-se através da coragem. Ela nos leva a agir, a tomar iniciativas, caminhando em um caminho novo, de esperança e de alegria, em meio aos maiores problemas. Quem tem fé não entra em pânico, não fica alvoroçado, não se desespera, não desilude e não se revolta, pois sabe que nenhum problema é maior que Deus.
Quando damos o primeiro passo, Deus abre o caminho para darmos o segundo passo. Quando damos o segundo, ele abre o caminho para darmos o terceiro e assim por diante. Se ficamos sentados ou deitados, Deus não age mesmo! “Quando o povo levantou acampamento para atravessar o Jordão, os sacerdotes que carregavam a arca da aliança puseram-se à frente do povo. Chegaram assim ao rio Jordão, e os pés dos sacerdotes se molharam nas águas da margem. Nesse momento, as águas de rio acima pararam, formando uma grande barragem...” (Js 3,14-16).
Hoje é dia de Santa Maria Gorettti. Ela era italiana, mártir e morreu dia 06/07/1902. Menina pobre, da roça. Apesar de ter apenas doze anos de idade, já era uma mocinha linda. O filho do dono da fazenda onde os pais trabalhavam, chamado Alexandre, vinha tentando seduzi-la, mas Goretti sempre lhe dizia: “Não podemos fazer isto, é pecado!” Um dia em que ela estava sozinha em casa, ele entrou e quis forçá-la a ter uma relação sexual. Diante da resistência inquebrantável da menina, ele pegou uma faca que encontrou na cozinha e lhe deu catorze facadas. Minutos depois, a mãe chegou e ela, ainda viva, contou-lhe o acontecido, mas disse: “Eu perdôo o Alexandre. Lá no céu, pedirei a Deus por ele, para que se arrependa. E quero que ele esteja junto comigo eternamente no céu”. Minutos depois morreu. O rapaz foi condenado a vinte e sete anos de prisão. Terminada a penas, tornou-se monge contemplativo. Ele assistiu a canonização dela, em 1950
“Feliz de você que acreditou”, disse Isabel a Maria Santíssima. Que nossa Mãe do Céu, a mulher de fé, e Santa Maria Goretti, intercedam por nós, a fim de que cresçamos na fé.
Minha filha acabou de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá.






MOTIVAÇÃO NO TRABALHO



Max Gehringer responde


PALAVRA DA SEMANA: PLACEBO. 

Um remédio sem substâncias ativas capazes de produzir efeitos fisiológicos. Mas, como o paciente não sabe disso, ele melhora simplesmente porque acredita que o remédio vai fazê-lo melhorar. A palavra veio do verbo latino placere, “agradar” (do mesmo verbo derivaram nosso “prazer” e o inglês “please”). A forma verbal “placebo” é a primeira pessoa do singular do futuro: “eu agradarei”. Em empresas, elogios-placebo – isto é, vazios – costumam produzir um saudável efeito motivador.


Sinto um nó na garganta quando leio artigos sobre pessoas, com minha idade e minha formação, que estão obtendo sucesso profissional em empresas. Por que eu não consigo ser tão bem-sucedida como essa gente? – L.M.C.


Esse nó significa que você talvez esteja adotando a exceção como se fosse a regra. Se você fizer uma lista de todas as pessoas que conhece e comparar o que elas conseguiram na carreira com o que você conseguiu, muito provavelmente descobrirá que está situada na média, ou um pouco acima dela, tanto em termos de função quanto de remuneração. Sua lista também revelará que 5% de seus conhecidos, se tanto, sobressaíram e estão um pouco à frente dos demais, enquanto outros 5% se mostram desanimados, sem perspectivas e sem rumo. Só que os artigos sobre sucesso sempre usam o topo como referência. E aquele profissional que aparece na foto que ilustra o artigo, sorridente e com pose estudada de bem-sucedido, é mais minoria ainda – ele representa uma fatia de 1% dos 5% – ou um em cada 2 mil. Segundo o IBGE, o Brasil tem cerca de 5 milhões de empresas privadas, desde gigantes com mais de 50 mil colaboradores até micronegócios com apenas um funcionário. Juntas, elas empregam perto de 30 milhões de pessoas. As cem maiores – aquelas que costumeiramente aparecem nos artigos que você menciona – respondem por 2% dos postos de trabalho, ou 600 mil vagas. Nelas, há 30 mil profissionais (ou 5%) que ocupam cargos de liderança e recebem mais de 15 salários mínimos por mês. Mas o olimpo dessas empresas acomoda não mais de 600 executivos com vencimentos superiores a 120 salários mínimos mensais – atualmente, 50 pilas, ou 1.000 onças-pintadas. Considerando-se todas as empresas privadas do país, chega-se no máximo a 20 mil profissionais que, de fato, estão conseguindo extremo sucesso – considerando-se que “sucesso” geralmente é percebido como “salário de deixar o papa com inveja”. Porém, ao ler um artigo, ou um livro de auto-ajuda, fica aquela impressão de que as chances são muito maiores do que realmente são, e a consequência é certa frustração, igual à que você está experimentando. Como, em sua mensagem, você informou que ganha o equivalente a sete salários mínimos, você parece não ter consciência de que está bem mais próxima do topo da pirâmide do que da base (ainda segundo o IBGE, a média geral é de 3,2 salários). Isso quer dizer que, proporcionalmente, você é um sucesso, embora não se tenha dado conta disso. Para a pergunta seguinte – como você sai do patamar em que está para ingressar no seleto clube dos 20 mil estupidamente bem-sucedidos? – não há uma resposta exata. Como você mesma disse, “essa gente” não possui grandes diferenciais que saltam à vista. Uma parte nem sequer concluiu o curso superior. Existe também o fator “sorte”, que se manifesta quando a preparação adequada cruza com a oportunidade. Outro fator, hoje em dia menos valorizado do que deveria ser, é a estabilidade. Das pessoas bem-sucedidas que eu conheço, a maioria teve, no máximo, três empregos nos primeiros 15 anos de carreira. E 30% delas continuam na mesma empresa em que começaram. O talento e a criatividade podem ter contribuído, mas essa gente de sucesso foi, acima de tudo, paciente, persistente, extremamente dedicada e consistentemente produtiva. Quatro coisas que qualquer pessoa pode ser.

Em todas as empresas privadas do Brasil, há no máximo 20 mil profissionais de extremo sucesso.





MOMENTO DE REFLEXÃO

A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, desistindo de mudar, sendo fracos.
De verdade se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida, das nossas relações ou de nós mesmos devemos começar aceitando.
Na verdade a aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou é que pode avaliar.
É realmente difícil aceitar perda material ou afetiva; uma situação de dificuldade financeira; uma doença; uma "humilhação"; uma "traição", etc.
Mas a aceitação é um ato de força interior, sabedoria, e humildade, já que existem inúmeras situações que não podemos mudar no momento em que acontecem.
E de maneira geral as pessoas são como são, dificilmente mudam, na verdade não podemos contar com isso, quem muda somos nós por escolha e vontade própria, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano.
Ser resistente a isso, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar,  indignar-se, culpar, culpar-se, etc, são reações emocionais carregadas de raiva; raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida e a raiva destrói, desagrega. A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados á lutar, a esbravejar, a brigar.
Aceitar não é desistir, nem tão pouco se resignar. Aceitar é estar lúcido do momento presente como é, e se assim a vida se apresenta, assim deve ser, já que tudo está coordenado pela Lei da ação e reação.

No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, soluções surgem naturalmente através da intuição ou  fatos trazendo as respostas e as saídas para a situação, tudo isso porque paramos de resistir a VIDA como se apresenta no momento.
A consciência de que tudo é movimento, nada é permanente, faz com que a aceitação aconteça mais facilmente. A nossa tendência “natural” é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação. Resistir só nos mantem presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.
Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados, frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais/emocionais criam mais e mais dificuldades, nunca trazem solução.
Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio. Aceitar é o que nos leva à Fé.
É fundamental entender que aceitar não significa desistir; seguir adiante com otimismo, e ter muitos propósitos a serem atingidos é nossa atitude saudável diante da vida. Aceitar se refere ao momento presente, ao agora, no instante que você aceita, ou em outras palavras, você entrega, novas ideias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.

Ana Cristina Pereira (Terapeuta Transpessoal) E-mail: mallucris@terra.com.

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