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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 11/07/2011





Segunda-feira, 11 de julho de 2011


“Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.” (Regina Brett-90 anos)





EVANGELHO DE HOJE
Mt 10,34-11,1


"Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada. De fato, eu vim pôr oposição entre o filho e seu pai, a filha e sua mãe, a nora e sua sogra; e os inimigos serão os próprios familiares. Quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. E quem ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. "Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem receber um profeta por ele ser profeta, terá uma recompensa de profeta. Quem receber um justo por ele ser justo, terá uma recompensa de justo. E quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequenos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não ficará sem receber sua recompensa". Quando Jesus terminou estas instruções aos doze discípulos, partiu dali, a fim de ensinar e proclamar nas cidades da região.






MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
O convite feito aos apóstolos se estendia a todos, e após alertá-los do mundo de lobos que enfrentariam para levar a Boa Nova, Jesus deixa claro o “rastro de graças” a todos que cooperassem com a prática do “caminho”.
Um antigo e conhecido conto narra as idas e vindas de um homem que levava água em potes de barro da fonte até sua casa. O conto narra que um dos potes estava rachado e no transitar a água caía pelo caminho. Após tantas idas e vindas nota que o caminho se tornara florido, lado que correspondia ao lado do pote rachado (…)
Acredito que todos conhecem essa história, mas por que a trouxe para essa reflexão?
Creio que muito mais que água fresca, um local para dormir, um cobertor, uma cesta básica, (…) as pessoas para continuarem no caminho precisam ser ouvidas. Na verdade o grande mal do mundo, que dizem ser a depressão, é a indiferença humana
A indiferença faz brotar no coração a semente do ódio e não estou exagerando nesse argumento. É preciso deixar bem claro que abandoná-la é tão difícil quanto oferecer a outra face a quem nos agrediu
Posso me atrever a dizer que existe a indiferença ativa e a passiva, sendo que a primeira é movida exclusivamente pela raiva, pela dor, pelo rancor, pela falta de perdão, pela auto defesa, e todos os sentimentos que voluntariamente expressamos contra outra pessoa ou situação, mas o que de fato preocupa é a passiva.
A indiferença passiva “mata” a flor que torce para que nosso vaso esteja quebrado e assim receber a água fresca que cairá sem perceber. Percebi, num retiro, o poder que tem quinze minutos de atenção para quem sofre ou esta agoniado. E como não perceber também a falta que faz nossa atenção a muitos outros irmãos e irmãs que desapareceram do nosso olhar e nunca mais foram procurados
“(…) Tomai precaução, meus irmãos, para que ninguém de vós venha a perder interiormente a fé, a ponto de abandonar o Deus vivo. Antes, animai-vos mutuamente cada dia durante todo o tempo compreendido na palavra hoje, para não acontecer que alguém se torne empedernido com a sedução do pecado. Porque somos incorporados a Cristo, mas sob a condição de conservarmos firme até o fim nossa fé dos primeiros dias“. (Hebreus 3, 12-14)
Todo dia, ao sair para o trabalho, vejo uma jovem senhora que fez seminário de vida. Lembro o quanto ela foi tocada por Deus naquele encontro, mas hoje noto que ao passar por mim ela abaixa a cabeça, meio que se esconde. O que será que ela pensa? Será que ela pensa que eu a esqueci, que tudo que foi pregado ou ensinado foi da boca pra fora? E quantos como ela também estão por ai, abaixando a cabeça ou atravessando a rua para não nos olhar nos olhos?
Sim, às vezes alguns temem nossos pré-julgamentos por voltarem a vida que tinham antes (quem somos nós para julgá-los); outros têm a impressão que os esquecemos (e de fato é meio que verdade); outros porém acreditam que “nos achamos” (as vezes sim, infelizmente); outros que o encanto acabou (a semente encontrou um solo pedregoso), (…), mas independente disso somos convidados a levar á água fresca; somos convidados a não nos importar de fazermos trabalho dobrado por nosso vaso estar quebrado…
Talvez o “nosso pai e nossa mãe” do evangelho de hoje sejam nosso orgulho e nossa vaidade. Talvez seja o medo de atravessar a rua e falar bom dia; a preguiça de pegar o telefone e ligar… Ao irmos às pessoas, abrimos as portas para um segundo encontro com Deus “(…) Quem recebe vocês está recebendo a mim; e quem me recebe está recebendo aquele que me enviou”.
Por fim
“(…) Pode-se pecar de diversas maneiras contra o amor de Deus: a indiferença negligencia ou recusa a consideração da caridade divina, menospreza a iniciativa (de Deus em nos amar) e nega sua força. A ingratidão omite ou se recusa a reconhecer a caridade divina e a pagar amor com amor”. (Catecismo da Igreja Católica § 2094)
Um imenso abraço fraterno.








MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

Cooperativas de Trabalho




Vez por outra alguém pergunta minha opinião sobre as cooperativas de trabalho. Meu vínculo com o sistema cooperativista vem de longe, pois fui fundador e primeiro presidente da CooperVida, a primeira cooperativa de qualidade de vida do sul do País, sendo antes palestrante sobre associativismo para o Sebrae/SC.
Começaria esclarecendo que a globalização dos mercados e a extrema competitividade da economia, onde as empresas buscam incessantemente reduzir custos internos, as cooperativas de trabalho aparecem como uma boa alternativa para atingir esse objetivo.
Os países mais desenvolvidos desfrutam de relações de trabalho mais adequadas à realidade do mercado atual. Essas relações baseiam-se na relação cliente/fornecedor, ao invés de basearem-se na relação empregador/empregado.
A relação cliente/fornecedor é bastante diferente e muito mais motivadora. Com esta relação podemos antever o fim do emprego e o salário vai se transformando em faturamento. É uma relação na qual aquele que chamamos de patrão é o cliente e aquele que conhecemos como empregado é o fornecedor de seu capital intelectual, de sua capacidade de criar, de produzir e realizar.
No Brasil, a relação empregador/empregado representa encargos trabalhistas muito altos, que precisam ser pagos pela empresa e acabam resultando em produtos ou serviços mais caros, menos competitivos e, portanto, menos consumidos. A rescisão contratual geralmente é muito onerosa. Essa situação favorece a acomodação e desmotivação do empregado e do empregador. De um lado o empregado finge que trabalha e o patrão finge que paga.
Nos EUA, não há legislação trabalhista paternalista, e é o país mais competitivo do mundo. Lá, os encargos trabalhistas não ultrapassam 12% da folha de pagamento. Aqui no Brasil, esse percentual é 9 vezes mais, algo em torno de 102/110%.
A cooperativa trabalha com o conceito de excelência pessoal e autogestão, que estimula os profissionais e clientes a agirem no sentido de viver, conviver, servir e existir com qualidade. Ao se associarem a uma cooperativa, os sócios contribuem com bens e serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum e absolutamente sem fins lucrativos, conforme o conceito contido no art. 3°, da Lei Federal 5764/71.
Na cooperativa de trabalho essa atividade econômica será composta da atuação profissional dos cooperados, que utilizam a sociedade (cooperativa) como veículo para a sua organização coletiva. Nas cooperativas de trabalho, ao contrário da mera cessão de mão-de-obra, a atividade dos cooperados, na condição de profissionais, estará sempre que possível, comprometida ao resultado da sua aplicação, revertendo em favor dos próprios cooperados os recursos obtidos com a racionalização e o aumento da produtividade.
Quando as cooperativas de trabalho contratam, surge a transferência à cooperativa de uma parte da atividade econômica da contratante, ocorrendo o desmembramento da atuação econômica e a transferência da responsabilidade pela execução da parte desmembrada. Os sócios da cooperativa, dessa maneira, assumem a obrigação pelo exercício dessa atividade econômica. Sendo o cooperativismo de trabalho, uma forma especial de gerar trabalho, riqueza e melhor qualidade de vida dos trabalhadores, já é um modelo consolidado e de sucesso.
No processo de opção por uma cooperativa sempre haverá estímulos e motivos que impulsionam o trabalhador. Uma pessoa é estimulada e encontra motivos para participar de uma cooperativa de trabalho quando idealiza, compreende e acredita, no mínimo:
Que seu lugar no mercado de trabalho é conquistado realizando serviços como profissional autônomo, e para clientes que lhe agradam como parceiros;
Que há grande probabilidade de ser mais bem remunerado trabalhando da forma acima;
Que precisa atualizar-se constantemente e que só a capacitação técnica-administrativa o manterá competitivo e o fará crescer como profissional e pessoa;
Que sempre haverá competências, conhecimentos e habilidades, sejam técnicas, operacionais, administrativas e ou gerenciais, essenciais para ela continuar no mercado, com remunerações que considera justa;
Que precisa associar-se, cooperar, com outras pessoas com competência, conhecimentos e habilidades, complementares as suas e com essas pessoas somar e dividir esses recursos.
Cooperativa é a valorização do indivíduo, é a sua participação com responsabilidade consciente assumida. Para chegar a isso é preciso que a Cooperativa disponha da oportunidade de que cada um possa e venha conhecer a sua realidade teórica e prática, para também opinar, ouvir e ser ouvido, somar pensamentos, idéias, palavras e atitudes!

Luiz Antonio Silva, palestrante e facilitador da PHAROL-RH






MOMENTO DE REFLEXÃO


Estamos obcecados com “o melhor”. Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do “melhor”. Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor homem, o melhor vinho.
Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com “o melhor”. Isso até que outro “melhor” apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor de repente nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, um eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros!...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque “é o melhor cargo da empresa”? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem “o melhor chef”? Aquele xampu que eu usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo “melhor cabeleireiro”?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o “bom” que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens “perfeitos”. As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vão me dar a chance de estar perto de quem amo. O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e, na busca do “melhor”, a gente nem percebeu?

Leila Ferreira








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