Terça-feira,
09 de maio de 2017
"Na
arte a mão nunca pode executar algo superior ao que o coração pode
inspirar." (Ralph Waldo Emerson)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 10,22-30
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
Celebrava-se,
em Jerusalém, a festa da Dedicação do Templo. Era inverno. 23Jesus passeava
pelo Templo, no pórtico de Salomão. 24Os judeus rodeavam-no e disseram:
"Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos
abertamente".
25Jesus
respondeu: "Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço
em nome do meu Pai dão testemunho de mim; 26vós, porém, não acreditais, porque
não sois das minhas ovelhas. 27As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as
conheço, e elas me seguem. 28Eu dou-lhes a vida eterna, e elas jamais se
perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
29Meu Pai,
que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão
do Pai. 30Eu e o Pai somos um".
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Vamos
contextualizar…
“(…) O templo de Salomão foi violado por
Antíoco Epífanes, 200 (duzentos) anos antes do nascimento do Messias. A cidade
de Jerusalém fora saqueada e o Templo entregue ao deus Olimpo ou Júpiter de
Olimpo, cuja imagem fora levantada sobre o altar dos holocaustos. Assim foram
suspensos os sacrifícios diários por 35 anos, até que Judas Macabeu dirigiu uma
revoltas contra Antíoco Epífanes no qual foi bem sucedido. Seu primeiro cuidado
foi reparar e purificar o Templo. Isto aconteceu por volta dos anos 165, antes
do Messias nascer. Fizeram uma festa ao Senhor e a chamaram de DEDICAÇÃO, pois
iam REDEDICAR o Templo a Deus. A partir de então, anualmente, fora comemorado
até os anos 65, antes do nascimento de O Messias”.
(http://www.brasileisrael.com.br)
Busquei
esse resgate histórico para começar esse comentário.
Deve
ter reparado que a tradição perdurou até 65 anos antes de Jesus nascer, pois os
romanos também tomaram o local. Poucos anos antes de Jesus nascer esse local
foi novamente REDEDICADO a Deus e a tradição continuou.
O
que podemos tirar dessa contextualização?
Existe
templo importante que precisa, por causas das nossas quedas e fraquezas, ser
rededicado a Deus de tempos em tempos – NÓS MESMOS.
“(…)
Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós,
o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? 20.
Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso
corpo”. (I Corintios 6, 19-20)
Quantas
vezes também fomos tomados, usurpados, deixados, largados pelas escolhas que
fizemos? Quantas vezes também nós levantamos “estátuas” de outros deuses como o
da vaidade desmedida, o da avareza, da ganância, do orgulho, da arrogância, da
prepotência? Quantas vezes também que subimos no lugar que pertence a Ele e
passamos a julgar as pessoas, tecer pré-conceitos, [...]? E o pior, é lembrar
quantas vezes deixei de ser a ovelha do Senhor, pois não ouvi sua voz? “(…) As minhas ovelhas escutam a minha voz;
eu as conheço, e elas me seguem”.
REDEDICAR
a Deus é um processo constante de se por à serviço; é mediante as criticas que
recebemos e aos inevitáveis insucessos continuar a acreditar no projeto; é, mesmo
perseguido, corajosamente se por novamente à frente, é mediante as descrenças
desse mundo tão materialista e individualista, viver o evangelho e acreditar na
vida eterna e na ressurreição; é em meio ao barulho que o mundo faz através das
guerras, disputas de poder, [...], silenciar para ouvir a voz do pastor a
sussurrar… (…) As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço, e elas me
seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e por isso elas nunca morrerão.
Apesar
do inverno e às vezes da neve que caía durante a festa da DEDICAÇÃO, nada
impedia o povo fiel de proclamar a nova fidelidade cantando ou recitando salmos
e louvores de alegria. Convém que nós também celebremos, a cada novo dia e novo
levantar da mesma forma.
Jesus
conhece nosso pensamento, nossas falhas e também nossas potencialidades. Mesmo
que o mundo tente nos deixar surdos ou cegos, a voz do pastor se faz ouvir a
cada vez que me deixo encontrar.
“(…)
Cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glorioso louvor. Dizei a Deus: Vossas
obras são estupendas! Tal é o vosso poder que os próprios inimigos vos
glorificam. Diante de vós se prosterne toda a terra, e cante em vossa honra a
glória de vosso nome. Vinde contemplar as obras de Deus: ele fez maravilhas
entre os filhos dos homens. Mudou o mar em terra firme; atravessaram o rio a pé
enxuto; eis o motivo de nossa alegria. Domina pelo seu poder para sempre, seus
olhos observam as nações pagãs; que os rebeldes não levantem a cabeça.
Bendizei, ó povos, ao nosso Deus, publicai seus louvores. Foi ele quem
conservou a vida de nossa alma, e não permitiu resvalassem nossos pés”. (Salmo
65, 2-9)
Um
imenso abraço fraterno
COMPORTAMENTO
NÃO DEIXE DE
SER VOCÊ MESMO PARA TER UM RELACIONAMENTO
Por Sílvia
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Você
tem uma família, uma carreira e amigos. Você às vezes até tem um parceiro
afetivo com quem se relaciona sexualmente e faz planos para o futuro. Você
imagina desejar loucamente casar, ter filhos e até pensa nos nomes das crianças.
De
domingo de manhã, ainda de camisola , olha atentamente o jornal em busca de
empreendimentos imobiliários que caibam no orçamento do seu parceiro e no seu
também.
Você
imagina conhecer o seu tipo ideal de homem. Você imagina conhecer o seu tipo ideal
de vida. Você tem crenças e valores bem estabelecidos desde a infância. Você
respeita os valores alheios, mas você não cogita revistar os seus porque desde
sempre aprendeu que eles estão certos.
Você
imagina ser A ou B. Você imagina gostar de um determinado tipo de rotina. Você
está acostumada a almoçar em determinado restaurante e sempre pede os mesmos
pratos.
Você
imagina que existe uma idade para fazer cada conquista na sua vida. Você
imagina que viajar com um parceiro é muito melhor do que viajar com uma amiga.
Você imagina que pegar um cinema sozinha é o fim da picada.
Você
imagina que sabe tudo sobre suas posições sexuais favoritas e diz a si mesma
que se o seu parceiro for ultra responsável com a educação das crianças, sexo
bom não é tão importante assim. Você imagina que se o seu parceiro for uma
pessoa estável, você pode viver sem um papo inteligente e profundo.
Leia
mais: Quem sou? – Rubem Alves
Você
imagina que os homens com cara de certinhos nunca te machucarão. E em nome
desta suposta segurança, sacrifica seu espírito de aventura, seu lado
romântico, a mulher fatal que quer se manifestar.
Você
esquece dos livros que leu para não ofuscar o parceiro. Você sorri placidamente
para apaziguar crises. Você finge que está tudo bem porque acredita que está
bem mesmo e o seu incômodo é fruto de uma mente mimada.
Você
imagina que dando todo o carinho do mundo a quem ama, receberá pelo menos um
pouco de consideração em troca.
Não,
nem sempre recebe. Mais do que isso. O buraco fica mais embaixo. Mesmo que
recebesse , descobriria no futuro que um pouco de gratidão por todo o carinho
do mundo é uma troca injusta.
Leia
mais: O maior problema da mulher com atitude
Descobriria
também que gosta sim de sexo e por mais que considere bem importante constituir
uma família , a sua vida não pode girar em torno de procriar e dizer à
sociedade que você está feliz porque você realizou todos aqueles sonhos que
foram introjetados pela tradição.
Você
descobre que precisa ser saciada intelectualmente também. Que tem fome de
alguém que estimule a sua mente e te faça reinventar seus próprios pensamentos.
Leia
mais: Não se diminua (pra caber em gente pequena)
Você
precisa de alguém que te ache mais do que a namorada doce e boazinha. Você quer
alguém que te ache forte. Você quer alguém que te ache demais. Não porque você
seja o modelo de namorada ideal que colocaram na cabeça dele. Muito menos por
te achar inofensiva e incapaz de feri-lo.
Você
quer alguém que curta os seus excessos, os seus paradoxos e que mesmo com medo
os enfrente. Você quer alguém que seja seu melhor amigo.
Não
desmereço o casamento nem a maternidade. Muito pelo contrário. Considero uma
pessoa de sorte quem encontra alguém para formar uma família. Porém, tudo tem
limites. Para formar uma família não podemos abrir mão da nossa personalidade,
da nossa individualidade. Não podemos negar pra nós mesmas os nossos desejos e
anseios.
Leia
mais: “Não precisamos ser casadas ou mães para sermos completas”, diz Jennifer
Aniston em desabafo de arrepiar
Quando
a gente descobre que o nosso eu verdadeiro está amordaçado num porão e um
impostor tomou o nosso lugar, assumiu o nosso nome e passou a viver uma vida
que não nos diz respeito, precisamos correr atrás de nós. Soltar a mordaça,
deixar-se falar.
O
mais cruel é que muitas vezes consideramos o eu fake como o eu real.
Confundimos personagem com realidade e sufocamos a voz do verdadeiro por se
tratar de uma voz inconveniente e destoante do mantra social. É preciso
resgatar-se, trazer-se para junto de si mesmo.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Quem
matou Pat Hudson?
Em
uma luta de boxe, um dos lutadores, o Pat Hudson, morreu. Alguém da multidão
gritou:
-
Quem matou Pat Hudson?
O
árbitro disse:
-
Eu não, com certeza. Não apontem para mim. É claro que eu poderia ter
interrompido a luta no oitavo round, e o Pat não teria morrido. Mas o público
ia protestar. Eles vieram ver uma boa luta, e acabariam por dizer que eu os
enganei.
A
multidão gritou:
-
Não somos os culpados. Viemos para assistir à luta. É uma vergonha que um
boxeador bom como o Pat tenha morrido. Foi uma grande perda para o mundo dos
esportes.
O
empresário de Pat Hudson disse:
-
É extremamente doloroso para mim falar da morte de Pat. Sua esposa e filhos
sofrem uma perda terrível. Mas tenho a consciência limpa. Ninguém pode me
responsabilizar pelo que aconteceu.
Os
homens das cadeiras dos aposentados e idosos disseram:
-
A morte de Pat nada tem a ver conosco. Não estávamos gritando e berrando junto
com a plateia, e nem o conhecíamos. É uma pena que ele tenha morrido, mas não é
culpa nossa.
O
jornalista disse:
-
Não olhem para mim. Sou completamente inocente. Estava apenas fazendo a
cobertura da luta, o que é o meu trabalho profissional.
O
boxeador que o nocauteara disse:
-
Não matei Pat. Não sou assassino. Sou um ser humano respeitável e um bom
desportista. É verdade que o atingi, mas fiz tudo de acordo com as regras do
jogo.
Mais
uma vez ouviu-se uma voz vinda da multidão:
-
Quem matou Pat Hudson?
Somos
parte da sociedade injusta que governa nosso mundo. Injusta e anônima. Todos
lavam as mãos como Pilatos. Tentamos fechar os olhos para os problemas sociais,
como a fome, a discriminação, os crimes... Não fui eu, pensamos. Sempre inventamos
desculpas, até razoáveis, para justificar a nossa apatia.
Isso
mostra-se particularmente tentador quando somos os beneficiários e não as
vítimas da injustiça. A maioria das pessoas que vivem no chamado Primeiro Mundo
se beneficia, de alguma, forma da injustiça global.
(Fonte:
Peter Ribes, sj)
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