Domigo, 11
de junho de 2017
“Não tenhas
pressa – a paciência te ajudará a atravessar o momento de crise e os frutos do
amanhã serão proporcionais à tua paciência de agora.” (Hammed – As Dores da
Alma)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 3,16-18
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
De fato,
Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele
crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao
mundo, não para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem
crê nele não será julgado, mas quem não crê já está julgado, porque não
acreditou no nome do Filho único de Deus.
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Humberto
Selau Inácio
QUE
TODOS SEJAM UM!
Caríssimos,
Depois
de havermo-nos preparado com o tempo da quaresma para o grande acontecimento de
nossa fé, a paixão, morte e ressurreição de Jesus e de termos convivido com Ele
VIVO e ATUANTE por todo o tempo pascal, entramos (domingo passado) no tempo da
Igreja onde recebemos do próprio Jesus o Espírito Divino, nosso protetor e
defensor. Hoje ela nos presenteia com a SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE que
vem coroar a revelação trazida por Jesus a toda a humanidade: por Ele foi nos
revelado a face paterna, criadora e amorosa do Pai e também por Ele recebemos o
Espírito Santo a fim de que não vivamos órfãos depois de seu retorno ao Pai.
Deste modo, sentindo-nos encorajados pela presença do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, poderemos viver o Tempo Comum que essa semana retomamos cheios
de ànimo e prontos a dar nosso testemunho ao mundo e a todos aqueles que ainda
vivem sem conhecer verdadeira LUZ e a verdadeira VIDA!
Se
bem observarmos, a celebração da missa é um grande hino de louvor e adoração à
Trindade. Preste atenção quando fores à igreja hoje: observe que, desde o
início, quando nos benzemos, até o momento da bênção trinitária final,
constantemente o sacerdote invoca a Santíssima Trindade, particularmente
durante a pregação eucarística. As orações que o padre pronuncia após a
consagração são dirigidas a Deus Pai, por mediação de Jesus Cristo, em unidade
com o Espírito Santo. É, portanto, na missa onde o cristão logra vislumbrar,
pela graça do Espírito Santo, o mistério da Santíssima Trindade.
Há
séculos a Igreja ensina o mistério de Três Pessoas em um só Deus, baseada nas
claras e explícitas citações bíblicas. Mas desaconselha a investigação no
sentido de decifrar tão grande mistério, dada a complexidade natural que avança
e se eleva para as coisas sobrenaturais.
Santo
Agostinho Bispo de Hipona (séc. IV), grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este
inefável mistério. Diz-se que certa vez, passeava ele pela praia, completamente
compenetrado, quando pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma: UM
Deus em TRÊS PESSOAS DISTINTAS! Enquanto caminhava, observou um menino que
portava uma pequena tigela com água. A criança ia até o mar, trazia a água e
derramava dentro de um pequeno buraco que havia feito. Após ver repetidas vezes
o menino fazer a mesma coisa, resolveu interrogá-lo sobre o que pretendia. O
menino, olhando-o, respondeu com simplicidade:
-
"Estou querendo colocar a água do mar neste buraco".
Agostinho
sorriu e respondeu-lhe:
-"Mas
você não percebe que é impossível?"
Então,
novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe:
-"Ora,
é mais fácil a água do mar caber nesse pequeno buraco do que o mistério da
Santíssima Trindade ser entendido por um homem!".
E
continuou: "Quem fita o sol, deslumbra-se e quem persiste em fitá-lo, pode
ficar cego. Assim sucede com os mistérios da religião: quem pretende
compreendê-los deslumbra-se e quem se obstina em perscrutá-los pode perder
totalmente a fé!" E a criança, que era um anjo, desapareceu... Assim,
Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder
assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender
esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só o
compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o
Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Deste
modo, dirijamo-nos para a celebração de hoje com olhar de contemplação e
adoração e não esperemos sair da igreja sabedores e entendedores deste grande
mistério de nossa fé. A Palavra de Deus observa em Provérbios 25, 27:
"Quem quer sondar a majestade, será oprimido pelo peso de sua
glória". A oração da coleta exprime a índole da solenidade dando-nos a
direção para bem celebrá-la: Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da
verdade (Jesus, o Filho) e o Espírito santificador, revelastes o vosso inefável
mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da
Trindade e adoremos a Unidade onipotente.
Assim,
gostaria de partilhar um dos pontos que mais aprecio neste tão prodigioso
mistério: a COMUNHÃO! Nosso Deus em sua imensa sabedoria e infinita bondade
sabe que, em nossa formação, precisamos de exemplos, modelos que reforcem em
nós a possibilidade de atingirmos as realidades que Ele deseja. Não nos pediria
comportamentos de amor se Ele mesmo não amasse, atitudes de serviço se Ele
mesmo não se tivesse feito nosso servidor. Como nos exigiria compromisso,
partilha, bons relacionamentos, doação total se Ele próprio não fosse essas
realidades? Nosso Deus, para citar novamente Santo Agostinho, não é solidão
infinita, mas comunhão de luz e de amor, vida doada e recebida num eterno
diálogo entre o Pai e o Filho, no Espírito Santo Amante, Amado e Amor! A
reflexão de hoje convida-nos a rever nossos relacionamentos, rever a forma como
temos tratado as pessoas que convivem conosco em nossa família, em nosso
trabalho, em nossa comunidade eclesial. É o momento de espelharmo-nos na
comunhão infinita e perfeita da Trindade para restaurarmos a comunhão com
aquelas pessoas com quem estamos brigados ou que as situações da vida geraram
entre elas e nós certo afastamento. Quem sabe um telefonema, um torpedo ou um
e-mail ou o "velho" cartão postal com algumas palavras dizendo o
quanto a restauração da amizade com aquela pessoa é importante pra nós,seja um
meio para reeestabecermos a comunhão e refletirmos ainda mais perfeitamente a
imagem de nosso Deus. QUE TODOS SEJAM UM COMO EU E TU, PAI, SOMOS UM! Este foi
o desejo de Jesus, expresso em oração naquele jardim onde decidiu morrer para
reestabelecer nossa comunhão com o Pai. Que este seja, à partir de agora,
também o nosso desejo para que o mundo creia na realidade que hoje celebramos!
PAI,
EM NOME DO TEU FILHO JESUS E EM UNIDADE COM O ESPÍRITO SANTO, VOS PEDIMOS QUE
VOS DIGNEIS ABENÇOAR ESSE ANSEIO QUE COMEÇA A BROTAR EM NOSSO CORAÇÃO NA BUSCA
PELA UNIDADE E PELA COMUNHÃO COM TODOS OS NOSSOS IRMÃOS! CURA AS FERIDAS DE
RELACIONAMENTO MAL CONSTRUÍDOS E CONDUZE-NOS À TUA PERFEIÇÃO, NO AMOR! AMÉM!
Escute
com o coração esta canção que reflete as palavras do apóstolo Paulo e que nesse
desejo de estarmos sempre unidos como a Trindade, tenhamos a certeza de que
nada, nada mesmo, poderá nos separar do imenso Amor que oNosso Deus nutre por
cada um de nós! Não permitamos que nada no mundo obstaculize nossa relação e
nossa comunhão com Ele e com nossos irmãos!
A
todos uma boa reflexão e uma ótima semana!
humberto@ciser.com.br
VÍDEO
DA SEMANA
Ele
multiplica as graças quando Sou Fiel no pouco- Pe. Fábio de Melo
https://www.youtube.com/watch?v=nueKYMxGvkM&feature=em-subs_digest-vrecs
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Após
vinte e um anos de casamento, descobri uma nova maneira de manter acesa a
fagulha do amor e da intimidade no meu relacionamento com minha esposa.
Comecei,
recentemente, a sair com outra mulher. Na realidade, foi idéia da minha esposa.
-
Você sabe que a ama - ela disse um dia, pegando-me de surpresa. - A vida é
muito curta.
Você
precisa passar algum tempo com as pessoas que ama.
-
Mas eu amo você - protestei.
-
Eu sei. Mas também a ama. Você provavelmente não vai acreditar em mim, mas acho
que, se vocês dois passarem mais tempo juntos, isso será bom para nós.
Como
sempre, Peggy estava certa.
A
outra mulher com quem minha esposa estava me encorajando a sair é minha mãe.
Minha
mãe é uma viúva de setenta e um anos de idade que vive sozinha desde que meu
pai morreu, há dezenove anos. Logo depois de sua morte, viajei quatro mil
quilômetros para morar na Califórnia, onde comecei minha própria família e
minha carreira.
Quando
voltei à minha cidade natal há cinco anos, prometi a mim mesmo que passaria
mais tempo com ela. Mas, de alguma maneira, com as exigências de meu trabalho e
três filhos, nunca cheguei a vê-la fora das reuniões familiares e dos feriados.
Ela
ficou surpresa e desconfiada quando telefonei e sugeri que fôssemos jantar e
depois ao cinema.
-
O que aconteceu? Você vai se mudar para longe com meus netos? - perguntou.
Minha
mãe é o tipo de mulher que acha que qualquer coisa fora do habitual - um
telefonema tarde da noite ou um convite surpresa para jantar feito por seu
filho mais velho - significa más notícias.
-
Achei que seria bom passar algum tempo com você - eu disse. - Só nós dois.
Ela
avaliou a observação por um instante.
-
Eu gostaria disso - falou. - Gostaria muito. Surpreendi-me nervoso enquanto
dirigia para a casa dela na sexta-feira depois do trabalho. Estava com a
ansiedade do pré-encontro - e só estava saindo com a minha mãe, pelo amor de
Deus!
Sobre
o que iríamos conversar? E se ela não gostasse do restaurante que escolhi? Ou
do filme? E se não gostasse de nenhum dos dois?
Quando
estacionei em frente à sua garagem, percebi o quanto ela também estava nervosa
com o nosso encontro. Estava me esperando na porta, já de casaco. Tinha feito
um penteado especial. Sorria.
-
Eu disse para as minhas amigas que ia sair com o meu filho e todas ficaram
impressionadas - falou enquanto entrava no carro. - Mal podem esperar até
amanhã para ouvirem a respeito da nossa noite.
Não
fomos a nenhum lugar chique, apenas um restaurante do bairro, onde pudéssemos
conversar. Quando chegamos lá, ela agarrou meu braço - metade por carinho,
metade para ajudá-la a subir os degraus para o salão.
Sentamos
e eu tive que ler o cardápio para nós dois. Os olhos dela só veem grandes
formas e sombras. Já tinha lido metade das entradas, quando olhei para cima.
Mamãe
estava sentada do outro lado da mesa, olhando para mim. Tinha um sorriso
pensativo nos lábios.
-
Era eu quem lia o cardápio quando você era pequeno disse.
Entendi
imediatamente o que ela estava dizendo. De responsável a dependente, de
dependente a responsável, nossa relação se invertera completamente.
-
Então chegou a hora de você relaxar e me deixar retribuir o favor - falei.
Conversamos
agradavelmente durante o jantar. Nada avassalador, apenas sobre nossas vidas.
Conversamos tanto que perdemos o filme.
-
Saio com você novamente, mas só se você deixar eu pagar o jantar da próxima vez
- disse minha mãe quando a deixei em casa. Concordei.
-
Como foi o seu encontro? - minha esposa quis saber quando cheguei em casa
aquela noite.
-
Bem... melhor do que eu esperava - respondi. Ela deu seu sorriso do tipo
“eu-bem-que-disse”.
Desde
aquela noite, tenho tido encontros regulares com minha mãe. Não saímos toda
semana, mas tentamos nos ver pelo menos duas vezes por mês. Sempre jantamos e
às vezes assistimos a um filme.
No
entanto, na maior parte das vezes apenas conversamos. Conto-lhe dos desafios
diários de meu trabalho. Conto vantagem a respeito de meus filhos e de minha
esposa. Ela atualiza meu conhecimento a respeito das fofocas da família com as
quais pareço nunca estar em dia.
Também
me conta do seu passado. Agora eu sei como foi para minha mãe trabalhar em uma
fábrica durante a Segunda Guerra Mundial. Sei como ela conheceu meu pai lá e
como eles se cortejaram no bonde durante aqueles tempos difíceis. Ouvindo essas
histórias percebi o quanto elas significam para mim. São minhas histórias. Não
me canso de ouvi-las.
Mas
não conversamos apenas a respeito do passado. Também conversamos sobre o
futuro. Por causa de problemas de saúde, minha mãe se preocupa com os dias por
vir.
-
Tenho tanta coisa para viver - ela me disse certa noite. - Tenho que estar aqui
enquanto meus netos crescem. Não quero perder nem um pouquinho.
Como
muitos amigos da minha geração, tenho a tendência de viver correndo, enchendo
ao máximo a agenda enquanto luto para fazer com que a carreira, a família e os
relacionamentos caibam na minha vida.
Com
frequência reclamo da velocidade com que o tempo passa. Passar algum tempo com
a minha mãe me ensinou a importância de diminuir o ritmo. Finalmente entendi o
significado de um termo que ouvi um milhão de vezes: qualidade de vida.
Peggy
estava certa. Sair com outra mulher realmente ajudou meu casamento. Fez de mim
um marido e um pai melhores e, espero, um filho melhor.
Obrigado,
mamãe! Eu te amo.
(David
Farrell)
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