Terça-feira,
29 de abril de 2014
Já dizia
Lutero: "A paz, se possível; mas a verdade a qualquer preço."
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 3,7b-15
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, disse Jesus a Nicodemos: 7b“Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra
onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para
onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”.
9Nicodemos
perguntou: “Como é que isso pode acontecer?” 10Respondeu-lhe Jesus: “Tu és
mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? 11Em verdade, em verdade, te
digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos
visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. 12Se não acreditais, quando
vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu?
13E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem.
14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário
que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham
a vida eterna”.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Fr. José
Luís Queimado, CSsR
O
Evangelho de hoje é a continuação do diálogo entre Jesus e Nicodemos, a
misteriosa figura que aparece unicamente no Evangelho de João, assim como a figura
da samaritana, da prostituta que ia ser apedrejada e de Lázaro, irmão de Marta
e Maria. Como já dissemos, as palavras de Jesus, já difíceis de serem
compreendidas, tornaram-se ainda mais confusas aos ouvidos de um fariseu. O que
Jesus queria dizer com a frase: Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do
céu: o Filho do Homem? O título Filho do Homem foi atribuído a Jesus pelas
comunidades cristãs que ainda se desenvolviam muito timidamente.
A
expressão Filho do Homem aparece muitas vezes no Antigo Testamento, mas
geralmente sendo sinônimo de homem, de ser humano. O profeta Ezequiel é
chamado, por Deus, de filho do homem, em diversas citações (Ez 8, 5; 11, 15;
15, 2; 20, 4; 37, 11; 39, 1; 47, 6 etc.), mas esse é somente um cognome dado a
Ezequiel pela própria voz de IHWH (Javé – Deus). No Livro de Daniel, essa
expressão aparece duas vezes: em Dn 7, 13, ela toma outro significado, pois
fala de alguém que desce dos céus sobre as nuvens, diferentemente do
significado de Dn 8, 17, que quer somente fazer referência ao próprio profeta
Daniel.
Mas
seria, no Livro de Daniel, uma prefiguração da imagem de Cristo glorioso?
Certamente o redator (escritor) desse Livro não estava pensando em Jesus de
Nazaré, mas em uma imagem visionária e apocalíptica. Um homem que destruiria
toda a opressão do imperialismo, principalmente o do imperialismo grego, que
dominava na época de Daniel.
Mas
os primeiros cristãos viram nessa imagem de filho do homem que desce glorioso
dos céus, nas nuvens, o próprio Cristo Ressuscitado. Jesus era o próprio Deus
feito carne, pois ele havia assumido a nossa humanidade. Mas o mais
interessante é que o evangelista faz notar que o próprio Jesus dá a si o título
apocalíptico de Filho do Homem, mas num sentido mais claro: como aquele que
quer ser amigo da humanidade.
Jesus,
por fim, anuncia a sua morte de cruz. Nicodemos não deve ter entendido o que o
Mestre queria dizer com “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim
também será levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha
vida eterna”. É certo que o evangelista elaborou melhor as falas de Jesus,
visto já terem se passado muitos anos desse diálogo, quando o Evangelho foi
posto por escrito. Por isso mesmo é que o objetivo da morte de Jesus é mostrado
com mais vivacidade: para que todos tenham a vida nele, crendo.
Peçamos
a Deus que aumente a nossa fé em Cristo e em seu projeto de amor, pois somente
aqueles que creem e amam podem entender o risco de se entregar totalmente a um
crucificado, que disseram estar ressuscitado! A um filho da própria humanidade,
que foi visto como Deus Encarnado. A fé é um risco, que deve ser encarado
sempre com amor!
FEZ-SE CARNE PARA SER O FILHO DO HOMEM!
(
jlqueimado@ig.com.br)
VIDA
SAUDÁVEL
Devemos nos
preocupar com os agrotóxicos dos alimentos?
Dra. Ana
Escobar
Saúde
com qualidade de vida. Todos desejamos, não é mesmo? Por isso procuramos nos
informar e até mudar hábitos e o estilo de vida na busca do que é mais
saudável.
Uma
das recomendações é comer muitas frutas, vegetais, legumes e hortaliças,
independentemente da idade. Para atender todas estas bocas famintas é preciso
garantir safras e manter o ritmo de produção em larga escala. Para isto, usa-se
agrotóxicos e fertilizantes. O problema é que muitas vezes alguns alimentos
recebem uma carga excessiva destes produtos, comprometendo a qualidade. E o
pior de tudo: estas substâncias podem fazer mal. Não só à saúde de quem os
consome, mas também a de moradores das regiões rurais, próximas às áreas de
plantio e aos trabalhadores agrícolas que estão mais expostos.
Há
vários tipos de agrotóxico. Cada um pode ter efeitos diferentes. Alguns dão
sintomas agudos, como dores abdominais, cólicas, náuseas, vômitos, espasmos
musculares e até convulsão, por exemplo. Já os crônicos, podem causar
alterações neurológicas ou até, alguns tipos de câncer.
Segundo
um relatório da ANVISA de 2013, os alimentos campeões de agrotóxicos no Brasil
são: pimentão, pepino, cenoura e morango. Em outros alimentos como alface e
abacaxi também foram encontrados agrotóxicos.
Lave
bem frutas, legumes e verduras. Sempre!!
São
os pequenos gestos que fazem a diferença.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Na fila do
supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:
- A senhora deveria
trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não
são amigáveis ao meio ambiente.
A senhora pediu
desculpas e disse:
- Não havia essa
onda verde no meu tempo.
O empregado
respondeu:
- Esse é exatamente
o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente
com nosso meio ambiente.
- Você está certo -
responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o
meio ambiente.
Naquela época, as
garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja.
A loja mandava de
volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e
eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos
preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo.
Subíamos as
escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios.
Caminhamos até o
comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez
que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está
certo.
Nós não nos
preocupávamos com o meio ambiente.
Até então, as
fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis.
Roupas secas: a
secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts.
A energia solar e
eólica é que realmente secavam nossas roupas.
Os meninos pequenos
usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas
sempre novas.
Mas é verdade: não
havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias.
Naquela época
tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto.
E a TV tinha uma
tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois
será descartado como?
Na cozinha,
tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que
fazem tudo por nós.
Quando embalávamos
algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo,
não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar
a degradar.
Naqueles tempos não
se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um
cortador de grama que exigia músculos.
O exercício era
extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também
funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão:
não havia naquela época preocupação com o meio ambiente.
Bebíamos
diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos
e garrafas pet que agora lotam os oceanos.
Canetas:
recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra.
Abandonamos as
navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes
só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos
uma onda verde naquela época.
Naqueles dias, as
pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé
para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas.

E nós não
precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância
no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é
possível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir
mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
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