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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quarta-feira 30/03/2011




Quarta-feira, 30 de março de 2011

“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.” (Friedrich Nietzsche)






EVANGELHO DE HOJE
Mt 5,17-19


"Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus".






MEDITANDO O EVANGELHO (1)
Pe. Antônio Queiroz CSsR


Não vim para abolir a Lei, mas para dar-lhe pleno cumprimento.
Neste Evangelho, Jesus nos fala a respeito do valor e da importância das Leis do Antigo Testamento para nós hoje.
O “pleno cumprimento” da Lei consiste principalmente na maneira correta de obediência. Obedecer corretamente a uma lei é procurar descobrir e praticar a intenção do legislador, o que ele tinha em mente ao promulgá-la. É o que chamamos espírito da lei. Isso vai muito além da obediência literal, que só vê o que a lei diz em si, sem considerar o seu sentido mais profundo.
No caso da Bíblia, as leis do Antigo e do Novo Testamento vieram do mesmo autor, que é Deus, nosso Pai amoroso. Suas palavras são as de um Pai que só quer o bem dos filhos e filhas. Também nós devemos receber essas leis com amor de filhos e filhas. “Não és mais escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro; tudo isso por graça de Deus” (Ef 4,7). Somos de dentro da casa de Deus, somos sua família. Assim que devemos ver as Leis dele.
Quando amamos uma pessoa, nós lemos no coração dela o que suas palavras não conseguem expressar. Precisamos fazer o mesmo com Deus. Jesus fez isso, em relação às Leis do Antigo Testamento.
As palavras do Evangelho de hoje são o começo de um discurso de Jesus, no qual ele apresenta cinco exemplos, para mostrar como que as Leis do Antigo Testamento devem ser vistas por nós hoje:
1) “Não matarás.” Deus está dizendo que não quer que façamos o mal ao próximo, e sim o bem. Isso começa com pequenos gestos, como tratar o nosso irmão com raiva.
2) “Não cometer adultério.” No fundo, é respeitar a família, e não desrespeitar o matrimônio nem com um olhar.
3) “Não jurarás falso.”. No fundo, é ser verdadeiro, falar sempre a verdade e nunca enganar ninguém e nunca colocar Deus como nossa testemunha. “Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não”.
4) “Olho por olho, dente por dente.” Significa não se deixar levar pelo espírito de vingança ou pela ganância. Se alguém nos tomar a capa, vamos entregar-lhe também a túnica. Se alguém nos der um tapa, vamos virar-lhe a outra face.
5) “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.” Com esta Lei, Moisés cortou noventa por cento do ódio que havia entre as pessoas, e introduziu um controle. No fundo, o que Deus queria era que amássemos a todos, até os nossos inimigos. “Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre juntos e injustos” (Mt 5,45).
E Jesus termina o discurso com uma frase chave que resume tudo: “Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Aí está a grande meta da nossa vida: que sejamos parecidos com Deus Pai, pois o filho se parece com o pai.
Ser cristão é obedecer aos mandamentos de Deus. “Isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça ainda, e cada vez mais, em conhecimento e em toda percepção, para discernirdes o que é melhor. Assim estareis puros e sem nenhuma culpa para o dia de Cristo...” (Fl 1,9-10).
Ser santo consiste em amar a Deus e amar o próximo como Deus ama. O amor vem de dentro, o amor tudo transforma. Ele brota da nossa liberdade, não de leis externas. Jesus nos libertou da lei. Mas é uma libertação que nos leva a viver para os outros. “Ame, e faça o que você quiser... Se a verdade nos faz livres, o amor nos faz escravos” (Santo Agostinho).
A propaganda cria em nós o desejo de comprar coisas, de substituir a geladeira, o fogão, a máquina de lavar... A necessidade muitas vezes é ilusória, tornando-nos escravos do dinheiro e das lojas que vendem a prestação. As lojas não querem vender à vista, porque o lucro, ou melhor, o roubo delas é menor. Os juros embutidos nas prestações são exorbitantes, mas o consumidor dificilmente percebe isso. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
Certa vez, um homem encontrou dentro de um baú dos seus tataravôs, entre as bugigangas, uma moeda. Estava escurecida e desgastada pelo tempo. Ninguém da família conhecia o seu valor.
O homem então levou a moeda a um economista. Este, após examiná-la, a desprezou, dizendo que não valia mais nada.
Não conformado, o homem dirigiu-se a um especialista em raridades. Quando o especialista a viu, sua feição se mudou. Após examiná-la, disse ao dono da moeda ser dono de uma peça de imenso valor, uma rara moeda de ouro, na verdade, uma peça única.
Economia e vida. As pessoas são como essa moeda. Elas não podem ser avaliadas apenas pelo seu valor econômico, isto é, pela capacidade de trabalhar e de produzir. Toda pessoa é uma peça rara, única, de valor infinito.
Certa vez, um homem decidiu seguir Jesus Cristo para valer mesmo. Ele praticava caridade, ajudava todo mundo, dizias boas palavras, fazia o bem de manhã até a noite. O grande desejo dele era ir para o céu. Ninguém tinha dúvida de que ela ia mesmo para o céu.
Um dia, ele morreu, chegou à porta do céu e aquele que o recebeu disse que seu nome não constava na lista. Ele obedeceu direitinho e foi logo para o inferno.
Dois dias depois, o capeta foi lá à porta do céu e reclamou: “Vocês me mandaram um que está causando a maior desordem e anarquia. Está um caos lá no inferno. Está todo mundo se falando, um olhando nos olhos do outro, se abraçando e querendo bem, perdoando e falando de amor. Trate de tirá-lo de lá o mais rápido possível”. O porteiro consultou a lista e viu que houve um engano.
Vamos viver tão bem a nossa fé, sendo caridosos fraternos e dando bons exemplos que, mesmo se porventura houver um engano lá na porta do céu, nós não o perderemos. Faça de tudo para o capeta não gostar de você.
Onde há amor, não há necessidade de lei. Maria Santíssima amava muito a Deus, e lhe obedecia espontaneamente em tudo.
Não vim para abolir a Lei, mas para dar-lhe pleno cumprimento.








COMENTÁRIO DO EVANGELHO (2)
Jailson Ferreira 

A lição que Jesus quer nos fazer entender hoje é tão clara e direta, que não deixa margem para más interpretações. Na primeira parte, Ele diz que não veio para abolir a Lei e os Profetas, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Qual o motivo que levou Jesus a dizer isso? Provavelmente alguns de seus posicionamentos e interpretações da Lei e dos Profetas eram diferentes do que os doutores da lei e os fariseus ensinavam na época. Um dos exemplos é o descanso obrigatório do dia de sábado, que começou como uma forma de repouso merecido pela semana de trabalho, mas que foi levado a extremos que beiravam a insanidade. Quando algum doente era apresentado a Jesus em dia de sábado, todos ficavam tensos pela iminência de Jesus "trabalhar" no dia que era destinado ao descanso.
 Há duas semanas eu adoeci e fui levado ao hospital. Não era nada grave, apenas uma crise de sinusite, mas que me deixava com uma dor de cabeça inquietante. O atendimento no hospital foi bem ruinzinho, mas como eu estava com muita dor e mal estar, o atendimento tornou-se muito pior. O aparente descaso e indiferença ao sofrimento dos pacientes por parte dos médicos, enfermeiros e técnicos fez com que eu lembrasse daquela que a Bíblia Ave Maria chama de "a Regra de Ouro": FAZE PELO TEU PRÓXIMO O QUE GOSTARIAS QUE ELE FIZESSE POR TI. E Jesus conclui assim: "Nisso se resumem a Lei e os Profetas." Tudo bem que um hospital não é um comércio, no qual o médico ou o enfermeiro vão ganhar uma boa comissão se atenderem os pacientes com a mesma atenção de um vendedor numa loja de jóias... mas nem por isso precisam tratá-los como se fossem culpados por aumentar o trabalho deles. É por isso que, hoje em dia, as faculdades da área de saúde estão insistindo tanto na humanização dessa nova geração de profissionais desde o primeiro ano da graduação. Fica então o recado a todos os que atendem pessoas doentes: ponha-se no lugar do seu paciente e pense como gostaria de ser tratado. Lembre-se que ou você já passou ou vai precisar passar por um hospital um dia (como paciente)...
A segunda lição diz respeito ao cumprimento da Lei. E o detalhe que vai encerrar essa reflexão é a consideração de Jesus sobre PRATICAR e ENSINAR. Observe que não é ENSINAR e PRATICAR... Quem quer ENSINAR, antes deve PRATICAR a Lei, ou a "Regra de Ouro", que diferencia a nós, cristãos, das outras religiões, já que nós devemos seguir essa regra INCLUSIVE com as pessoas que não merecem!
(jailsonfisio@hotmail.com)









MEDITANDO O EVANGELHO (3)
Alexandre Soledade

Bom dia!
O povo, por longo período de anos, não teve a preocupação de documentar ou guardar sua história em manuscritos ou outra forma concreta de arquivo ao não ser o que era passado de boca a boca, de pai para filho. Apenas após a passagem de Josias e Esdras, ouve uma preocupação em se compilar as tradições judaicas, mas mesmo tendo sua história e normas guardadas no que chamaram de TORAH, a tradição cultural continuava sendo passada de pessoa a pessoa.
Muitas leis eram locais ou de interpretação conforme a localidade, realidade e situação do povo, é o que popularmente chamamos de “cada caso tem um caso”. Por vezes, as leis eram mais culturais do que escritas por Deus.
Jesus aparece e mostra que a lei continua correta, mas propõe que haja um NORTE na sua interpretação, para que ela não fosse tendenciosa e usada de forma a oprimir, ao invés de libertar e corrigir o seu povo.
“(…) Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, MAS PARA DAR O SEU SENTIDO COMPLETO”.
É duro ver como AINDA a palavra de Deus é usada para ganho, lucro e ludibriar as pessoas? Esses dias passando os olhos num programa desses da TV, um pastor, que de passagem denigre a imagem dos bons pastores das igrejas sérias, trazia uma reflexão com intuito de pedir ou arrecadar dinheiro. Chamei a minha esposa para ver e disse a ela que provavelmente ele usaria versículos do antigo testamento e de um livro específico. E não deu outra!
Contexto diferente, realidade diferente, povo diferente, mas nada disso foi levado em consideração por esse lobo em pele de cordeiro.
“(…) Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições. Mas tu, ó homem de Deus, foge desses vícios e procura com todo empenho a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão”. (I Timóteo 6, 9-11)
O que me entristece é que isso só acontece e ganha adeptos porque somos muito individualistas. Nossa natureza animal, defendida pelos cientistas sobre o pretexto do “melhor e mais adaptado sobreviverá” nos faz tomar atitudes, muitas vezes contrárias a Lei de Deus. Como será que dorme um falso pastor desse?
Estendendo esse comentário a nós mesmos, aonde esta nosso respeito aos mandamentos? Por que questiono isso?
Vamos refletir:
Deus nos chama a ser comunidade – cruzamos os braços, enterramos os talentos;
Ele DIZ: não mate, não roube – ignoramos, desprezamos, fechamos os olhos, buscamos vantagens;
Ele DIZ: Respeite seu Pai e sua Mãe, honre o sábado (domingo) e o que fazemos?
A lei nos ALERTA dos falsos testemunhos, mas ainda damos ouvidos a intrigas, fofocas, desavenças;
A lei EXORTA a não usar seu nome em vão e vemos as pessoas produzir falsos milagres, falsas interpretações ou quando não, tendenciosas, oportunistas…
Temos muito ainda por crescer…
“(…) Por outro lado, quem obedecer à Lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado grande no Reino do Céu”.
Um imenso abraço fraterno!






CURIOSIDADES

Sobre o Japão


O Japão é um país de cultura milenar. Muitos dos seus hábitos e costumes são oriundos da antiguidade. Tanta tradição contrasta com suas modernas cidades e com seu avanço tecnológico, que atinge nações de outros continentes.
Se você está pensando em visitar a “Terra do Sol nascente”, não arrume suas malas sem antes conferir algumas curiosidades sobre este país. Elas vão evitar que você passe por algum constrangimento e te ajudar a entender melhor o povo japonês.

1 – O Japão é mundialmente conhecido por sua organização. Com a coleta de lixo, a história não é diferente. Lá, ele deve ser separado em lixo comum (resíduos de cozinha, papel) e lixo não combustível (plástico, metal, vidro). O entulho deve ser jogado em dias e locais determinados, sempre devidamente vedados, para não virar comida dos animais.

2 – A educação é um dos maiores motivos pelo qual o Japão se tornou numa potencia mundial. Seu sistema de ensino é dividido em três etapas: escola primária (6 a 11 anos), escola média (12 a 14 anos) e escola secundária (15 a 17 anos).
Os alunos têm aula de manha e à tarde. Além disso, eles estudam várias matérias, como Língua Nacional, ciência, artes plásticas, educação moral, atividades do lar, estudos sociais (história, geografia e educação cívica), música e matemática.

3 – Assim como qualquer outro país, o Japão também possui seus feriados nacionais. Destaque para o Dia do Verde (29/04), instituído após a morte do imperador Hirohito, o Dia da Constituição (03/05) e o Dia das Crianças (05/05). Como esses feriados são muito próximos, boa parte dos trabalhadores aproveita para tirar a chamada Golden Week, semana de ouro.

4 – Ainda há outras curisiodades que você pode conferir logo abaixo:

• No Japão, é falta de educação abrir um presente na frente de quem o deu.
• O sinal de positivo significa namorado.
• Os carros são dirigidos como na Inglaterra, ou seja, com o volante do lado direito.
• Quando estiver conversando com um japonês, jamais coloque a mão no bolso. Para eles, isso é um sinal de desrespeito.





MOMENTO DE REFLEXÃO

Viver não dói.O que dói é a vida que não se vive.
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows, livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais !!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."


Emilio Moura






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