Segunda-feira,
12 de dezembro de 2016
“Hei de
endurecer, porém sem perder a ternura jamais.” (Che Guevara)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 1,39-47
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Naqueles
dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma
cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel
ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel
ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu
entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do
meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos,
o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que
lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!”. Maria então disse: “A minha
alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.
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Palavra da Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!
Hoje
é com alegria que nós celebramos a festa de NOSSA SENHORA DE GUADALUPE, a
Padroeira da América Latina. O Evangelho nos apresente a solicitude de Maria,
indo apressadamente ajudar a prima Isabel, e a saudação de Isabel: “Bendita és
tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” Essa sua solicitude
não parou na sua Assunção, pelo contrário, ela se multiplicou e se estendeu
pelos séculos, especialmente nos seus santuários.
Vejamos
um pouquinho da história deste título da Mãe de Jesus e nossa. No Séc. XVI, o
México ainda era colônia da Espanha, havia, em um lugarejo chamado Gradalupe,
um jovem índio asteca, cristão católico, chamado Juan Diego Cuauhtlatoatzin,
que hoje é santo canonizado. Juan Diego foi o nome que ele ganhou no batismo.
Guadalupe ficava pertinho da capital mexicana. Hoje faz parte da Grande México.
Dia
nove de dezembro de 1531, Juan Diego estava em cima de uma colina, Maria
Santíssima lhe apareceu e disse: “Filho, vá até a cidade e peça ao bispo que
construa para mim um santuário aqui neste local”.
Juan
foi, transmitiu o recado ao bispo, mas este não deu importância.
Passado
um bom tempo, Juan vê novamente a Virgem, no mesmo local. Ela repetiu o pedido.
O jovem voltou ao bispo e insistiu chorando para que atendesse Nossa Senhora.
O
bispo então lhe falou: “Se ela aparecer de novo, peça-lhe um sinal, a fim de
sabermos se o pedido vem mesmo da mãe de Jesus”.
Dias
depois, Diego estava indo apressadamente à cidade do México, que naquele tempo
era bem pequena, a fim de chamar um padre para atender o seu tio que estava
muito mal.
Quando
passava em cima da colina Maria lhe aparece novamente e diz: “Caro filho, não
se preocupe com a saúde do seu tio, ele sarou”.
Diego
então tirou o seu manto e o estendeu aos pés dela, para lhe prestar homenagem.
Era assim que os astecas homenageavam as pessoas.
Logo
depois, ficou deslumbrado. De um momento para outro, o seu manto ficou coberto
de flores belíssimas, perfumadas e recém desabrochadas. Isso, apesar de ser
inverno, tempo em que não existem flores na região.
Maria
então lhe falou: “Leve este seu manto, com as flores, e o estenda na frente do
bispo, como prova”.
Diego
levou e, para surpresa de todos, quando abriu o manto na frente do bispo, havia
nele uma belíssima estampa de Maria Santíssima, exatamente como lhe aparecia!
Todos os que estavam ali ficaram impressionados com o prodígio.
Pegaram
o manto com cuidado e o colocaram na capela da casa do bispo, até que fosse
erguido o santuário. Depois de construído, o manto foi levado para lá.
O
afluxo de peregrinos foi aumentando, aumentando... E continua aumentando até
hoje. Atualmente recebe catorze milhões de peregrinos por ano.
É
difícil comparar o Santuário de Guadalupe com o de Aparecida, em termos de
peregrinos. Porque Aparecida tem menos visitantes, nove milhões por ano, mas a
cidade é pequena e os romeiros têm de fazer longas viagens. Ao passo que
Guadalupe faz parte da Grande México, que tem quase vinte milhões de
habitantes, e tem metrô que leva ao santuário.
O
quadro de N. Sra. de Guadalupe mostra a Mãe de Jesus de corpo inteiro e
grávida, combinando com o tempo em que apareceu: o advento.
Ela
tem o mesmo rosto das índias mexicanas. Usa um vestido vermelho e um manto azul
cheio de estrelas. Tem as mãos postas como quem está rezando. E carrega no
braço um pano marrom, que era o distintivo das índias mexicanas grávidas.
Maria
está pisando em cima da lua. Os índios astecas adoravam a lua. Foi naturalmente
um pedido a eles para que não adorassem a lua, e sim o seu Criador.
Ela
está cercada de nuvens e é sustentada por um anjo, indicando a sua assunção ao
céu.
O
quadro lembra a segunda vinda de Cristo, que é uma das marcas do advento. Jesus
veio no Natal, há mais de dois mil anos, mas voltará. A nível cósmico, esta sua
segunda vinda acontecerá no fim do mundo. Mas, a nível pessoal, ela será após a
nossa morte, quando nos encontraremos com Cristo Juiz.
Outro
detalhe: Naquela época, no México, os índios estavam sendo cruelmente
escravizados pelos espanhóis. Não aparecendo para um espanhol, e sim para um
índio, Maria está condenando a escravatura. Tanto nos Evangelhos como nas várias
aparições, Maria nos mostra um coração cheio de amor pelo seu Filho, pelas
mulheres e pelos excluídos.
O
primeiro milagre de N. Sra. de Guadalupe foi a cura de um enfermo, o tio de
Juan Diego.
No
quadro, ela tem as mãos postas, em oração.
Peçamos
a N. Sra. de Guadalupe que, assim como conseguiu de Deus a saúde para o tio de
seu querido Juan Diego, que interceda por nós também, a fim de que tenhamos a
saúde do corpo e da alma.
Bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Desmotivação,
segundo Parreira
Professor
Marins
Dizem
que o Parreira entende de futebol e que é um excelente técnico. Isso eu não
sei. Mas uma coisa eu sei e tenho certeza: ele não entende de gente e, muito
menos, de como motivar pessoas. Isso
sempre me chamou a atenção.
Das declarações, aos
olhares de desprezo; da passividade ao lado do campo, à incrível
teimosia em fazer valer o seu "sistema tático", mesmo quando as
evidências demonstravam claramente que estava errado, tudo me dizia que ele era
um competente desmotivador de equipes.
Com o mais espetacular time de jogadores da
história do futebol em suas mãos, ele conseguiu embotar a criatividade, impedir
a ousadia, matar os talentos individuais. Tudo e todos deveriam subordinar-se à
sua visão quadrada do futebol. Sua arrogante certeza o fez declarar, após a
derrota, que não estava preparado para perder a copa do mundo antes das finais
e que a vitória da França deveu-se a jogadores disciplinados que seguiram
rigidamente um bom "esquema tático", como que debitando a derrota a uma
possível desobediência dos craques brasileiros à sua infalível quadradice.
Quais lições podemos tirar de nossa derrota?
A primeira lição é a de pouco adianta ter uma
equipe de incríveis talentos quando a liderança é fraca, desmotivadora, surda e
cega para a realidade e para as evidências que todos insistem em falar e
mostrar. Por melhores que sejam os talentos individuais do grupo, líderes
soberbos, arrogantes, cheios de si, donos da verdade, não conseguem fazer um
time vencedor. Líderes que não vibram
com seus liderados, que não se emocionam, que não demonstram indignação com o
erro e entusiasmo com o acerto, desmotivam suas equipes.
Outra lição é a de que, para ser líder, não
basta ser um excelente "técnico". É preciso entender de gente, de seres
humanos, de pessoas. Ainda mais se o seu
time for formado de jovens que precisam, ainda mais, de um líder-pai,
líder-afeto, líder que ouça, que entenda, que dialogue. Faltou à nossa seleção um líder. Talvez tenhamos
tido um técnico. Mas, de técnico para líder, a distância está em vencer e
perder uma copa do mundo.
Nesta semana, sugiro que você aproveite as
lições de nossa derrota para refletir sobre o que faz um líder vencedor.
Lembre-se que o verdadeiro líder é, antes de tudo, humilde e faz com que seus
liderados se desabrochem dando tudo de si para que o time ganhe. E fazem isso
porque têm um líder que os motiva, que os empurra, que vibra mais do que seus
próprios liderados com cada vitória deles.
Pense nisso. Sucesso!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
O
Ser humano é estranho...
Briga
com os vivos, e leva flores para os mortos;
Lança
os vivos na sarjeta, e pede um "bom lugar para os mortos";
Se
afasta dos vivos, e se agarra desesperados quando estes morrem;
Fica
anos sem conversar com um vivo, e se desculpa, faz homenagens, quando este
morre;
Não
tem tempo para visitar o vivo, mas tem o dia todo para ir ao velório do morto;
Critica,
fala mal, ofende o vivo, mas o santifica quando este morre;
Não
liga, não abraça, não se importam com os vivos, mas se autoflagelam quando
estes morrem...
Aos
olhos cegos do homem, o valor do ser humano está na sua morte, e não na sua
vida.
É
bom repensarmos isto, enquanto estamos vivos!
(Papa
Francisco)
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