Segunda-feira,
23 de julho de 2012
"Já foi
dito que a descoberta nada mais é do que o encontro de um acidente com uma
mente preparada." (Albert Szent-Gyorgy)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 12,38-42
Então alguns
mestres da Lei e alguns fariseus disseram a Jesus:
- Mestre,
queremos ver o senhor fazer um milagre. Jesus respondeu:
- Como as
pessoas de hoje são más e sem fé! Vocês estão me pedindo que faça um milagre,
mas o milagre do profeta Jonas é o único sinal que lhes será dado. Porque assim
como Jonas ficou três dias e três noites dentro de um grande peixe, assim também
o Filho do Homem ficará três dias e três noites no fundo da terra. No Dia do
Juízo o povo de Nínive vai se levantar e acusar vocês, pois eles se
arrependeram dos seus pecados quando ouviram a pregação de Jonas. E eu afirmo
que o que está aqui é mais importante do que Jonas. No Dia do Juízo a Rainha de
Sabá vai se levantar e acusar vocês, pois ela veio de muito longe para ouvir os
sábios ensinamentos de Salomão. E eu afirmo que o que está aqui é mais
importante do que Salomão.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Imagino
o quanto Jesus era questionado ou indagado pelos mestres e doutores da lei. Sua
sabedoria deixava bem clara o quanto era superior a de Salomão. Os fariseus
sabiam disso e talvez como um dia a sabedoria de Salomão foi traída por seu
humano, testavam Jesus para ver até onde podia ir sem tropeçar em suas
palavras.
Quantas
vezes nossas palavras não acompanharam nossos atos e nem foi preciso sermos
questionados para o tropeço. Acho profundamente interessante nossa humanidade:
recebemos o perdão no ato penitencial, mas nossos pensamentos e nossa boca já
nos traem antes da benção final da missa. Se isso é verdade também na sua vida,
seria verdade então que não temos mais solução? Será que Deus estaria investido
em vão numa criatura que não consegue ficar uma hora completa sem pecar?
NÃO!
É verdade que somos frágeis, mas é intrigante a determinação de Deus em nos
oportunizar uma nova chance de remissão. E estranhamente uma criatura tão
propensa ao erro, ao buscar a verdade através da fé, mesmo do tamanho de um
grão de mostarda, conseguiria mover montanhas.
“(…) Em
verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e
fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai”. (João 14, 12)
Paulo
um dia mencionou que conseguia encontrar muita força na fraqueza e que
precisamos diferenciar bem o fato que essa fragilidade era NO RECONHECER a sua
(nossa) própria impotência em meio às dificuldades e não uma fragilidade
sinônimo de pecado.
A
comparação feita com Nínive é muito providencial, pois ela era a cidade capital
do império assírio. Como pôde então um povo pagão e descrente mudar, mesmo por
medo e por um instante, se render a imensidão de Deus e pessoas ditas
“doutoras” da lei não conseguir ver que a frente dos seus olhos estava à
própria razão de se sonhar descrita no livro de Isaias?
Jesus
não desejava fazer milagres para se auto-promover, na verdade fica bem claro
que Ele desejava a descoberta individual, prova é que todos aqueles que o
descobriam como o Filho de Deus, solicitava silêncio e pouco alarde. Elias um
dia entendeu que o reino de Deus viria numa brisa suave e não no vendaval
“(…) O
Senhor desse-lhe: Sai e conserva-te em cima do monte na presença do Senhor: ele
vai passar. Nesse momento passou diante do Senhor um vento impetuoso e
violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não
estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu; mas o Senhor não estava
no tremor de terra. Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo; mas o Senhor
não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira”. (I Reis 19,
11-12)
No
começo da caminhada (coisa de jovem) me perguntava por que tanta gente na
igreja fala errado ou com certa dificuldade em se expressar ou na quantidade de
gente que serve a Deus e suas vidas fora da igreja não são nenhum modelo de
perfeição… Aos poucos a gente vai entendendo que os sábios querem sempre
entender aquilo que os simples já sabem.
Os
simples, como Nínive, se cobrem de cinzas. Reconhecem suas limitações, sabem
seus erros, buscam a reparação através do trabalho e da caridade. Desses irmãos
nossas comunidades estão repleta e muitos tijolos de nossas igrejas foram
colocados pelo suor deles. Muitos a idade os tornou ranzinzas, rabugentos e até
mesmos chatos.
São
como os bancos velhos da igreja que o tempo já os faz ranger por qualquer
coisa. Pela idade são colocados no fundo da igreja, pois novos naturalmente
tomaram os seus lugares à frente, mas algo o novo ainda não conseguiu superar o
antigo: bancos velhos são os primeiros que entram em igrejas novas.
Ano
após ano recebem pregos e tábuas novas e estão novamente prontos para um novo
ano litúrgico. Bancos novos ainda precisam secar sua madeira e parar de
empenar. Ainda receberão muitas plainadas e marteladas da vida. Bancos novos veem
os milagres de perto, mas são os bancos velhos que conhecem a história do
milagre. O banco velho viu o batizado daquele que anos após viria a ser curado.
A
todos bancos velhos e velhas que já não se prendem nos milagres para crer,
minha singela homenagem e admiração. Deus os abençoe enquanto eu ainda levo
minhas marteladas.
Escrevi
esse texto ano passado, mas ainda é muito válido.
Um
imenso abraço fraterno.
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Max
Gehringer responde
PALAVRA DA SEMANA: EPISTEMOLOGIA. Apesar da retumbância polissilábica, é a mesma
coisa que know-how em inglês. A palavra veio do grego episteme, “conhecimento”,
derivado do verbo epistathai, “saber como fazer”. Academicamente, é o estudo
das origens do conhecimento e dos métodos usados para divulgá-lo. Uma palavra
parecida, mas sem nada a ver, é epistaxe, que significa sangramento nasal. Nas
altas rodas intelectuais, não se diz: “Quando eu penso muito, sai sangue do meu
nariz”. Deve-se dizer: “Minhas divagações epistêmicas têm sido interrompidas
por epistaxes”.
Estou de saco cheio no meu emprego... – S.L.
Ah, uma refrescante expressão que os
mortais entendem. De modo geral, o que gera esse tipo de insatisfação é a falta
de perspectiva – aquela incômoda sensação de que amanhã será igual a ontem.
Isso ocorre quando a pessoa pensa em um emprego, em vez de pensar em uma
carreira. Um emprego é sempre uma relação de curto prazo, porque pode terminar
a qualquer momento. Uma carreira é feita de decisões pessoais, sem a
participação da empresa, que visam ao total esvaziamento do saco no longo
prazo. Sugestão: estude, aperfeiçoe-se, participe de seminários, conheça
profissionais que poderão auxiliar na construção de seu futuro. Se você pensar
apenas em trocar de emprego, sua situação continuará a mesma.
Concluí Biblioteconomia, e penso fazer uma pós em
Ciência da Informação, para aumentar minha empregabilidade... – B.M.
Epistemologicamente, são cursos
congêneres. A ciência da informação é a aplicação de recursos tecnológicos à
biblioteconomia, que hodiernamente abrange tanto os livros analógicos quanto o
universo digital. Se sua graduação foi adequada, você já aprendeu isso. Seria
melhor você fazer um MBA, que lhe agregaria conhecimentos de administração e
aumentaria suas chances de trabalho em outros setores, porque o mercado para
biblioteconomistas ainda é restrito no Brasil.
O que seria mais indicado: uma viagem de turismo ao
exterior para aperfeiçoar o inglês ou um curso no Brasil? – W.H.T.
Quando o entrevistador lhe perguntar
“What are your earnings?”, a origem de sua fluência será irrelevante se você
não conseguir diferenciar earnings de earrings. A vantagem do curso é que você
terá professores para corrigir seus erros. A vantagem de ir para o exterior é
que você se divertirá bem mais. Se você não for com a falsa impressão de que
conseguirá facilmente um emprego ao regressar, então vá, aprenda e se divirta.
Mudei de uma multinacional para uma empresinha, que
tinha – entre outras barbaridades – um sanitário para 24 funcionários. Forcei
minha demissão e gostaria de saber como explicar em entrevistas por que fui
demitido. – P.J.D.
A média de sanitários per capita (ou
outras partes anatômicas) não seria uma boa explicação. E dizer que você forçou
a demissão seria um suicídio profissional. Você pode usar o argumento de sua
falta de adaptação a métodos ultrapassados, por exemplo. Mas evite fazer
críticas ou piadas sobre sua ex-empresinha. O entrevistador pode até rir, mas
não vai contratá-lo.
Meu marido e eu levamos um susto quando lemos que
cursos técnicos geram mais empregos que faculdades e cursos posteriores de
nível mais alto. Estamos tentando dar a nosso filho uma educação acadêmica
diferenciada... – N.G.F.
Muitos pais incentivam os filhos a
concluir quanto antes um curso superior, mesmo que, para isso, seja necessário
pular o estágio intermediário, o do curso técnico. Essa preocupação, sem dúvida
louvável, acabou criando um hiato no mercado de trabalho. Estão faltando
técnicos, e sobrando bacharéis. Por isso, técnicos se empregam mais facilmente,
numa aplicação da lei da oferta e da procura. Mas não se assustem demais. Uma
formação realmente diferenciada (em faculdade de primeira linha, com prestígio
junto a recrutadores das empresas) ainda se constitui em uma vantagem.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
No
momento preciso em que você julgou que seus problemas haviam desaparecido, e as
coisas passaram a navegar a seu favor, algo aconteceu, e a trajetória foi
subitamente mudada numa direção contrária.
No
mesmo dia em que você estava se sentindo tão feliz, pronto para prosseguir
vitorioso em sua jornada, recebe de súbito aquela notícia nada agradável.
Agora
o vento bate fortemente na direção contrária.
Mas
assim é a vida! Não se pode fugir a ela! Portanto, não tome as coisas pelo lado
pessoal!
Quando
as coisas ruins surgirem em meio às bonanças da vida, pare, sente-se, fique
calmo e se aquiete! Procure lembrar-se de algumas verdades preciosas a respeito
de si mesmo, e ore, falando com Deus sobre a situação. As Escrituras nos
ensinam que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que realmente amam a
Deus. Essa experiência adversa pode muito bem ser apenas uma parte de um plano
perfeito que Deus estabeleceu para você, antes mesmo da fundação do mundo.
Portanto, acalme-se!
A
realidade é que algumas vezes nós estamos sendo testados; em outras estamos
simplesmente sendo chamados a nos render, sermos pacientes e humildes, e
colocarmos os olhos naquele para quem não existem surpresas.
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