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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 21/03/2011



Segunda-feira, 21 de março de 2011

“Felicidade é ter algo o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar.” (Aristóteles)






EVANGELHO DE HOJE
 
Lc 6,36-38


Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. "Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós".







MEDITANDO O EVANGELHO (1)
Pe. Antônio Queiroz CSsR


Perdoai e sereis perdoados.
Neste Evangelho, Jesus nos pede para sermos misericordiosos. E explica o que isso significa: Não julgar ninguém, não condenar ninguém, perdoar a todos que nos ofendem e partilhar os nossos bens com os que precisam.
O exemplo ou modelo que ele nos apresenta é o próprio Deus Pai, que nos perdoa, nos ajuda e é misericordioso conosco.
Misericórdia é a compaixão suscitada pela miséria alheia. Vem do latim: “mittere + cor” = Jogar o coração. Misericórdia é mais que simples sentimento de compaixão. É a compaixão levada à ação; é fazer alguma coisa para ajudar a pessoa da qual sentimos compaixão.
A pessoa misericordiosa “tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Sempre descobre o lado bom das pessoas. Afinal, todos nós, mesmo os maiores criminosos, no fundo, somos bons, pois fomos criados por Deus e ele só faz coisas boas.
No catecismo, as crianças decoram as catorze obras de misericórdia, sete corporais e sete espirituais. As corporais são: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar abrigo aos peregrinos, visitar os doentes e encarcerados, libertar os escravizados e sepultar os mortos. Elas seguem, quase literalmente, Mt 25,31-46, onde Jesus nos diz o que vai cobrar de nós no Juízo Final. Portanto, se trata de coisa séria, pois está em jogo a nossa salvação.
As espirituais são: dar bom conselho, ensinar os que não sabem, corrigir os que erram, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar as fraquezas do próximo e orar pelos vivos e falecidos.
A pessoa misericordiosa tem um amor compreensivo. É muito comum essas pessoas usarem a expressão: “Coitado!”
“Perdoai e sereis perdoados.” É o que rezamos no Pai Nosso: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Todos nós somos pecadores e temos dívidas com Deus. Só entraremos no céu se ele nos perdoar. Acontece que o perdão de Deus a nós é do tamanho do nosso perdão aos nossos irmãos.
O perdão faz feliz não só quem é perdoado, mas também quem perdoa. Quanto mais reconhecemos que somos pecadores, mais sentimos a necessidade de perdoar os outros, a fim de sermos também perdoados por Deus. Temos dois caminhos: ou abrimos o nosso coração à generosidade e à misericórdia, ou nos fechamos na nossa própria mesquinhez e intransigência.
“Dai e vos será dado. Uma medida calcada, sacudida e transbordante será colocada no vosso colo.” Jesus usa como comparação a medida de grãos, usada nos armazéns antigos. Por exemplo, se uma pessoa queria comprar cinco litros de feijão, o balconista enchia a vasilha de cinco litros, depois sacudia (abaixava um pouco), socava (abaixava mais), em seguida punha mais feijão até derramar. Isso é generosidade! É assim que Deus faz para recompensar as nossas obras de misericórdia.
Jesus, quando estava na cruz, deu-nos um belo exemplo de amor misericordioso, quando rezou: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem!” Também quando disse ao bom ladrão: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso”. Que exemplo para nós!
Não temos outra opção: ou aceitamos os outros com as suas limitações humanas, ou nos fechamos na nossa pequenez e egoísmo. Está aí uma grande oportunidade de conversão nesta quaresma.
E não vale o “perdôo mas não esqueço”, porque seria perdão pela metade. Se a fraqueza cometida por nosso irmão chegar à nossa memória, que seja rebatida com a virtude da misericórdia.
Sobre a Campanha da Fraternidade – economia e vida – lembramos que justiça não é “dar a cada um o que lhe pertence” ou “pagar pelo trabalho que fez”, mas é dar a cada um o necessário para viver dignamente. Que os bens que vêm de Deus sejam distribuídos para todos os seus filhos e filhas, sem excluir ninguém. Economia significa, literalmente, administração da casa. Que esta grande casa de Deus, o planeta terra, seja bem administrado, colocando a vida em primeiro lugar. Há cidades que estão usando, em vez do conhecido saquinho de supermercado, sacolas de papel, que são biodegradáveis e não poluem a natureza. Que a economia esteja a serviço da vida, não o contrário, a vida a serviço da economia.

Havia, certa vez, um operário de construção que todos os dias comia a mesma coisa: sanduíche de queijo. Os outros operários esperavam com alegria o toque da sirene para o almoço, quando se dirigiam ao galpão, onde haviam guardado suas refeições. Uns esquentavam, outros não. Quase sempre feijão, arroz e um pedaço de carne. Todos comiam com visível prazer. Mas aquele trabalhador comia seu sanduíche de queijo reclamando. Todos os dias ele dizia: “Detesto sanduíche de queijo”. Comia silenciosamente e no final amassava o papel, jogava-o no lixo e repetia a ladainha: “Detesto sanduíche de queijo”.
Um dia, um dos colegas sugeriu: “Por que você não pede a sua esposa que faça um sanduíche diferente?” Ele respondeu: “Quem disse que é a minha esposa quem prepara o sanduíche? Sou eu mesmo que o preparo”.
Já pensou? Cada um colhe aquilo que planta; cada um come o sanduíche que preparou. À semelhança desse caso, muitas vezes as nossas desavenças nascem de nós mesmos. Somos nós que fazemos uma imagem do outro, que não corresponde à realidade. Depois começamos a nos desentender com o próximo, baseados numa imagem dele que nós mesmos criamos.
Maria Santíssima, no Magnificat, cantou a misericórdia de Deus: “A sua misericórdia de estende de geração em geração”. “Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve!”
Perdoai e sereis perdoados.


MEDITANDO O EVANGELHO (2)
Alexandre Soledade


Bom dia!
Algo nele me lembrou um trecho de uma canção diz assim: “Se minha carreira eu não completar, DE QUE VALE MINHA FÉ TANTO GUARDAR”. Como não conflitar com “Ele será generoso, e AS BÊNÇÃOS que ele LHES DARÁ SERÃO TANTAS, QUE VOCÊS NÃO PODERÃO SEGURÁ-LAS EM SUAS MÃOS”. Se não conseguiremos guardá-las porque então não dá-las?
Geralmente as coisas boas ofertamos apenas a aqueles que gostamos e escolhemos tornando assim o evangelho de hoje um grande desafio para cada um de nós. Existem várias promessas nele, mas que carecem de um grande amadurecimento pessoal. Estamos na quaresma, o tempo é esse!

No entanto, é importante separar e salientar que: A mudança de atitude não pode ser encarada como uma troca ou permuta (o Senhor faz isso e eu faço isso) e sim como consequência. Se passarmos a fazer as coisas aos outros somente para recebermos algo em troca, de que vale o gesto?
Reafirmando… Jesus apresenta, na verdade, uma proposta de MUDANÇA DE VIDA e não uma solução mágica. Ele apresenta também os frutos dela. Muitas dessas coisas que Ele nos oferece “chocam” com o nosso jeito egoísta de ser e se comportar, ou será que nos imaginamos hoje perdoando quem nos ofendeu ou se calando (evitando fofocas) a respeito de quem nos difama, critica, ataca? Ainda não! Se nos batem, queremos partir pra cima; se nos ofendem procuramos sempre algo ainda maior que nos faça vencedor… (hunf)
Marcos, em um trecho de sua narrativa (Marcos 4, 26-27), apresenta o reino de Deus como a semente que cresce e nós nem a percebemos. Ao mudar minha forma de pensar ou responder as agressões que recebo, SEM PERCEBER, começo a permitir que o reino de Deus cresça dentro de mim diferentemente daqueles que buscam aos bons atos ou caridade como forma autopromoção.
“(…) Enquanto isso, os homens se tinham reunido aos milhares em torno de Jesus, de modo que se atropelavam uns aos outros. Jesus começou a dizer a seus discípulos: GUARDAI-VOS DO FERMENTO DOS FARISEUS, QUE É A HIPOCRISIA. Porque não há nada oculto que não venha a descobrir-se, e nada há escondido que não venha a ser conhecido. Pois o que dissestes às escuras será dito à luz; e o que falastes ao ouvido, nos quartos, será publicado de cima dos telhados”. (Lucas 12, 1-3)
Se existe algo que precisa ser policiado em nossas vidas e a língua e o pensamento, pois sobre eles não temos muito controle. Imaginemos que o controle que temos sobre eles é análogo quando, sem querer, chutamos, com o dedinho do pé, a perna mesa ou a mesinha de centro da sala. É difícil não querer xingar, mas é desse controle , no momento de raiva, da dor, da revolta, de que estou falando.
“(…) Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês. Não condenem os outros, e Deus não condenará vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês. Dêem aos outros, e Deus dará a vocês”.
Sim, a proposta é desafiadora, mas deve começar no reconhecimento, que não nos esforçamos ou empenhamos no limite das forças, portanto, continuemos a tentar…
Quaresma é um tempo de reflexão, oração e se for o caso, arrependimento. Reflitamos hoje com mais atenção o que diz o ato de contrição, trazendo a mente se de fato estamos empenhados a controlar nossos instintos mais primitivos de defesa em prol dos outros.
“Senhor, eu me arrependo sinceramente DE TODO MAL QUE PRATIQUEI E DO BEM QUE DEIXEI DE FAZER. Pecando, eu vos ofendi, meu Deus e sumo bem, digno de ser amado sobre todas as coisas. PROMETO FIRMEMENTE, ajudado com a vossa graça, fazer penitência e fugir às ocasiões de pecar. Senhor, tende piedade de mim, pelos méritos da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, nosso Salvador”. Amém!







MOTIVAÇÃO NO TRABALHO



A construção do caráter


Encerrando os estágios necessários para adquirir novos hábitos ou habilidades, chegamos ao Inconsciente e Habilidoso. Este é o estágio que você já não tem que pensar. É o estágio em que escovar os dentes, ou usar o vaso sanitário de manhã é a coisa mais natural do mundo. É quando se esqueceu dos hábitos compulsórios. É quando você vê uma pessoa esquiando montanha abaixo como se ela estivesse caminhando na sua rua. Este é o estágio que descreve o Ronaldinho Gaúcho jogando no Barcelona, "brincando de jogar futebol" no meio dos profissionais.
Aliás, já ouvi alguns jornalistas e comentaristas esportivos dizer que Ronaldinho joga de maneira “inconsciente”, sem saber que estão descrevendo exatamente seu estágio. Com certeza o Ronaldinho Gaúcho não tem que pensar em sua forma ou estilo de jogar futebol, pois isso já se tornou natural para ele. É o estágio em que alguém digita no teclado do computador enquanto conversa com alguém, ou o pianista que dedilha a música sem olhar na partitura.... de maneira natural.
Quando estou trabalhando Inteligência Emocional na Liderança explico que este é o estágio em que os lideres conseguiram incorporar seu comportamento aos hábitos e a sua verdadeira natureza. Nesta estágio os lideres não precisam se preocupar em ser bons lideres, porque são bons lideres naturalmente. O líder neste estágio não se preocupa em vender a imagem de ser uma boa pessoa, pois ele é uma boa pessoa. Para dizer a verdade estamos falando da construção do caráter. A real capacidade de liderança, não fala da personalidade do líder, de suas posses, diplomas ou carisma, mas fala muito de quem ele é como pessoa.
Muitos achavam que liderança é estilo, mas depois de ler estes artigos anteriores devem ter chegado a conclusão que liderança é essência, isto é, caráter. Grandes lideres tiveram diferentes personalidades e estilos e foram lideres eficientes, no entanto havia mais do que apenas estilo nestes lideres. Liderança e amor são questões ligadas ao caráter.
Tenho uma palestra onde trabalho o Perfil Emocional do Líder, na verdade, são qualidades construtoras do caráter, ou seja, hábitos que precisamos desenvolver e amadurecer se quisermos nos tornar lideres de sucesso, e que resistem no teste do tempo. Peço licença para concluir o artigo do hoje, com uma citação: “Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter traça o nosso destino”.

Luiz Antonio Silva, palestrante e facilitador da PHAROL-RH






MOMENTO DE REFLEXÃO


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante, você fazer algo por alguém , e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
"É elegante o silêncio, diante de uma rejeição... "
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do Gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza, atitudes gentis falam mais que mil imagens...
 ...Abrir a porta para alguém...é muito elegante (Será que ainda existem
homens assim?)...
...Dar o lugar para alguém sentar...é muito elegante...
...Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
...Oferecer ajuda...é muito elegante...
...Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante...
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas
tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura.


Toulouse Lautrec






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