“Que tempos
são estes, em que temos que defender o óbvio?”
Bertold
Brecht
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 28,8-15
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 8as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas
correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente,
Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres
aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés.
10Então
Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar a meus irmãos que se
dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão”. 11Quando as mulheres partiram,
alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes
tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos,
e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: “Dizei que os
discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós
dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos
preocupeis”.
15Os
soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E
assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até o dia de hoje.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Queiroz
Ide
anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão.
Durante
a oitava da Páscoa, a Igreja continua a celebrar a ressurreição de Jesus, que é
a sua maior festa. A oitava é como que o grande domingo continuado. A
ressurreição de Jesus não foi só um momento histórico, mas o ponto mais alto da
história. Toda a história humana, inclusive a morte, encontra sentido na
ressurreição.
O
Evangelho de hoje contém dois episódios: O primeiro é a aparição de Jesus as
mulheres e o pedido dele: “Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a
Galiléia. Lá eles me verão”. Isso porque foi na Galiléia que Jesus começou a
sua vida pública. Os discípulos devem agora seguir o mesmo caminho que seguiram
com ele, caminho que agora é seguido por todos os discípulos de todos os tempos
e lugares. “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
A
caminhada que Jesus fez com os discípulos em sua vida pública, da Galiléia,
passando pela Samaria até a Judéia, foi uma amostra da nossa caminhada de
cristãos.
Os
discípulos estarão sempre reunidos em Comunidade, participarão das Bodas de
Caná, terão longas caminhadas, apaziguarão pessoas, farão o sermão da
montanha... Mas também serão humilhados, incompreendidos e levarão até
bofetadas. Em todas essas situações, o que vale é a perseverança, a fim de
chegar à ressurreição, passando pela cruz.
Alguns
discípulos certamente preferiam ficar em Jerusalém, curtindo a festa com Jesus
ressuscitado. Mas ele responde: Não! Vocês também têm de conquistar a vitória
como eu conquistei. Eu lhes dei o exemplo para que façam a mesma coisa que eu
fiz.
Claro
que as situações são outras, mas sempre encontramos na vida de Jesus alguma luz
para nos guiar.
O
pedido de voltarem para a Galiléia, além do grande motivo apresentado no sábado
santo, é também porque os discípulos são de lá e agora devem testemunhar a
ressurreição de Jesus no seu meio.
Se
pegarmos uma caneta e a segurarmos em pé sobre uma mesa, e encostarmos várias
canetas nela, formaremos uma pirâmide de canetas. Entretanto, se tirarmos a que
estamos segurando, todas as outras cairão.
O
perigo, na ausência de Jesus fisicamente, é de acontecer algo semelhante com os
seus discípulos. Entretanto, ele garantiu: Vocês não vão cair, porque eu
estarei junto, segurando a barra, até o fim dos tempos. É outra forma de
presença, entretanto mais abrangente em termos de tempo e espaço.
O
segundo episódio é o suborno das autoridades aos guarda do túmulo, pagando-lhes
alta soma de dinheiro para dizerem que os discípulos de Jesus foram durante a
noite e roubaram o seu corpo, enquanto eles dormiam. A mentira é furada porque,
se os guardas dormiam, como sabiam que foram os discípulos que tiraram o corpo?
Mentira tem perna curta.
Entretanto,
a verdade testemunhada pelos discípulos foi mais forte e venceu: “Cristo
ressuscitou e disto nós somos testemunhas”. A vitalidade da Igreja é o maior
testemunho da ressurreição.
Certa
vez, uma senhora muito pobre foi ao açougue e disse ao açougueiro: “Vim
pedir-lhe um pedacinho de carne para fazer uma sopa para o meu marido que está
muito doente. Não posso pagar. Mas, desde já, Deus lhe pague!”
O
açougueiro, que costumava zombar dos católicos especialmente das senhoras que
vão muito à igreja, resolveu brincar com ela e disse: “Está bom. Vou escrever
em um papel “Deus lhe pague” e por balança. O que pesar, eu lhe dou em carne”.
Imediatamente escreveu e pôs na balança.
Era
daquelas balanças de dois pratos. A mulher ficou triste, achando que não
levaria nada. Mas, por sorte, a abalança travou e, por mais que ele colocava
carne do outro lado, o prato não descia e a balança ficava caída para o lado do
papelzinho.
O
homem levou um susto, arrependeu-se da brincadeira, consertou a balança, e ele,
que não costumava ajudar ninguém, deu dois quilos de carne de primeira para
ela.
Com
Deus não se brinca! Jesus ressuscitado está vivo no meio de nós, provando cada
dia esta sua presença.
Com
certeza, quem mais se alegrou com a ressurreição de Jesus foi a sua Mãe. Por
isso lhe pedimos: Nossa Senhora da Glória, rogai por nós!
Ide
anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão.
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
A empresa de
fora para dentro.
Peter
Drucker, o pai da administração moderna, afirmava que dentro de uma empresa só
existem “centros de custos”. Os únicos
centros de lucro” estão
fora da empresa - são os clientes. E o maior problema dos
gestores é que eles ficam dentro de suas empresas e não vão ao encontro dos
clientes. Não vão ao mercado. Não coletam informações diretamente dos clientes
e fornecedores em primeira mão, recebendo informações filtradas de seus assessores
e aí decidem mal.
O
executivo atua em organizações das quais vê, quando muito, o lado de fora
apenas através de lentes espessas e que distorcem a realidade. O que ocorre no
mundo exterior em geral não é conhecido de maneira direta, e sim por meio de
informações incluídas em relatórios, que são como filtros da organização”, diz Drucker.
Os
executivos, em sua maioria, ficam presos em seus escritórios com suas caixas de
e-mails lotadas e passam a maior parte do tempo em reuniões internas, respondendo
e-mails, revendo projeções financeiras e contratos. Passam muito pouco tempo ou
quase nenhum no mercado, onde os clientes realmente estão, onde as coisas
realmente acontecem, onde o lucro realmente está. Presos em seus escritórios,
como diz Peter Drucker, os dirigentes só recebem informações já filtradas pelos
assessores, diretores, gerentes e decidem com base nessas informações que nem
sempre são fiéis à realidade, pois todas as pessoas têm a tendência de defender
seus empregos e suas posições e poderão, desta forma, distorcer a verdade em
benefício próprio.
Assim,
quando a empresa passar por alguma dificuldade, seus dirigentes devem se
lembrar de que devem sair da empresa e ir ao mercado para conversar com
clientes, fornecedores e estudar, como base na realidade concreta, o que
poderão fazer para enfrentar os desafios que se apresentam. A empresa deve ser
gerida de fora para dentro. Todos os dirigentes devem “viver clientes” e estudar
clientes para descobrir o foco de cada um deles, pois o foco de uma empresa é
o foco de seus clientes e o total comprometimento com o sucesso de cada um
deles.
Pense
nisso. Sucesso!
Professor
Luiz Marins
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Uma filha
queixou-se ao pai sobre sua vida. Reclamava sobre como as coisas estavam
difíceis para ela. Já não sabia mais o que fazer e queria desistir.
Estava cansada de
lutar.
Parecia que assim que
um problema estava resolvido, um outro surgia.
Seu pai, bom
cozinheiro, resolveu ajudá-la. Levou sua filha até a sua cozinha, encheu três
panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto.
Logo as águas nas
panelas começaram a ferver.
Em uma ele colocou
cenouras, em outra colocou ovos e na última pó de café.
Deixou que tudo fervesse,
sem dizer uma palavra.
A filha esperou
imaginando o que ele estaria fazendo.
Cerca de vinte
minutos depois, ele apagou as bocas de gás.
Pescou as cenouras
e colocou-as numa tigela.
Retirou os ovos e
colocou-os em outra tigela.
Pegou o café com
uma concha e colocou-o, coado, numa terceira tigela.
Virando-se para sua
filha, perguntou:
- Querida, o que
você está vendo?
- Cenouras, ovos e
café, ela respondeu.
Ele a trouxe para
mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que
as cenouras estavam macias.
Ele, então,
pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a
casca, verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe
pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu sabor delicioso.
Então perguntou:
- O que isto
significa, pai?
- Cada um desses
ingredientes enfrentou a mesma adversidade, água fervendo, mas cada um reagiu de
maneira diferente. A cenoura entrou forte, firme e inflexível. Mas depois de
ter sido submetida à água fervendo, ela amoleceu e tornou-se frágil. Os ovos
eram frágeis. Apenas uma casca fina protegia o líquido interior. Mas depois de
terem sido colocados na água fervendo, seu interior tornou-se mais rijo. O pó
de café, contudo, é incomparável. Depois de colocado na água fervente, mudou a
água.
Quando a
adversidade bate a sua porta, como você reage?
Como cenoura,
Como ovo ou
Como pó de café?
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