Sexta-feira,
09 de dezembro de 2016
“O
Conhecimento a gente adquire com os mestres e os livros. A Sabedoria com a vida
e com os humildes.”
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 11,16-19
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Com quem vou
comparar esta geração? É parecida com crianças sentadas nas praças, gritando
umas para as outras: “Tocamos flauta para vós, e não dançastes. Entoamos cantos
de luto e não chorastes!”. Veio João, que não come nem bebe, e dizem: “Tem um
demônio”. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: “É um comilão e
beberrão, amigo de publicanos e de pecadores”. Mas a sabedoria foi reconhecida
em virtude de suas obras.
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Palavra da Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Não
ouvem nem a João nem ao Filho do Homem.
Neste
Evangelho, Jesus nos conta a parábola das crianças brincando na praça. Existe
no meio delas um grupinho de crianças amuadas, que não colaboram com seus
colegas nos brinquedos, sejam estes de alegria ou de tristeza.
As
crianças costumam, em seus brinquedos, imitar os adultos. E o que as crianças
viam quase todos os dias eram as festas de casamento e os velórios. Nas festas,
uns tocavam flauta e todos dançavam. Nos velórios, havia as “carpideiras”,
mulheres especializadas em entoar lamentações tão tristes que faziam todo mundo
chorar. Mas aquelas crianças amuadas da praça não participavam que as outras
propunham.
João
Batista era um asceta rígido, que praticava austeros jejuns. Não fizeram caso
dele, com o pretexto de que era um fanático. Chega Jesus anunciando a Boa Nova
e a alegria messiânica do Reino de Deus, e levando uma vida normal, comendo e
bebendo como qualquer pessoa, pronto: culparam-no de glutão, beberrão e que
anda em más companhias.
Deus
planejou tudo direitinho: mandou João para despertar o arrependimento dos
pecados, e depois o seu Filho para realizar a sua reconciliação com o povo,
iniciando o Reino de Deus. Mas quando não há boa vontade, nenhum plano
funciona, por melhor que seja.
Entretanto,
apesar do não acolhimento, a sabedoria de Deus triunfa. Tanto João como Jesus,
se não são reconhecidos agora, sê-lo-ão mais tarde, pois as suas obras dão
testemunho a favor deles, e a sabedoria da verdade, mais cedo ou mais tarde
prevalece. A própria riqueza das pregações dos dois, e os seus milagres, dão
testemunho em favor deles.
Nós
não queremos ser como crianças amuadas; queremos participar de tudo o que Deus
nos mandou e que Jesus nos deixou para o nosso bem.
Quando
não queremos aceitar a verdade anunciada por alguém, procuramos diminuir a
autoridade ou a competência ou a moral da pessoa que a fala, a fim de ter um
pretexto para a recusa. Quantas vezes os líderes cristãos são criticados
unicamente por isso: tocam na ferida, pisam no calo de quem não quer sair do
pecado. Toda discussão sobre “padres progressistas” e “padres conservadores” parte
daí. É mais fácil destruir o mensageiro do que acolher a mensagem. Por exemplo,
quem serve a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo, critica cada vez que um líder
de Comunidade toca nesse assunto.
“Eu
não vou à Missa porque não gosto do padre”, dizem alguns. Por que não lêem o
folheto da Missa e refletem sobre ele? É uma hora só! Hoje há livrinhos com as
leituras das Missas, inclusive da semana. Isso prova que a raiz do problema não
está no padre, mas na pessoa, que quer continuar andando com os pés em duas canoas.
Advento
é tempo de limpar a casa para receber a visita de Jesus no Natal. É tempo de
retirar as sujeiras dos defeitos e enfeitar a casa com as flores das virtudes.
Certa
vez, em um domingo do advento, uma Comunidade rural estava celebrando o culto
dominical, na sua capela. Estava presente um senhor da cidade, que veio passar
o fim de semana na casa de um amigo.
Na
hora da partilha da palavra, ele contou que lá na Comunidade urbana estavam
preparando cestas básicas, para dar às famílias carentes, antes do Natal. E
sugeriu que esta Comunidade também fizesse isso.
Um
dos membros da Comunidade disse a ele: “Desculpe, senhor fulano, mas para nós
aqui Natal é o ano inteiro. Nós assumimos o compromisso de não deixar ninguém
passar fome aqui no nosso bairro”. O visitante ficou com a cara no chão.
De
fato, o certo é isso mesmo. Quando promovemos campanhas de Natal é mais para
despertar nas pessoas a solidariedade, que deve haver o ano todo; e não era
este o caso daquela Comunidade rural.
Maria
Santíssima dançou quando Deus tocou flauta, e bateu no peito quando Deus entoou
lamentações. Foi a discípula do Senhor, fiel a ele sempre e em tudo.
Ó
Mãe do Redentor, do céu ó porta, ao povo que caiu, socorre e exorta, pois busca
levantar-se, Virgem pura, nascendo o Criador da criatura. Tem piedade de nós e
ouve, suave, o anjo te saudando com seu Ave!
Não
ouvem nem a João nem ao Filho do Homem.
CULINÁRIA
Creme de
queijos para sanduíche
INGREDIENTES
150g
de cream cheese em temperatura ambiente
1⁄3
de xícara (chá) de creme de leite de caixinha (80 ml)
1⁄2
xícara (chá) de queijo parmesão ralado no ralo fino
1⁄3
de xícara (chá) de muçarela ralada no ralo grosso (75 g)
Pimenta-do-reino
e noz-moscada a gosto
6
fatias de pão de forma douradas na manteiga
200g
de presunto em fatias finas
MODO DE PREPARO
Misture
numa tigela 150g de cream cheese em temperatura ambiente, 1/3 xícara (chá) de
creme de leite de caixinha, ½ xícara (chá) de queijo parmesão ralado no ralo
fino, 1/3 xícara (chá) de muçarela ralada no ralo grosso, pimenta-do-reino e
noz-moscada a gosto. Reserve.
Em
cada fatia de pão dourada na manteiga coloque 1 colher (sopa) de creme de
queijo e duas fatias de presunto.
Em
seguida, una as fatias formando sanduíches e cubra com a mistura de queijos.
Leve ao forno alto preaquecido a 225ºC por +/- 20 minutos ou até dourar. Retire
do forno e sirva em seguida.
DICA:
se quiser dar mais sabor no creme de queijos adicione 2 linguiças cortadas em
rodelas e fritas com óleo e alho picadinho, molho de pimenta vermelha,
manjericão picado, orégano e pimenta-do-reino a gosto, leve ao forno alto
preaquecido a 225ºC por +/- 20 minutos e sirva com torradas.
Pão de
Petrópolis
INGREDIENTES
10g
de fermento biológico fresco (1 saquinho)
1
colher (sopa) de manteiga
180
ml de leite
1
ovo
50g
de açúcar
400g
de farinha de trigo
1
pitada de sal
1
gema misturada com 1 colher (chá) de café pronto
MODO DE PREPARO
Numa
tigela, coloque o fermento fresco, uma colher (sopa) de manteiga, o leite e um
ovo e misture bem. Reserve.
Coloque
numa outra tigela o açúcar, a farinha de trigo e uma pitada de sal e misture.
Faça
uma cavidade no centro, adicione a mistura de fermento (reservada acima) e sove
bem até ficar uma massa homogênea.
Dica:
polvilhe um pouco de farinha de trigo nas mãos para desgrudar a massa que fica
entre os dedos.
Deixe
a massa descansar por 20 minutos.
Modele
a massa no formato de pão de forma, polvilhe farinha de trigo e transfira a
massa para uma forma de bolo inglês (25 cm X 10 cm e 6 cm de altura) forrada com
papel manteiga nas laterais deixando 10 cm de papel para o lado de fora da
forma.
Pincele
a massa de pão com 1 gema misturada com 1 colher (chá) de café pronto e deixe
crescer até a massa dobrar de tamanho.
Leve
o pão ao forno médio pré-aquecido a 180°C por +/- 35 minutos ou até dourar.
Retire
do forno, desenforme, retire o papel manteiga e sirva em seguida.
Dica:
Se você não for consumir o pão na hora, desenforme e deixe esfriar sobre uma
grade ou dentro do forno frio.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Não
dá para escrever sobre mães sem que as palavras enveredem por um viés
deliciosamente piegas – ouso até dizer que toda mãe é babosa. Senão vejamos:
quem é que fantasia o bebê para tirar fotos e mostrá-las às amigas, toda cheia
de si? Quem chora nas apresentações da escolinha? Quem guarda o primeiro
dentinho que cai, molda o pezinho, vibra com o primeiro “mama” – ou algo
parecido – que ouve do filho? Pois é, mães são amor em estado puro, desprovido
de censuras e etiquetas, de qualquer senso que possa existir. E é exatamente
isso que as torna essenciais, indispensáveis, inesquecíveis e únicas em nossas
vidas.
Nós
recebemos tudo delas: sangue, matéria, existência, essência – quer elas tenham
ou não nos gerado em seu ventre. Crescemos com elas ali, sempre presentes, e
vez ou outra olhamos em busca de seu olhar de aprovação. Mãe é a segurança, o
esteio, o porto-seguro para onde voltamos, mesmo que em memória, quando dos
reveses da vida. Não existe cafuné mais gostoso, comida mais saborosa, cheiro
mais penetrante ou voz mais acalentadora do que de nossas mães. Sabemos que,
quando ninguém mais nos der razão, no colo das mães encontraremos repouso
consolador.
Por
outro lado, elas também sabem ser críticas, mordazes, ferinas, num primeiro
momento, quando fugimos às suas expectativas. Porque precisam colocar pra fora
todo aquele ranço acumulado, para que o encantamento de seu coração possa
transbordar livre, trazendo-nos de volta à realidade. Ao final, elas sempre
acabam nos aceitando como somos, em tudo o que nos define. Elas até tentam nos
moldar e nos conduzir à sua imagem e semelhança, mas invariavelmente acabam nos
deixando livres – e nos amando ainda mais por sermos nós mesmos e por termos
nos tornado quem somos.
Coração
de mãe é uma couraça, nunca sucumbe, sustentando-a durante as noites insones e
as horas de prece velando nossa febre, durante a madrugada sem fim de nossa
adolescência, à espera de nosso telefonema, à espera de nossa voz viva,
diariamente, a todo instante. Mães têm uma fé absurda e a força de suas orações
chega a gritar aos nossos ouvidos – Chico Xavier disse que a oração de uma mãe
arrebenta as portas do céu: alguém duvida? Elas estão ali ao lado dos filhos,
firmes, esperançosas, quando nada mais parece ter salvação, à cabeceira das
sessões de quimioterapia, à porta dos prontos-socorros, em frente aos portões
das prisões. Mãe é esperança sem fim, fé inconteste.
Mães
não erram deliberadamente, posto que em razão do amor. O filho é seu projeto de
vida, sua perpetuação nesse mundo, o legado que deixa à sociedade, por isso
elas relutam tanto diante das falhas, dos vícios e dos erros de seu rebento.
Aceitar as imperfeições do ser humano a quem outorga sua vida requer
desconstruir-se, ressignificar paradigmas, abrir mão da felicidade completa e
sofrer, frustando planos acalentados em vão. Mas nada é em vão, em se tratando
de mãe e filho. Sorvemos tudo o que vem delas, mesmo que fique adormecido,
aguardando o momento certo de vir à tona em nosso favor – sempre em nosso
favor.
Mãe
também é solidão. Porque ninguém, a não ser elas mesmas, conseguem compreender
o que é tudo isso que lhes é tão peculiar. Um amor que transborda além do
permitido, um amor que cura, acalma e alimenta a alma. Um amor que nunca
desiste da esperança, presente ali nas casas de repouso e nos asilos, onde
aguardam ansiosas pelas visitas esparsas, ou mesmo inexistentes. Mãe é
persistência, é crença indelével na capacidade do ser humano. É aceitação e
resignação, sem questionamento nem cobranças. E precisamos que elas assim o
sejam, pois nos são exemplos da necessidade de nos entregar, de acreditar, de
amar, de aceitar e de brigar por aquilo que se quer.
Mães
não morrem como as outras pessoas – elas são tiradas de nós, abruptamente, sem
aviso, porque nunca estaremos preparados para enfrentar a vida sem elas. E
então vamos nos agarrando dolorosamente às memórias, às fotos, filmes, cartas e
à certeza de que teria sido muito pior se tivéssemos sido nós tirados delas,
tentando nos consolar e aprumar nosso navio que parece navegar à deriva de nós
mesmos, enquanto experenciamos os ambientes sem a sua presença e nos consolamos
com as suas visitas em nossos sonhos. E, nesse processo de luto, somos
obrigados a aprender a viver somente de nós mesmos, sem a ternura, a bravura, a
cafonice e a sabedoria de um de nossos sustentáculos emocionais mais preciosos.
Enfim a dor, burilada e mitigada, transforma-se em saudade contida e em
gratidão por termos sido filhos das melhores mães do mundo.
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