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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 25/04/2013




Quinta-feira, 25 de abril de 2013.
São Marcos Evangelista


"O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar"(Charles Chaplin)


EVANGELHO DE HOJE
Mc 18,15-20

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.
19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus. 20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.






MEDITANDO O EVANGELHO
Ubirajara Pimentel


AI DE NÓS SE NÃO EVANGELIZARMOS!
Jesus, o Ressurreto, deve ter ficado deveras triste com os apóstolos. Passar por tudo que passou, ser o verdadeiro cordeiro de Deus imolado e crucificado, e quando ressuscita os discípulos, por não o terem visto, não acreditam. Mas, com a humildade de um verdadeiro Deus, que entende a fraqueza das suas criaturas, Ele foi e se manifestou a eles para repetir-lhes o ensinamento de que: sem o Reino de Deus instaurado estaríamos, todos, condenados.
Lembro aqui de um fato em minha vida. Fui testemunhar numa Vara Criminal, em favor de um amigo que tinha cometido, junto com seu chefe, crime de peculato. Não entrando no mérito desta questão, lembro que vi uma cena que não esqueço. O chefe estava algemado e encontrou com o filho no corredor do prédio, uma criança com seus sete/oito anos de idade, o qual balançando a cabeça, como quem não estava acreditando no que estava vendo, correu chorando para abraçar o pai e este, também chorando, não pôde abrir os braços para abraçá-lo. Saí do Fórum me perguntando por que isto aconteceu? A resposta que encontrei foi: falta de Deus.
E agora me volto para os dias de hoje. O que temos? O que será que está acontecendo? Aumenta o uso de drogas, aumenta a criminalidade, falta de consideração, falta de respeito. Não encontro outra resposta. É a mesma. FALTA-NOS DEUS.
Agora vejo os ensinamentos de Cristo aos apóstolos e o deles para nós.

"Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda a criatura!"
Não é para ficarmos parados. Temos que anunciar Cristo, O Messias, O Salvador, para todos em toda parte. Se não fizermos isto é porque não cremos e assim seremos condenados, desde agora, a vivermos uma vida de infelicidades. Mas se crermos, se anunciarmos e pregarmos a Boa Nova de Cristo com palavras e ações com certeza os venenos e as cobras desta vida não nos farão mal.
Devemos lembrar também do que Pedro nos deixou em sua carta. Cantemos a Glória do amor de Deus com humildade. Sabendo que "Deus resiste aos soberbos".
Não podemos ficar parados (sem evangelizar), pois a cada Cristo negado nesta vida, muitos são condenados e entre estes poderemos estar, se calarmos.
Entendo agora o que Paulo falou aos corintos. "Anunciar o evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho" I Cor. 9,16.

uhop@hs24.com.br




MEIO AMBIENTE

Da Rio+20 à Rio-20? Das águas cristalinas para as águas poluídas


“Não podemos ficar esperando que os governos resolvam; nem esperar que as grandes corporações apresentem a solução... Eles só almejam competir (não cooperar) e depredar o que falta para chegar a ser a primeira potência e economia do mundo”.

Das águas cristalinas...

Uma semana antes de começar a Conferência Rio+20, retornamos de uma busca por vestígios de indígenas isolados numa remota região da Amazônia brasileira. Na expedição fomos juntos com os companheiros do Cimi e alguns indígenas Sateré-Mawé e ribeirinhos que conheciam a região. Subimos rios e arroios até as nascentes, entramos na mata profunda, regiões belíssimas de cascatas de águas cristalinas e de mata virgem, com árvores enormes que necessitavam de até oito homens de abraços abertos para rodeá-las. Tudo estava cheio de vida, de beleza, de sacralidade, dos espíritos da mata e das águas... Comíamos das frutas, animais e pescados que a natureza diariamente nos oferecia... Somente levamos um saco de farinha de mandioca (“o pão amazônico de cada dia”)...
Entramos em arroios que nunca antes haviam sido atravessados pelos “brancos”; não havia um só tronco ou galho cortado com motosserra, machado ou facão... No entanto, encontramos um “yvyrá kyhá” (ponte de árvore) e uma trilha estreita, porém limpa e bem marcada, com ramos cortados a mão... Sinais claros de que ali vive “outra gente”, com outra relação com a Mãe Terra...

Para as águas poluídas...

Terminado esse percurso, retornamos para nossas palafitas no bairro Arthur Bernardes, centro de Manaus (2 milhões de habitantes). O barco nos deixou no porto e um vizinho nos recolheu do carril do barco para o carril de nossas casas (literalmente falando, pois o rio está cheio e há quatro metros de profundidade abaixo de nossas palafitas). Nosso itinerário nos fez esquecer o pastoso cheiro de podre dos arroios de Manaus, onde são despejados todos os esgotos e lixo...
O arroio que passa pelo nosso bairro é o Cachoeira Grande (Cascata Grande). Os antigos moradores, que aqui vivem, dizem que 20 anos atrás (“Rio 92”) eles próprios pescavam, lavavam roupa e tomavam banho... Agora, com 20 anos a mais de desenvolvimento capitalista, é terrível viver aqui. Hoje, o arroio está totalmente contaminado, com uma nata de lixo flutuando e fermentando, o esgoto de toda esta área urbana (com uma superpopulação) vai diretamente para a água, com nuvens de mosquitos... Quando demora dois ou três dias para chover, a água fica empoçada e negra, liberando bolhas de metano, da matéria orgânica decomposta, que se solta de um fedor pastoso insuportável... Entretanto, em meio a tanto “desenvolvimento de morte”, a vida resiste e 1.500 pessoas lutam com dignidade pela sobrevivência, por condições de vida mais justas.

A novidade da “mata” e dos “selvagens”...

Não é que o Governo brasileiro se importe muito com tudo isto... Move-se e faz algo somente com a pressão social... Para o atual modelo de desenvolvimento econômico do Brasil (PAC – Programa de Aceleração do Crescimento), de obras e megaprojetos a qualquer custo socioambiental, os povos tradicionais da Amazônia sobram... São considerados um impedimento para o desenvolvimento. Um impedimento para que o Brasil deixe de ser a sexta potência econômica e passe a ser a terceira e quem sabe um dia, a primeira... Não importa se despoja seus pequenos países vizinhos: Paraguai, Bolívia, Peru, etc.
O problema é que, em nível mundial, essa lógica não é mais viável. A Mamãe Terra já não suporta a “corrida economicista”, em que todos nós exploramos mais e mais os recursos naturais, para conquistar os primeiros postos na economia mundial.
Na Conferência Rio+20, os governos mais poderosos e as grandes corporações econômicas tentaram vender para a humanidade a “Economia Verde”, os Créditos de Carbono (REDD), etc. Buscaram manter o sistema em que alguns continuam depredando e acumulando, com este “capitalismo verde”, enquanto outros ficam atrofiados... A lógica depredadora do sistema se mantém e até se retrocede em relação às posições da Rio 92... Como destacaram muitos grupos sociais da Cúpula dos Povos, seria melhor chamar a conferência de Rio-20, devido o enorme retrocesso e as propostas (suicidas e insustentáveis) que as grandes potências almejam impor à humanidade e o planeta...
Todas as grandes revoluções e novidades na história da humanidade vieram de baixo e não de cima, de fora e não de dentro, das periferias e não do centro, do “selvagem” e não do “domesticado”, dos povos indígenas e tradicionais que mantém relações de reciprocidade com a Mamãe Terra... Assim, também, a nota de esperança na Rio+20 veio, não da Cúpula e Conferência Oficial, mas, da Cúpula dos Povos, com suas propostas alternativas e de mudança do sistema global...
Nesse parto histórico, todos nós, os povos, todos os homens e mulheres do mundo, precisamos fazer primeiro essa revolução interna coerente com um planeta de recursos limitados. Uma revolução pessoal, familiar, comunitária e social contra o consumismo, e a favor de uma “austeridade universalizável”. Todos nós temos que conscientemente nos engravidar e empurrar, lutar e pressionar, para que seja parido um novo projeto histórico de vida, para todos e para amanhã, para a humanidade e para toda a vida do Planeta.
Se todos nós não nos engravidarmos e conduzirmos este parto histórico, na Rio+40 restarão na Amazônia e no planeta águas cristalinas? Ou a maior parte das águas e do ar estarão contaminados? Depende de nós, do compromisso de cada um e cada uma, do compromisso de todos os povos do mundo, unidos na grande sinfonia em favor da vida! Não podemos ficar esperando que os governos resolvam; nem esperar que as grandes corporações apresentem a solução... Eles só almejam competir (não cooperar) e depredar o que falta para chegar a ser a primeira potência e economia do mundo... A solução está no coração e decisão de cada um, no “coracionar” de todos a favor da vida.

Autores: Fernando López e Arizete Miranda
Fonte: Unisinos



MOMENTO DE REFLEXÃO

O capítulo 16 do livro do Gênesis conta que Abraão teve um filho com a sua escrava, chamada Agar. Naquele tempo era permitida a poligamia. Mas a esposa de Abraão, Sara, não gostou nada da história. Foi só a criança nascer, ela expulsou Agar de sua casa.
Agar pegou o filhinho e saiu, sem rumo, pelo deserto. Levou apenas um corote de água e um pouco de comida, o que ela podia carregar.
Depois de muito caminhar, a água acabou e a comida também. Naquele calor do deserto, onde só se via pedra e areia quente, o menino começou a chorar de sede. Agar então perdeu a esperança. Colocou o bebê sobre uma pedra e retirou-se a uns cem metros, a fim de não vê-lo morrer. Lá, ela se sentou em uma pedra, cobriu o rosto com as mãos e começou a chorar.
Nesta hora, um anjo do Senhor lhe apareceu e disse: “Que moleza é esta, Agar! Você ainda tem forças! Pegue o menino, ande mais um pouco e encontrará água!”
De fato, ela pegou a criança e, andando mais um pouco, já avistou um poço. Foi lá, deu água para o bebê e ela também tomou à vontade, salvando os dois.
Este menino se chamava Ismael. Ele cresceu e tornou-se o pai de um povo numeroso, os Ismaelitas, que existe até hoje e é uma parte do povo árabe.
A certeza do amor de Deus acaba com o nosso desânimo.
Maria Santíssima encontrou também muitas pedras, e até barreiras em seu caminho. A primeira veio logo na Anunciação: “Como acontecerá isso, já que eu não convivo com um homem?” (Lc 1,34). Mas o anjo logo retirou essa pedra: “O Espírito Santo descerá sobre ti...”
Quando S. José queria deixá-la, foi outra pedra no seu caminho. Mas Deus interveio e, através de um sonho, anunciou a José a sua sublime vocação de pai adotivo.
As sete dores de Maria foram sete pedras, e foram todas removidas. Vamos pedir a ela que nos ajude também a remover todas as pedras que aparecerem em nosso caminho.




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