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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Domingo 22/11/2015


Domingo, 22 de novembro de 2015


“Nossa força vem de nossas fraquezas.” (Ralph Waldo Emerson)


EVANGELHO DE HOJE
Jo 18,33b-37

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!


Pilatos entrou, de volta, no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o Rei dos Judeus?”. Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isso de mim?”. Pilatos respondeu: “Acaso sou eu judeu? Teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”. Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, o meu reino não é daqui”. Pilatos disse: “Então, tu és rei?”. Jesus respondeu: “Tu dizes que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.

Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=29%2F10%2F2015#ixzz3jxryATh1
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor








MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Queiroz


Tu o dizes: eu sou rei.
Hoje celebramos com alegria a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo. No Evangelho, Jesus se declara nosso Rei: “Tu o dizes: eu sou rei”. Paradoxalmente, a declaração foi feita em seu momento de maior fraqueza.
Por que Pilatos perguntou a Jesus se ele era rei? Porque este foi o motivo principal que foi colocada pelos judeus no seu processo de condenação, entregue à autoridade romana. Mas o motivo foi estratégico. Jesus estaria negando a autoridade de Tibério César, o imperador romano de todas as colônias. Se Pilatos não confirmasse a condenação de Jesus, estaria negando que César é o rei dos judeus.
Mas o governador despreza a afirmação de Jesus, por isso que pergunta diretamente a ele. A resposta de Jesus foi clara: “Eu sou rei”. Ele é Rei não só dos judeus mas do mundo inteiro. Entretanto, Jesus explica: “O meu reino não é deste mundo. Se fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”. Isto é, não é um reino como os reinos que existem no mundo, em que os reis oprimem, são corruptos etc. Apesar de Jesus ser rei, ele não vai usar o seu poder em benefício próprio.
Jesus é um rei a serviço da verdade, da graça, da justiça e da paz. E é um rei forte. Se não praticarmos essas virtudes, estaremos fritos.
Pilatos não entendeu em que sentido Jesus é rei, isto é, não entendeu o Reino de Deus, do qual ele é rei. Nós precisamos entender, senão as coisas podem se complicar para o nosso lado. Dizer que Jesus é um rei apenas espiritual não é correto, pois todas as realidades temporais estão submetidas a ele e serão julgadas por ele. Ele é um rei universal não só em termos geográficos, mas em todos os sentidos.
Jesus é um rei, cujo reino é “eterno e universal, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz” (Prefácio da festa de Cristo Rei). A Lei evangélica não é imposta pela força, mas tem de haver a soberania da verdade, da justiça, da graça, do amor e da paz. Se alguém não buscar esses valores, verá depois com quantos paus se faz uma canoa.
É isso que fala o Evangelho de S. Mateus, que narra o Juízo Final: “Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!... (Mt 25,34). Isto mostra que Jesus é rei deste mundo e do outro, do céu e da terra. Se não, ele não iria nos julgar por atos praticados aqui na terra, como dar de comer a quem tem fome..., e determinar quem vai para o céu. Entretanto, Jesus não usa o seu poder de Rei, enquanto estamos aqui na terra. Ele usará a partir do Juízo Final. Aqui, ele quer que nos convertamos por nossa própria iniciativa.
“Ele, oferecendo-se na cruz, vítima pura e pacífica... submeteu ao seu poder toda criatura” (Prefácio da festa de Cristo Rei). Jesus conquistou o seu reino na cruz, através do seu sangue derramado por nós.
No credo que rezamos na Missa, na versão Niceno-Constantinopolitana, diz assim: Jesus “de novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim”.
E no Pai Nosso nós rezamos: “Venha a nós o vosso reino”. Os discípulos e discípulas de Jesus somos os atuais agentes do Reino de Deus, para consolidá-lo, usando o mesmo método de Jesus. No nosso batismo, logo depois que o padre nos batizou, ele ungiu a nossa testa com o óleo santo e disse: “Agora fazes parte do povo de Deus. Que ele te consagre com o óleo santo para que, inserido(a) em Cristo, sacerdote, profeta e rei, continues no seu povo até a vida eterna”. Fomos incorporados em Cristo que é rei. Portanto, unidos com ele, todos somos reis e rainhas do universo.
Certa vez, um casal estava viajando em uma estrada rural. Ao entrar numa poça d’água, o carro ficou atolado na lama. Depois de alguns minutos de tentativas frustradas de retirar o carro, viram um jovem que vinha pela estrada, conduzindo uma junta de bois. O rapaz parou e se ofereceu para ajudá-los. O casal aceitou e minutos depois os bois retiraram o carro do buraco.
Ao receber os cumprimentos de agradecimento, o rapaz disse: “Sabem, eu retiro muitos carros desse atoleiro. Só hoje vocês já são o décimo carro que eu ajudo a tirar da lama! O homem olhou para o moço e disse admirado: “E quando é que você tem tempo de trabalhar no seu sítio? À noite?” “Não”, respondeu o rapaz. “À noite eu ponho água no buraco”.
Há pessoas que ajudam a construir o Reino de Deus. Há outras que afastam as pessoas desse projeto. E há muitas que fazem as duas coisas: hora destroem, hora constroem. O nosso dia está repleto de oportunidades para fazer o bem. Que as aproveitemos. Mas não vamos, depois, adicionar água no buraco!
Todo reino tem sua rainha. É a esposa do rei ou, se ele é solteiro, a sua mãe. Maria Santíssima é a nossa Rainha. Peçamos a ela que interceda por nós junto do Rei, a fim de que sejamos bons cidadãos do Reino de Deus.
Tu o dizes: eu sou rei.








VÍDEO DA SEMANA

Padre Fábio de Melo - Felicidade verso facilidade



https://www.youtube.com/watch?v=FrWE7a3wQ74







MOMENTO DE REFLEXÃO


“Nossa força vem de nossas fraquezas.” (Ralph Waldo Emerson)

Quando eu era pequeno, tinha um velho vizinho chamado Dr. Gibbs. Ele não se parecia com nenhum médico que eu jamais houvesse conhecido. Todas as vezes em que eu o via, ele estava vestido com um macacão de zuarte e um chapéu de palha cuja aba da frente era de plástico verde transparente. Sorria muito, um sorriso que combinava com seu chapéu - velho, amarrotado e bastante gasto.
Nunca gritava conosco por brincarmos em seu jardim. Lembro-me dele como alguém muito mais gentil do que as circunstâncias justificariam.
Quando o Dr. Gibbs não estava salvando vidas, estava plantando árvores. Sua casa localizava-se em um terreno de dez acres, e seu objetivo na vida era transformá-lo em uma floresta.
O bom doutor possuía algumas teorias interessantes a respeito de jardinagem. Ele era da escola do "sem sofrimento não há crescimento". Nunca regava as novas árvores, o que desafiava abertamente a sabedoria convencional.
Uma vez perguntei-lhe por quê. Ele disse que molhar as plantas deixava-as mimadas e que, se nós as molhássemos, cada geração sucessiva de árvores cresceria cada vez mais fraca. Portanto, tínhamos que tornar as coisas difíceis para elas e eliminar as árvores fracas logo no início.
Ele falou sobre como regar as árvores fazia com que as raízes não se aprofundassem, e como as árvores que não eram regadas tinham que criar raízes mais profundas para procurar umidade. Achei que ele queria dizer que raízes profundas deveriam ser apreciadas.
Portanto, ele nunca regava suas árvores. Plantava um carvalho e, ao invés de regá-lo todas as manhãs, batia nele com um jornal enrolado. Smack! Slape! Pou!
Perguntei-lhe por que fazia isso e ele disse que era para chamar a atenção da árvore.
O Dr. Gibbs faleceu alguns anos depois. Saí de casa. De vez em quando passo por sua casa e olho para as árvores que o vi plantar há cerca de vinte e cinco anos. Estão fortes como granito agora. Grandes e robustas. Aquelas árvores acordam pela manhã, batem no peito e bebem café sem açúcar.
Plantei algumas árvores há alguns anos. Carreguei água para elas durante um verão inteiro. Borrifei-as. Rezei por elas. Todos os nove metros do meu jardim. Dois anos de mimos resultaram em árvores que querem ser servidas e paparicadas. Sempre que sopra um vento frio, elas tremem e balançam os galhos. São “árvores maricas”.
Uma coisa engraçada a respeito das árvores do Dr. Gibbs: a adversidade e a privação pareciam beneficiá-las de um modo que o conforto e a tranqüilidade nunca conseguiriam.
Todas as noites, antes de ir dormir, dou uma olhada em meus dois filhos. Olho-os de cima e observo seus corpinhos, o sobe e desce da vida dentro deles.
Freqüentemente oro por eles. Oro principalmente para que tenham vidas fáceis. "Senhor, poupe-os do sofrimento." Mas, ultimamente, venho pensando que é hora de mudar minha oração.
Essa mudança tem a ver com a inevitabilidade dos ventos gelados que nos atingem em cheio. Sei que meu filhos encontrarão dificuldades e, portanto, minha oração para que isto não aconteça é ingênua. Sempre há um vento gelado soprando em algum lugar.
Portanto, estou mudando minha oração vespertina. Porque a vida é dura, quer o desejemos ou não. Em vez disso, vou orar para que as raízes de meus filhos sejam profundas, para que eles possam retirar forças das fontes escondidas do Deus eterno.
Muitas vezes oramos por tranqüilidade, mas essa é uma graça difícil de alcançar.
O que precisamos fazer é orar por raízes que alcancem o fundo do Eterno, para que quando as chuvas caiam e os ventos soprem não sejamos varridos em direções diferentes.


(Philip Gulley)

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