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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 14/10/2013


Segunda-feira, 14 de outubro de 2013.

 “Nada tem mais força do que um fato consumado...”



EVANGELHO DE HOJE
Lc 11,29-32



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!



Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. 30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. 32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.




MEDITANDO O EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Antes de tudo preciso voltar a reflexão de ontem para fazer um gancho com a de hoje. Dizíamos ontem: “(…) A oração é uma busca por Deus. É não se contentar de vê-lo passar sem o tocá-LO. Portanto O FOCO DA ORAÇÃO NÃO É O PEDIDO OU NO QUE É VISÍVEL E SIM A CONVERSA”.
Ave! Pedimos demais, mas ouvimos de menos.
É preciso reparar no exemplo dado por Jesus no evangelho de hoje – o de Jonas, narrado na primeira leitura.!
“(…) Jonas entrou na cidade, percorrendo o caminho de um dia; pregava ao povo, dizendo: ‘Ainda quarenta dias, e Nínive será destruída’. OS NINIVITAS ACREDITARAM EM DEUS; aceitaram fazer jejum, e vestiram sacos, desde o superior ao inferior”. (Jonas 3, 4-5)
Deus ansiava em arrebanhar novamente o povo afastado de Nínive. É preciso deixar claro que mesmo Ele, não pode interferir no livre arbítrio que temos de concordar ou não com seu amor, então pede a Jonas que se faça intercessor. Jonas, usando uma das facetas mais comuns do ser humano – o julgamento prévio e precipitado – não aceita ir. E que ser humano aceitaria ir à capital do império que estava prestes a invadir seu território e tomar seu povo por escravo?
Creio que Deus pôs Jonas a se defrontar com seu e nosso maior obstáculo – o orgulho em reconhecer que nossa fé e empenho são muito pequenos. Jesus tenta abrir os olhos dos seus mostrando que era mais importante que Jonas, no entanto, o coração orgulhoso e contrito das pessoas, inclusive dos seus discípulos, impediam e ainda impedem Deus de entrar. Será que ainda somos tão presos ao “ver pra crer”?
Precisamos na quaresma, e também no tempo comum, fazer um exercício diário que nos proteja da frieza espiritual que nosso mundo vive hoje. Deus conhece nossas lutas, aflições e sofrimento; Ele não é um Deus perverso, distante, tirano ou sádico. Talvez essa falta de compreensão que tenha nos afastado Dele e então somente quando assolados por problemas ou situações que fogem do nosso controle, resolvemos nos “vestir de sacos” e humilhados, vencidos, sem esperança, resolvemos então ouvir.
Deus não quer nos ver sofrer para ter que mudar! Quantas vezes já nos pegamos dizendo: Por que é que não ouvi? Deus não esta aqui pra dizer “eu não disse? Porque não me ouviu?”.
Outro ponto interessante… Quando sentamos e rezamos o que pedimos? Coisas visíveis ou Invisíveis? Notem o que diz a reflexão principal da CNBB:
“(…) Para muitas pessoas, Deus deve manifestar-se constantemente para todos, pois somente assim o mundo poderá crer. Na verdade, essas pessoas querem uma demonstração evidente da existência de Deus e da sua presença no nosso dia a dia, porém o Evangelho de hoje nos mostra que assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, Jesus é um sinal para nós”,
É preciso notar que como Jonas tentamos “tirar o corpo fora” do milagre. “Deus tudo pode. Fica por conta dele”! Claro que pode, mas e você vai a Nínive ou não? Queremos que o milagre aconteça na nossa frente e de preferência, sem que tenhamos que ir até ele. Quer que sua famila mude, lute! Quer um emprego melhor, capacite-se!
Que fique bem claro que NUNCA devemos deixar de interceder pelos nossos problemas e aflições. A contínua intercessão acaba nos tornando mais íntimos de Deus e próximos a Ele a oração se torna uma gostosa e respeitosa conversa.
Portanto! Faça a sua parte do milagre!
Um imenso abraço fraterno!





MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

Max Gehringer responde



Palavra da semana: ESPETACULAR
Do latim specula, “torre de vigia”. Do alto da torre, o soldado tinha uma visão panorâmica, para avistar a aproximação do inimigo. Mas aquela nuvem de poeira, lá longe, seria mesmo o inimigo? O vigia tinha então de especular – juntar o que realmente viu com o que imaginou ter visto.

Fui demitida porque, numa conversa informal com minhas colegas, falei que nosso diretor era lindo de morrer. Meu gerente ouviu e não gostou. Isso é motivo para demitir alguém? – Luciana

Definitivamente, não, Luciana. E, certamente, essa não foi a razão de sua demissão. Foi apenas a deixa para que a decisão de demiti-la fosse tomada. Se você fizer uma análise bem crítica de seu desempenho profissional – a soma de seus resultados práticos e de suas atitudes pessoais –, com certeza vai chegar aos fatos que motivaram sua dispensa. E esse exame de consciência será vital para que, num futuro emprego, você não seja dispensada novamente.


Tenho transtorno afetivo bipolar... – Sofia
Sofro de transtorno obsessivo-compulsivo... – Carneiro

A Sofia e o Carneiro estão sob tratamento, trabalham normalmente e perguntam a mesma coisa: “Devo contar isso a meus colegas de trabalho?”. Tentando exemplificar em linguagem leiga, com o perdão de psicólogos e psiquiatras, a Sofia pode reagir de duas maneiras diferentes em dois casos iguais. Num dia, ela fica eufórica. No outro, se deprime. Já o Carneiro possui certos ritos pessoais imutáveis, e se perde quando alguma coisa sai da rotina. No trabalho, não se sabe como a Sofia vai reagir a uma mudança, e sabe-se que o Carneiro não reagirá bem a qualquer mudança. Em síntese, Sofia e Carneiro têm diagnóstico de doença mental. Dito assim, isso pode dar a impressão de que ambos jamais deveriam compartilhar o ambiente de trabalho conosco, as pessoas normais. Acontece que nem a Sofia nem o Carneiro são anormais, e nem o resto de nós é tão normal. Se os colegas forem informados, alguns vão criar uma imagem distorcida da situação, enquanto outros se comportarão de forma francamente preconceituosa. Por isso, quem é portador de algum transtorno não deve contar a ninguém, chefe ou colega. Mas deve procurar ajuda especializada, para manter o transtorno sob controle.


Sou gerente de uma multinacional. Tenho um bom cargo e um bom salário. Porém, sinto-me desmotivado. Aos 42 anos, comecei a pensar que vou continuar fazendo a mesma coisa até me aposentar. Estou chorando de barriga cheia? – C.L.S.

Não, C. (desculpe a intimidade). Todo executivo passa por esse momento de reflexão aguda. Normalmente, isso ocorre por volta dos 45 anos, como em seu caso. E a conclusão geralmente é: o futuro não me agrada, porque será mera continuação do passado. Essa é a hora em que muita gente deseja mudar de setor, empregados do setor privado consideram prestar concurso público e funcionários públicos pensam em migrar para a iniciativa privada. Alguns de fato mudam, e logo se arrependem. Os que escapam melhor dessa situação de desconsolo temporário são os que percebem que o trabalho é um meio, e não um fim. E essa constatação abre um belo leque de possibilidades. Prestar serviço voluntário. Dar aulas. Escrever um livro. Ter hobbies. Fazer cursos por pura gratificação, como de Filosofia ou História. Você já percebeu, caro C., que trabalhar continua a ser uma necessidade. Mas sua vida já não precisa de um grande objetivo profissional. Precisa de pequenos objetivos pessoais.





MOMENTO DE REFLEXÃO

Outrora vivia um rei oriental cuja sabedoria iluminava o país como um sol, cuja inteligência era ímpar, cujas riquezas superavam largamente as de qualquer outra pessoa.
Um dia um vizir de semblante triste abordou-o.
"Grande sultão, Vossa majestade é o homem mais sábio, maior e mais poderoso da vida e da morte.
Mas o que eu ouvia enquanto viajava pelo país?
Em toda parte as pessoas vos elogiam, mas algumas pessoas falaram muito mal de Vossa Mejestade.
Contaram piadas e reclamaram das vossas decisões sábias.
Como é que acontece, mais poderoso entre os poderosos, de existir tamanha insubordinação em vosso reino?"
O sultão sorriu indulgentemente e respondeu: "Como todos os homens de meu reino, tu sabes o que tenho realizado por todos vós.
Sete países estão sob meu controle.
Sob meu governo, sete países alcançaram progresso e prosperidade.
Em sete países, as pessoas me amam por causa da minha justiça.
Tu certamente tens razão.
Posso fazer muita coisa.
Posso mandar fechar os portões gigantescos das minhas cidades.
Mas há uma coisa que não posso fazer.
Não posso fechar a boca dos meus súditos.
Realmente, não é uma questão das coisas más que algumas pessoas dizem a meu respeito.
O importante é que eu faça o bem."

Do livro: O Mercador e o Papagaio - Nossrat Peseschkian - Papirus Editora

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