Quarta-feira,
14 de junho de 2017
“O céu está
ao seu alcance. O inferno está a um
passo de você.”
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 5,17-19
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e
os Profetas”. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em
verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só
letra ou vírgula serão tiradas da lei, sem que tudo se cumpra.
19Portanto,
quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os
outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém,
quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.
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Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
O
povo, por longo período de anos, não teve a preocupação de documentar ou
guardar sua história em manuscritos ou outra forma concreta de arquivo ao não
ser o que era passado de boca a boca, de pai para filho. Apenas após a passagem
de Josias e Esdras, ouve uma preocupação em se compilar as tradições judaicas,
mas mesmo tendo sua história e normas guardadas no que chamaram de TORAH, a
tradição cultural continuava sendo passada de pessoa a pessoa.
Muitas
leis eram locais ou de interpretação conforme a localidade, realidade e
situação do povo, é o que popularmente chamamos de “cada caso tem um caso”. Por
vezes, as leis eram mais culturais do que escritas por Deus. Jesus aparece e
mostra que a lei continua correta, mas propõe que haja um NORTE na sua
interpretação, para que ela não fosse tendenciosa e usada de forma a oprimir,
ao invés de libertar e corrigir o seu povo. “(…) Não pensem que eu vim para
acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para
acabar com eles, MAS PARA DAR O SEU SENTIDO COMPLETO”.
Esse
sentido completo esta na presença de Jesus no meio deles. Se buscarmos a
passagem que diz que a fé sem obras é morta, Deus nos ensina e demonstra
através da vinda de Jesus que Ele é um Deus que vai além dos ensinamentos ou
das tábuas da lei, Ele é presente e sua presença é que torna completa a lei
“(…)
Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos como o Senhor
nosso Deus, sempre que o invocamos? E que nação haverá tão grande que tenha
leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos?
Mas toma cuidado! Procura com grande zelo não te esqueceres de tudo o que viste
com os próprios olhos, e nada deixes escapar do teu coração por todos os dias
de tua vida (Deuteronômio 4, 7-9a)
A
presença de Deus é que torna nossa pregação forte e ungida; Sua presença é que
dará sucesso às nossas obras inclusive em nossas pastorais. Não conseguirei
tocar o coração de ninguém com palavras lindas se não forem inspiradas por Deus
e aí que esta o grande diferencial do cristão e aquele que decora a passagem.
Deus
não habita no coração demagogo e prepotente e tão pouco naquele que usa da
palavra para promoção pessoal e receber “tapinhas nas costas”; Deus fica
ofuscado quando tentamos “aparecer” mais que sua presença ou quando fazemos a
superprodução esquecendo-nos da humildade que ainda encanta… Baseando-se nesse
meu breve argumento, será que é correto usar Deus nos discursos políticos ou na
justificação dos nossos erros?
Quantas
pessoas conhecemos que sua cristandade não vai além do belo discurso?
Uma
ação, uma mensagem, uma palavra se não tem a essência de Deus, não convence,
não exorta, não corrige, não alimenta… Qualquer ação cristã precisa ter sentido
completo. Se vamos trabalhar pra Deus, que seja mergulhando de cabeça; se vamos
falar em Seu nome, que seja de toda alma, de todo coração e com todas as nossas
forças.
Nosso
Deus é muito próximo. Tudo o que fazemos em Seu nome e por Ele, será abençoado.
Um
imenso abraço fraterno!
CURIOSIDADES
Curiosidades
do meio literário
O
escritor Wolfgang Von Goethe escrevia em pé. Ele mantinha em sua casa uma
escrivaninha alta.
O
escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim que ninguém o
tirasse do lugar.
Gilberto
Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer uma
televisão. Todas as obras foram escritas a bico-de-pena, como o mais extenso de
seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas.
Euclides
da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi engenheiro
responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo (SP). A obra
demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de inaugurada, a
ponte simplesmente ruiu. Ele não se deu por vencido e a reconstruiu. Mas, por
via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro.
Machado
de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem
como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e ainda era míope,
gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas,
Machado foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com
complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de
descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do
romance para a esposa, Carolina.
Graciliano
Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os
ensinamentos e os elementos de retórica. Por insistência da sogra, casou na
igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que a cerimônia
ficasse restrita aos pais do casal. No segundo casamento, com Heloísa, evitou
transtornos: casou logo no religioso.
Aluísio
de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e
pintar, sobre papelão, as personagens principais mantendo-as em sua mesa de
trabalho, enquanto escrevia.
José
Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e
chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953.
Aos
dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em
Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o professor de português.
Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe durante
anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e
tecidos. "Se não fizer isso, saio matando gente pela rua".
Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. "Experimentei, ficou
apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione,
amanhã lhe dou outra igualzinha."
Numa
das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta
Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e
esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel,
onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a
explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu horóscopo
pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.
Érico
Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também
escritor. Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o filho
respondeu quatro horas depois, quando chegavam à estação final.
Clarice
Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e
dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e
ir embora antes de a comida ser servida.
Monteiro
Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha
traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. "Para ele, era
licor", diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de
consertar tudo. "Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra."
Manuel
Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez anos,
numa viagem de trem. Puxou conversa: "O senhor gosta de Camões?"
Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre não lembrava. Na
velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história para impressionar
os amigos. Foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do Minas Tênis Clube,
ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo costas.
Guimarães
Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa.
Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas
fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se
culpado quando os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. "Não
tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue", conta Agnes, a filha mais
nova.
Mário
de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo
da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se
preocupava em vão. O escritor era homossexual.
Vinicius
de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo
apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para agüentar o calor, chupava
uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para ter sensação
refrescante na boca.
José
Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez de
elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não poderia
ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação.
Jorge
Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel
principal fosse dado a Sônia Braga. "Por quê?", perguntavam os jornalistas,
Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou todo
mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele
se levantou e, muito formal disse: "Muito prazer, encantado." Era
piada. Os dois nem se conheciam até então.
O
poeta Pablo Neruda colecionava de quase tudo: conchas, navios em miniatura,
garrafas e bebidas, máscaras, cachimbos, insetos, quase tudo que lhe dava na
cabeça.
Vladimir
Maiakóvski tinha o que atualmente chamamos de Transtorno Obsessivo-compulsivo
(TOC). O poeta russo tinha mania de limpeza e costumava lavar as mãos diversas
vezes ao dia, numa espécie de ritual repetitivo e obsessivo.
A
preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem tcheca
Franz Kafka usasse roupas leves e só dormisse de janelas abertas – para que o
ar circulasse -, mesmo no rigoroso inverno de Praga.
O
escritor norte-americano Ernest Hemingway passou boa parte de sua vida tratando
de problemas de depressão. Apesar da ajuda especializada, o escritor foi
vencido pela tristeza e amargura crônicas. Hemingway deu fim à própria vida com
um tiro na cabeça.
O
poeta português Fernando Pessoa tinha o hábito de escrever sob diversos
pseudônimos, cada um com um estilo e uma biografia próprios. Ente os
pseudônimos adotado estão Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Álvaro de Campos.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Ouvimos,
como motivação ou intenção de consolo, talvez mesmo um pequeno raio de
esperança, que Deus não nos dá a carga além da que podemos carregar.
É
assim que suportamos, passo a passo, os fardos que chegam a nós e as misérias
que ouvimos, previstas há séculos, às quais recebemos sempre como algo
surpreendentemente novo e assustador.
Não
sabemos como vai ser o amanhã, mas nos sabemos cabeças nuas e sujeitas ao que
vier. Não estamos preparados para a dor e desolação e jamais estaremos. Pés
calejados não suportam melhor os calçados apertados. É assim que, mesmo
"preparados" mal suportamos as cargas e com lágrimas as carregamos.
Sobrevivemos
a elas e os que não sobrevivem é por que os limites foram atingidos. Se a dor
vence a força é porque a paz estava no descanso eterno. Compreendemos mal essas
verdades; vivemos mal essas verdades e se não aceitamos, aprendemos o que
significa a resignação.
Grandes
tragédias sempre existiram. Guerras, enchentes, terremotos, pragas e pestes,
cidades inteiras destruídas já são citadas no Antigo Testamento... o que é
diferente nos dias atuais são os meios de comunicação que tornam tudo
imediatamente acessível, aos ouvidos e olhos. Se não sabemos, não sofremos; se
sabemos e não vemos, sofremos menos.
Nosso
amor a Deus não pode ser condicional ao que vivemos, por que o amor dEle não é
condicional ao que oferecemos.
Isso
não é uma palavra de consolo, nem uma pequena luz de esperança para o dia de
amanhã, mas uma verdade que nos conduzirá ao sentimento de paz e à vida eterna.
Se
as cargas são por demais pesadas e aparentemente insuportáveis e continuamos de
pé é que ainda temos um caminho pela frente, para viver e estender a mão aos
que carregam cruzes mais pesadas que as nossas.
Letícia
Thompson-
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