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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Domingo 24/02/2013





Domingo, 24 de fevereiro de 2013
São Sérgio


"Não somos ricos pelo que temos, mas sim pelo que não precisamos ter." (Emmanuel Kant)



EVANGELHO DE HOJE
Lc 9,28b-36


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 28bJesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. 29Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante.
30Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. 31Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém.
32Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele.
33E, quando estes dois homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que estava dizendo.
34Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem.
35Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!”
36Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
“(…) Pedro e os seus companheiros estavam dormindo profundamente…”. Sinceramente é a primeira vez que me atento a esse versículo. Mas o que ele fez para chamar a minha atenção. Duas coisas:
Primeira…
Estamos caminhando para o dia dos pais, mas ainda vivendo a semana que comemoramos o dia do sacerdote. Como não trazer esse versículo a uma realidade tão próxima: Quantos “Pedros” estão por ai, ao nosso redor, dormindo profundamente? Quantos estão, e não sabem, rodeados ou cercados da graça, mas nuvens de medo e descompromisso os fazem perder de vista o reino?
Falo de Jovens, adultos, senhores (as) de idade que sentem profundamente o chamado ao serviço missionário ou até mesmo sacerdotal em suas vidas, mas não conseguem ter a devida coragem para lançar-se?
Lembro-me da minha juventude, e minha esposa bem sabe disso, que se não fosse o chamado concreto ao matrimônio, eu estaria engajado numa comunidade de vida ou numa expedição do tipo “ médicos sem fronteiras”, Aquela música do Nelsinho Correa que dizia “eu sou impulsionado, a desbravar o novo mundo” me motivava por demais a acreditar que era isso que Deus queria pra mim. Não foi, mas Ele sabe que eu iria!
Quantos por ai, Deus também sabe, mas ainda não despertaram? Jesus transfigura-se a sua frente, mas como Pedro, sugerem ficar onde é seguro, tranqüilo, onde tem domínio da situação (….). Relendo então a passagem de hoje, rogo a Deus que consigam acordar a tempo de vê-lo e contemplar de mais perto, pois além dos nossos muros, nossas comunidades, nossas paróquias, dioceses, Deus se revela, ou se transfigura na imagem de Irmãos e irmãs que precisam de nós.
Segunda…
“(…) Eram Moisés e Elias, que estavam cercados por um brilho celestial. ELES FALAVAM COM JESUS A RESPEITO DA MORTE QUE, DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS, ELE IA SOFRER EM JERUSALÉM”
Jesus, onisciente de tantas coisas, parecia desconhecer, algo propositalmente prescrito pelo Pai, do que ainda iria lhe acontecer. Deus sabia do sentimento humano que habitava em seu coração poupando-o até o momento este que lhe fosse revelado. Este fato não é novo, pois quando questionado sobre seu retorno, dizia que isso APENAS o Pai saberia dizer.
“(…) Em verdade vos declaro: não passará esta geração antes que tudo isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. QUANTO ÀQUELE DIA E ÀQUELA HORA, NINGUÉM O SABE, NEM MESMO OS ANJOS DO CÉU, MAS SOMENTE O PAI”. (Mateus 24, 34-36)
Esse método ou pedagogia divina permitia que Jesus não ficasse preso a planejamento ou a planos futuros, pois como APENAS o Pai saberia a hora, procurava aproveitar ao máximo a companhia das pessoas. Assim também o vocacionado evita traçar planos para poder se dedicar ao que foi chamado: as pessoas
Nós, homens e mulheres, amamos fazer planos do que seremos e o que gostaríamos de ter, prova é o quanto gostamos de fazer crediários em lojas, cartões de crédito… Amamos planejar férias, festas, eventos, (…), mas paramos pouco para deixar que Deus nos faça uma proposta.
“(…) Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: – Por que estais todo o dia sem fazer nada? Eles responderam: – É porque ninguém nos contratou. Disse-lhes ele, então: – Ide vós também para minha vinha“. (Mateus 20, 6-7)
Como hoje, algo me chamou atenção, será que algo chamou também a sua?
Rezemos para que Deus ilumine as vocações!
Um imenso abraço fraterno!




MUNDO ANIMAL

Superpopulação de animais de rua é coisa séria.


O animal que vive na rua só tem como opção de comida o lixo e de bebida a água suja do meio-fio. Ele contrai e transmite doenças, adquire bicheira, ferida, sarna, carrapato, pulga. Sofre maus-tratos, sente frio, fome, medo e tristeza. Se for fêmea, duas vezes por ano estará prenha e parindo os filhotes em qualquer barranco ou buraco. Esses filhotes darão início a uma sobrevida na rua, e em 6 meses os filhotes do sexo feminino estarão parindo novas ninhadas. A cria de uma única cadela cresce numa curva exponencial. Em 10 anos ela pode ter mais de 80 milhões de filhos, netos e bisnetos.
Mas você deve estar se perguntando: “Como um casal pode gerar 80 milhões de filhos, netos e bisnetos em tão pouco tempo e nós não vivermos com cães e gatos sobre nossas cabeças?”
Infelizmente precisamos considerar que grande parte dos filhotes morrerá, por exemplo:
1- no nascimento ou com poucos dias de vida, pela exposição ao tempo, ao frio, ao calor ou chuva;
2- por fome, devido a disputa desesperada pelos poucos recursos de alimento da mãe;
3- de alguma doença de nascença, provavelmente adquirida pela mãe nas ruas;
4- atropelados ou perdidos ao tentar andar atrás da mãe;
5- maltratados ou gravemente feridos pela população dos arredores, quando provavelmente agonizarão até morrer;
6- assassinados (afogados, envenenados, sufocados, queimados, amarrados em sacos e jogados embaixo de carros ou em ribanceiras) por pessoas que não têm compaixão e não querem mais animais em sua área;
7- após os meses iniciais nas ruas, por desidratação, inanição, doenças, e diversos tipos de crueldades.
Mesmo com tantas perdas de filhotes e jovens, uma parte dos animais continua tentando sobreviver nas ruas. A média de vida de um animal abandonado é de apenas 4 anos, muito pequeno se comparado aos 15 anos que poderia viver se tivesse um lar adequado.
Diariamente vemos animais filhotes, adultos e idosos em situação de abandono e de sofrimento. Perguntamos-nos porque um animal indefeso e sozinho precisa passar por tanto sofrimento quando tudo isto poderia ser evitado com a esterilização/castração.
Seja você também um defensor da causa animal:
Não compre! ADOTE um animal retirado das ruas!
Castre o seu animal!

Texto adaptado de: http://www.acaoanimal.com.br/




MOMENTO DE REFLEXÃO                                                                          


Acompanhei a enfermeira corredor abaixo, mas sentia-me meio desanimada. Era uma tarde quente e úmida, o ar cheirava a remédio. De repente, tive vontade de não ter ido até ali. Uma hora antes, tinha-me convencido de que precisava trabalhar mais para o Senhor. Telefonara para o asilo de velhos, para saber se havia alguém ali que nunca recebia visitas.
Agora entrávamos em um quarto, e a enfermeira disse com voz alegre:
— Agnes, trouxe uma visita para você.
Deitada no leito, estava a velhinha mais feiosa que eu já vira. Seu rosto era muito enrugado, a pele amarelada, e quando falou, notei que só tinha dois dentes de resto.
— Você é do Serviço Social? indagou.
— Não. Só vim fazer-lhe uma visita.
— Mas você não me conhece.
— Agora já conheço. Meu nome é Linda. Como está passando hoje?
— Não estou muito bem.
— Então fique bem quietinha aí, que vou ler para você.
— O que você vai ler?
— A Bíblia.
— Ué, já é Natal?
— Não, por quê?
— Porque no Natal sempre vêm pessoas aqui que leem a Bíblia para mim. Depois vão embora e dizem que voltarão qualquer dia, mas nunca mais voltam. Pensei que você fosse uma dessas pessoas da igreja.
Então pus-me a ler a Bíblia, e ela pareceu gostar muito da atenção que lhe dei. Resolvi, não sem certa relutância, que iria esforçar-me para voltar ali.
Da outra vez, trouxe-lhe alguns bombons. Gostou demais, apesar dos dois dentes. Nas outras visitas que fiz, levei-lhe flores de meu jardim, cartões que meus filhos confeccionavam para ela e um laço de fita para o cabelo.
Às vezes dava uma passada rápida, para um breve bate-papo. Aos poucos, Agnes começou a interessar-se pela minha família. Então levei meu marido e os três filhos adolescentes para visitá-la. E continuei a ler a Bíblia para ela, poucos versos de cada vez.
Quando fiquei sabendo que estava para morrer, procurei passar mais tempo em sua companhia.
Certo dia, estava lendo o capítulo quatorze de João: “Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou preparar-vos lugar...” Quando ergui o rosto, vi que seus olhos estavam fechados, então comecei a afastar-me na ponta dos pés.
— Espere! disse ela. Volte aqui.
— Estou aqui, Agnes. O que é?
— Linda, falou ela, será que Jesus está mesmo preparando um lugar para mim no Céu?
— Se você crer nele, Agnes, está. E você crê, não crê?
— Agora, creio. E sei que Ele me ama. Você e sua família me mostraram isso.
Peguei na mão dela e dei-lhe um leve aperto.
— Como assim, Agnes? indaguei. Como foi que mostramos?
— Você voltou, respondeu simplesmente, e caiu no sono.

- Linda Schiwitz, Conte Comigo Deus.


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