Quinta-feira,
12 de julho de 2012
“Para
avaliar a importância real de uma pessoa, devemos pensar nos efeitos que sua
morte produziria.” (François Gaston de Levis)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 10,7-15
Vão e
anunciem isto: "O Reino do Céu está perto." Curem os leprosos e
outros doentes, ressuscitem os mortos e expulsem os demônios. Vocês receberam
sem pagar; portanto, dêem sem cobrar. Não levem guardados no cinto nem ouro,
nem prata, nem moedas de cobre. Nesta viagem não levem sacola, nem uma túnica a
mais, nem sandálias, nem bengala para se apoiar, pois o trabalhador tem o
direito de receber o que precisa para viver.
- Quando
entrarem numa cidade ou povoado, procurem alguém que queira recebê-los e fiquem
hospedados na casa dessa pessoa até irem embora daquele lugar. Quando entrarem
numa casa, digam: "Que a paz esteja nesta casa!" Se as pessoas
daquela casa receberem vocês bem, que a saudação de paz fique com elas. Mas, se
não os receberem bem, retirem a saudação. E, se em alguma casa ou cidade as
pessoas não quiserem recebê-los, nem ouvi-los, saiam daquele lugar. E na saída
sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente. Eu
afirmo a vocês que isto é verdade: no Dia do Juízo, Deus terá mais pena das
cidades de Sodoma e de Gomorra do que daquela cidade.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Aonde
esta o reino de Deus? Aonde e por onde já o procuramos? Li certa vez numa
camiseta a seguinte frase: “dinheiro não é tudo, é 100%”. Vai saber se é mesmo?
“(…) Porque
nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. Tendo alimento e
vestuário, contentemo-nos com isto. Aqueles que ambicionam tornarem-se ricos
caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que
precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos
os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé
e se enredaram em muitas aflições”. (I Timóteo 6, 7-10)
O
que é o dinheiro se não temos a paz para gastá-lo?
Precisamos
muito do dinheiro para pagar nossas contar e manter nosso padrão de vida e a
nossa qualidade de vida, mas ele não nos visita, não nos consola, não nos
alegra no dia da tristeza. Vi certa vez na internet um homem que ganhou milhões
de dólares na loteria, no entanto hoje tenta recuperar o velho emprego de gari.
Assistindo
um documentário do History Channel sobre o paradeiro da arca da aliança os
pesquisadores e arqueólogos não descartam a possibilidade que ela, por ser
feita de madeira possa ter se desmanchado com o tempo, sobrando apenas o ouro
que a revestia.
A
arca carregava as tábuas da Lei, que eram de pedra, onde Moisés apresentou ao
povo os dez mandamentos. Poderia então tamanho tesouro virado pó junto com a
madeira? O que havia de mais precioso lá, as tábuas ou a mensagem?
Do
êxodo até os dias atuais, em que momento de nossas vidas não usamos como referência
os dez mandamentos? Na criação dos nossos filhos eles estão, nos direitos e
deveres públicos eles estão lá também, no entanto o ouro não está.
Precisamos
nos empenhar ainda mais a levar a mensagem de um reino de Deus que “paira”
sobre nós, mas que insistimos em não ver. Que o dinheiro, as posses, os bens
devem ser os adornos e não a vestimenta. Que a busca da felicidade não pode
estar condicionada a se acertar na loteria, em ser milionário, (…).
Quem
nunca sonhou estar de férias no caribe, na Europa, em Nova York com toda a família,
num hotel de luxo numa praia paradisíaca digna de um filme de Hollywood? Como
sonhar é bom! Por que então não acrescentamos nesses sonhos que temos a paz, o
sorriso de nossos filhos, a presença dos nossos amigos? O ouro pode estar
também na realidade que vivemos, esteja acontecendo num fundo de um quintal ou
numa laje sem cobertura.
Se
recebermos de coração aberto a paz ela será convidada a ficar, com dinheiro ou
sem dinheiro! “(…) Que a paz esteja nesta
casa! Se as pessoas daquela casa receberem vocês bem, que a saudação de paz
fique com elas”.
O
que me impressiona é nossa vontade de construir patrimônio e se esquecer dos
alicerces que de fato nos sustentam para poder usufruir da conquista. E quanto
a questão de onde estaria o reino de Deus… Se de fato as tábuas viraram pó é
bem provável que elas até hoje estão no ar, ao nosso redor, sobre nós, sobre os
irmãos…
Encontrou?
A mensagem sobrevive ao tempo. É ela o verdadeiro patrimônio contido na arca da
aliança.
Fecho
esse texto com a reflexão proposta pelo site da CNBB, para esse mesmo texto, no
ano passado:
“(…) A vida
de quem é discípulo de Jesus consiste em fazer as obras do reino de Deus para
manifestar a sua presença no meio dos homens. É deixar de lado as suas próprias
obras para que, como enviado por Jesus, realize as obras de Deus. Para que isso
seja possível, o discípulo de Jesus não deve colocar a sua confiança nos bens
materiais, mas em Deus, que tudo proverá para que a sua obra seja coroada de
êxito. Com essa confiança em Deus, o discípulo de Jesus deve procurar estar
atento a tudo o que acontece ao seu redor, para que não perca nenhuma chance de
fazer o bem aos que necessitam dele e possa ser, também, um promotor da paz”.
A
exemplo de São Barnabé, nos empenhamos em levar a notícia que muda a vida
verdadeiramente. O que levar? o que é importante.
Um
imenso abraço fraterno.
MEIO
AMBIENTE
Declaração
Universal dos Direitos da Água
Em
22 de março de 1992 a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o "Dia
Mundial da Água", publicando um documento intitulado "Declaração
Universal dos Direitos da Água". Eis o texto que vale uma reflexão:
1.-
A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada
nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos
olhos de todos.
2.-
A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo
vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a
atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
3.-
Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos,
frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com
racionalidade, precaução e parcimônia.
4.-
O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de
seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para
garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em
particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
5.-
A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um
empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital,
assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
6.-
A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se
saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem
escassear em qualquer região do mundo.
7.-
A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira
geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que
não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das
reservas atualmente disponíveis.
8.-
A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma
obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão
não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
9.-
A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as
necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10.-
O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o
consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Conta-se
que por volta do ano 250 a.C., na china antiga, um príncipe estava às vésperas
de ser coroado imperador e de acordo com a lei, ele deveria se casar.
Sabendo
disso, ele resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte ou quem quer que
se achasse digna de sua proposta.
No
dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial,
todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma
velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os
preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria
um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o
fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou
incrédula:
-
Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas
moças da corte. Tire essa idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar
sofrendo, mas não transforme o seu sofrimento em loucura.
-
Não querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais
poderei ser a escolhida, mas é a minha oportunidade de ficar pelo menos alguns
momentos perto do príncipe. Isso já me torna feliz.
À
noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas
moças, com as mais belas roupas, com as mais finas joias e com as mais
determinadas intenções. Então, finalmente o príncipe anunciou o desafio:
-
Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me
trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz.
A
proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que
valorizava muito a especialidade de cultivar algo. O tempo passou e a doce
jovem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a
beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se
preocupar com o resultado.
A
jovem usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Por fim,
os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente de seu esforço e
dedicação, a moça comunicou a sua mãe que, independentemente das circunstâncias
retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além
de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na
hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras
pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra. Ela estava
admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente
chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com
muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o
resultado e indica a bela jovem, filha da serva do palácio, como sua futura
esposa.
As
pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações.
Então,
calmamente o príncipe esclareceu:
-
Foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de ser uma imperatriz. A
flor da honestidade. Pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
Se
para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. Você será sempre um
vencedor!
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