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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quarta-feira 23/03/2011




Quarta-feira, 23 de março de 2011


“Não há melhor fragata que um livro para nos levar a terras distantes.” (Emily Dickinson)





EVANGELHO DE HOJE

 

Mt 20,17-28


Subindo para Jerusalém, Jesus chamou os doze discípulos...: "Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte... Mas no terceiro dia, ressuscitará". A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido...: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". Jesus disse: "Não sabeis o que estais pedindo... o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou"... "Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos".







MEDITANDO O EVANGELHO (1)
Pe. Antônio Queiroz CSsR


Eles o condenarão à morte.
Este Evangelho traz para nós a declaração clara que Jesus fez aos seus discípulos sobre tudo o que ia acontecer com ele em Jerusalém: as acusações falsas, as torturas e a morte. Isso para que eles não tivessem ilusões a respeito do Mestre que seguiam.
Apesar disso, a mãe dos Apóstolos João e Tiago, fez a Jesus o seguinte pedido: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda!” Era um desejo de honra, que a mãe e os dois filhos tinham. E o Evangelho fala que os outros dez, ao ouvirem isso, ficaram irritados contra João e Tiago. Sinal que o mesmo desejo estava no coração de todos os doze: viam a participação no Reino de Deus como espaço para honras, glórias e destaque sobre os que não participavam.
Esse era o pensamento de todos os judeus a respeito do Reino de Deus; esperavam um Messias político, com poder e Reino temporal. Essa idéia estava também nos doze. Por isso lhes escapou completamente o que Jesus lhes acabara de anunciar sobre a sua paixão e morte humilhantes, embora coroadas com a glória da ressurreição. De fato, depois do que Jesus falou, não tinha cabimento pedir honras nesse Reino do Messias. Mas eles não haviam entendido nada, e o seu pensamento estava todo voltado para a ambição. Teriam, portanto, de aprender ainda muito.
Jesus não perde a oportunidade para catequizar os doze, futuros guias e pilares da Igreja: “Quer quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo”.
Na Comunidade cristã, a autoridade, e mesmo a fraternidade, devem ser sinônimos de serviço. No grupo dos seguidores de Cristo, não tem cabimento o domínio, o autoritarismo, a ambição e o desejo de poder. Isso fica para os “chefes das nações” e seus grupos.
Na verdade, Jesus não condena a autoridade nem o desejo de ser o primeiro; o que ele faz é inverter o modo de exercer a autoridade e de ser o primeiro, passando de dominar os subordinados para servi-los. A própria sociedade civil tem esse desejo, que está incrustado na palavra democracia, que significa governo do povo pelo próprio povo.
E Jesus apresenta como exemplo a si mesmo: “Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir”. Quando participamos da Eucaristia e recebemos a Comunhão, estamos assumindo em nós a vida de Cristo, os seus critérios e este seu modo de viver em sociedade, na esperança de chegarmos assim à ressurreição.
Havia, certa vez, dois burrinhos que estavam amarrados um ao outro por uma corda. Eles estavam num curral, no qual havia dois feixes de capim.
Mas a distância entre os feixes era maior que a corda! Então eles ficavam forçando a corda, cada um querendo se aproximar do seu feixe de capim.
Até que, cansados, resolveram juntos comer um dos feixes e depois, também juntos, comer o segundo feixe.
É preferível o bom, unidos, do que o ótimo, desunidos. É a humildade que nos leva a trabalhar juntos, formando equipes, pastorais e ministérios. E é nas reuniões que planejamos a nossa caminhada juntos.
Nós não somos mais fortes que Jesus, que gemeu no Jardim das Oliveiras. Que Maria Santíssima nos ajude a seguir o seu Filho integralmente.
Eles o condenarão à morte.




MEDITANDO O EVANGELHO (2)
Alexandre Soledade


Bom dia!
Jesus nos desafia a compreendê-lo. Ele foge do modelo qualquer tipo de paradigma egoísta que cativamos.
Ao reconhecer Jesus como aquele que profetizavam que viria reinar, essa mãe se põe a tentar garantir um local de destaque para seus filhos João e Tiago. Mas será mesmo que é importante ter um posto de destaque para Jesus?
Pessoas se ferem, se agridem e até se matam para se evidenciar entre os outros. São capazes de tudo para serem vistas, comandar, reinar, mandar… No entanto o homem de Nazaré revela o que de fato é importante para ser visto por Ele. O Senhor se dá como exemplo. “Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente”.
Creio que os apóstolos só foram entender de fato essas palavras na última ceia, na cena do lava-pés.
Tenho um conhecido que é há anos chefe. Colegas de trabalho dele dizem que ele não conseguiria mais trabalhar se não tivesse essa posição de comando. Anos e anos mandando e comandando lhe deram muita experiência sobre liderança, mas de certa forma, hoje já o limitam. Já não ouve novas idéias, faz as coisas como as fazia há 10 anos, não se abre a criticas, sugestões, comentários; parou no tempo.
Em comunidade temos um só líder: Deus. É Ele que norteia nossos caminhos, que elege e investe em seus comandantes, coordenadores, lideranças e não nós. Um amigo meu, muito triste, revelou que em sua comunidade existe uma “dinastia” a frente de sua pastoral. Coordenação que passa de pai para filho, mãe para filha e quando sai da ordem familiar, são os apadrinhados dele (a) que novamente sobem ao “poder”.
“(…) Vocês não devem também ser chamados de “líderes” porque vocês têm um líder, o Messias. ENTRE VOCÊS, O MAIS IMPORTANTE É AQUELE QUE SERVE OS OUTROS. Quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido“. (Mateus 23, 11-12)
Acostumamos ver essa situação como “comum” (infelizmente) no meio dessa triste politicagem que vivemos. Pessoas como a mãe de João e Tiago que buscam certas regalias e postos sociais através de associações indevidas a políticos ou pessoas de índole duvidosa, questionável e corruptível. Isso no mundo já é intolerável, pois o nosso momentâneo sossego e proteção de hoje pode ser à custa do sofrimento, dos impostos e do suor de outros. Depois não sabemos porque as coisas não dão certo pra nós, pois nos omitimos a ver que as vezes colaboramos com o sofrimentos dos outros sob a justificativa que “tenho que trabalhar”. Apoiamos políticos corruptos em busca de cargos e privilégios; pessoas que vivem em situação de perigo social que emprestam seus filhos ao trafico de drogas ou aquelas que simplesmente fazem uma “panelinha” para decidir algo que as favoreça.
“(…) O que faz o mal não é a tentação em si, MAS O CEDER À TENTAÇÃO. Na tentação de Jesus, o que conta realmente não é a materialidade dos lugares e de coisas, onde e como foi tentado, mas como reagiu a consciência de Jesus”. (Dom Geraldo Majella)
Se, no mundo que vivemos, já é intolerável essa atitude. Imagine no ambiente cristão. Não se pode admitir que dentro da esfera onde Deus é nosso único pastor, a liderança de falsos pastores, pessoas egoístas, mal resolvidas, que afastam as pessoas.
É verdade também que Deus escolhe as pessoas, até mesmo os mais difíceis de lidar e conviver possam ter sido escolhido por Ele. Pedro, Paulo, Moisés, Elias, não eram pessoas fáceis, no entanto, em defesa a eles aparece a fidelidade ao projeto. Então, mesmo em meio a erros, sejamos fieis. Deus não permitirá que o domínio sem seu cajado prevaleça.
Para concluir gostaria de deixar uma mensagem que extrai de um texto da CNBB.
“Todos somos tentados como Cristo: tentados de voltar às costas a Deus Criador; de pararmos diante das coisas para possuí-las; de querer dominar sobre os outros, de colocar-nos no centro do mundo: pessoas e povos, caídos na tentação. Situações de violência e prepotência onde um exaltado demonstra uma irreprimível vontade de poder” (Dom Geraldo Majella)
Não deixemos isso acontecer!
Um imenso abraço fraterno!





CURIOSIDADES
Direitos Civis


          
O Estatuto do Idoso


Após sete anos tramitando no Congresso, o Estatuto do Idoso foi aprovado em setembro de 2003 e sancionado pelo presidente da República no mês seguinte, ampliando os direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso, lei de 1994 que dava garantias à terceira idade, o estatuto institui penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadãos da terceira idade. Veja os principais pontos do estatuto:

Saúde

O idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS).
A distribuição de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita, assim como a de próteses e órteses.
Os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério da idade.
O idoso internado ou em observação em qualquer unidade de saúde tem direito a acompanhante, pelo tempo determinado pelo profissional de saúde que o atende.

Transportes Coletivos

Os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito. Antes do estatuto, apenas algumas cidades garantiam esse benefício aos idosos. A carteira de identidade é o comprovante exigido.
Nos veículos de transporte coletivo é obrigatória a reserva de 10% dos assentos para os idosos, com aviso legível.
Nos transportes coletivos interestaduais, o estatuto garante a reserva de duas vagas gratuitas em cada veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Se o número de idosos exceder o previsto, eles devem ter 50% de desconto no valor da passagem, considerando-se sua renda.

Violência e Abandono

Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão.
Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania pode ser condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa.
Famílias que abandonem o idoso em hospitais e casas de saúde, sem dar respaldo para suas necessidades básicas, podem ser condenadas a penas de seis meses a três anos de detenção e multa.
Para os casos de idosos submetidos a condições desumanas, privados da alimentação e de cuidados indispensáveis, a pena para os responsáveis é de dois meses a um ano de prisão, além de multa. Se houver a morte do idoso, a punição será de 4 a 12 anos de reclusão.
Qualquer pessoa que se aproprie ou desvie bens, cartão magnético (de conta bancária ou de crédito), pensão ou qualquer rendimento do idoso é passível de condenação, com pena que varia de um a quatro anos de prisão, além de multa.

Entidades de Atendimento ao Idoso

O dirigente de instituição de atendimento ao idoso responde civil e criminalmente pelos atos praticados contra o idoso.
A fiscalização dessas instituições fica a cargo do Conselho Municipal do Idoso de cada cidade, da Vigilância Sanitária e do Ministério Público.
A punição em caso de mau atendimento aos idosos vai de advertência e multa até a interdição da unidade e a proibição do atendimento aos idosos.

Lazer, Cultura e Esporte

Todo idoso tem direito a 50% de desconto em atividades de cultura, esporte e lazer.

Trabalho

É proibida a discriminação por idade e a fixação de limite máximo de idade na contratação de empregados, sendo passível de punição quem o fizer.
O primeiro critério de desempate em concurso público é o da idade, com preferência para os concorrentes com idade mais avançada.

Habitação

É obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos programas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos.





MOMENTO DE REFLEXÃO


Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais"... E o bem comportado executivo?
O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética
dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer chegar?
Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire... Acalme-se...
O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...
NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL...
SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA...

Paulo Roberto Gaefke





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