Domingo, 22
de julho de 2012
“Para o
triunfo do mal, basta que os bons não façam nada.” (Edmund Burke)
EVANGELHO
DE HOJE
Mc 6,30-34
Os apóstolos
voltaram e contaram a Jesus tudo o que tinham feito e ensinado. Havia ali tanta
gente, chegando e saindo, que Jesus e os apóstolos não tinham tempo nem para
comer. Então ele lhes disse:
- Venham!
Vamos sozinhos para um lugar deserto a fim de descansarmos um pouco. Então
foram sozinhos de barco para um lugar deserto. Porém muitas pessoas os viram
sair e os reconheceram. De todos os povoados, muitos correram pela margem e
chegaram lá antes deles. Quando Jesus desceu do barco, viu a multidão e teve
pena daquela gente porque pareciam ovelhas sem pastor. E começou a ensinar
muitas coisas.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Eram como
ovelhas sem pastor.
O
Evangelho de hoje começa com o amável convite de Jesus aos Apóstolos, que
acabavam de chegar da sua missão apostólica, satisfeitos e cansados: “Vinde
sozinhos para um lugar deserto e descansemos um pouco”.
Entretanto,
o povo descobriu para onde iam, e foi a pé, por terra. Assim, quando chegaram,
encontraram uma multidão os esperando! Jesus “teve compaixão, porque eram como
ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas”.
É
interessante o modo de Jesus se relacionar com a multidão. Ele disse uma vez:
“Eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem” (Jo 10,14). Jesus evitava
aquele messianismo político, pelo qual os seus contemporâneos judeus ansiavam.
Evitava também o sectarismo gregário de massa. O seu contato era personalizado,
dando origem ao Povo de Deus, ou à Comunidade cristã, na qual todos se conhecem
e se amam, assim como o pastor conhece suas ovelhas.
“Foi
vontade de Deus santificar e salvar os homens, não isoladamente e sem conexão
alguma de uns com os outros, mas constituindo um Povo, que o confessasse em
verdade e o servisse em santidade” (Concílio Vat. II, LG, 9).
Os
primeiros cristãos entenderam bem essa lição e se uniam em Comunidades, onde
viviam unidos como irmãos, tendo um só coração e uma só alma. Hoje a Igreja,
pelo fato de ter milhões de membros, pode dar a impressão de ser massa. Mas não
é. É só observar as nossas paróquias e Comunidades.
Várias
vezes os evangelistas escrevem que Jesus sentiu compaixão. Ele tinha dó das
pessoas carentes, das que sofriam, e aqui, das que estavam como ovelhas sem
pastor. E ele não parava só no sentimento de compaixão, mas fazia o que ele
podia pelo povo.
Jesus
não possuía nada, não tinha nem onde reclinar a cabeça. Mesmo assim, não se
preocupava consigo mesmo, mas com os outros. Quantos cristãos e cristãs têm
esse mesmo coração! É deles que nascem as diversas pastorais e as atividades
missionárias das Comunidades. Quando sentimos compaixão, e rezamos, Deus nos
indica algum caminho.
Que
bom seria se nós, ao nos depararmos com situações de carência, material ou
espiritual, sentíssemos compaixão, uma compaixão ativa que se transforma depois
em ação!
Certa
vez, um homem terminou de construir a sua casa. Ficou linda. Ele a mobiliou com
móveis novos, todos no mesmo estilo.
Então
convidou um amigo para almoçar com ele e ver a casa. Terminada a refeição,
mostrou toda a casa para o amigo, depois perguntou: “Falta alguma coisa? Pode
dizer sem acanhamento, que vou comprar hoje mesmo”.
O
amigo criou coragem e falou: “Eu sinto que está faltando Deus na sua casa!” O
dono da casa se surpreendeu, porque não havia pensado nesse componente da casa.
E ficou perdido, confuso, sem saber o que fazer, pois Deus não dá para se
comprar!
Quantas
casas hoje são assim: têm tudo, menos o principal que é Deus. Que sintamos
compaixão, uma compaixão ativa, como fez o visitante da nova casa. “O que
adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si
mesmo?” (Lc 9,25).
Maria
Santíssima foi uma mulher ativa na luta pelo bem do povo. Vemos os seus anseios
expressos no magnificat, e levados à ação nas bodas de Caná, ao pé da cruz, no
Cenáculo etc. Santa Mãe Maria, o povo continua como ovelhas sem pastor; dai-nos
um coração semelhante ao vosso!
Eram como
ovelhas sem pastor.
MUNDO
ANIMAL
Itália proíbe
fogos de artifício
Ideia que poderia ser copiada… Nada
contra a beleza dos fogos, mas o barulho é insuportável. Na minha rua já era
dia 01 e ainda tinha gente comemorando. Um cachorro de minha vizinha comeu a
cortina de medo… outro apareceu em casa e estamos procurando o dono, pois
estava ofegante, e claramente tem um dono… Acho também que precisamos
conscientizar as crianças, ensinando sobre o barulho que provoca medo para os
animais, além do perigo que as bombinhas e fogos provocam a elas.
Os italianos se preparam para o
Ano-Novo com proibições de lançar fogos de artifício em várias cidades para
evitar ferimentos em animais e crianças e com sérias recomendações de
oftalmologistas no momento de abrir as garrafas de prosecco sem que a rolha
tenha como alvo os olhos de quem estiver no entorno.
A polêmica dos explosivos partiu neste
ano da Aidaa (Associação Italiana de Defesa dos Animais e Ambiente). Em várias
cidades, a entidade pediu aos prefeitos a proibição do uso de fogos dos quais
os italianos são tão fãs para festejar a entrada do novo ano e que “aterrorizam
os animais, que passam a noite escondidos”.
Aderiram a essa iniciativa as cidades
de Turim, Milão, Veneza e Modena, no norte do país, e Bari, no sul.
Por sua vez, o prefeito de Roma, Gianni
Alemanno, não proibiu as comemorações pirotécnicas, já que para parte dos
italianos é mágico destruir o tempo passado através da purificação do fogo, mas
com moderação.
Os veterinários, entretanto, advertem
que tanto os animais domésticos quanto os selvagens sentem terror diante de
explosões porque não sabem de onde provêm e podem fugir apavorados invadindo
estradas ou abandonar em revoada seus ninhos.
Uma proibição impossível de impor em
Nápoles, onde a população adora os fogos e neste ano está sendo preparado um
grande show pirotécnico com o nome de “prêmio de risco”. A esperança deles é
conjurar com a explosão a crise econômica tão ligada ao que os italianos chamam
de “spread”, que até agora nem sequer o primeiro-ministro da Itália, Mario
Monti, conseguiu exorcizar.
O uso impróprio de explosivos causa a
cada ano milhares de ferimentos em adultos e crianças, com danos mais graves
nas mãos e no rosto (7%), enquanto 5% acabaram com amputações de membros e
perda de visão, informa neste sábado o jornal “Il Messagero”. Só em Nápoles, a
pirotecnia fez nos últimos cinco anos 344 feridos.
Fonte: Folha.com/Olhar Animal
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Certa
vez, um homem de tanto falar que seu vizinho era ladrão, provocou sua detenção
para averiguações.
Após
vários interrogatórios descobriram que o pobre rapaz era inocente.
O
rapaz foi solto, após muito sofrimento e humilhação.
Em
seguida processou o homem que o havia acusado.
No
tribunal o homem disse ao Juiz:
-
Comentários não causam tanto mal.
Ao
que o Juiz respondeu:
-
Escreva os comentários que você fez sobre o rapaz numa folha de papel. Depois
pique a folha e jogue os pedaços pelo caminho, daqui até a sua casa. Amanhã
volte para ouvir a sentença.
O
homem obedeceu e voltou no dia seguinte.
O
juiz disse:
-
Antes da sentença você terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem.
-
Não posso fazer isso, meritíssimo! O vento deve ter espalhado os pedaços de
papel por tudo quanto é lugar. Já não sei onde estão!
-
Da mesma maneira, completou o Juiz, um simples comentário pode destruir a honra
de uma pessoa, espalha-se a ponto de não podermos mais consertar o mal causado.
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