Sexta-feira,
04 de abril de 2014
“Os grandes
homens parecem muito maiores de longe do que de perto.” (Marquês de Maricá)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo
7,1-2.10.25-30
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 1Jesus andava percorrendo a Galiléia. Evitava andar pela Judéia, porque
os judeus procuravam matá-lo. 2Entretanto, aproximava-se a festa judaica das
Tendas. 10Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a
festa, não publicamente mas sim como que às escondidas.
25Alguns
habitantes de Jerusalém disseram então: “Não é este a quem procuram matar?
26Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades
reconheceram que ele é o Messias? 27Mas este, nós sabemos donde é. O Cristo,
quando vier, ninguém saberá donde é”.
28Em alta
voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo: “Vós me conheceis e sabeis de onde sou;
eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o
conheceis, 29mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me
enviou”. 30Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda
não tinha chegado a sua hora.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Pe. Antonio
Queiroz
Queriam
prendê-lo, mas ainda não tinha chegado a sua hora.
Este
Evangelho mostra que Deus é o Senhor do mundo e dos acontecimentos. Nada foge
ao seu poder e controle. Também com Jesus foi assim: “Queriam prendê-lo, mas
ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora”.
Neste
momento duro de forte perseguição, vemos dois sentimentos, quase que opostos,
em Jesus. O primeiro é que ele não queria morrer; pelo contrário, queria
continuar vivendo ainda muitos e muitos anos na terra, a fim de trabalhar pelo
Reino de Deus e fazer o bem. Esse sentimento aparece quando o evangelista diz:
Jesus “evitava andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo”. O
evangelista fala ainda: “Também ele subiu para a festa, não publicamente mas
sim como que às escondidas”.
O
segundo sentimento, muito maior que o primeiro, era o seu grande amor ao Pai,
concretizado no desejo de ser fiel à missão que recebera dele. Este sentimento
aparece nos comentários do evangelista: “Aproximava-se a festa das Tendas...
também ele subiu a Jerusalém”. Jesus era um homem religioso e via na festa uma
ocasião para louvar a Deus Pai.
Aparece
também quando o evangelista fala: “Em alta voz, Jesus ensinava no Templo,
dizendo...” Era cutucar a onça com vara curta. Mas ele não suportou ouvir os
comentários errados das pessoas que diziam: “Este, nós sabemos donde é. O
Cristo, quando vier, ninguém saberá donde é”. No Templo, em alta voz, Jesus
desmente, dizendo: “Vós sabeis de onde sou... No entanto, eu vim do Pai e a ele
vós não conheceis”.
Foi
devido a essa afirmação que queriam matá-lo, e só não o fizeram porque Deus Pai
interveio, libertando-o. Jesus falava sem medo porque confiava em Deus Pai e
sabia que ele domina e controla todos os acontecimentos, de modo que só
permitiria a morte de Jesus quando chegasse a sua hora, isto é, quando esse
pecado contribuísse para a realização dos planos do Pai.
O
profeta é corajoso. Ele anuncia abertamente a verdade e denuncia a mentira,
pois sabe que Deus o protege. Ele não provoca a perseguição sobre si, pelo
contrário, procura evitá-la, mas isso sem abrir mão do seu amor maior, que é a
Deus, e da sua missão recebida de Deus.
A
oração de Jesus no Jardim das Oliveiras reflete os seus dois sentimentos: a
vontade de continuar vivendo, e a vontade muito maior de ser fiel ao Pai: “Meu
pai, se possível, que este cálice passe de mim. Contudo, não seja feito como eu
quero, mas como tu queres” (Mt 26,39).
É
interessante observar que Deus Pai não fez a vontade de seu Filho, envolvido
nas limitações humanas, na hora em que ele pediu, mas a fez de modo pleno e
definitivo, três dias depois, pela ressurreição. O que Deus quer é sempre
melhor do que o que nós queremos. Por isso que rezamos no Pai Nosso: “Seja
feita a vossa vontade, assim na terra como nos céus”.
O
importante é que Jesus, mesmo sem entender direito os acontecimentos, foi fiel
a Deus Pai. “Tornei o meu rosto duro como pedra. Ofereci minhas costas aos que
queriam me bater, e o meu rosto aos que me arrancavam a barba. Porque sei que
meu Pai me ajuda” (Is 50,4-7).
Certa
vez, um homem telefonou, do serviço, para a sua esposa e disse: “Querida, eu
quero avisar a você que hoje eu vou levar um amigo para o jantar aí em casa”.
“Tudo bem” – disse ela. Isto era pelas quatro da tarde. A mulher largou o
programa que estava vendo na televisão e se pôs logo a preparar um delicioso
jantar.
Às
dezoito e trinta, chegou o esposo sozinho. Na mesa estava um verdadeiro
banquete. Ela estranhou e perguntou logo: “Onde está o seu amigo?”
O
esposo a abraçou e disse: “Querida, hoje me deu vontade de comer umas coisas
diferentes, por isso inventei esta mentira. Desculpe!”
No
fundo ele não mentiu, porque o maior amigo dela era ele mesmo, que merecia,
pelo menos de vez em quando, depois de um dia estafante de trabalho, comer algo
diferente do que a comida esquentada de sempre.
Nós
precisamos ser fiéis a Deus Pai, que quer que os esposos se amem muito. Ele
deve amar o seu marido acima de todos os amigos, e vice versa. Quaresma é tempo
de rever e renovar a nossa maneira de amar as pessoas mais próximas de nós.
Campanha
da fraternidade. A violência no campo é um sério problema brasileiro, que tem
causado muitas mortes, além de milhares de família expulsas de suas terras pelo
poder privado. Entre as causas dessa violência se destacam: a morosidade nos
processos de reforma agrária e de assentamento; os interesses internacionais em
relação à exportação da soja e ao biodiesel; a exploração predatória das
florestas para o crescimento do agronegócio; os grandes latifúndios; a
diminuição da agricultura familiar e de subsistência; a pouca disponibilidade
de empregos; o surgimento e o crescimento de organizações de resistência; a
ausência do Estado nas regiões mais interioranas.
O
poder do latifúndio continua forte, agindo por conta própria, e sempre punindo
trabalhadores que se levantam na defesa de seus direitos. Sem justiça no campo,
a sociedade não vive em paz.
Maria
Santíssima foi também uma mulher muito firme nas adversidades que sofreu. Basta
ver o seu comportamento nas sete dores. Que ela nos ensine como seguir o seu
Filho nas horas difíceis.
Queriam
prendê-lo, mas ainda não tinha chegado a sua hora.
DICAS
DE SAÚDE
Ressaltamos que as Dicas de Saúde
enviadas por este Diário, não equivalem a uma receita médica, são apenas
"dicas". Os exames preventivos são sempre indispensáveis! Para mais
informações consulte o seu médico.
Uma dúvida:
o que é hemorroida?
Se
a pergunta acima fosse “o que são varizes?”, muito provavelmente todos saberiam
responder, não é mesmo? Então, as hemorroidas são “varizes” na região do ânus.
Entenda:
o esforço para evacuar faz com que as veias ao redor do ânus se dilatem. Todos
nós temos estas veias e em todos nós após a evacuação, elas diminuem e voltam
ao tamanho normal. No entanto, quando as fezes são sempre endurecidas, o que é
o caso de pessoas que tem muita prisão de ventre, as veias podem continuar
dilatadas formando as “varizes” no canal anal. Isso são as hemorroidas.
Podem
ser externas (as pessoas em geral percebem uma saliência no ânus) ou internas,
dependendo da localização das veias dilatadas. Podem coçar e doer. Algumas
vezes os vasos se rompem e ocorre um sangramento desconfortável.
Importante
saber que a hemorroida pode ser prevenida. Quem tem obstipação intestinal ou
gente na família com este problema tem mais predisposição. A alimentação tem um
papel fundamental na regularidade intestinal.
A
ingestão diárias de fibras é muito importante. Coma diariamente frutas frescas
e tome muita água. Respeite o momento do seu intestino e não fique mais tempo
que o necessário no vaso. Há outros locais de leitura certamente mais
apropriados!!! Cuidado também com o papel higiênico. Evite fricção em excesso.
O melhor mesmo é uma ducha com água e sabão após a evacuação.
Fique
alerta e procure um médico se houver sangramento anal intenso ou persistente,
por mais de uma semana.
Alimente-se
bem e viva mais leve!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Num país bem
distante, havia um maravilhoso jardim.
Seu dono, Davi,
gostava de passear todas as tardes por entre as várias plantas e raras espécies
de vegetais que cultivava.
Porém, havia uma,
entre todas, para ele especial: era um importante bambú.
Este vegetal sabia
do amor e do carinho que seu dono lhe dedicava. Horas, ele passava ali a
apreciar-lhe as folhas e a beleza de seus movimentos. Um dia, Davi aproximou-se
da planta querida e lhe falou:
- Querido bambú,
preciso de ti!
O jovem vegetal
ficou feliz!
Finalmente chegara
a hora em que poderia ser útil a este ser que tanto amava.
- Pois não, Senhor,
aqui estou!
- Querido bambu,
preciso de ti, mas para isso será necessário que eu te arranque. - Arrancar-me,
Senhor? Mas como poderei viver? Tu sabes o quanto estou acostumado a este
lugar... Com estas minhas plantas amigas...
Aquietou-se e,
depois de pensar um pouco, respondeu:
- Está bem, Senhor,
se é assim... Podes arrancar-me!
- Meu querido
bambu, não basta que eu te arranque...
É preciso que eu te
pode as folhas.
- Minhas folhas,
Senhor?
Tu queres arrancar
minhas folhas?
Mas sem elas eu não
serei mais eu! São elas que me enfeitam, me embelezam...
Como ficarei?
O bambu ficou
chateado e pensativo.
Depois de um
instante de silêncio, assentiu:
- Se é assim que tu
queres, está bem, Senhor. Corta-me as folhas.
Davi aproximou-se
mais ainda do bambu e lhe disse:
- Querido e
estimado bambu, arrancar-te as folhas não bastaria.
Terei ainda que
dividir-te ao meio e tirar-te o coração!
Se não for assim,
de nada me servirás...
Fez-se silêncio total.
O mundo parecia desabar.
Ninguém se atrevia
a mexer-se, no jardim. Todos percebiam a importância daquele momento. O bambu,
mesmo com medo e sentindo tamanha dor, disse:
- Senhor, se tu não
podes usar-me sem isso fazer, então toma-me, corta minhas folhas, parte-me ao
meio e arranca-me o coração.
Davi, orgulhoso de
sua planta, tomou seu amado bambu nas mãos e cortou-o. Depois podou-lhe as
folhas, partiu-o ao meio, arrancou-lhe o coração e com as partes ligou uma
ponta à frente de águas cristalinas; a outra a uma região árida. Quando a água
passava pelo bambu, entoava uma bela canção, até cair na terra desértica.
Passaram-se meses,
anos, e o bambu ali servindo de canal.
Daquele chão sem
vida de outrora, começaram a brotar as sementes, cresceu a plantação e ela deu
frutos. Foi grande a colheita. E muita gente se fartou.
Assim, aquele que
era vida só para si, morrendo, tornou-se vida para muitos.
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