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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 17/11/2011






Quinta-feira, 17 de novembro de 2011


 “De repente, você espera tanto uma coisa, mas tanto, que quando a coisa acontece você nem nota. E continua esperando.”





EVANGELHO DE HOJE
Lc 19,41-44


Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: "Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, está escondido aos teus olhos! Dias virão em que os inimigos farão trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados. Esmagarão a ti e a teus filhos, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste visitada".




MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz


Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!
Neste Evangelho, Jesus faz uma lamentação sobre Jerusalém, a cidade santa, que abrigou tantos profetas, patriarcas e outros enviados de Deus. Entretanto, agora, não quis acolher o Messias, aquele que lhe pode trazer a paz.
Os olhos dos seus habitantes se fecharam, seu coração se endureceu e fizeram da cidade um centro de exploração e opressão do povo. Enveredaram por um caminho que é o avesso da paz.
Por isso, Jerusalém será destruída. Não quis reconhecer a visita de Deus e a ocasião para mudar as próprias estruturas injustas. Não quis abrir-se ao apelo do Messias, que pede a conversão.
Em outra ocasião, no encontro com a samaritana, Jesus disse algo semelhante: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é aquele que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva!” (Jo 4,10).
Se também nós conhecêssemos e valorizássemos o tesouro que nos foi dado, que é Jesus e o seu Reino, com certeza o mundo seria melhor. “Se a gente compreendesse o amor que Deus nos dá, o inferno poderia se acabar!” (Refrão de um canto das Comunidades cristãs).
A conversão é como uma pedra que cai em um lago; as ondas vão se alargando, até atingir todo o lago. A nossa conversão faz o mundo ser melhor. Mas para isso ela tem de ser decidida, generosa e transportada para a nossa prática do dia-a-dia.
O próprio Deus reclama: “O meu povo abandonou a mim, fonte de água viva, e cavou para si cisternas rachadas, que não retêm a água!” (Jr 2,13). Essas cisternas rachadas são os caminhos falsos de felicidade que o mundo nos apresenta.
Muitas vezes, o que emperra a nossa conversão não é a recusa direta da Lei de Deus, mas a tibieza e a mediocridade. É ficar no meio do caminho. “Conheço a tua conduta. Não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca” (Ap 3,15).
Veja o que Deus fala ao seu povo: “Extrairei do seu corpo o coração de pedra e lhes darei um coração de carne, de modo que andem segundo minhas leis, observem e pratiquem meus preceitos. Assim serão o meu povo e eu serei o seu Deus” (Ez 11,19-20).
Havia, certa vez, uma senhora que participava da Santa Missa, mas começou a pensar que, para a sua conversão ser completa, ela devia participar de uma pastoral, ou fazer um serviço qualquer na Comunidade. Mas as suas condições de saúde eram limitadas.
Numa noite, ela estava saindo da igreja e viu o sacristão fechando a porta da frente. Ele tentava descer o trinco de baixo da porta, mas não conseguia, porque o buraquinho estava cheio de terra. Então ele deixou o trinco solto, sem prender embaixo.
Vendo a cena, a senhora tomou a decisão de, no dia seguinte, trazer uma ferramenta e limpar o buraquinho. A partir daquele dia, ela sempre, à tardezinha, ia à igreja e limpava o buraquinho da porta.
Com isso, aquele mulher descobriu o seu trabalho na Comunidade, a sua maneira de colaborar, dentro das suas possibilidades.
Que bom se a nossa conversão fosse completa! A Comunidade cristã é o Corpo de Cristo, e cada cristão é um membro desse corpo. E sabemos que o corpo não tem nenhum membro sem função.
Que Maria Santíssima interceda junto de Deus, para que ele transforme o nosso coração de pedra em um coração de carne, aberto à sua graça.
Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!






MEIO AMBIENTE

Ecologia Urbana – A Melhor Política é ser Conservador

A Ecologia Urbana é uma parte da ecologia dedicada ao estudo de maneira a promover o equilíbrio entre o meio ambiente e os grandes centros urbanos. Trazer uma harmonização das cidades com a natureza é o que mais deseja o ecologista urbano, que segue estudando até que ponto o planejamento de uma cidade pode reduzir os impactos no meio ambiente tornando a cidade muito mais humana e harmoniosa.
Através da ecologia urbana aprendemos que uma cidade não é só um aglomerado de prédios, casas, avenidas, carros, mas sim todo um organismo vivo que tenta sobreviver e conviver com tanto progresso. Durante muito tempo, não nos preocupamos com o crescimento exagerado das áreas urbanas, e com as consequências negativas que toda essa urbanização desenfreada causaria no meio ambiente.
Nossa geração e as gerações vindouras são e serão vítimas de um passado de descaso e desrespeito contra a natureza e o preço que pagamos hoje muito é alto. A ecologia urbana surge nesse cenário “bélico” para encontrar alternativas viáveis de sustentabilidade, aplicando projetos para que toda a população, não importando a classe social, encontre e aprenda maneiras de utilizar recursos naturais e sustentáveis de forma consciente e funcional.
A ecologia urbana é indispensável hoje no planejamento da construção de um prédio, um condomínio ou de uma área pública de lazer, pois traz soluções como, por exemplo, construção de edifícios energicamente eficientes, criação de espaços verdes comutativos entre prédios que reduzem a densidade urbana, criação de alertas e campanhas para a diminuição da utilização de transportes motorizados que são os grandes vilões dos grandes centros urbanos no quesito poluição.
Com a integração da natureza aos grandes centros, a ecologia urbana tenta permitir através de ideais de sustentabilidade um maior e melhor contato das pessoas com o meio ambiente, provocando uma visível melhora na qualidade de vida.





MOMENTO DE REFLEXÃO

Acabo de embarcar em Congonhas depois de passar quase duas horas no aeroporto tentando fazer a coisa que mais amo no mundo, que é ler. Digo “tentando” porque não consegui. E não consegui por um motivo básico: excesso de barulho. Com um detalhe: o livro que eu estava tentando ler, do alemão Eckhart Tolle, se chama “O Poder do Silêncio”. Suprema ironia...
Muito se tem falado (mais uma ironia) sobre a importância do silêncio para as nossas vidas. Mesmo assim, ele está cada vez mais raro. Restaurantes com tevês ligadas, praias paradisíacas que deixam de ser paradisíacas por causa da música “ambiente” tocada nas barracas, trânsito agressivamente ruidoso – o repertório de barulhos é vasto e implacável. Mas o que mais me chama a atenção é que, pra completar essa loucura toda, nós não conseguimos ficar calados. Nos espaços públicos, onde antes a gente conversava com mais comedimento, falando pouco e baixo, hoje a gente fala, fala e fala... e fala alto, quase sempre.
Fiquei andando pelo aeroporto, procurando um cantinho mais quieto. Não existe. Se as pessoas estão acompanhadas, conversam alto entre elas. Se estão sozinhas, claro, falam no celular – alto, também. O fato é que ver alguém de boca fechada ou falando baixo é uma raridade.
Fiquei pensando como seria bom se nos lugares públicos existissem espaços separados para os falantes e os não-falantes. Uma ala onde os que gostam de barulho podem falar alto e sem parar – inclusive (ou principalmente) no celular. E outra ala onde os que preferem o silêncio (pelo menos naquele momento) podem ler, pensar na vida ou não pensar em nada. Eventualmente, podem até falar – mas baixo.Logo agora que a briga entre fumantes e não-fumantes está pegando fogo (sem trocadilho), venho dar uma sugestão dessas. Daqui a pouco apanho... Mas apanho por uma boa causa, porque amo o silêncio. Aprendo com ele, me renovo nele, sonho, viajo.
Há pouco tempo, na minha viagem pra Índia, fiquei surpresa quando cheguei em Dharamshala, cidade onde mora o Dalai Lama, e vi os monges pelas ruas e nos jardins do mosteiro falando sem parar ao celular. Ali, aos pés do Himalaia, numa espécie de paraíso budista, um lugar que inspira quietude e serenidade, pra qualquer canto que você olhe tem um monge conversando animadamente no celular, como se estivesse no aeroporto de Congonhas. Em Dharamshala, perdi as esperanças. E vi que, por algum motivo, estamos fugindo desesperadamente do silêncio. Talvez porque ele, mais do que qualquer outra coisa, nos leva pra dentro de nós – um lugar que cada vez nos interessa menos e onde menos queremos chegar.

Leila Ferreira





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