Terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Santo Alexandre
“Nós apreciamos o calor porque já
sentimos frio. Apreciamos a luz porque já estivemos no escuro. Como prova do
que digo, podemos experimentar a felicidade porque já conhecemos a tristeza.”
(David l. Weatherford)
EVANGELHO DE HOJE
Mt 23,1-12
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 1Jesus falou às
multidões e aos seus discípulos e lhes disse: 2“Os mestres da Lei e os fariseus
têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e
observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não
praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles
mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo.
5Fazem todas as suas ações só para
serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura,
na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas.
6Gostam de lugar de honra nos banquetes
e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças
públicas e de serem chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar
de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não
chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é vosso Guia, Cristo. 11Pelo
contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar
será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
Já perdi as contas quantas vezes
ouvi alguém dizer ou afirmar que os “piores estão dentro da igreja”. De fato
estão e talvez também não estejam, depende do critério que adotamos. No entanto
independentemente do critério, em ambos os casos, temos os piores exemplos.
Sim! Temos os piores exemplos em
ambas as pontas. Veja! Piores exemplos e NÃO piores pessoas.
Os piores exemplos dos “de fora”
(…)
Quem não esta na igreja e vê esse
fato como vitória sobre quem tem um gosto diferente; quem ofende ou trata
alguém diferenciadamente porque tem uma postura ou valores cristãos; quem caçoa
ou ridiculariza o filho que quer ser coroinha, acólito ou seguir uma vocação
religiosa; quem incentiva a outros (namorados, amigos, parentes) a se
afastarem; quem só procura a benção da igreja movida por medo, status ou
visualização social, ou seja, aqueles que só vão a igreja em datas festivas ou
de profunda tristeza (casamento, sétimo dia, formaturas, batizados) e ainda
ficam olhando no relógio “doidos” para ir embora. Que usam a catequese como
babá dos seus filhos para poder ficar em casa assistindo futebol, (…).
“(…) Eu não me envergonho do
evangelho, pois ele é a força salvadora de Deus para todo aquele que crê,
primeiro para o judeu, mas também para o grego. Nele se revela a justiça de
Deus, que vem pela fé e conduz à fé, como está escrito: “O justo viverá pela
fé”. Ao mesmo tempo revela-se, lá do céu, a ira de Deus contra toda impiedade e
injustiça humana, daqueles que por sua injustiça reprimem a verdade. Pois o que
de Deus se pode conhecer é a eles manifesto, já que Deus mesmo lhes deu esse
conhecimento. De fato, as perfeições invisíveis de Deus — não somente seu poder
eterno, mas também a sua eterna divindade — são claramente conhecidas, através
de suas obras, desde a criação do mundo. Portanto, eles não têm desculpa:
apesar de conhecerem a Deus, não o glorificaram como Deus nem lhe deram graças.
Pelo contrário, perderam-se em seus pensamentos fúteis, e seu coração insensato
se obscureceu”. (Romanos 1, 16-21)
Os piores exemplos dos “de
dentro” são os narrados por Jesus no Evangelho de hoje.
Aquele que “vira dono da igreja”;
que faz acordos para se eleger coordenador de um movimento ou pastoral; que só
participa visando criticar; que afasta as pessoas; que implica por tudo e por
coisas pequenas; que cobra regras, mas não as segue; que punem a comunidade por
orgulho; que não vê seus próprios defeitos; que fazem da homilia um desabafo;
que toca pensando que é show; que fala mais que o padre; (…). Engraçado! Toda
boa comunidade tem desses tipos “pitorescos”
Mas será que são os piores? Não,
não são! Como também não são aqueles que são criticados por esses “santos”.
Apesar de estarem equivocados
quanto à forma de conduzir sua vida em relação aos outros, são pessoas que
ainda buscam ficar do lado certo. O “dono da igreja” me lembra o namorado que
de tanto amor “morre” de ciúmes da namorada. Não quer que ninguém converse com
ela e tawls. É estranho, amor demais que vira ciúme! Só ele (a) esta certo; só
ele (a) resolve… (risos), só ele será salvo.. É um tremendo contra censo com a
mensagem de hoje. “(…) Entre vocês, o mais importante é aquele que serve os
outros. Quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será
engrandecido”.
Quantas vezes já nos pegamos
fazendo algumas dessas situações também? Quaresma é um tempo propício para
rever posturas… Reflitamos a primeira leitura
“(…) Lavai-vos, purificai-vos.
Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal!
Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa
do órfão, defendei a viúva”. (Isaias 1, 16-17)
Um imenso abraço fraterno!
VIDA SAUDÁVEL
Existem cores que acalmam?
Especialistas têm consistentemente mostrado
que as cores influenciam o sistema nervoso autônomo, causando modificações na
freqüência cardíaca, respiração, ativação cortical, nível de tensão muscular, entre
outras funções.
Seu uso pode também alterar as emoções. Por
exemplo, ao contrário do vermelho, o azul produz calma. Ele é usado para
diminuir a agressividade das pessoas, na redução de hipertensão, no tratamento
da dor de cabeça tensional.
O vermelho é a mais densa das cores. Ele é
associado à agressão e à impotência, aumentando a tensão nervosa. O rosa é
usado para deixar a pessoa mais dócil. Cada cor tem suas qualidades funcionais
e sua escolha influencia também o nível de energia.
Existe relação entre depressão e dores musculares?
A pessoa deprimida tende a ter uma postura
mais desleixada. Geralmente ela se encolhe, tensionando os ombros, arqueando os
músculos da cervical e mantendo uma respiração mais superficial e rápida que
dificulta a oxigenação e a vascularização dos músculos. Esse comportamento
perpetua o desconforto muscular.
Toda pessoa deprimida sofre de estresse mas
nem toda a pessoa estressada sofre de depressão. Além disso, a pessoa deprimida
dificilmente se exercita regularmente, o que pode causar uma atrofia dos
músculos.
Recomendo a prática regular da respiração
diafragmática pelo menos duas vezes por dia, por aproximadamente cinco minutos.
Quando estiver respirando com eficiência, contraia e relaxe individualmente os
músculos do rosto e do corpo sempre respirando fundo. É igualmente importante
que pratique uma atividade física regularmente, que cuide da qualidade da sua
alimentação e que durma o número de horas que necessita para se manter
saudável.
Ana Maria Rossi/Isma-BR (http://saude.terra.com.br)
MOMENTO DE REFLEXÃO
Desde o tempo em
que eu era criança, meus pais me ensinaram a crer em Deus e a conhecê-lo. No entanto,
à medida que crescia, fui aprendendo que conhecer a Deus e ser um crente
professo não significava estar sempre livre de problemas e sofrimentos.
Aliás, houve uma
época em minha vida quando tive a impressão de que Deus me abandonara
totalmente. Aconteceu durante a Segunda Guerra, quando eu estava com apenas
vinte anos. AlIen, meu noivo, tinha vinte e um. Servia na artilharia, na
divisão denominada Timberwolf. Também era crente, e tínhamos feito o compromisso
de nos unirmos, e de amarmos sempre a Deus.
Quando ele partiu
para a guerra na Europa, uma parte dele ficou comigo. Deveríamos casar quando
ele voltasse. E orávamos para que a guerra terminasse logo.
Mas na Batalha de
Bulge ele foi mortalmente ferido.
Não existem
palavras que possam expressar a agonia que senti. Desde o início, desde o
primeiro dia em que nos conhecemos, ligamo-nos tanto um com o outro, que minha
impressão era de que sem ele a vida terminaria para mim. Não conseguia entender
como um Deus de amor pudesse me submeter a tal sofrimento.
Na noite em que
chegou a notícia da morte dele, caía uma chuva pesada, sombria. Incapaz de
conversar com quem quer que fosse, vesti minha capa, pus o chapéu, e sai a
caminhar sem rumo, sob a chuva, tentando libertar-me daquela terrível sensação
de perda, de desespero. Mas não conseguia.
Não sei por quanto
tempo andei, nem aonde fui. Mas quando dei comigo, estava debruçada sobre a
ponte do rio que cortava nossa cidadezinha. Era uma velha ponte móvel, com uma
guarita na entrada, onde ficava o manobreiro que a elevava a fim de dar
passagem a embarcações. Sabia que ele estava ali, mas tinha certeza de que não
podia me ver, em meio à escuridão e à chuva.
Inclinei-me sobre o
parapeito e olhei para baixo, para as águas revoltas, que mal podia avistar ao
clarão difuso das luzes da cidade. Eu sempre vivera para Deus, procurando fazer
sua vontade em tudo, e agora Ele me traíra. Ah, se eu pudesse simplesmente passar
sobre o parapeito e cair na água escura... o êxtase do esquecimento... ficaria
afinal livre daquela dor. A agonia do afogamento não duraria mais que um breve
instante — nem de leve se comparava com a angústia que agora me rasgava o
coração. O Allen, pensei, Allen, Allen...
Não ouvira nenhum
ruído, mas, de repente, senti uma mão sobre meu braço.
— Vamos sair dessa
chuva, disse o manobreiro em voz branda.
Meio entorpecida,
deixei que me conduzisse para a guarita. Fez-me sentar numa das duas cadeiras,
e serviu-me um pouco de café da garrafa térmica. Achava-me possuída, dominada
pela dor; sentia-me como se fosse a própria dor personificada.
— Está uma péssima
noite para sair, observou ele.
Tinha tirado o
chapéu, mas não o reconheci. Não era um dos manobreiros que regularmente
ficavam ali. Era um homem de baixa estatura, de idade indefinível, e seus olhos
— os mais azuis e profundos que eu já vira — tinham uma expressão bondosa,
compassiva. Nunca o vira antes, mas senti que algo vinculava o espírito dele ao
meu.
Comecei a chorar, e
ele ficou sentado ali, do outro lado da mesinha, sem falar nada. O mais
curioso, porém, era que seu silêncio não me parecia estranho. Ele também não me
parecia um estranho.
A alguma distância
rio abaixo, soou três vezes o apito de uma embarcação. O homem pôs-se a
manobrar o mecanismo que elevava a ponte. O barco passou e em seguida ela foi
recolocada no lugar.
Meus soluços já
haviam acalmado, e encontrei-me falando com ele sobre AlIen, abrindo o coração
para ele, como se o conhecesse a vida toda. Quando terminei, sentia-me
esgotada, exausta, mas aquela dor aguda, insuportável do sofrimento
desaparecera.
— Compreendo seu
sofrimento, disse ele com os olhos fixos em meu rosto.
Em seguida,
segurou-me as mãos.
— Pai, murmurou,
vem ao encontro da tua filha.
Ficou vários
minutos com a cabeça inclinada, em oração silenciosa. Depois disse:
— Venha, irei com
você até o outro lado da ponte. O Senhor vai ajudá-la a vencer esta situação.
Lembre-se disso.
Voltei para casa.
Ainda sofria, mas aquele terrível desespero havia abrandado. Agora sabia que
Deus não me tinha abandonado. Senti que já não me achava sozinha.
Alguns dias depois,
fui até o rio para conversar com o manobreiro. Queria dizer-lhe como estava
aprendendo a suportar melhor a morte de Allen, e agradecer-lhe pelo que fizera.
Mas ele não estava lá. Um outro homem estava de serviço, e descrevi-o para ele.
— Não sei a quem
está-se referindo, senhorita, disse ele. E olhe que conheço todos os
manobreiros que trabalham aqui.
— Foi aquela noite
que choveu muito, insisti.
— Sinto muito, mas
não sei quem estava de serviço àquela noite.
Nunca consegui
descobrir quem era aquele homem, e sei que nunca o conseguirei.
Mas sei Quem foi
que o mandou a mim.
- Irene J. Kutz, Conte
Comigo Deus.
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