Quarta-feira,
25 de julho de 2012
"Perder
tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas
interessantes." [Carlos Drummond de Andrade]
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 20,20-28
Então a mãe
dos filhos de Zebedeu chegou com os seus filhos perto de Jesus, curvou-se e
pediu a ele um favor.
- O que é
que você quer? - perguntou Jesus. Ela respondeu:
- Prometa
que, quando o senhor se tornar Rei, estes meus dois filhos sentarão à sua
direita e à sua esquerda.
Jesus disse
aos dois filhos dela: - Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso vocês
podem beber o cálice que eu vou beber? - Podemos! - responderam eles.
Então Jesus
disse: - De fato, vocês beberão o cálice que eu vou beber, mas eu não tenho o
direito de escolher quem vai sentar à minha direita e à minha esquerda. Pois
foi o meu Pai quem preparou esses lugares e ele os dará a quem quiser.
Quando os
outros dez discípulos ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Então
Jesus chamou todos para perto de si e disse: - Como vocês sabem, os
governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles, e os poderosos mandam
neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser
importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o
escravo de vocês. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida para salvar muita gente.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Jesus
nos desafia a compreendê-lo. Ele foge do modelo de qualquer tipo de paradigma
egoísta que cativamos.
Ao
reconhecer Jesus, como aquele que os profetas diziam que estava por vir e
reinar, essa mãe se põe a tentar “garantir” um local de destaque para seus filhos
João e Tiago. Mas será mesmo que é importante ter um posto de destaque, uma
posição em evidencia para termos a atenção de Jesus? Será que Deus seleciona as
pessoas ou nos dá as mesmas oportunidades?
Pessoas
se ferem, se agridem e até se matam para se evidenciar entre os outros. São
capazes de tudo para serem vistas, comandar, reinar, mandar… No entanto o homem
de Nazaré revela o que de fato é importante para ser visto por Ele: dar-se como
exemplo. “(…) Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros,
e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês. Porque até o Filho
do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para
salvar muita gente”. Creio que os apóstolos só foram entender de fato essas
palavras na última ceia, na cena do lava-pés.
Tenho
um conhecido que é há anos chefe. Colegas de trabalho dele dizem que ele não
conseguiria mais trabalhar se não tivesse essa posição de comando. Anos e anos
mandando e comandando lhe deram muita experiência sobre liderança, mas de certa
forma, hoje já o limitam. Já não ouve novas ideias, faz as coisas como as fazia
há 10 anos; não se abre às críticas, sugestões, comentários; parou no tempo…
Semana
passada nossa reflexão nos convidava a renovar e arejar a terra para a semente,
será que eu não preciso de um novo ardor missionário, uma nova motivação e não
um lugar de destaque?
Um
amigo meu, certa vez muito triste, revelou que em sua comunidade existia uma
“dinastia” a frente de sua pastoral. Coordenação que passa de pai para filho,
mãe para filha e quando sai da ordem familiar, são os apadrinhados dele (a) que
novamente sobem ao “poder”. Já notaram como algumas comunidades sofrem com
esses “donos” de pastorais?
“(…) Vocês
não devem também ser chamados de “líderes” porque vocês têm um líder, o
Messias. ENTRE VOCÊS, O MAIS IMPORTANTE É AQUELE QUE SERVE OS OUTROS. Quem se
engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido“. (Mateus 23,
11-12)
Acostumamos
ver essa situação como “comum” no meio dessa triste politicagem que vivemos
(infelizmente). Pessoas como a mãe de João e Tiago que buscam certas regalias e
postos sociais através de associações indevidas a políticos ou pessoas de
índole duvidosa, questionável e corruptível. Isso no mundo deveria ser
intolerável, pois o nosso momentâneo sossego e proteção de hoje pode ser à
custa do sofrimento, dos impostos e do suor de outros.
Depois
não sabemos por que as coisas não dão certo pra nós, pois nos omitimos a ver
que às vezes colaboramos com o sofrimento dos outros sob a justificativa que
“tenho que trabalhar”.
Justificamos
a pirataria; trabalhamos com políticos de má fé; pedimos favores a poderosos;
falsificamos atestados médicos, pedimos voto com a intenção única de ganhar um
favor e não o bem de todos… Fazemos alianças com a maldade e ainda dizemos que
estamos buscando a santidade…
“(…) O que
faz o mal não é a tentação em si, MAS O CEDER À TENTAÇÃO. Na tentação de Jesus,
o que conta realmente não é a materialidade dos lugares e de coisas, onde e
como foi tentado, mas como reagiu a consciência de Jesus”. (Dom Geraldo
Majella)
Se,
no mundo que vivemos, já deveria ser intolerável essa atitude. Imagine no
ambiente cristão. Não se pode admitir que dentro da esfera onde Deus é nosso
único pastor, a liderança de falsos pastores, pessoas egoístas e mal resolvidas
que afastam as pessoas. É verdade também que Deus escolhe as pessoas, até mesmo
os mais difíceis de lidar e conviver. Pedro, Paulo, Moisés, Elias, não eram
pessoas fáceis, no entanto, em defesa a eles aparece a fidelidade ao projeto.
Então, mesmo em meio a erros, sejamos fieis. Deus não permitirá que isso
prevaleça. Uma hora as alianças com a maldade se desfazem… A ovelha descobre o
tempo que perdeu.
Um
imenso abraço fraterno!
CURIOSIDADES
Estados Unidos
A notícia saiu no jornal "Seattle
Times": o americano Sylvester Neal passou 40 anos guardando moedas no
porão de sua casa, escondido da mulher. Em outubro de 2001, levou tudo para ser
contado. Ele tinha cem mil moedas de um centavo, num total de mil dólares.
Em Nova York, o preso Michael Mathie
tinha em 1999 uma renda bruta estimada em quase 900 mil dólares, além de
investimentos em um imóvel e vários carros. Como ele fez fortuna? Por telefone.
Ele afirmava que tinha conseguido negociar 8 milhões de dólares em ações na
bolsa de valores. Ele realizava as propostas telefonando a cobrar para seu pai
de um telefone público — mais de 10 vezes por dia quando o mercado estava mais
agitado. Então seu pai realizava as transações pela Internet.
Nova Zelândia
O site da "BBC" publicou em 7
de março de 2005 que a neozelandesa Julz Thomson, que estava grávida, leiloou
sua barriga como espaço publicitário. Um empresário de Auckland cuja companhia
tem como slogan "The mailman always delivers" ("O carteiro
sempre entrega") comprou o direito de uso por 470 reais. A quantia
garantiu que Julz usasse uma camiseta com o mote da companhia até que seu bebê
nascesse.
Rússia
Cerca de 400 funcionários de hospital
da cidade de Nizhni Novgorod, na Rússia, receberam estrume com pagamento. Na
Rússia, o pagamento com mercadorias não é exatamente novidade, mas antes esses
funcionários recebiam carne e manteiga. Em 1994, trabalhadores foram pagos com
absorventes íntimos.
Tibete
A agência de seguros britânica
High/Wild criou um seguro de 1,5 milhão de dólares contra ataques do abominável
homem das neves. O dono da empresa surgiu com a ideia porque diz ter visto, em
1978, pegadas do bicho na montanha Himal Chuli, a 6.333 metros de altitude.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Não
podemos controlar todas as situações que vivemos, algumas não dependem da nossa
vontade.
E
não podemos mudar tudo também, mesmo se somos fortes, decididos e positivos.
Mas
podemos colocar um pouco de sal e de luz.
Podemos
aprender a gerenciar essas situações de maneira que não nos afetem
completamente ou profundamente, que não nos destruam ou acabem com nossos
relacionamentos de amor e de amizade.
Quando
perdemos o controle de nós, perdemos o controle de tudo.
É
como um motorista que, ao sentir o perigo, larga o volante: o acidente é
inevitável!
Por
mais desesperadoras que pareçam as situações, temos que segurar o volante.
Guardar
a calma nos momentos mais críticos é uma atitude preciosa, não só para nós, mas
para os outros também.
Ah,
sim, podemos explodir e às vezes até precisamos!
Todavia
há maneiras de exteriorizar o que nos atormenta sem que os pedaços da nossa ira
afetem tudo ao nosso redor.
Podemos chorar até que nossa alma se sinta
lavada, podemos falar com alguém em quem tenhamos confiança, podemos pintar,
desenhar, construir, correr ou apenas nos entregar à dor até que o peito se esvazie
dela.
Há
pessoas, como eu, que escrevem longas cartas que nunca enviam, mas que aliviam.
Somos
humanos, eu sei e não podemos ficar indiferentes à tudo o que acontece, não
podemos nos esconder atrás de escudos que nunca defenderão nossa sensibilidade,
pois no inevitável encontro com nosso eu, precisamos ainda encontrar forças e
coragem para nos olhar nos olhos.
Temos
todos em nós sementes de virtudes plantadas.
Devemos
dar a elas condições para que floresçam, para que deem frutos, para que as
pessoas possam,
uma
vez que nos encontram, carregar-nos nos corações para o restante das suas
vidas.
Letícia Thompson
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