Sábado, 29
de março de 2014
"Deus
dá a cada pássaro seu alimento, mas Ele não joga nenhum alimento em seus
ninhos..."
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 18,9-14
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Para alguns
que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta
parábola: “Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro
publicano. O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: ‘Deus, eu te agradeço
porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este
publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda’.
O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para
o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou
pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, mas o outro
não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Pe. Antônio
Queiroz CSsR
O
publicano voltou para casa justificado; o outro não.
Neste
Evangelho, Jesus nos conta a parábola do fariseu e do cobrador de impostos,
também chamado de publicano. Logo no início, S. Lucas diz para quem Jesus a
contou, de modo especial: “Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam
na sua própria justiça e desprezavam os outros”.
Como
é triste ver uma pessoa convencida, que só vê qualidades em si mesma, e
defeitos nos outros! Essas pessoas que falam: “Eu estou bem com Deus, porque
não faço grandes pecados...” são os fariseus de hoje. São pessoas que já se
julgam salvas. O céu já está garantido; Deus vai apenas estender o tapete para
elas. Para elas, a salvação é mérito próprio, não presente gratuito de Deus. No
fundo, quem é santo é a pessoa, não Deus.
As
boas obras são importantes, mas não são elas que nos salvam, e sim Deus, e gratuitamente.
Deus só concede a graça da salvação aos humildes, aos que estão convencidos de
que são pecadores e não merecem o céu.
Os
fariseus são um entrave na Comunidade cristã. Eles se fixam em práticas
antigas, porque julgam que são elas que lhes garantem o céu; e ai de quem
propõe uma mudança. Mesmo que a proposta venha do coordenador da Comunidade, ou
do próprio pároco, é condenada por eles.
Se
alguém nos perguntar: “Com qual dos dois homens da parábola você mais se
identifica?” e alguém de nós responder que é com o publicano, essa pessoa prova
que é fariseu. Porque o fariseu julga-se sempre o melhor; e, na parábola, o
melhor é o publicano.
“O
meu orgulho é ser humilde” dizem os fariseus. A nossa natureza pecadora é tão
manhosa que existe até o orgulho disfarçado em humildade. Por exemplo, aqueles
que dizem: “Eu não assumo tal cargo ou tal ministério na Comunidade, porque não
sou digno”. Puro farisaísmo! Jesus falou: “O maior dentre vós, seja o vosso
servo” (Mt 23,11).
Todo
serviço é igualmente digno, desde o lixeiro, até o prefeito da cidade; desde o
coroinha, até o papa. Perguntaram a uma árvore: “Por que não fazes barulho?”
Ela respondeu: “Os meus frutos são a minha melhor propaganda”.
Um
dia, um grupo estava reunido, rezando. A certa altura alguém disse: “Vamos
agora rezar pela conversão dos pecadores”. E rezaram, sem nem se lembrarem que
eles também eram pecadores. Por aí vemos que o farisaísmo está em todos nós, em
uns mais, em outros menos.
Certa
vez, um homem sonhou que estava indo por um caminho, e lá na frente encontrou
uma bifurcação. O caminho se dividia em dois, com as devidas placas. Em um
estava escrito: “Quem tem fé”, e no outro: “Quem não tem fé”. Ele pegou o
caminho dos que têm fé.
Mais
na frente, outra bifurcação, com as placas: “Quem obedece aos mandamentos”, e
no outro: “Quem não obedece aos mandamentos”. Ele pegou o caminho dos que
obedecem aos mandamentos.
Mais
na frente, outra bifurcação. De um lado, a placa dizia: “Quem ama o próximo”, e
do outro: “Quem não ama o próximo”. Ele pegou o caminho dos que amam o próximo.
Lá
na frente, ainda outra bifurcação. A placa de um dos caminhos dizia: “Quem tem
o coração puro” e a placa de outro caminho: “Quem tem o coração impuro”. Ele
seguiu o caminho dos que têm o coração puro.
Mas,
coitado! Logo na frente, olhou de lado e viu que estava dentro do inferno!
Ainda
bem que era sonho. Aliás, foi uma graça de Deus para ele, uma chamada da sua
consciência, para que ele deixasse de ser fariseu convencido.
Maria
Santíssima era humilde. Na Anunciação, chamou a si mesma de escrava do Senhor.
Quando a prima Isabel a elogiou, ele dirigiu o elogio para Deus, que olhou para
a humildade de sua serva. Na vida pública de Jesus, nas horas em que ele era
aclamado ela estava escondida, fazendo os trabalhos mais humildes. Na hora
humilhante para o Filho e para ela, a mãe do condenado, Maria estava em pé, bem
visível a todos. Que Nossa Senhora nos ajude a sermos humildes, porque “quem se
eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”.
O
publicano voltou para casa justificado; o outro não.
CASA,
LAR E FAMÍLIA
Conhecendo e
preparando carnes bovinas
A
carne bovina é bem vinda a mesa brasileira. Mas para aproveitar melhor a carne,
é preciso preparar de acordo com os seus cortes. Os especialistas dizem que não
existe carne boa ou ruim, de primeira ou de segunda. Mas sim, o modo de preparo
é que vai ressaltar a qualidade e o sabor da carne. Abaixo detalhamos os cortes
do bovino..
•
Os Cortes do Bovino - 1º parte
Dos
itens 1 a 10.
1.
Rabo ou rabada
2.
Lagarto
3.
Coxão duro ou chã de fora
4.
Coxão mole ou chã de dentro
5.
Músculo e ossobuco
6.
Patinho
7.
Picanha
8.
Alcatra
9.
Maminha de Alcatra
10.
Filé Mignon
•
Os Cortes do Bovino - 2º parte
Dos
itens 11 a 21.
Os
Cortes do Bovino
As
carnes devem ter boa aparência, cor vermelho vivo e odor fresco e agradável. Os
Cortes devem se feitos na tranversal, perpendicular as fibras.
Quantidade
por pessoa: 1/2 quilo de carne
1
- Rabo ou rabada
É
uma carne gordurosa e cheia de osso, preparo parecido com a costela. Deve ser
cozida, de preferencia lentamene. Ou até mesmo assada, no bafo. De textura
fibrosa, dura e sabor marcante. Com muita gordura, que pode ou não ser retirada
dependendo do preparo. Bem acompanhada de agrião ou mandioca – aipim, no
cozido.
2
- Lagarto
Uma
carne dura, sem muita gordura e pouco suculenta. O lagarto é uma peça inteira,
redonda, retirado do coxão duro. Pode ser cozida ou bem assada. , geralmente é
recheada e depois cozida e feito assado de panela. Também pode se tirar bifes,
fatias que são consumidos mal passados, acompanhados de molhos. Bem embrulhado,
em papel alumínio, da até para assar na brasa.
3
- Coxão duro ou chã de fora
Também
conhecido como músculo traseiro. Carne fibrosa e dura, porém de sabor forte.
Deve ser bem cozida, para fazer sopas, ensopados e caldos. Depois de cozida,
pode deixar secar o caldo e dar uma fritada. A carne fica vermelha e gostosa.
Também utilizada moída, pura ou para rechear.
4
- Coxão mole ou chã de dentro
Carne
macia, mais pouco suculenta. Tem um cozimento rápido, pode ser assada de panela
e cozida ou churrasqueira, cortada em bifes grandes. Utilizada para bifes
enrolados e recheados, a milanesa ou outras pratos que levam a um cozimento.
5
- Músculo e ossobuco
É
ideal para ser cozida, utilizada em sopas e ensopados. Carne de textura dura e
sabor forte, demora para cozinhar. Pode se cozinhar em panela normal, que é
mais demorado, ou em panela de pressão, mais rápido geralmente 30 minutos. O
ossobuco é o músculo cortado com o osso, de 2 a 3 centímetros. É mais apreciado
em caldos e sopas, bem temperados. Cozidos em fogo baixo e devagar, Acompanhado
ou não de verduras.
6
- Patinho
Carne
de textura macia e suculenta. Utilizada moída, picada ou em bifes. Pode ser cozida,
assada ou passada. Com a carne moída se faz bolos, suflês e almôndegas. Se faz
também ensopados, sopas e caldos. Acompanhada ou não de verduras.
7
- Picanha
Retirada
da alcatra, Carne macia e suculenta, com gordura e sabor forte. Bem utilizada
em churrasco, frita ou assada. Na panela, corta-se bifes grandes que são
fritos, e que também vão ao forno. Na churrasqueira vai inteira ou pedaços
grandes. Pode ser cozida, acompanhada de verduras.
8
- Alcatra
Carne
macia, suculenta, de sabor forte e apreciado. Uma peça inteira de alcatra mede
até 80cm, e dela se tira ainda, cinco tipos de carnes. São eles: picanha,
maminha, e alguns cortes tipo americanos, baby beef, tender steak e o top
sirloin. Todos cortados contra as fibras, transversal. Bastante utilizada para
bifes e churrasco. Também assada na panela ou no forno.
9
- Maminha de alcatra
Retirado
da alcatra, a maminha é uma carne macia e suculenta. De boa textura e sabor,
que é mais marcante se preparada na brasa, no espeto. Do qual se retira as porções,
pouco a pouco, enquanto assa. É também utilizada em assados no forno. Além de
ser cozida em ensopados e molhos.
10
- Filé mignon
Considerado
o melhor corte do boi. De textura bem macia e muito suculenta. Pode se tirar
bifes grossos e altos, que mesmo mal passados, a carne se mantém macia e
saborosa. Mas, como não possui gordura, é preciso untá-lo. Para isso, o melhor
é a manteiga e o azeite de oliva, ou o próprio bacon. De preparo rápido.
Cortado em cubos ou tiras, prepare-se o estrogonofe. Cortado em escalopes, faz
os medalhões com bacon. Também pode ser assada na churrasqueira, untada.
11
- Filé de lombo ou contra filé
Carne
de textura macia, suculenta e com gordura. Geralmente assada, passada ou frita.
Muito usada para grelhados. Preparo rápido, é utilizada como bifes e rosbifes.
12
- Aba de filé ou Costela
Carne
fibrosa e dura, Cozinha-se lentamente. Depois de preparada fica macia e
suculenta. De sabor marcante, com muito osso e gordura. Pode ser assada em
churrasqueira, apesar de demorada, longe da brasa. É preparada cozida, bastante
saborosa com mandioca – aipim.
13
- Fraldinha
Carne
dura, mais suculenta. Macia, se cortada em fatias finas. Pode ser cozida e
assada. Com ela prepara sopas, ensopados, molhos e também assado de panela.
Também vai a churrasqueira, cortada em cubinhos ou fatias finas.
14
- Ponta de agulha
É
um dos nomes da Costela.
15
- Acém, agulha, tirante ou alcatrinha
Carne
dura. de cozimento lento. É preparada cozida com em bifes de panela, sopas,
ensopados e picadinhos. Mas também pode ser assada no forno, coberta com o sal
grosso.
16
- Braço, pá ou paleta
Carne
de textura dura no exterior e macia no interior, conhecido como miolo de
paleta. A parte externa é preparada assada de panela ou cozida. Como em sopas,
ensopados e picadinhos. Já o miolo pode ser assado no forno e passado como
bifes. Do Braço ainda se tira o peixinho ou lagartinho da pá, é um corte macio
que vai bem tanto para assados como para cozidos.
17
- Peito
Carne
de textura dura. O corte pode ser com osso ou sem, com gordura. É preparado bem
cozido. Bem gostoso, se deixado cozinhar lentamente. Como no puchero argentino,
com grão de bico.
18
- Pescoço
.
19
- Filé de costela ou bisteca
Carne
macia, rodeada de gordura, com ou sem osso. Ideal para churrasco, pode ser
frita, grelhada ou assada. Muito apreciada no Sul do país, ainda leva o nome de
Chuleta.
20
- Capa de filé
21
- Cupim
.
Carne Gordurosa, cheia de nervuras. As vezes macia, Ideal para cozinhar e
depois fritar.
Fonte: http://www.weblaranja.com/cozinhando/preparando_bovino_2.htm
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Há pessoas que
acham um absurdo o fato de padre não poder casar
Ando pensando no
valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida
celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo
arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para
tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.
Já presenciei
discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder
casar.
Eu também fico
indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a
vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo
as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa
ao contexto do "pode ou não pode".
A sexualidade é
apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento
que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de
fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser
um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de
minha presença para fazer as escolhas que faço.
O fato de não me
casar, não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim
a possibilidade de ser daqueles que precisam de minha presença. Na palavra que
digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição
humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.
Nunca encarei o
celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me
obrigou a ser padre, e, quando escolhi sê-lo, ninguém me enganou. Eu assumi
livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os
limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é
tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.
Eu não sou um homem
solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar.
Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho
meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não
faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de
minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram
a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne
a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu
não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as
pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me
indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão
oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo
da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em
"propriedade privada". Querem depositar sobre mim o seu universo de carências
e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.
Contra a castidade
de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se
trata de casar ou não.
Casamento não
resolve os problemas do mundo.
Nem sempre o casamento
acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de
solidão. Não trocam palavras nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes
que a castidade sugere. Fizeram sexo de mais, mas amaram de menos. Faltou
castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque
sobrevive de outras formas de carinho.
É por isso que eu
continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou
imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os
casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele
que quer. Por isso perguntamos sempre:
– É de livre e
espontânea vontade que o fazeis?
– É simples. Castos
ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto
mais sincero de nossas predileções.
Pe. Fabio de Melo
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