Quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
São Cirilo e São Metódio
“A esperança é
como o sol, conforme avançamos em sua direção, a sombra do nosso fardo vai
ficando para trás! “(Samuel Smiles)
EVANGELHO DE HOJE
Lc 9,22-25
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 22“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos,
pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no
terceiro dia”.
23Depois Jesus disse a todos: “Se
alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me.
24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida
por causa de mim, esse a salvará.
25Com efeito, de que adianta a um homem
ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?”
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
“(…) O verdadeiro discípulo de
Jesus é aquele que vive como o próprio Jesus e faz dele o modelo de sua vida.
Jesus nunca viveu para si, mas sempre viveu para o Pai e para os seus irmãos e
irmãs, fazendo do seu dia a dia um serviço a Deus e ao próximo. A exemplo de
Jesus, nós devemos passar por esse mundo não para buscar a satisfação dos
nossos interesses e necessidades, mas para deixar de lado tudo o que nos impede
de ir ao encontro de nossos irmãos e irmãs que precisam de nós, da nossa
presença e do nosso serviço, e que também nos impede de ir ao encontro do
próprio Deus para vivermos com ele a sua vida”. (Reflexão proposta pela CNBB)
Ontem apresentávamos aqui uma
situação: “A quaresma só terá valor se ao final acontecer uma tomada de atitude
interior” e que, simbolicamente as cinzas de ontem, nos revelam o quanto é
transitória nossa vida para desperdiçarmos em coisas tão pequenas. Existe uma
grande promessa embutida para aqueles que sabem e de vontade própria sabem
renunciar
“(…) Se alguém quer ser meu
seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia para
morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios
interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si
mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o
mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira e ser destruído?”.
Mudar requer de fato atitude.
Nesse evangelho Ele diz “pronto cada dia para morrer…”; em outros trechos o
Senhor revela a intensidade que devemos nos empenhar nessa procura. Nem pouco e
nem além de nossas forças, mas empenhando tudo que temos, ao máximo. A promessa
se cumprirá (…).
“(…) Disse-lhe Jesus: Que está
escrito na lei? Como é que lês? Respondeu ele: Amarás o Senhor teu Deus DE TODO
O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA ALMA, DE TODAS AS TUAS FORÇAS E DE TODO O TEU
PENSAMENTO (Dt 6,5); e a teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18). Falou-lhe
Jesus: Respondeste bem; faze isto e viverás”. (Lucas 10, 26-28)
Ainda não consegue ver a
promessa? O esforço esta muito ligado ao interesse.
Recebemos correntes por email
(hunf!) e por temor, rapidamente as repassamos a outros; algumas pessoas
aproveitam a quaresma para deixar nos bancos ou nas portas das igrejas cartas
com simpatias (…), quem nunca viu disso? Simpatias e crendices prometem, aos
que acreditam, resultados sem mudança de comportamento contrapondo assim com o
que se deseja para esse período.
Esses dois exemplos refletem bem
o quanto, na essência, somos medrosos e descrentes, pois damos valor a coisas
que nada fazem, por medo. Se tivéssemos o mesmo empenho, no entanto por fé, em
mudar ou acreditar, veríamos a graça acontecer.
O tempo quaresmal é muito
propício para leitura e reflexão; tempo para diminuir os ruídos dentro do nosso
coração e os que provocamos com nossas decisões também; é um tempo de
valorização do silêncio em detrimento ao barulho e diferentemente do que possam
pensar, não é um tempo “morto’ e sim reflexivo. Um tempo em que encontramos
mais silêncio durante a missa; tempo onde se ocultam as imagens, visando nos
focar na cruz; um tempo momento que lembra paz; que lembra família…
Lembremo-nos da leitura de ontem
“(…) ‘Pois agora, então — oráculo
do SENHOR — voltai para mim de todo o coração, fazendo jejuns, chorando e
batendo no peito! RASGAI VOSSOS CORAÇÕES, NÃO AS ROUPAS! VOLTAI PARA O SENHOR
VOSSO DEUS, POIS ELE É BOM E CHEIO DE MISERICÓRDIA! É manso na raiva, cheio de
carinho e retira a ameaça!’ Quem sabe ele volta atrás, tem compaixão e deixa
para nós uma bênção! Poderá haver, então, oferendas de trigo, nem faltará vinho
para a libação em honra do SENHOR vosso Deus. Tocai a trombeta em Sião,
convocai para um jejum, reuni a assembléia, reuni o povo, organizai a
comunidade, ajuntai os mais velhos, reuni os jovens e as crianças de peito, o
jovem esposo saia do quarto, a jovem esposa deixe o aposento”. (Joel 2, 12-16)
Já consegue ver a promessa?
Um imenso abraço fraterno!
MEIO AMBIENTE
O que fazer com tanto lixo?
Por: Patrícia Blauth*
O destino do lixo é um dos maiores problemas das
cidades. Do lixo que chega a ser coletado no Brasil, mais de 75% é despejado em
lixões, onde não recebe nenhum tratamento que diminua seu impacto no ambiente.
Aí gera poluição do solo, da água subterrânea e do ar, degrada a paisagem e
atrai uma população enorme de pessoas excluídas do mercado de trabalho -
estima-se que um milhão de pessoas vivam da catação de resíduos nas ruas e nos
lixões brasileiros! Na cidade de São Paulo, que não possui lixões
"oficiais", mas aterros sanitários, o problema persiste. Considerando
a lenta degradação (lenta mesmo!) dos resíduos, o lixo vai ocupando rapidamente
todo o espaço disponível. Em pouco tempo não caberá mais lixo nos nossos dois
aterros! E a cidade não possui muitas áreas disponíveis onde despejar o lixo
gerado - mais de 1 kg por pessoa por dia!
O que fazer, então, com tanto lixo? Se
analisarmos atentamente, veremos que é basicamente um conjunto de coisas boas
no lugar errado. Nesse sentido, aumentam as iniciativas de separação de
resíduos para reciclagem e/ou compostagem, ou seja, alternativas que tratam os
resíduos não mais como lixo, mas como matéria-prima passível de recuperação.
Programas de coleta seletiva, do poder público e de entidades da sociedade
civil, inclusive de cooperativas de catadores (cada vez mais organizadas no
país), vêm contribuindo sobremaneira para diminuir o lixo, com benefícios
ambientais, sociais, educativos e econômicos.
Reciclar resíduos, porém, é como "limpar
o leite derramado", uma tentativa de devolver ao ciclo produtivo os recursos
que extraímos do ambiente, muitas vezes de modo excessivo e irracional. Além
disso, convém lembrar que a reciclagem envolve processos industriais, que
consomem água e energia, e também poluem. Sem contar que muitos materiais
descartados não são técnica ou comercialmente recicláveis no país. O que
podemos fazer, por exemplo, com o isopor?
Além de pensarmos num fim para o lixo,
precisamos considerar, seriamente, seu começo. Isto é: de onde vem tanto lixo?
Tudo o que usamos é realmente necessário? Documentos "ambientais",
como a Agenda 21, apontam que a diminuição da quantidade de lixo depende da
adoção de alguns passos básicos - os três Rs - na seguinte ordem:
1) redução no consumo e no desperdício;
2) reutilização de produtos, e (por último)
3) reciclagem de materiais.
Reduzir o consumo - evitar a produção de lixo
- certamente não é fácil na nossa sociedade urbano-industrial, em que o avanço
tecnológico, a propaganda e, fundamentalmente, a desagregação das relações
familiares e comunitárias contribuem para um estilo de vida fortemente
consumista. Mas esse desafio deve ser enfrentado se quisermos uma sociedade
efetivamente sustentável, num planeta com recursos preciosos e finitos. Pois,
como me disseram uma vez: "reciclar é pedir desculpas à natureza, enquanto
reduzir é não ofender em primeiro lugar".
Patrícia
Blauth é bióloga e consultora de educação e resíduos sólidos Fonte: Revista
Senac.sp – www.sp.senac.br
MOMENTO DE REFLEXÃO
Ele era um homem
forte que estava enfrentando um inimigo muito mais forte.
Sua jovem esposa
ficou gravemente enferma e Faleceu, deixando o homenzarrão sozinho e uma filha
loirinha, de olhos grandes, que ainda não havia completado cinco anos.
A cerimônia fúnebre
na pequena capela da cidade foi simples e carregada de dor. Após o sepultamento
no pequeno cemitério, os vizinhos do homem reuniram-se ao redor dele.
— Por favor, venha
com sua filha passar alguns dias conosco — disse alguém. — Vocês não devem
voltar para casa ainda.
Mesmo diante de
tanto sofrimento, o homem disse:
— Obrigado, meus
amigos, pela oferta generosa. Mas nós precisamos voltar para casa. Minha filhinha
e eu precisamos enfrentar esta dor.
Assim, o
homenzarrão e a menina voltaram para casa, que agora parecia vazia e sem vida.
O pai colocou a cama da filha em seu quarto, para que eles pudessem passar
juntos a escuridão da primeira noite.
Os minutos passavam
lentamente, e a menina estava tendo grande dificuldade para dormir... a mesma
de seu pai. O que pode afligir mais o coração de um pai do que ver uma criança
soluçando de saudades da mãe que nunca mais vai voltar?
A menina continuou
a chorar noite adentro. O homem esticou o braço para tentar consolá-la da
melhor maneira possível. Após alguns instantes, a menina conseguiu parar de chorar,
mas apenas por dó do pai.
Pensando que a
filha já estava dormindo, o pai olhou para cima e orou, com voz entrecortada:
Eu confio em ti, é Pai, mas... a noite está escura demais!
Ao ouvir a oração
do pai, a menina começou a chorar novamente.
—. Eu pensei que
você estivesse dormindo, querida — ele disse.
— Eu tentei papai.
Estava triste por você. Eu tentei de verdade.
Mas não consegui
dormir. Papai, você já viu uma noite tão escura assim? Por que, papai? Eu não
posso ver você. Está escuro demais.
— Em seguida, por
entre as lágrimas, a menina disse baixinho:
— Mas você me ama
mesmo quando está escuro, não é verdade, papai? Você me ama mesmo quando eu não
posso enxergar você, não é verdade, papai?
Como resposta, o
homem pegou a filha da cama com suas mãos enormes, colocou-a de encontro ao
peito e segurou-a carinhosamente até ela dormir.
Quando ela se
aquietou, o homem voltou a orar. Assumiu para si todo o choro da filha e o
transferiu para Deus.
“Pai, a noite está
escura demais. Não posso te enxergar. Mas tu me amas, mesmo quando está escuro
e eu não posso te enxergar, não é verdade, Pai?”
Naquelas horas tão
tenebrosas, o Senhor o tocou dando-lhe novas forças para prosseguir. Ele sabia
que Deus continuaria a amá-lo, mesmo no escuro.
- Ron Mehl, Histórias
Para o Coração.
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