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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quarta-feira 04/05/2011



Quarta-feira, 04 de maio de 2011


“Certos pensamentos são como orações, há momentos em que, seja qual for a posição do corpo, a alma está, sempre, de joelhos.” (Victor Hugo)





EVANGELHO DE HOJE



Jo 3,16-21


De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem crê nele não será julgado, mas quem não crê já está julgado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus. Ora, o julgamento consiste nisto: a luz veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo o que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que suas ações sejam manifestadas, já que são praticadas em Deus.






MEDITANDO O EVANGELHO
Pe. Antônio Queiroz CSsR








Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele.
Neste Evangelho, Jesus nos apresenta o motivo da Redenção, por que ela aconteceu. Não partiu de algum mérito do ser humano, mas unicamente de Deus, do seu amor a nós. Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito.
Deus nos ama com um amor tão grande, que nem o pecado conseguiu estancar esse amor, ao contrário, o fez crescer ainda mais. “Acaso uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei!” (Is 49,15).
Jesus veio expressar com a sua vida, morte e ressurreição, esse amor de Deus por nós: “Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele. Devemos ver Jesus como o nosso melhor amigo, que vê o nosso lado bom e faz de tudo para que sejamos nesta vida e na outra.
Entretanto, “quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz”. Aí está a explicação de todos os males deste mundo e por que muitos não vão para o céu. Somos livres, e aqueles que praticam o mal preferem agir no escuro ou escondido, para que ninguém descubra suas más ações. Veja, por exemplo, os ladrões que sempre agem escondido. Ao evitar que os outros descubram o que fazem, os maus se condenam a si mesmos, pois mostram que sabem que suas ações são más.
Mas o amor de Deus por nós é maior que o nosso pecado. Por isso todos nós, santos e pecadores, podemos nos aproximar de Jesus com confiança, pois ele nos ama a todos com um amor misericordioso e infinito. Ninguém deve ter medo de Jesus, pois ele não para condenar, mas para salvar.
Quando somos amados por alguém, sentimos o desejo de retribuir. Amor com amor se paga. A nossa melhor retribuição é a obediência à sua Palavra e o engajamento cada vez maior na sua Igreja, una, santa, católica e apostólica.
Vamos, neste tempo pascal, acolher este presente de amor que Deus nos deu e nos deixar transformar por ele, o fogo do amor que veio ao mundo para queimar o pecado e purificar a prata.
Um dia, um senhor que estava viajando de carro do Rio para S. Paulo, entrou na cidade de Aparecida, comprou uma vela do seu tamanho, dirigiu-se à capela das velas no Santuário, acendeu a vela e fez a seguinte oração: “Senhor, eu precisava rezar muito aqui, mas não tenho tempo. Por isso, aceite as minhas preces, simbolizadas nesta vela, pela intercessão de N. Sra. Aparecida”. Colocou a vela no lugar apropriado e continuou sua viagem.
Foi uma oração simbólica, com toda certeza aceita e agradável a Deus. A vela era do seu tamanho porque era ele mesmo que ficava ali rezando, representado pela vela. Nós gostamos de usar símbolos, e Deus também gosta. A Bíblia é todinha cheia de símbolos.
Inclusive, a vela se parece com o cristão. Ambos se consomem para iluminar e servir o seu ambiente. Até as lágrimas da vela simbolizam as nossas lágrimas, na luta pelo Reino de Deus. O amor sempre custa lágrimas.
De um jeito ou de outro, nós precisamos rezar, e muito, a fim de não praticarmos obras más, afastando-nos da luz.
Maria Santíssima ajudou o seu Filho a executar o plano de amor de Deus Pai. Que ela nos ajude também a acolher com generosidade esse plano. Santa Maria, rogai por nós.
Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele.






MEDITANDO O EVANGELHO (2)
Alexandre Soledade

Bom dia!
Gostaria de trazer novamente um parágrafo da reflexão de ontem:
“(…) Sei que por maior ou melhor que sejam os argumentos ou exemplos que possamos dar a alguém, SEMPRE DEPARAREMOS COM UMA PAREDE CHAMADA LIVRE ARBÍTRIO. Sabemos também que o que chateia e desmotiva é a vontade que alguns tem de não ouvir e a outros de atrapalhar…“.
Sim, o livre arbítrio de fazer e ser o que for conveniente.
Somos de certa forma, “vítimas” dele, pois muitas decisões ou escolhas nossas nem sempre são as melhores ou as mais recomendadas, mas sobre elas somos protagonistas e não espectadores, pois temos o poder de realizá-las. São Paulo se preocupava muito com o livre arbítrio em suas cartas apostólicas.
“(…) Alguém vai dizer: Eu posso fazer tudo o que quero. Pode, sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: Posso fazer qualquer coisa. Mas não vou deixar que nada me escravize”. (I Coríntios 6, 12)
O filtro do livre arbítrio é a consciência dos fatos e de suas consequências a qual muitos chamam ou preferem chamar de SUPEREGO. Os filtros são representados pelos valores pessoais, condutas, opiniões, disciplinas, hábitos e tatos adquiridos pela convivência social nos relacionamentos interpessoais.
Não foi surpreendente ver no fantástico recentemente uma pesquisa feita em quatro capitais do Brasil sobre o respeito oferecido aos mais velhos dentro dos transportes coletivos. Pessoas que fingiam estar dormindo para não ceder o lugar RESERVADO AO IDOSO para o idoso. “(…) Deus mandou a luz ao mundo, mas as pessoas preferiram a escuridão porque fazem o que é mau”.
Nos contos de sabedoria do povo nordestino existe um ditado popular: “FARINHA POUCA, MEU PIRÃO PRIMEIRO!”. A farinha de mandioca é muito preciosa para quem vive na caatinga ou no agreste. Sertanejos que passam horas e horas na labuta e no sol se alimentam muitas vezes somente dela. Ela também é usada em pratos e em complementos na forma de PIRÃO. Essa mistura de farinha com água é muito apreciada em pratos com frutos do mar. No dizer popular, o filho, vendo que há pouca farinha em casa, já pede a mãe que ele seja o primeiro para que não fique sem. É o lema do instinto: Nós sempre em primeiro lugar.
Mas não é pelas coisas ocasionais que nossa consciência nos questionará, mas por atos pensados… Ou seja, o abandono voluntário dos bons valores que temos em causa própria talvez faça mais mal do que o mal que fazemos a nós mesmos somente. Entenda…
Os instintos primitivos que temos nos fazem abandonar os valores que cultivamos. Brigamos quando temos fome, sede, quando injustiçados…; defendemos “nosso território” quando queremos muito algo, quando estamos apaixonados, quando amamos, (…); dificilmente reconhecemos de imediato nossos erros, mesmo já sabendo que erramos; votamos em políticos que nos prometem emprego, fingimos que não sabemos de suas falcatruas; fazemos de tudo para nos proteger, ou seja, FARINHA POUCA, O MEU PIRÃO PRIMEIRO”
Se, por maior, “melhor” ou mais altruísta que possam ser os motivos para alguém abandonar seus valores para viver na penumbra, Deus é quem julgará. O Espírito Santo que habita em nós nos conhece e sabe nossas intenções mais secretas.
“(…) Mas foi a nós que Deus, por meio do Espírito, revelou o seu segredo. O Espírito Santo examina tudo, até mesmo os planos mais profundos e escondidos de Deus. Quanto ao ser humano, somente o espírito que está nele é que conhece tudo a respeito dele. E, quanto a Deus, somente o seu próprio Espírito conhece tudo a respeito dele“. (I Coríntios 2, 10-11)
Nesse momento, há dois mil e tantos anos atrás, onze homens ainda estão escondidos em casa. Os valores, aprendidos com o mestre, ficaram meio que escondidos por uma carapaça de medo. A vida só voltava ao normal nas aparições de Jesus e de sua paz.
Retiremos essas carapaças! Busquemos a verdade! Resgatemos nossos valores vencidos pelo egoísmo! Dividamos, mesmo que seja pouca, a farinha!
 “(…) os que vivem de acordo com a verdade procuram a luz, a fim de que possa ser visto claramente que as suas ações são feitas de acordo com a vontade de Deus”.
Um imenso abraço fraterno






CURIOSIDADES


Você sabia que...

1-O relâmpago é a luminosidade produzida quando a eletricidade é lançada de uma nuvem e o trovão é o som do relâmpago. A velocidade da luz é 100 mil vezes mais rápida que a do som; a luz viaja a 300 mil quilômetros por segundo, enquanto o som viaja a 345 metros por segundo, por isso é que vemos primeiro a luz, que é mais rápida, e depois vem o som, que não é tão veloz.


2-O  livro de mapas é chamado “atlas” porque esse termo vem do nome de um personagem da mitologia grega. Como punição por brigar contra os deuses, Atlas foi forçado a carregar o globo terrestre em seus ombros. Essa cena passou a ilustrar vários livros de mapas da antiguidade. Com o tempo, esses livros ficaram popularmente conhecidos como “atlas”.


3- A diferença entre Inglaterra e Grã-Bretanha é que a Inglaterra é uma das entidades políticas que formam o Reino Unido, do qual também fazem parte o País de Gales, a Escócia e a Irlanda do Norte. Com exceção da Irlanda do Norte, as divisões políticas que constituem o Reino Unido estão situadas geograficamente na Ilha da Grã-Bretanha.


4-Entre dizer  Antártica ou Antártida provavelmente o mais correto é Antártica. Ártico deriva do grego arktos - urso, por causa da constelação Grande Ursa, do Norte. O continente gelado do Sul, a Antártica, foi batizada de "oposta ao Ártico" (anti + arctico). Antártida, usada principalmente pelos países de língua espanhola, talvez seja uma associação com Atlântida, o reino perdido. No Brasil, a tendência é seguir a forma internacional Antártica.


5- O lago mais comprido do mundo é o Lago Tanganyika, na África. Ele possui 660 km de extensão e é também o segundo mais profundo do planeta, atingindo, em alguns pontos, 1.433 metros de profundidade.


6- O maior vulcão do mundo, denominado Mauna Loa, localiza-se no Havaí. Além dos 4 quilômetros de altura que se erguem sobre a superfície do mar, este vulcão guarda mais 6 quilômetros de profundidade sob as águas. Seu volume é de aproximadamente 42,5 km3.







MOMENTO DE REFLEXÃO



(...) Tudo o que existe precisa dormir. O simples existir cansa. A se acreditar nos poetas e nas crianças, até mesmo as coisas.
Minha filha de quatro anos, olhando os vales e montanhas que se perdiam de vista nos horizontes de Campos do Jordão, fez-me essa pergunta metafísica: “Papai, as coisas não se cansam de serem coisas?’
Fernando Pessoa teve suspeita semelhante e escreveu: “Tenho dó das estrelas luzindo há tanto tempo,  há tanto tempo... Tenho dó delas. Não haverá um cansaço das coisas, de todas as coisas, como das pernas ou de um braço? Um cansaço de existir, de ser, só de ser, o ser triste, brilhar ou sorrir..”
Ele, poeta, estava cansado. Olhava para as estrelas que luziam havia tanto tempo e tinha dó delas. Elas deveriam estar muito cansadas. Suas pálpebras jamais se fechavam. Seus olhos estavam sempre abertos, sem poder dormir jamais...
Pergunto-me então se não haverá um simples cansaço de viver. Será que não chega o momento em que a vida diz, das profundezas do seu ser, como um pedido de socorro aos que entendem sua fala:
“Estou cansada. Quero dormir o grande sono...?”
Os especialistas na arte da tortura descobriram que uma das técnicas mais eficazes e discretas para se obter a confissão de um torturado era a de impedir que ele dormisse. Assentando numa poltrona confortável, o prisioneiro espera. O tempo passa em silêncio, sem interrogatório. Vem o sono. As pálpebras pesam e querem se fechar. Mas alguém que o vigia o sacode para impedir que ele durma. E assim o tempo vai passando. O desejo de dormir vai crescendo, as pálpebras pesam até um ponto insuportável. Nesse momento, a necessidade de dormir é tão terrível que o prisioneiro está pronto para confessar qualquer coisa só para poder dormir.
 Foi coisa parecida que fizeram com a Eluana Englaro, mulher italiana com 38 anos de idade, dos quais 17 em vida vegetativa. Seu sono sem despertar dizia que ela desejava dormir. Mas os torturadores, a ciência, as leis e a religião lhe negavam esse direito. Obrigavam-na a continuar viva contra a vontade do seu corpo, que ansiava pelo grande sono. Ligaram seu corpo a máquinas que impediam que ela dormisse. Vivia mecanicamente.
Finalmente o direito de dormir lhe foi concedido. Fantasio que ela dormiu como uma criança, ouvindo a berceuse de Brahms.

Ruben Braga -“Folha de S.Paulo”, 17 de fevereiro de 2009.







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