Segunda-feira,
08 de julho de 2013
"A
coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu
próprio conhecimento." (Platão)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 9,18-26
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
18Enquanto
Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante
dele, e disse: "Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre
ela e ela viverá".
19Jesus
levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que
sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu
manto. 21Ela pensava consigo: "Se eu conseguir ao menos tocar no manto
dele, ficarei curada". 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse:
"Coragem, filha! A tua fé te salvou". E a mulher ficou curada a
partir daquele instante.
23Chegando à
casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, 24e
disse: "Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo".
E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou,
tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda
aquela região.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom dia!
Como ainda
somos presos ao que conhecemos e aquilo que nossos olhos podem ver. As vezes
pode parecer tolo alguém dizer que esta repleto do Espírito Santo ou feliz ou
“na graça”, mas sempre será motivo de ceticismo daqueles que precisam ver para
crer.
Vamos
analisar dois momentos desse evangelho…
Imaginemos
uma situação em que uma fatalidade esta acontecendo e fica sob a nossa responsabilidade
de procurar e trazer ajuda, Qual seria o nosso comportamento ao ver que a
ambulância, a policia, a ajuda não veio imediatamente ao local? Consigo
imaginar a situação? Como estaria o coração daquele homem ao ver Jesus parar
para conversar com aquela mulher?
Claro que em
seu coração habitava a vontade de apressar o Senhor para que chegasse
rapidamente a sua aflição. Será que ele também pensou, ao ouvir as musicas
fúnebres, que o Senhor demorou muito pra chegar?
Enfatizo
muito isso: A missão de Jesus estava na libertação do pecado, no entanto, não
se negou a resgatar a fé através de muitos prodígios visíveis. O milagre não
era a sua prioridade e sim o resgate da vida.
“(…) O que é
mais fácil dizer ao paralítico: Os seus pecados estão perdoados ou Levante-se e
ande? Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho poder na terra
para perdoar pecados. Então disse ao paralítico: Levante-se, pegue a sua cama e
vá para casa“. (Mateus 9, 5-6)
Não foi um e
nem dois momentos em que os evangelistas narram a preocupação de Jesus em
manifestar a graça de Deus apenas a alguns e não publicamente. Fazendo um
parêntese desse fato, como não estranhar esse “JESUS” que é mostrado pelos
canais de TV, não como um Rei ou Senhor e sim como um escravo de mídia e da vontade
de uns senhores que se dizem pastores, que cobram valores para que Deus haja.
São verdadeiros lobos que se aproveitam da fragilidade das pessoas para
abocanhá-las.
Se isso
ainda acontece é por que nossa fé também é semelhante ao povo que acompanhava o
cortejo fúnebre da menina. Incrivelmente, talvez contra o que apregoa o mundo
do imediatismo, eu ainda estou convicto que Jesus sempre esperará o silencio
para mudar a vida através da Boa Nova
“(…) Por
ora, todavia, “caminhamos pela fé, não pela visão” (2Cor 5,7), e conhecemos a
Deus “como que em um espelho, de uma forma confusa…, imperfeita” (1Cor 13,12).
Luminosa em virtude daquele em que ela crê, a fé é muitas vezes vivida na
obscuridade. A fé pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos muitas vezes
parece estar bem longe daquilo que a fé nos assegura; as experiências do mal e
do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa Nova; podem
abalar a fé e tornar-se para ela uma tentação”. (Catecismo da Igreja Católica §
164)
Os céticos
continuam a caluniar, a sorrir, a falar, pois temem o silencio que também
poderia mudar suas vidas.
Deixe por um
instante Jesus conversar com você!
Um imenso
abraço fraterno.
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Max
Gehringer responde
Palavra da
semana: ESPONTÂNEO
A expressão
latina sponte sua significa,
em linguagem
jurídica, “agir por
conta
própria, sem estímulo externo”. Quem
diz o que
pensa, e não o que os outros querem ouvir, é espontâneo. O oposto é “ser
político”.
Fui demitida
injustamente, após quatro anos de trabalho sem nenhuma repreensão. Sei de
muitas coisas erradas que ocorrem na empresa e tenho vontade de relatá-las à
diretoria. Isso seria perda de tempo? – Vanessa
Seria,
Vanessa. Se durante quatro anos você viu coisas erradas e não as relatou, uma
denúncia pós-demissão dificilmente será vista pela direção da empresa como uma
tentativa positiva de contribuição. É mais provável que seu relato seja
encarado como retaliação. Porém, se você sentir que só um desabafo vai melhorar
seu estado de espírito, faça isso. Em seguida, em qualquer das hipóteses –
relatando ou não –, eu recomendo que você olhe para a frente e deixe o passado
em paz.
Existe um
rumor de que a empresa em que trabalho instalou uma escuta telefônica (grampo),
que permite a ela ouvir as conversas dos funcionários. Isso é legal? É ético? –
Rodrigo
Por seu
Artigo 5o, a Constituição proíbe gravações de conversas sem expressa
autorização judicial. Ao ter seu telefone grampeado, o cidadão tem a intimidade
violada, o que é ilegal. No caso da empresa, o funcionário estaria fazendo uso
de um ativo que não lhe pertence, para falar sobre assuntos que não são do
interesse da empresa, num horário em que está sendo pago para trabalhar. O
Artigo 2o da CLT dá ao empregador poder para regulamentar, controlar e
fiscalizar a forma como o trabalho é prestado pelo empregado. A mesma discussão
se aplica ao monitoramento de e-mails por parte da empresa, e o Tribunal
Superior do Trabalho já proferiu sentença reconhecendo esse direito do
empregador. Portanto, é legal, mas não é lá muito ético. Ao implantar um
sistema de espionagem interna, sem prévia comunicação, a empresa quebra o
princípio da confiança mútua.
Uma denúncia
pós-demissão dificilmente será vista como uma tentativa positiva de
contribuição.
Será
encarada como retaliação
Embora meu
objetivo seja uma carreira no setor privado, venho prestando concursos
públicos, por via das dúvidas. Como uma empresa privada veria, futuramente, a
contratação de um funcionário público? – Wilson
Se o que
você aprendeu num órgão público puder ser útil à empresa, não haverá
discriminação, se é isso que você está imaginando. A avaliação dos candidatos a
uma vaga é feita levando em conta a escolaridade e a experiência prática.
Porém, Wilson, se você passar mais de três anos na esfera pública, começará a
ter dificuldades para competir com candidatos oriundos do setor privado, porque
eles terão o que se chama, no jargão das empresas, de “experiência compatível”.
Eu sugiro que você encare o serviço público como um objetivo, e não como uma
situação provisória. Ou então deixe a vaga pública para quem realmente a
deseja, e se concentre no setor privado.
Sou mãe de
dois filhos pequenos, de 4 e 6 anos. Estou em dúvida quanto à escola em que
eles deverão iniciar os estudos. Uma mais cara, que lhes dará uma base melhor,
mas me esgotará os recursos, ou uma mais barata, que me permitiria investir em
outras atividades culturais e esportivas para eles? O ensino fundamental fará
alguma diferença daqui a 15 ou 20 anos? – Flávia
Fará,
Flávia. Vou lhe dar um exemplo banal e atual. Muitos jovens com curso superior
têm sido eliminados de processos para bons empregos simplesmente porque não
sabem redigir corretamente em português. Uma má iniciação escolar não tem
conserto depois.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Certa vez, o
Irmão Bruno estava em oração e sentiu-se perturbado pelo coaxar de uma rã.
Vendo que todos os seus esforços no sentido de ignorar aquele ruído se tornavam
inúteis, ele abriu a janela e gritou: “Silêncio! Eu estou rezando!” Sua ordem
foi imediatamente obedecida. Todos os seres vivos calaram suas vozes, a fim de
criar um silêncio que pudesse favorecer a oração do Irmão Bruno.
Mas, eis que
outro som inesperado veio perturbar o Irmão Bruno. Era uma voz interior que lhe
dizia: “Deus gosta tanto do coaxar da rã como da tua prece”. E aquela voz
interior continuou falando: “Por que razão achas que Deus inventou a voz dos
animais para perturbar?”
Então o
Irmão Bruno abriu novamente a janela e gritou: “Canta!” E o coaxar rítmico da
rã retornou a encher os ares, acompanhado por todas as rãs daquele lugar, pelos
pássaros e todos os animais. E quando o Irmão Bruno prestou atenção naqueles
sons, eles já não o irritavam, e sim ajudavam a rezar.
Então o
coração do Irmão Bruno começou a sentir-se em harmonia com o universo.
A natureza é
bela e bem feita. É o pecado que nos leva a estragá-la.
Não vamos
silenciar nem apagar a natureza ao nosso redor (cf. Sl 8).
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