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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Domingo 08/11/2015


Domingo, 08 de novembro de 2015


“Como se pode culpar um homem que rouba um pedaço de pão para matar a fome, principalmente se não é por culpa sua que esta com fome.”





EVANGELHO DE HOJE
Mc 12,38-44

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!


Ao ensinar, Jesus dizia: “Cuidado com os escribas! Eles fazem questão de andar com amplas túnicas e de serem cumprimentados nas praças, gostam dos primeiros assentos na sinagoga e dos lugares de honra nos banquetes. Mas devoram as casas das viúvas, enquanto ostentam longas orações. Por isso, serão julgados com mais rigor”. Jesus estava sentado em frente do cofre das ofertas e observava como a multidão punha dinheiro no cofre. Muitos ricos depositavam muito. Chegou então uma pobre viúva e deu duas moedinhas. Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros que depositaram no cofre. Pois todos eles deram do que tinham de sobra, ao passo que ela, da sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha para viver”.

Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=29%2F10%2F2015#ixzz3jxryATh1
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor








MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antônio Queiroz CSsR


Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros.
O Evangelho de hoje tem duas partes. Na primeira, Jesus nos alerta sobre o perigo da hipocrisia, que consiste em darmos uma aparência de bons e santos, sendo que na verdade não somos. Esse pecado está em quase todos nós. Escondemos os nossos defeitos e publicamos as nossas virtudes.
É conhecida a expressão “santo de pau oco”. Eram imagens ocas que os portugueses enchiam de ouro do Brasil para levar clandestinamente para Portugal. Imagine as cenas no navio: a pessoa com muita “devoção” ao santo, mas na verdade o culto era ao ouro que estava lá dentro.
Hoje em dia, se visitarmos as cidades históricas de Minas Gerais, vamos ver muitos santos e santas nas igrejas. Mas são imagens que enganam, porque o escultor só faz a cabeça e os braços do santo. O resto, que fica escondido debaixo da roupa, não existe. Se levantamos a roupa do santo, vemos apenas uma haste de madeira, sustentando a cabeça e os braços. Todos nós somos um pouco “santos de pau oco”. Mas de Deus ninguém esconde nada!
Na segunda parte do Evangelho, vemos a cena da viúva colocando no cofre do Templo duas moedinhas que não valiam quase nada e Jesus elogiando o gesto dela.
Jesus fala: “Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
Aquela viúva mostrou uma fé que não é qualquer um que tem: Dar para Deus ou para o próximo aquilo que necessita para viver. Só faz isso quem tem muita fé e confiança em Deus.
Ela nos lembra o gesto de Jesus, que não tinha onde reclinar a cabeça, no entanto, passou a vida fazendo o bem e servindo a todos e todas. Até que, no fim, deu-se a si mesmo. Quando celebramos a Eucaristia, comemos a carne e bebemos o sangue de Jesus. Que este alimento, que comemos todos os domingos, nos ajude a ser como a viúva, como Jesus, cada um de nós traduzindo o gesto para o nosso jeito original.
Quem ama a Deus, confia nele, e não mede os sacrifícios que faz por ele. Aliás, nem vê seus gestos como sacrifício. A viúva amava muito a Deus, por isso confiava nele e sabia que não ia passar fome sem aquelas moedas.
As outras pessoas “deram do que tinham de sobra”. Sinal que colocavam a própria segurança, não em Deus, mas no dinheiro. Por isso que os ricos são ricos, e por isso que existe fome no mundo. As pessoas buscam avidamente acumular bens. É uma avidez que só aumenta. Quanto mais tem mais quer.
Vemos que a mensagem que Jesus nos dá neste Evangelho vai muito além de oferta em dinheiro. Isto foi apenas uma ocasião. Podemos nos perguntar: a viúva foi imprudente? É certo alguém fazer isso que ela fez, dar a Deus tudo o que possui para viver? É certo ajudarmos um necessitado, usando para isso um tempo não livre, ou um bem do qual vamos precisar? A cena da viúva de Sarepta (1ª Leitura) é uma resposta de Deus a essas perguntas.
Também parábola do bom samaritano (Lc 10,25-37) vai na mesma linha. O samaritano não calculou nada, quando desceu do cavalo e socorreu o ferido que viu na beira da estrada.
Todo gesto de amor verdadeiro inclui a doação da nossa vida; do contrário é egoísmo disfarçado em amor. Até um simples dar uma moeda ao mendigo que nos pede, só será amor verdadeiro se estiver embutida no gesto uma entrega total nossa a Deus, presente naquele mendigo.
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por quem ama” (Jo 15,13). E Jesus, que falou essa frase, nos deixou o exemplo com a sua própria vida.
“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus, e tudo o mais vos será dado por acréscimo.” Aí está o caminho da felicidade, da realização pessoal e do sentido da vida que todos nós buscamos.
Aquela viúva certamente tinha alegria e descontração, ao passo que aqueles outros estavam tensos e preocupados. É o que acontece quando seguimos e quando não seguimos o plano de Deus.
Havia, certa vez, um camelô que armava sua barraca na velha praça, e vendia bugigangas. Ele não fazia propaganda de seu negócio e até parecia que não “regulava bem”. Algumas pessoas o pagavam com moedas falsas e outras, simplesmente, não pagavam, garantindo que já o tinham feito. Ele aceitava suas palavras. A todos acolhia com a mesma bondade e o mesmo sorriso.
Ao aproximar-se a hora da morte, ele pediu a Deus: “Ao longo da vida aceitei muitas moedas falsas das pessoas, mas nem uma só eu as julguei em meu coração. Simplesmente supus que não sabiam o que faziam. Por favor, ó Deus, agora é a minha vez de ser julgado. Também sou moeda falsa e espero ser julgado com misericórdia...”
No acerto final, ele ouviu do Juiz: “Como é possível julgar alguém que nunca julgou os outros?” E no dia seguinte, ele brilhava como um diamante em meio aos bem-aventurados. Agora é moeda verdadeira, cunhada pelo próprio Deus.
Pobreza e misericórdia precisam, necessariamente, andar juntas. Todos somos pecadores e, por isso, logicamente, precisamos da misericórdia do Pai. Ele é infinitamente misericordioso. Mais ainda, ele possibilita que nós mesmos escolhamos a maneira de julgamento: “Com a mesma medida que julgardes, sereis julgados”. Não é suficiente julgar com misericórdia, Jesus vai além: “Não julgueis”.
Que não sejamos hipócritas, isto é, moedas falsas, apresentando-nos como verdadeiras..
Maria Santíssima, quando foi ajudar a prima Isabel, que estava grávida, ficou lá três meses. Se ela fosse calculista, certamente teria voltado antes para casa, ou nem teria ido, já que ela também estava grávida, e do próprio Messias. Se ela fosse calculista, também não estaria ao pé da cruz, junto do Filho, devido ao perigo que isso representava para ela. Mãe do belo amor, rogai por nós. Que dirijamos os nossos atos pelo amor, que nos leva, às vezes, ao heroísmo.
Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros.







VÍDEO DA SEMANA

Palestra Sofrimento, Desafio para Gigantes- Pe. Fábio de Melo













MOMENTO DE REFLEXÃO

Ela se chamava Mega e tinha uma chefe terrível. Quando Mega chegava pela manhã e falava "bom dia", a chefe respondia com uma pergunta:
- Por que não chegou mais cedo?
Se chegasse antes da hora, a chefe não estava lá, mas ficava sabendo e lhe perguntava se ela não sabia qual o horário do expediente, mesmo depois de trabalhar ali há tantos anos. Era uma mulher má, implicava com tudo, até que um dia Mega se cansou e decidiu se demitir:
- Vou sair, mas antes vou dizer tudo o que tenho vontade.
Exatamente naquele dia ela estava almoçando quando encontrou a Dra. Casarjian que a convidou para assistir a um treinamento, naquela tarde ao que ela respondeu:
- Não posso, tenho expediente a cumprir.
- E por que não?
Mega falou sobre a chefe que vivia implicando com ela e a Dra. Casarjian lembrou que pior a situação não poderia ficar, além do que, se a chefe lhe desse uma bronca por faltar ao trabalho, naquela tarde, ao menos teria motivo.
Mega lembrou que no dia seguinte iria se demitir, por isso resolveu ir ao encontro. Ali ouviu referências a respeito do perdão. A Dra começou a palestra:
- O perdão é bom para você... Se você perdoar alguém que o ofendeu ele continua do mesmo jeito mas você se sentirá bem. Se você perdoar o mentiroso, ele continuará mentiroso mas você não se sentirá mal por causa das mentiras dele.
Ao final do treinamento, Mega concluiu que a sua chefe estava muito doente e tirou a chefe da cabeça e tomou uma resolução:
- Não vou deixar que ela me atormente mais. E nem vou abandonar o trabalho que eu gosto.
No dia seguinte, Mega chegou e cumprimentou sua Chefe:
- Olá.
A chefe foi logo lhe perguntando o que tinha acontecido. Ela estava diferente. Mega falou que havia participado de um treinamento e que estava bem consigo mesma e até convidou a chefe para tomar chá, ao final da tarde.... a reação veio logo:
- Você está me convidando só para eu não reclamar de você?
Mega calmamente lhe respondeu:
- Pode reclamar, até mandar descontar as minhas horas. Mas eu insisto no chá.
E foram. Durante o chá, a chefe falou da sua surpresa em ter sido convidada para aquele chá. Ela sabia que era intratável... também falou da sua emoção... nunca ninguém a convidara para um lanche, um café e acabou por falar das suas dores. O marido lhe batia, o filho vivia no mundo das drogas. Por isso ela odiava as pessoas... era infeliz e agredia.
Semanas depois, era a própria chefe que comparecia ao novo treinamento da Dra. Casarjian a respeito do perdão.
Perdoar é libertar-se. Quando alguém nos agride é porque este alguém está a um passo do desequilíbrio e não pode nem imaginar o quanto se encontra enfermo.
Sem dúvida, a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que a possui para dar. Nosso maior exemplo é Jesus... poderia ter reagido às agressões, mas preferiu perdoar e amar, por saber que aqueles que o afligiam eram espíritos atormentados em si mesmos... por essa razão, dignos de perdão.


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